Neste setembroroleta francesamuitas celebrações, a China concedeu a mais alta honraria da Republica Popular a uma personalidade brasileira. A Medalha da Amizade foi entregue a Dilma Rousseff, atual presidente do Novo Bancoroleta francesaDesenvolvimento, mais conhecido como Banco dos BRICS+. O gesto é reconhecimento às ações que a homenageada promoveuroleta francesafavor das relações culturais, sociais e econômicas entre China e Brasil quando era presidente do Brasil, e segue trabalhando pelo fortalecimento dos laços entre os dois países que completam 50 anosroleta francesarestabelecimento das relações diplomáticas.
Dilma é o primeiro representante do Brasil e do Sul Global a ser agraciada. A Medalha da Amizade foi instituída pelo governo chinêsroleta francesa2018 e até agora só foi concedida a onze personagens que tiveram para com a China o elevado e nobre sentimento da amizade. Para o país do taoismo e do confucionismo a Amizade é virtude seminal da cultura do povo e ignorar esse traço muitas vezes é fatorroleta francesadificuldade no diálogo entre as tradições do Ocidente e da China.
O presidente Vladimir Putin, da Russia, inaugurouroleta francesa2018 a lista dos nomes fraternos. Em 2019 seguiram-se os então mandatários Kassym-Jomart Tokayev, presidente do Casaquistão, Miguel Díaz-Canel, presidenteroleta francesaCuba, Maha Chakri Sirindhorn, princesa da Tailândia e mãe do atual governante, Augustine Mahiga, ministro das Relações Exteriores da Tanzania. Da França, país da Fraternidade consignada na criação da república moderna, o contemplado foi Jean Pierre Raffarin, político francês que veio a ocupar o cargoroleta francesaPrimeiro Ministroroleta francesa2002 a 2005. Na China, a comenda foi dada a Isabel Crook, a antropólogaroleta francesapais canadenses que nasceu na China, última sobrevivente da geração que se juntou à revoluçãoroleta francesa1949 e ajudou a construir a Nova China. Isabel tinha 104 anos quando recebeu a medalha das mãos do presidente Xi Jinping. “Estou feliz por ter feito o que fiz”, disse ela. Isabel morreuroleta francesa2023, aos 107 anos. Na lista das mulheres daquele ano, também foi contemplada a escritora russa Galina Kulikova. A entrega das Medalhas fez parte das comemorações pelos 70 anos da República Popular da China. 
Em 2020, foi premiada Norodom Pongsoriya, princesa do Camboja. Em 2022, foi a vez do ex-secretário-geral do Partido Comunista do Vietnã, Nguyen Phé Tong, e ainda neste anoroleta francesa2024, alémroleta francesaDilma, a Medalha da Amizade foi dada ao presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari. 
Às vésperas do mêsroleta francesaoutubroroleta francesaque o Partido Comunista Chines completa 75 anos, as festas chinesas ganham mais brilho e alegria. Na China e fora dela. O Festival do Meio do Outono, ou Festival da Lua, que marca o fim da colheita e as famílias se reúnem para confraternizar e agradecer a abundância sob o luar mais cheio e brilhante, é um dos acontecimentos que no Brasil foi festejadoroleta francesatodas as câmaras, associações e comunidades chinesas espalhadas pelos estados. No Rio, a Câmararoleta francesaIntercâmbio Cultural Brasil-China realizou o Festival da Luaroleta francesatorno da mesa farta, apresentaçõesroleta francesamúsica, dança, e da fraternidade. O cônsul-geral interino Wang Haitao saudou a data e os antigos e novos amigos: “Sob a lua cheia, celebramos juntos a prosperidade da nação e a felicidade familiar(...). ... “agradeço pela atenção e apoio à causa da amizade China-Brasil”. (...) “No seio da cultura tradicional chinesa, o Festival do Meio do Outono tem significado especial, carregadoroleta francesaromantismo. Ele encapsula os bons desejos do povo chinês por laços familiares, saudade da terra natal e a aspiração à reunião. Além disso, reflete nossa sincera expectativaroleta francesapaz e harmonia no mundo”. 
O Brasil ainda não aderiu à Rota comercial da Seda, mas figura no cinturão cultural do Sul Global, fundamento importante para consolidar o espaço geopolítico multipolar sem centro e periferia.
Embora cercaroleta francesa20 mil quilômetros separem o Brasil da China, o governo chinês tem abreviado a distância com políticasroleta francesaincentivo à aproximação. O Brasil está entre os 54 países com isençãoroleta francesavisto por 144 horasroleta francesa37 cidades chinesas, como Pequim, Xangai, Guangzhou e Shenzhen.Basta ter o passaporteroleta francesadia e passagem aérea dentro do prazo. Além disso, introduziu o vistoroleta francesamúltiplas entradas por 10 anos. Outra facilidade, é o pagamento com cartãoroleta francesacrédito internacional para todo tiporoleta francesacompra e serviço. As plataformas locais Alipay e WeChat Pay estão disponíveis para uso dos visitantes estrangeiros. A companhia Air China voltou a ter voos São Paulo-Pequim com saídas às segundas e sextas, e Pequim-São Paulo, às quintas e domingos.
Assim Brasil-China, China-Brasil, ficam logo ali.

Maria Luiza Franco Busse

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É logo ali

Você se lembra daquele menino Davi, que desapareceu na praia da Barra da Tijuca, há seis meses. A mídia não fala mais neste assunto. O povo brasileiro continua sob uma chuvaroleta francesapobreza e injustiça. E o salário-mínimo que vigora no país é microscópico.
&nbsp;Como a população poderá ser feliz? Aliás, o Brasil no ranking dos países mais felizes do mundo, estároleta francesa44 º lugar, dadosroleta francesa2024. O bem-comum não atinge analfabetos, moradoresroleta francesarua, vítimasroleta francesabaixos salários, ou outros seres desmerecidos pela faltaroleta francesaequidade.&nbsp;
&nbsp;O modus operandi do sistema se chama INSEGURANÇA, “farinha pouca, meu pirão primeiro”. Há dois pesos e duas medidas dependurados na ética burguesa. A estrutura é tosca e pautada no esquema policialesco, e com clientelismo sempreroleta francesaalta.
&nbsp;Quem manda mesmo é o poder financeiro. A moral caiuroleta francesadesuso. E a agressividade é seletiva. Se alguém der uma cadeiradaroleta francesaalguém, dentroroleta francesaum coletivo, na cidaderoleta francesaSão Paulo, por exemplo: fatalmente será preso. Mesmo que a vítima, vamos dizer assim tenha xingado e acusado falsamente o “agressor”. No Brasil, o que vale, reitero é o poder financeiro, e o povo fica do outro lado das telas: idolatrando coaches, artistas, jornalistas, políticos endinheirados e sedentosroleta francesapoderroleta francesatoda ordem. O “hipnotismo” se tornou o mote. E o pior, todos estes “bobos-da-corte”, são tudo, menos bobos.
&nbsp;Grande parte da população só faz uma refeição diária, estudos já comprovam este fato. Outra parcela não se alimenta nunca, e grande maioria segue como zumbis pelas ruas das capitais do país implorando alimento, dormindo ao relento, e morrendo na calçada.
&nbsp;&nbsp;A educação não é para todos, e a Escola não funciona bem, afinal temos um exércitoroleta francesa“influencers” ocupando o nicho educacional, que pertence a você professor preparado, mas que é vilipendiado pela faltaroleta francesaoportunidade planejada; ou é vituperado pelos baixíssimos proventos que recebe do Estado, do Município, ou do Particular. Basta! Chega! A política partidária é golpista por natureza. A população é incauta, emroleta francesamaioria: ela está feridaroleta francesamorte, foi golpeada por baixoroleta francesasua armadura, ela sangra, e nem sente. Á guisa do filme Gladiador.
&nbsp;O discurso, a retórica podem ser armas mortais. Praticamente nada mudouroleta francesaquinhentos anos. Desde o “descobrimento”, sofremos um processoroleta francesareducionismo. Relegados à filosofia: “Em terraroleta francesacego, quem tem um olho é rei”.&nbsp;
&nbsp;Fora isso tudo, o identitarismo surgiu como marcha ré. Um paliativo desprezível que não faz justiça, e sim recria padrões reacionários. A união dos brasileirosroleta francesaprolroleta francesaum progresso precisa nascer, ou renascer, e enquanto existir uma bolharoleta francesaaproveitadores infuso na corrente sanguínea do organismo Brasil, não haverá cura para a doença da desigualdade.
&nbsp;Ninguém é melhor que ninguém, ninguém é escravoroleta francesaninguém, o chicote continua na mão do capitão-do-mato: e nem gol, nem eleição, nem cadeirada irão mudarroleta francesavida dona-de-casa que não tem dinheiro para o gás, professor que não pode comprar o remédio, criança que dorme embaixo da marquise chorandoroleta francesafome.
&nbsp;“Após levar uma cadeiradaroleta francesaJosé Luiz Datena no debate promovido pela TV Cultura, Pablo Marçal promoveu um cenárioroleta francesagrave estadoroleta francesasaúde:roleta francesaacordo comroleta francesaassessoria, “em uma ambulância, com suspeitasroleta francesafraturas na região da costela, alémroleta francesamuita dificuldade para respirar".&nbsp;
No entanto, imagensroleta francesabastidores desmascaram o cenário: vídeo mostra que o coach estavaroleta francesaplenas condições físicas e queria seguir no debate, e só mudouroleta francesapostura após ser orientado pelos assessores”. Fonte,roleta francesa
&nbsp;&nbsp;Antes e depois do debateroleta francesaontem na TV. Cultura; com ou sem cadeirada a vida segue costumeira, com tudo no mesmo lugar, prefeitos, vereadores, deputados, senadores, banqueiros, grandes empresários, e outros mandatários: desfrutando da tranquilidaderoleta francesauma vida tranquila e poderosa, e o pior com a chibata da sujeição do povo,roleta francesasuas mãos.

