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OAB-SP analisa recurso contra Ives Gandra por suposta incitação ao golpe encontrada no celularMauro Cid

Ação foi movida pela ABI e pelo Movimento Nacional dos Direitos Humanos sob a alegaçãoque o jurista incitou ações golpistas das Forças Armadas

Ives Gandra Martins (Foto: Divulgação)

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247 - A seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) irá deliberar, na próxima sexta-feira (8), um recurso que envolve o advogado e professor emérito da Universidade Mackenzie, Ives Gandra Martins, informa a jornalista Mônica Bergamo emcoluna na FolhaS. Paulo. O caso ganhou notoriedade após a Associação BrasileiraImprensa (ABI) e o Movimento Nacional dos Direitos Humanos apresentarem uma representação disciplinar, alegando que o jurista incitou ações golpistas das Forças Armadas.

As acusações surgiram a partiruma investigação da Polícia Federal (PF)l, que encontrou no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudanteordensJair Bolsonaro (PL), um questionário respondido por Martins2017. O questionário, segundo os investigadores, abordava a "garantia dos poderes constitucionais" e incluía um roteiro que poderia ser interpretado como um plano para um golpeEstado

Ouvido pela reportagem, Ives Gandra refutou as alegações afirmando que nunca defendeu qualquer tipogolpeEstado e se declarou crítico dos ataques golpistas ocorridos8janeiro do ano passado, alémafirmar ser vítimafake news.

Segundo o advogado,luta sempre foi pela redemocratização do Brasil e quetese foi mal interpretada. “Terceiros fizeram uma interpretação desfigurada e incorretauma tese minha”, ressaltou.

O jurista também citou o golpe militar1964 como uma justificativa paraposição, defendendo que a intervenção foi uma resposta popular aos desmandos do governo Jango. “Toda a imprensa foi favorável ao movimento”, argumentou, referindo-se à narrativa histórica que sustentou a ação militar.

Em uma entrevista anterior, Ives Gandra já havia afirmado queinterpretação sobre a atuação das Forças Armadas é datada1997, e que se limitava a uma hipótese que, segundo ele, nunca se concretizaria. "Minha interpretação é que, se um dia houver um conflito entre Poderes e um Poder pedir às Forças Armadas, nesse caso poderia, para aquele ponto concreto, específico, exclusivo, jamais para desconstituir Poderes, decidir", declarou.

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