Valéria Guerra Reiter

José Luiz Datena agride Pablo Marçal com cadeira durante debate da TV Cultura com candidatos a prefeitoroleta francesaSão Paulo 

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Brasil: antes e depois da cadeirada

Não quero aqui ficar falando apenasroleta francesanúmeros, mas é inevitável mostrar que apenasroleta francesa2024 os incêndios já destruíram maisroleta francesa11 milhõesroleta francesahectares – para tornar isso mais visível para nós, seria o equivalente a 11 milhõesroleta francesacamposroleta francesafutebol. Na América Latina, 70% dos incêndios estão acontecendo no Brasil.
Curioso que esses eventos tomaram tais proporções após a fala daquele “Pastor”, Silas Malafaia: “o Brasil vai pegar fogo”, fazendo um chamamento para a “minifestação” que ocorreu na Avenida Paulista no dia 7roleta francesasetembro.
Em São Paulo, por exemplo, as primeiras queimadas suspeitas ocorreram praticamente todos ao mesmo tempo -roleta francesaum intervaloroleta francesa90 minutos. Impossível desvincular isso do acontecimento igualmente orquestradoroleta francesa2019, no chamado “dia do fogo”.
É mais do que evidente que esses incêndios que colocam o Brasilroleta francesachamas, tem nome e sobrenome: agronegócio e extrema-direita.&nbsp;
É o agronegócio que promove o desmatamento e incêndios propositais – o que ampliaroleta francesaárearoleta francesaatuação, concentrando terras e usando fertilizantes químicos e agrotóxicos, atendendo aos interesses das corporações e causando ainda mais desgraça ao país. Aproximadamente 90% desses incêndios são provenientesroleta francesaáreas particulares.
Esse métodoroleta francesaprodução/exploração ambiental segue sendo protegido e beneficiado pelos congressistas alinhados/financiados pelo agronegócio. Para que se tenha uma ideia do que estamos falando: a Câmara Federal possui 513 cadeiras, da quais 300 deputados (58%) são ruralistas. No Senado, das 81 cadeiras, 39 das vagas (48%) são deles.
Entre os benefícios do agronegócio, podemos citar a Lei Kandir,roleta francesa1997, que isenta do pagamento do Imposto sobre Circulaçãoroleta francesaMercadorias e Serviços (ICMS) para as exportaçõesroleta francesaprodutos primários e semielaborados ou serviços, e a isenção para grande parte dos agrotóxicos. Somente nesses dois exemplos, percebe-se como o agronegócio não beneficia nem mesmo financeiramente o país, mas apenas a si próprio, e além do mais, contamina o ambiente e destrói a saúde.
(E antes que venha com o papinho da importância do Agro para o PIB, lembre-se: alémroleta francesanão comermos PIB, a contribuição real éroleta francesacercaroleta francesa5%, bem menos do que o setor industrial – 26% - eroleta francesaserviços – 52%. A outra farsaroleta francesa“produtorroleta francesacomida” também não cola quando se mostra a realidade: 70% da comidaroleta francesaverdade vem da agricultura familiar/agroecologia, enquanto o agronegócio produz commodities para geraçãoroleta francesalucro próprio).
Mas o que quero falar é sobre os incêndios e suas consequências. Não podemos esquecer que além dos animais que fogem do fogo e muitos acabam sofrendo e morrendo carbonizados, há fatores ainda mais preocupantes a curto e longo prazo.
Ao promoverem a queimadaroleta francesaenormes áreas, promove-se não apenas a perda da biodiversidade, mas a redução do númeroroleta francesaárvores e toda vegetação que têm importante papel na captura do dióxidoroleta francesacarbono (CO2), um dos principais responsáveis pelo aumento da camada estufa e, consequentemente, o aquecimento global que provoca mudanças climáticas – lembremos das recentes enchentes no Rio Grande do Sul e Salvador, da seca história no Pantanal e na Amazônia entre tantos eventos que estão cada vez mais frequentes.Ao destruírem essas áreas, promovem o crescimentoroleta francesaáreasroleta francesapasto para criaçãoroleta francesagado que,roleta francesafunçãoroleta francesasua fisiologia, liberam metano (CH4), outro gás da camada estufa, mas com o diferencial se ser ainda mais retentor do calor.
Paralelamente, os incêndios na região da Amazônia e no Pantanal afetam diretamente o regimeroleta francesachuvas no país. De forma bem suscinta: ao realizarem o processoroleta francesafotossíntese, as árvores liberam vaporroleta francesaáguaroleta francesaum processo chamadoroleta francesaevapotranspiração. Essa umidade carrega a atmosfera e sob influênciaroleta francesacorrentesroleta francesaar vindas do oceano, migram para o interior do Brasil depoisroleta francesase chocarem com a Cordilheira dos Andes. Ao descerroleta francesadireção ao Centro-Oeste, tais nuvens se carregam novamente com mais umidade da região do Cerrado e Pantanal, promovendo chuvas nas regiões Sudeste e Sul.
Pois bem. Tais desmatamentos portanto influenciam no regimeroleta francesachuvas e, consequentemente, promovem períodosroleta francesaestiagem que batem recordes. Lembre-se que a maior parteroleta francesanossa fonte energética vem das hidrelétricas. Sem chuva, sem água nos reservatórios capazesroleta francesamover tais usinas. E qual alternativa? Acionar termoelétricas que alémroleta francesaencarecer a contaroleta francesaluz (a tal “bandeira vermelha”), acaba por liberar mais gases do efeito estufa pela queimaroleta francesacarvão mineral, piorando ainda mais a questão ambiental, as mudanças climáticas e suas catástrofes.&nbsp;
Um ciclo vicioso e perigoso.
A faltaroleta francesaágua é tamanha que afeta inclusive o agronegócio. Mas pouco parece se importar, afinal,roleta francesatemposroleta francesadificuldade, recorre ao mesmo governo que o sustenta com subsídios e financiamentos. E por falarroleta francesadesabastecimento, é válido que tenhamos o pensamento coletivo – o que o capitalismo detesta – e tomemos nossas providênciasroleta francesanão gastar tanta água. No entanto, não podemos esquecer que 70%roleta francesatodo consumoroleta francesaágua é destinado justamente ao agro. E quem o cobra ou multa quandoroleta francesaépocaroleta francesaracionamento? Mas se você lavar o quintal, pode ser multado.
Tempo seco, ar poluído, faltaroleta francesaágua, temperaturas elevadas. Contaroleta francesaluz mais cara, alimentosroleta francesaescassez. Caos ambiental, econômico e social.
Em temposroleta francesaum período apocalíptico (ou seria AGROcalíptico?) os casosroleta francesainternaçõesroleta francesahospitais estão elevados, sobrecarregando-os. O que pouca gente sabe é que não são apenas problemas relacionados ao sistema respiratório, mas também ao cardiovascular, nervoso e reprodutivo. Apenas para ilustrar os danos neurocognitivos, a longo prazo, pesquisas associam várias doenças com a poluição atmosférica, como depressão, ansiedade, Parkinson, Alzheimer, TDAH e Transtorno do Espectro Autista.
Lembremos que atrelado aos incêndios, além do aumento do gás monóxidoroleta francesacarbono (CO) que dificulta ainda mais a respiração, há toda química dos agrotóxicos e metais pesados que se dissolvem na atmosfera particulada, potencializando casosroleta francesadiversas doenças principalmenteroleta francesacrianças e grávidas.
Percebemos com isso que o agronegócio é criminoso e lesa-humanidade. E dessa vez seus crimes não tiveram como passar despercebidos, pois atingiu os “narizes sensíveis” dos políticos e regiões ricas do país, como bem disse o jornalista e ambientalista André Trigueiro.&nbsp;
A pergunta que deve estar fazendo é a que todos fazemos: por que o governo não rompe com o agronegócio?&nbsp;
Esse é um questionamento que nos incomoda, mas temos alguns indícios para respondê-lo. Em 1964, uma das principais pautasroleta francesaJoão Goulart era justamente a reforma agrária, que favoreceria a distribuiçãoroleta francesaterras improdutivas, mas reduziria a concentração nas mãos do agronegócio. Deu no que deu: golpe militar.&nbsp;
Em 2016, a presidenta Dilma avançou ao instituir a Política Nacionalroleta francesaAgroecologia e Produção Orgânica (PNAPO) que abrangia o Programa Nacionalroleta francesaReduçãoroleta francesaAgrotóxicos (Pronara). Eis que inventaram a tal “pedalada fiscal” e ela foi mais uma vítimaroleta francesaum golpe, desta vez parlamentar. E logo nos primeiros dias, o golpista Michel Temer retira verbas da Comissão Nacionalroleta francesaAgroecologia e Produção Orgânica (CNAPO), da Câmara Interministerialroleta francesaAgroecologia e Produção Orgânica (CIAPO).&nbsp;
Com a eleição do nazifascista Jair Bolsonaro, cuja campanha e (des)governo contou com cifras milionárias do agronegócio, o CNAPO, conselhos e comissões relacionados ao programa foram todos extintos. Aparelhou-se o IBAMA, MAPA, ANVISA e todos os órgãos competentes para a questão ambiental. Em plena pandemia, aproveitaram para “passar a boiada”.
Em meadosroleta francesa2023, o presidente Lula restituiu e ampliou o CNAPO e CIAPO, mas desderoleta francesaposse, sofre constante pressão das corporações/multinacionais que influenciaram até mesmo na reforma tributária – não foi cobrado um único centavo dos agrotóxicos que seguem isentos e contaminando a população brasileira.
E agora no governo Lula 3, como será? Seguiremos apoiando e financiando o agronegócio ou teremos a coragem e ousadia do rompimento com esses lesa-pátria (que por sinal, estão na dianteira do financiamentoroleta francesaatos antidemocráticos, incluindo a tentativaroleta francesagolpe no 8roleta francesajaneiroroleta francesa2023)? Sabemos que a correlaçãoroleta francesaforças não nos é favorável, mas até quando aceitaremos tudo issoroleta francesanomeroleta francesauma governabilidade que é falsa e burguesa? Até quando teremos que lidar com o terrorismo ecológico?
Continuaremos atacando apenas as consequências, ignorando as causas?
O Brasil tem a faca e o queijo nas mãos para ser vanguarda no processoroleta francesamudançaroleta francesaexploração da natureza. Não cabe mais a dualidade natureza vs. progresso. &nbsp;A transição agroecológica, defendida inclusive pela Agenda 20230 e seus Objetivosroleta francesaDesenvolvimento Sustentável (ODS), é a única alternativa para uma urgente tentativaroleta francesasalvação não apenas do país, mas do planeta.
É preciso ter coragem. É preciso mobilização popular. É urgente romper e destruir esse sistema degradante e destruidor do planeta. E o agronegócio é hoje seu principal representante. O sistema que visa apenas o lucro e concentraçãoroleta francesarenda mostrou que chegou ao seu fim. É horaroleta francesamudar significativamente.
O agro é lobby. O agro é incêndio. O agro é tóxico. O agro é destruição. O agro é morte. O agro é golpe.&nbsp;
O agro está nos levando a um caminho sem volta rumo à extinção. Cabe a nós mudarmos essa rota. É horaroleta francesaolharmos para os saberes ancestrais, das técnicas agroecológicas cubanas,roleta francesaouvirmos e apoiarmos o MST e a agricultura familiar/campesinato. É horaroleta francesapromovermos a verdadeira reforma agrária.
Os fatos provam que fomos iludidos pelo canto da sereia do Capital, mas agora despertamos e temos a oportunidaderoleta francesatrilhar caminhos mais humanos eroleta francesaharmonia com o ambiente do qual fazemos parte e não somos os donos.
Parafraseando Rosa Luxemburgo que sabiamente nos alertou, a saída é o ecossocialismo ou barbárie!
* Professor, biólogo, doutorroleta francesaEtologia, mestreroleta francesaCiências e especialistaroleta francesaBioecologia e Conservação. Autor do blog e da página no Youtube “Biólogo Socialista”, do podcast “PadullaCast” e do livro “Um irritante necessário”. Instagram: @BiologoSocialista

Luiz Fernando Padulla

Fumaça encobriu a Praça dos Três Poderes

AGROcalipse ambiental

“Não te estupro porque você não merece”, disse Jair Bolsonaro à deputada Maria do Rosário,roleta francesa2014, repetindo fraseroleta francesaonze anos antes, no Salão Verde, quando ainda ameaçou agredir fisicamente a colega parlamentar.
Bolsonaro se elegeu presidente e continuou a agredir verbalmente quem o contraria, sobretudo mulheres.&nbsp;
“Se o comportamento incivilizado deu certo para Bolsonaro, por que não daria para mim?” Talvez seja este o raciocínio do candidato que ostentaroleta francesaseu currículo uma prisão temporária por furto a banco, seguidaroleta francesauma condenação.
Pablo Marçal é um patife profissional, capazroleta francesabaixeza ainda maior que aroleta francesaBolsonaro, a quem apoiou, inclusive financeiramente.
Sua especialidade é a luta da lama, a corrida no esgoto, a dança na pocilga.&nbsp;
Marçal, no entanto, tem hoje uma utilidade: ele é o sinal da falência da atual estrutura política, e, assim,roleta francesapresençaroleta francesadebates é um gritoroleta francesaque o sistema tem falhas que precisam ser corrigidas.
A política é, na essência, a arteroleta francesaresolver conflitos sem o recurso à violência. A política é a muralha que evita, por exemplo, guerras.
Não fosse a política formal, viveríamos todos como no filme Mad Max, com uma arma ao alcance da mão para poder sobreviver.
Não por acaso, as cenas vergonhosas do debate na TV Cultura foram protagonizadas por dois outsiders da política, mas com algoroleta francesacomum: José Luíz Datena, que ficou rico e famoso com a exposição da barbárie, e Pablo Marçal, que começouroleta francesatrajetória no crime e também fez fortuna.
Os dois conhecem o mundo cão: um ex-preso e um jornalista que faz do crime um espetáculo, e passa a falsa imagemroleta francesaque estamos todos perdidos.
Penso que o uso da palavra Jack por Marçal foi o que mais enfureceu Datena. Ele estava sendo transformadoroleta francesaum dos personagensroleta francesaseu espetáculo, que, como ele, muitas vezes são condenados sem provas.
Há alguns anos, fiz uma reportagem sobre um jovem negro apresentado nos programas policiais da TV, inclusive oroleta francesaDatena, como o Maníaco da Pompeia, um homem que atacava mulheres na escadariaroleta francesaum bairroroleta francesaSão Paulo.
Contra ele, havia o reconhecimento pessoalroleta francesauma suposta vítima. Havia pelo menos seis outras, mas só uma a reconheceu. Foi o suficiente para a Polícia Civil pedirroleta francesaprisão, o Ministério Público concordar e um juiz aceitar o pedido.
Claro que a exposição nos programasroleta francesaTV comoroleta francesaDatena contribuiu para que o suspeito fosse transformadoroleta francesacondenado e, apesar da fragilidade da prova, trancadoroleta francesapresídio.
A reportagem que fiz mostrou que ele era inocente. A vítima havia dito que contraiu Aidsroleta francesarazão do estupro. Um exame feito no jovem negro mostrou que ele não tinha o vírus.
Portanto, se houve o estupro, o criminoso era outro. A expressão “se houve” é pertinente porque, quando saiu o resultado do exame, eu procurei a suposta vítima. Ela estava casada quando descobriu a doença, e o marido não tinha o vírus.
Como o caso do Maníaco da Pompéia era assunto na imprensa sensacionalista, aquela mulher pode ter inventado a história.
Fiz a pergunta a ela, já que um inocente tinha sido preso por contaroleta francesafalso reconhecimento, e a resposta foi um choro silencioso. É o mundo cão,roleta francesaonde brotam figuras como Marçal, e que é explorado por Datena.
O que vimos no episódio da cadeirada é a invasão desse mundo no espaço que se imaginava civilizado.
Marçal merece uma cadeirada, mas não física. Até porque não resolve e transforma o algozroleta francesavítima.&nbsp;
Quem deveria dar a cadeirada é a Justiça Eleitoral, onde existem ações que denunciam Marçal e seu partido, o PRTB, por graves irregularidades, como abuso do poder econômico e compraroleta francesavotos e fraudes na eleição da cúpula que dirige o partido, ao que tudo indica com a participação do crime organizado.
O que a Justiça Eleitoral espera? Que,roleta francesavezroleta francesacadeirada, haja tiros? No mundoroleta francesaonde emergiram Datena e Marçal, isso é possível, na verdade rotineiro.
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Joaquimroleta francesaCarvalho

Datena dá cadeiradaroleta francesaPablo Marçal

Datena e Marçal: o negócio deles é o mundo cão e agora o levam para espaços que se imaginava civilizados

Algumas pessoas estranharam o fatoroleta francesaMarçal, que está no bloco da frente, chamar para briga Datena, que está caindo pelas tabelas, agora amargando o quinto lugar e sempre mostrando estar arrependidoroleta francesaentrar nessa eleição, contrariando todos os manuais dos marqueteiros bem sucedidos, que mandam bater nãoroleta francesaquem está atrásroleta francesavocê, e simroleta francesaquem está na frente.
&nbsp;&nbsp;&nbsp;Mas essa estratégia não é porralouquiceroleta francesaMarçal, tirar Datena da corrida é questãoroleta francesavida ou morte para ele, o último Datafolha mostrou que Nunes está avançando nos seus eleitores potenciais, depois do início da propaganda na TV e da dobradinha com o governador Tarcísio.
&nbsp;&nbsp;&nbsp;Marçal sabe que aroleta francesaúnica chanceroleta francesaconseguir uma vaga no segundo turno é tirar Datena do páreo, e conquistar seus eleitores, como mostrou a última pesquisa Quaest, na qual Datena caiu e ele subiu, pois é Datena quem detém as intenções que, se revertidas para Marçal poderão superar asroleta francesaBoulos.
&nbsp;&nbsp;&nbsp;Para se recuperar (caiu pela primeira vez no Datafolha), Marçal precisa roubar rapidamente votos dos outros candidatos do seu campo ideológico.&nbsp;
&nbsp;&nbsp;&nbsp;Ele nunca vai tirar votos nemroleta francesaBoulos, nemroleta francesaTábata,roleta francesaMarina Helena pode tirar (mas são poucos), então o único estoqueroleta francesaeleitores do seu campo ideológico grande o suficiente para alavancá-lo é o dos que ainda dizem votarroleta francesaDatena.&nbsp;
&nbsp;&nbsp;&nbsp;A cadeirada foi o preço que ele pagou. Adiantado.
&nbsp;&nbsp;&nbsp;A ver se terá retorno.

Alex Solnik

Cadeirada foi o preço que Marçal pagou para ir ao segundo turno

Nesta sexta-feira (13), ao participar da inauguração do Complexoroleta francesaEnergias Boaventura, no Rioroleta francesaJaneiro, o presidente Lula chamouroleta francesa“um bandoroleta francesaimbecis” os defensores da privatização da Petrobras. Dias antes, o jornal Folharoleta francesaS.Paulo havia publicado um editorial pregando “privatizar Petrobras, Caixa e Banco do Brasil”, tratadas como empresas “anacrônicas”, “ineficientes” e “custosas”. Será que o discursoroleta francesaLula foi uma indireta para a rentista e golpista famiglia Frias?
Em seu discurso, bastante aplaudido pelos petroleiros presentes à solenidade no antigo Complexo Petroquímico do Rioroleta francesaJaneiro (Comperj), o presidente ironizou: “Quantas vezes já tentaram privatizar a Petrobras? Quantas vezes já tentaram mudarroleta francesanome? Quantas vezes disseram ‘não, nós temos que vender a Petrobras porque o petróleo vai acabar e a gente vai ficar com uma empresa que não presta para nada’. É um bandoroleta francesaimbecil que fala isso”.
Lula também afirmou que a empresa estatal será uma referência na produçãoroleta francesabiocombustível, etanol e hidrogênio verde. “A Petrobras é mais do que uma indústriaroleta francesaóleo eroleta francesapetróleo, a Petrobras é uma indústriaroleta francesaenergia e ela vai produzir o que for necessário”. O antigo Comperj foi anunciadoroleta francesa2006, no primeiro governo Lula. Ele deveria ter sido concluídoroleta francesa2012, mas teve as obras interrompidas pela ação destrutiva da midiática Lava-Jato. Agora, o complexo foi rebatizado e está apto para iniciar as operaçõesroleta francesaprocessamentoroleta francesagás natural.
<h2>Um jornal a serviço da privataria</h2>
A Petrobras não tem nadaroleta francesa“anacrônica”, “ineficiente” ou “custosa”, como afirmou a Folharoleta francesaseu editorial privatista e entreguista. Pelo contrário. A estatal é uma empresa altamente lucrativa e com os mais altos padrões tecnológicos do mundo – como na extraçãoroleta francesapetróleo na camada do pré-sal. O jornal da famiglia Frias sabe disso, mas mente para sustentar suas teses neoliberais e para defender a privataria das estatais lucrativas, como a Petrobras, a Caixa e o Banco do Brasil.
Não é para menos que o editorial bajula o programaroleta francesadesestatização –roleta francesadesmonte do Estado – deflagrado pelo tucano FHC e esconde os desastres – econômicos, sociais e ambientais – causados pelas privatizaçõesroleta francesaempresas como a Vale e do setorroleta francesaenergia elétrica. Para a Folha, a venda das estatais foi “um grande sucesso” e ela quer mais sangue, mais privataria. A famiglia Frias, que expressa os interesses do avarento deus-mercado, tem ódio das estatais brasileiras.
“Esse aparato é custosamente mantido sob o comando do Estado, sobretudo, por interesses políticos e sindicais. Invocam-se pretextos nacionalistas e estratégicos para preservar o poderroleta francesalotear cargos, distribuir favores e bancar projetosroleta francesaretorno duvidoso, para nem falarroleta francesalisura”. De fato, é “um bandoroleta francesaimbecis”, que só almeja o lucro proveniente dos roubos da iniciativa privada – nos dois sentidos da palavra.

Altamiro Borges

Lula durante cerimôniaroleta francesainauguração do Complexoroleta francesaEnergias Boaventura

Privatização da Petrobras e imbecis da Folha

Não se trataroleta francesajustificar agressões físicas, queroleta francesaper si são condenáveisroleta francesadebates civilizadosroleta francesaideias e propostas. O problema é que a presençaroleta francesaum delinquente como Pablo Marçalroleta francesaqualquer campanha eleitoral significa rebaixar, degradar e avacalhar o debate, impedindo que a população seja esclarecida sobre projetos e programas.&nbsp;
Quem estica a corda do jogo sujo e ofende adversários como se estivesseroleta francesauma brigaroleta francesaarruaceiros assume o riscoroleta francesalevar um soco na cara ou uma cadeirada. Mas estou convencidoroleta francesaque Marçal fez tudoroleta francesacabeça pensada, tanto que elevou o tom dos ataques ao candidato Datena, queroleta francesadebate anterior já tinha partido para cima dele, sendo contido pelo apresentador. Ou seja, ele percebeu que seria fácil fazer Datena explodir e perder o controle outra vez.
Caberia à mídia ter zelado por um mínimoroleta francesacompostura e educação nos debates. Bataria seguir a lei e não convidar Marçal, uma vez que pela legislação eleitoral só candidatosroleta francesapartidos com, no mínimo, cinco deputados federais devem ser obrigatoriamente chamados para os debatesroleta francesarádio e TV, requisito não alcançado pelo nanico PRTB do candidato.
Bem, vá lá que seja razoável o argumento dos veículosroleta francesaTV, segundo o qual o convite a Marçal é um sinalroleta francesarespeito ao seu eleitorado, algoroleta francesatornoroleta francesa20%, segundo as pesquisas. Contudo, desde a participação no primeiro debate, se não me engano na Rede Bandeirantes, ficou claro que o candidato é indignoroleta francesafrequentar espaços voltados para a discussão política, cujo objetivo é justamente confrontar ideias.&nbsp;
Marçal, agora, repete Bolsonaro e faz do leito hospitalar um palanque eleitoral. De agredido que se mostrava inteiro depois da cadeirada, a pontoroleta francesaquerer continuar no debate, subitamente Marçal vivou paciente do Sírio e Libanês, com suspeitaroleta francesa"fraturas nas costelas", conformeroleta francesaassessoria.
Mas há uma pedra no seu caminho. Não há como fraudar os boletins médicosroleta francesauma unidaderoleta francesasaúde conceituada como o Sírio Libanês. Repare que não há boletim médico divulgado pelo hospital até o momento. E, se houver, duvido que confirme fraturas nas costelas. Basta ver a cena da cadeirada, para se ter certezaroleta francesaque as costelas não foram atingidas.
Algo me diz que o tiro da vitimização vai sair pela culatra. As próximas pesquisas indicarão os possíveis impactos eleitorais do episódio. Algo me diz, porém, que para o tiporoleta francesaeleitor que Marçal disputa não é mérito nenhum ser agredido fisicamente e pode estar pensando assim: "Ué, mas se dizia tão esperto e acabou levando uma cadeirada? Que malandro é esse?"
Ou a Justiça Eleitoral cassa a candidaturaroleta francesaMarçal, ou pode vir coisa pior por aí.

Bepe Damasco

Marçal cavou a cadeirada desde o primeiro diaroleta francesacampanha

Rio - O lançamento do livro ‘90 Maluquinhos por Ziraldo’,roleta francesaSão Paulo, foi uma parada muito louca. Eu estava no livro com um punhadoroleta francesajornalistas, escritores e cartunistas, homenageando Ziraldo.
Foi lá que conheci o Spacca. Eu já era fã do trabalho dele. A caricatura do Ziraldo que ele fez pra mim, naquele dia, me impressionou. Com meia dúziaroleta francesatraços ele desenhou o mestre, igualzinho.
Dali, fomos, eu, Edra, Spacca, Ricardo Soares e Gonzalo Cárcamo bater papo e tomar uns chopes nos botecosroleta francesaSão Paulo.
Acabamos a noite no Pirajá, o boteco mais cariocaroleta francesaSão Paulo.
João Spaccaroleta francesaOliveira nasceuroleta francesaTatuapé, São Paulo, num diaroleta francesachuva,roleta francesa1964, filho do projetista arquitetônico, João Batista e da professora Verônica Spacca, cresceu lendo as histórias do Tio Patinhas, Mônica e assistindo ao programa ‘História do Desenho Animado’.
Spacca é cartunista, quadrinista, ilustrador, desenhista, roteiristaroleta francesaHQ, compositor, gaitista, vocalista - chegou atuar como intérprete do cantor Cazuza no espetáculo ‘Rosas Roubadas’ eroleta francesauma banda chamada ‘Dalissensa’, como letrista e vocalista - e astrólogo bissexto.
Começou a carreira como ilustrador, na agênciaroleta francesapublicidade Young &amp; Rubicam, aos 15 anosroleta francesaidade, criando storyboards para filmes publicitários. Em 1983, depoisroleta francesaconcluir os cursosroleta francesadesenho e comunicação visual - formou-seroleta francesaComunicação Visual pela FAAP - foi trabalhar na produtora Briquet Filmes, onde animava o personagem Bond Boca, dos comerciais do enxaguatório bucal Cepacol.
Antes, aos 10 anos, através da revista MAD, conheceu o trabalhoroleta francesaGeandré, Nani, Mariza e vários outros cartunistas brasileiros. Nesta época, teve os primeiros contatos com a obra do Henfil, na ‘Revista do Domingo', do ‘Jornal do Brasil’.
Decidido a se tornar desenhista, o menino viu a oportunidade ao ler nos jornais uma notícia sobre o Salãoroleta francesaHumorroleta francesaPiracicaba.
“Na hora, com 12 anos, quis participar do Salãoroleta francesaHumor. Mandei trabalhos e não fui sequer exposto, mas fui lá com meu pai. Vi aqueles desenhos expostos, que eu percebia que eram muito bons, que eram para adultos, e que eu ainda não conseguia fazer, mas fiquei encantado. Posso dizer que apesarroleta francesaser um desenhista nato, o humor foi sendo construído, fui querendo aprender como é que se fazia, e tentando imitar esse pessoal aí. Os mestres das HQs e das artes, os cineastas Steven Spielberg, John Huston, David Lean e outros foram as minhas inspirações” - diz.
Donoroleta francesaum humor refinado e certeiro, Spacca estreou como cartunistaroleta francesa1985, no ‘Pasquim’, com uma página inteira com seus cartuns, publicados pelo Jaguar. Fã do Ziraldo, um dia, já profissional, Spacca estava num cliente e surgiu um problema: era preciso fazer uma alteração numa ilustração do Ziraldo, mas não havia tempo para mandá-la para o Rio. Ele disse que poderia fazer o retoque, desde que o autor autorizasse. Ligaram. Ziraldo respondeu: “É o Spacca? Pode fazer”.
Confiou. Nem quis ver como ficou.
Tambémroleta francesa85, ganhou um concurso para novos talentos do jornal ‘Folharoleta francesaS. Paulo’, para o qual passou a desenhar charges políticas, função que desempenhou por quase uma década. Também criou ilustrações para o suplemento infantil ‘Folhinha’. Na ‘Folharoleta francesaS.Paulo’ herdou o quadradoroleta francesacharge na páginaroleta francesaopinião, até então feita por Claudius Ceccon e Paulo Caruso. Ficou até 92, alternando o espaço, dia sim, dia não, com o cartunista Glauco Villas Boas. Em 1995, deixou o jornal e parou com charge.
Foi colaborador do jornal “Pícaro!’, do portal 'Observatório da Imprensa" e das revistasroleta francesahistóriasroleta francesaquadrinhos ‘Níquel Náusea’ -roleta francesa1987 a 1995 - e ‘Front’. Atuou também como ilustradorroleta francesalivros infantis. Em 1990, produziu uma historinha curta sobre o desenhista Walt Disney e a criação do Zé Carioca.
Ganhou o Troféu HQ Mix três vezes: duas como melhor desenhista (2005 e 2007) e uma como melhor roteirista (2005). Aindaroleta francesa2005, conquistou o primeiro lugar na categoria charge no Salão Internacionalroleta francesaHumorroleta francesaPiracicaba.
Foi um dos quadrinistas convidados para o álbum MSP 50,roleta francesaque diversos autores recriam personagensroleta francesaMaurícioroleta francesaSousa; e para o livro “90 Maluquinhos por Ziraldo”,roleta francesahomenagem aos 90 anos do cartunista mineiro.
Publicou pela Cia. das Letras "Santô e o Pais da Aviação"; "D. João Carioca - A Corte Portuguesa chega ao Brasil (1801-1821)"; "Debretroleta francesaviagem histórica e quadrinhesca ao Brasil"; "Jubiabá" (adaptação do romanceroleta francesaJorge Amado) e a adaptação do livro "As Barbas do Imperador, D. Pedro II", a históriaroleta francesaum monarcaroleta francesaquadrinhosroleta francesaLílian Schwarcz.
Atualmente, moraroleta francesaMogi das Cruzes (SP) e cria charges para o site ‘Observatório da Imprensa’.

Ediel Ribeiro

Caricaturaroleta francesaZiraldo feita por Spacca

Spacca, identidade: desenhista

Enquanto país imperialista, os EUA continuará sendo, independente do governo, seja com Kamala, seja com Trump, mas, entre caretas e sorrisos, entre macho alfa e mulher segura do seu papelroleta francesagênero, entre o branco germânico e a mestiça, existem diferenças. Não devemos reduzi-las e ficarmos míopes.&nbsp;
A diferença entre a extrema-direita e a direita não são os objetivos, mas a formaroleta francesaalcançá-los e mantê-los.
O neonazifascismo no mundo cresce porque tem o apoio político explícito ou logístico do imperialismo.
Mesmo não havendo uma diferença ideológica entre Kamala e Trump, existe diferenças políticas eroleta francesaarticulações e preferências nas relações internacionais, é esse aspecto que o Trump significará um sopro para a sobrevivência do bolsonarismo.&nbsp;
Trump constituirá um prócer do neonazifascismo internacional, Kamala ainda é uma incógnita, pois, não dá para simplificar que será continuidade do Biden, ela mesma declarou que ela é Kamala, nem Biden e nem Trump, portanto, independenteroleta francesaquem ganhe as eleições nos EUA, é emergente e imprescindível a constituiçãoroleta francesauma Frente anti-imperialista, formada por partidosroleta francesaesquerda e progressistas, movimentos sociais, estudantis, com o beneplácito dos governos democratas, especialmente da América Latina. &nbsp;
O meu artigo publicadoroleta francesatrês sitesroleta francesacomunicação, na semana passada, teve por título “Denúncia e o estrago na vida” e versou sobre a exoneração e o julgamento moral do ex-ministroroleta francesaDireitos Humanos, Silvio Almeida, e recebeu maisroleta francesavinte roleta francesa comentários, o que me levou a fazer algumas considerações, como segue.
Joaquim Barbosa, algoz do “mensalão”, foi escolhido por sugestão do frei Beto, que mal o conhecia, atendendo a um pedido do Lula que queria a indicaçãoroleta francesaum jurista negro.
O primeiro homem negro no STF mostrou-se um punitivista raivoso e recalcado, agora um negro no governo Lula 3 é linchado moralmente.
Entro no questionamento: qual a intenção da Ministra Anielle Franco ao decidir dar início a tal denúncia do modo que deu? Ou seja: por que não escolheu o caminho legal e delegou a uma ONG americana fazer a delação? Por que o governo num processo sumário o demitiu, quando acusaçõesroleta francesacorrupção a quadros desse mesmo governo estão protegidas pelo contraditório e ampla defesa e no timing da justiça? Por que assessores do Presidente, inclusive aroleta francesamilitante esposa, sabiam, anteriormente a notícia da Me Too, e não tomaram providências para evitar o viés perverso e desgastante da pautaroleta francesaDH e do governo? Prevaricaram?
Acusado sem conhecer o teor das acusações, sem o contraditório minucioso, sem a ampla defesa, com uma ministra que liberou para a ONG internacional a divulgação, parece àquelas fogueirasroleta francesareputações e justiçamentos do estado marginal, sem entrar no mérito das acusações, a forma foi estranha.
Lendo pedaços da comunicação virtual entre Silvio e Anielle, fiquei pasmo dianteroleta francesatanta imaturidade nesse imbróglio, que é difícil crer que o governo esteja à altura da conjuntura nacional e internacional, na qual os DDHH estãoroleta francesarotaroleta francesacolisão fatal com o movimento neonazifascista mundial. &nbsp;&nbsp;&nbsp;
Se é com o poder que as pessoas se mostram verdadeiramente, parece que o governo agasalha adolescentes ginasianosroleta francesaquermessesroleta francesaparquesroleta francesadiversão oferecendo flores e beijos e agora caretas.&nbsp;
Em lugar da justiça, deu à mídia, ONG Me Too, uma carta na manga. De jogar para o público, antes mesmoroleta francesaouvir o acusado.
Seria o objetivo da ONG americana, do sensacionalista Metrópoles, e outros envolvidos diretamente, o da mortalha moral à preciosa pautaroleta francesaDDHH, visto que o sufoco orçamentário é o outro lado da mortalha? Se sim, então, foi malevolamente exitoso e os golpistas e vivandeiras das conspirações se regozijam e não agradecem.&nbsp;
As consciências identitárias não deveriam sobrepor à consciênciaroleta francesaclasse, consciência essa sine qua non para o enfrentamento à ideologia dominante.&nbsp;
Em qualquer contraditório, há interesses implícitos além dos aparentes; há muita intriga e um ambiente tóxico nesse governo cheioroleta francesacontradições internas e disputasroleta francesapoder, onde uns remam para um lado e outros para outro, onde uns são patrocinados e outros também.
Quem está perdendo nesse imbróglio, senão negros, mulheres, enfim, os direitos humanos?
No governo Dilma, a Globo denunciava supostos casosroleta francesacorrupção e a Presidenta exonerava incontinente o denunciado. No Lula 3 as conspiratas nascem internamente.&nbsp;
A revolução dos costumes ocorre por luta política eroleta francesagerações, é um processo lentoroleta francesasurgimento do novo e caducidade do velho, com antinomias intrínsecas, por isso, deve-se evitar cair no moralismo pequeno-burguês e compreender como evolução cultural, na qual o aceito ontem, não é mais hoje, alguns viraram delituosos tipos penais.&nbsp;
Cercado por fora, minado por dentro, precisamos todos estarmos atentos, unidos e equilibrados na defesa das pautas democráticas desse governo. &nbsp;&nbsp;
Cinco governos, Lula/Dilma, erros e acertos, golpes e tentativas, a história registra e ensina, contudo, é mister ter vontaderoleta francesaAPRENDER.&nbsp;

Francisco Calmon

Entre aparências e essências

A vítima dos ogros.
Ela estava lá quietinha, ouvindo atenta, noutras vezes, fazia cararoleta francesapaisagem com os absurdos que diziam os candidatos e as candidatas, o nível era baixíssimo e cuidavaroleta francesabaixar mais ainda, desde a garota que veio dos extremos da vulnerabilidade para o ultraliberalismo, assim, sem nenhum estágio intermediário.
No entanto ela continuava lá, impassível.
O “prefeito” recandidato que continua sem saber porque herdou a prefeitura e nunca entendeu o seu papel, tenta mais 4 anos para descobrir, apela para o parceiro governador, que promete um dia conhecer a 23roleta francesamaio, quem sabe a 25, juntos com o inelegível, já tinham curtido o 7roleta francesasetembro da “anistia” ao golpistas.
Ela nem vermelharoleta francesavergonha ficou.
Então, não mais queroleta francesarepente, daqueles momentos típicosroleta francesaum domingo modorrento,roleta francesaquem perdeu na rodada, ouviu a música do Fantástico e quis morrerroleta francesavez. Nesse exato instante, o maior dos boçais, o laMarçal, verte suas fezes pela boca, atacando um candidato do “queremos ibagens, produção”, provoca ferinamente.
Coitada, ela que suportava tudo aquilo calada, sem se pronunciar, nem mesmo o direitoroleta francesair ao banheiro, foi tomadaroleta francesaassalto, sem nem perceber direito, é objeto da fúriaroleta francesaum machão contra outro machinho canalha, covarde. Infelizmente quem realmente sentiu a agressão foi ela, a Cadeira.
Foi rápido, ela se espatifou no chão, ninguém a socorreu, ainda teve que ouvir o “francês” dos candidatos, o horror do público, o pavor dos e das demais candidatas, mas nenhum foi-lhe solidário (a), caída, machucada ali, naquele chão frio, humilhada por eles. Apenas um rapaz da produção lhe levou ao hospital, sabe que foi heroína por uns instantes.
O boletim médico diz que ela passa bem, só não sabe o estado psicológico dela, e da população.

Arnóbio Rocha

A vítimaroleta francesaDatena e LaMarçal!

A cadeiradaroleta francesaDatena sobre Marçal durante o debate da TV Cultura na noite do domingo (16/09) é o ápice da desmoralização do sistema democrático no Brasil. Um processoroleta francesadesmonte que teve início já no golpe jurídico/parlamentar contra a presidenta Dilma e que se estendeu e aprofundou durante quatro anosroleta francesaescárnio do desgoverno Bolsonaro.
Depois dos atos terroristas do 8roleta francesajaneiro, achávamos que estávamos no subsolo da incivilidade. Mas não. O buraco é mais profundo.&nbsp;
O desmonte do Estado Democráticoroleta francesaDireito continuaroleta francesamarcha acelerada, comandado pela dupla Malafaia/Bolsonaro e agora encorpada pelos coach/influencers que ingressaram na política para cupinizá-la. &nbsp;
O ex-presidente inelegível, impune nas dezenasroleta francesacrimes que cometeu, articula diuturnamente os caminhos para instituir seu tão sonhado estado autocráticoroleta francesaextrema-direita no país.
Este ano, o processoroleta francesaesculhambação do sistema eleitoral tem um novo capítulo e outro protagonista.&nbsp;
Como candidato a prefeito, Pablo Marçal está conseguindo mais do que atacar as urnas eletrônicas. Ele zomba da Justiça Eleitoral dia sim, e dia também.&nbsp;
A última é que o coach digital, que já deveria ter sido afastado do processo eleitoral, montou seu circoroleta francesahorrores no centroroleta francesaum debateroleta francesatelevisão que deveria discutir propostas para a maior cidade da América do Sul. A cena grotesca que domina todas as redes sociais desde a noiteroleta francesaontem, só poderia ter sido protagonizada por personagens como Marçal e Datena. O fato, por si só, é desolador. Mas há algo ainda pior: virou piada, virou meme e fonteroleta francesadiversão, numa incompreensão tristíssima que esse espetáculo atenta contra todos nós.
A cenaroleta francesa“telecatch”, todo o humor jocoso que vejo e a ausênciaroleta francesadebate sério sobre as repercussões, me lembramroleta francesaum dos contos dos Irmãos Grimm, O Flautistaroleta francesaHamelin. Nele, os ratos, encantados com a melodia, seguiam festivos o Flautista, que os conduziria para fora da cidade (a polis, o ambienteroleta francesacivilidade) e, ao final, os afogaria num rio caudaloso.&nbsp;
Esse pequeno recorte da fábula, trazido para o fatoroleta francesahoje, nos mostra o perigo do entorpecimento coletivo, da incompreensão da gravidade do momentoroleta francesaque vivemos. Que o despertar nos venha, enquanto é possível.

Florestan Fernandes Jr

Marçal: a cadeirada e o abismo

Os Arautos do Evangelho, um grupo católico conservador, têm sido alvoroleta francesauma sérieroleta francesadenúncias graves que incluem humilhações, tortura, assédio e estupro. Fundadoroleta francesa1999 pelo Monsenhor João Clá Dias, após um rompimento com a Tradição, Família e Propriedade (TFP), o grupo se estabeleceu com a missãoroleta francesa“levar a animação cristã às realidades temporais, segundo o seu próprio carisma”. No entanto, as práticas internas e as relações políticas do grupo têm gerado grande controvérsia.
Desde o início do ano passado, o Ministério Públicoroleta francesaSão Paulo tem investigado denúncias contra os Arautos do Evangelho. As acusações, feitas por cercaroleta francesa40 pessoas, incluem abuso psicológico, humilhações, assédio e estupro. As mãesroleta francesaalgumas vítimas relataram mudançasroleta francesacomportamento nos filhos, suspeitando que o grupo incentivava o afastamento das famílias.
Mesmo diante das denúncias, os Arautos do Evangelho mantiveram uma relação próxima com figuras políticas, especialmente com o ex-presidente Jair Bolsonaro. O grupo foi convidado para organizar o coral da missaroleta francesasétimo dia do falecimento da mãeroleta francesaBolsonaro e participouroleta francesauma cerimônia natalina no Planalto, demonstrando um alinhamento político que tem sido criticado por muitos.
A relação entre os Arautos do Evangelho e o bolsonarismo não é isolada, mas parteroleta francesaum contexto maiorroleta francesaalianças com a extrema-direita global. Jair Bolsonaro, durante seu mandato, manteve estreitas relações com figuras como Olavoroleta francesaCarvalho e Steve Bannon. Olavoroleta francesaCarvalho, um influente ideólogo da direita brasileira, foi um dos principais articuladores do pensamento conservador no Brasil, enquanto Steve Bannon, ex-estrategistaroleta francesaDonald Trump, é conhecido por suas conexões com movimentosroleta francesaextrema-direita ao redor do mundo.
Olavoroleta francesaCarvalho, falecidoroleta francesajaneiroroleta francesa2022, foi uma figura central na formação ideológica do bolsonarismo. Seus ensinamentos, disseminados atravésroleta francesacursos online e redes sociais, influenciaram profundamente a baseroleta francesaapoioroleta francesaBolsonaro. Carvalho promovia teorias da conspiração, desinformação e um discursoroleta francesaódio contra a esquerda, minorias e instituições democráticas. Sua retórica agressiva e polarizadora ajudou a criar um ambienteroleta francesaintolerância e radicalização política no Brasil, que se refletiu nas políticas e discursos do governo Bolsonaro.
Steve Bannon, porroleta francesavez, é uma figura chave na extrema-direita global. Após ser demitido da Casa Brancaroleta francesa2017, Bannon dedicou-se a fortalecer movimentos nacionalistas e populistas ao redor do mundo. Ele fundou a organização "The Movement" para apoiar partidosroleta francesaextrema-direita na Europa eroleta francesaoutros continentes. Bannon também manteve contato próximo com Eduardo Bolsonaro, filhoroleta francesaJair Bolsonaro, e expressou publicamente seu apoio à campanha presidencialroleta francesaBolsonaroroleta francesa2018. A influênciaroleta francesaBannon é evidente na estratégiaroleta francesacomunicação do bolsonarismo, que utiliza táticasroleta francesadesinformação, manipulaçãoroleta francesaredes sociais e ataques a instituições democráticas, semelhantes às empregadas por Trump nos Estados Unidos.
A aliança entre Bolsonaro, Olavoroleta francesaCarvalho e Steve Bannon representa uma convergênciaroleta francesainteresses e estratégias da extrema-direita global. Essa conexão não apenas fortaleceu o bolsonarismo no Brasil, mas também contribuiu para a disseminaçãoroleta francesaideologias autoritárias e intolerantes. Os Arautos do Evangelho, ao se alinharem com essa rederoleta francesainfluências, reforçam uma agenda conservadora e tradicionalista que se opõe aos valores progressistas promovidos pelo Papa Francisco e outras lideranças religiosas.
O discursoroleta francesaódio e a tentativaroleta francesadesestabilizaçãoroleta francesainstituições são práticas comuns entre esses grupos. Bolsonaro, durante seu governo, frequentemente utilizou retórica agressiva contra opositores políticos, minorias e a imprensa. Esse tiporoleta francesadiscurso é amplamente criticado por fomentar divisões sociais e incentivar a violência. Os Arautos do Evangelho, ao se alinharem com essa retórica, reforçam uma agenda que vai contra os princípiosroleta francesarespeito e dignidade humana.
Um dos aspectos mais controversos dessa aliança é a tentativaroleta francesadestituir o Papa Francisco do poder. O Papa Francisco, conhecido por suas posições progressistas e por promover uma Igreja mais inclusiva, tem sido alvoroleta francesacríticas e ataques por parteroleta francesagrupos conservadores. A extrema-direita, incluindo figuras como Bannon, vê o Papa Francisco como um obstáculo para seus objetivos e tem promovido campanhas para minarroleta francesaautoridade.
O propósito dessa intentona contra o poder papal é claro: substituir a liderança progressista do Papa Francisco por uma mais alinhada com os valores conservadores e autoritários da extrema-direita. Isso inclui a promoçãoroleta francesauma Igreja que se opõe a direitos LGBTQ, ao aborto e a outras questões sociais progressistas. Os Arautos do Evangelho, comroleta francesaposturaroleta francesadesrespeito ao Papa Francisco, se inserem nesse contextoroleta francesatentativaroleta francesareconfiguração da Igreja Católica.
As práticas abusivas e o alinhamento político controverso dos Arautos do Evangelho representam uma ameaça significativa à sociedade. As denúnciasroleta francesatortura, assédio e doutrinação abusiva levantam preocupações sobre a integridade e os direitos das pessoas envolvidas com o grupo. A necessidaderoleta francesainvestigação e ação por parte das autoridades é urgente para proteger essas vítimas.
Os Arautos do Evangelho, apesarroleta francesaseu reconhecimento pelo Vaticano como associação religiosa, enfrentam sérias acusações que não podem ser ignoradas. A combinaçãoroleta francesapráticas abusivas, desrespeito às autoridades religiosas e alinhamento político controverso colocamroleta francesarisco a integridaderoleta francesaseus membros e a sociedaderoleta francesageral. É imperativo que as autoridades continuem a investigar e tomar medidas para garantir que os direitos humanos sejam respeitados e que práticas abusivas sejam erradicadas.
Os internatos dos Arautos do Evangelho estão localizados principalmenteroleta francesacastelos na Serra da Cantareira,roleta francesaCaieiras, na Grande São Paulo. As vítimas geralmente são jovens que são aliciados pelo grupo atravésroleta francesapromessasroleta francesauma vida dedicada à fé e à espiritualidade. No entanto, uma vez dentro do grupo, esses jovens são submetidos a um rígido controle e disciplina, que muitas vezes resultamroleta francesahumilhações e tortura.
Relatosroleta francesaex-membros e investigações apontam para práticasroleta francesahumilhação e tortura dentro das instalações do grupo. Jovens são submetidos a castigos físicos e psicológicos, com o objetivoroleta francesamanter a disciplina e a obediência. Essas práticas têm gerado traumas profundos nas vítimas, que muitas vezes têm dificuldaderoleta francesase reintegrar à sociedade após deixarem o grupo.
Há também denúnciasroleta francesaassédio sexual e estupro, com vítimas alegando terem sido abusadas por membros da organização. Essas acusações são particularmente graves, pois envolvem a violação da integridade física e psicológica das vítimas, muitas das quais são jovens e vulneráveis.
O grupo é acusadoroleta francesautilizar métodosroleta francesadoutrinação coercitiva, incluindo exorcismos e interrogatóriosroleta francesademônios. Essas práticas são consideradas abusivas e psicologicamente danosas, causando grande sofrimento às vítimas. A doutrinação coercitiva visa manter o controle sobre os membros e garantir a lealdade ao grupo.
Os Arautos do Evangelho são conhecidos porroleta francesaaversão à institucionalidade católica e por tratar o Papa Francisco como um anticristo. Essa posturaroleta francesadesrespeito às autoridades religiosas e à hierarquia da Igreja Católica tem gerado críticas e distanciamentoroleta francesaoutras autoridades religiosas.
O grupo tem sido criticado por seu alinhamento com figuras políticas controversas, como Jair Bolsonaro. Esse alinhamento político é visto como uma tentativaroleta francesadesqualificar as denúncias contra eles como parteroleta francesaum complô político, o que gera ainda mais desconfiança e preocupação.
Essas acusações têm gerado grande preocupação e chamado a atenção das autoridades e da sociedade para a necessidaderoleta francesainvestigação e ação para proteger os direitos e a integridade das pessoas envolvidas com o grupo. A gravidade das denúncias exige uma resposta rápida e eficaz para garantir que os responsáveis sejam punidos e que as vítimas recebam o apoio necessário.
Os Arautos do Evangelho, apesarroleta francesaseu reconhecimento pelo Vaticano como associação religiosa, enfrentam sérias acusações que não podem ser ignoradas. A combinaçãoroleta francesapráticas abusivas, desrespeito às autoridades religiosas e alinhamento político controverso colocamroleta francesarisco a integridaderoleta francesaseus membros e a sociedaderoleta francesageral. É imperativo que as autoridades continuem a investigar e tomar medidas para garantir que os direitos humanos sejam respeitados e que práticas abusivas sejam erradicadas.
Diante das graves acusações, diversas ações legais estão sendo tomadas para combater as práticas abusivas dos Arautos do Evangelho. O Ministério Públicoroleta francesaSão Paulo e a Defensoria Pública têm desempenhado papéis cruciais na investigação e no ajuizamentoroleta francesaações contra o grupo. A Defensoria Pública, por exemplo, ajuizou uma açãoroleta francesa2022, reunindo depoimentosroleta francesacercaroleta francesa50 vítimas, alémroleta francesavídeos e documentos que corroboram as denúncias.
As instituições competentes para combater essas práticas incluem o Ministério Público, a Defensoria Pública, o Tribunalroleta francesaJustiçaroleta francesaSão Paulo e a Polícia Civil. Essas entidades têm o poder legalroleta francesainvestigar, processar e punir os responsáveis por violaçõesroleta francesadireitos humanos. Além disso, a CNBB e outras autoridades religiosas têm a responsabilidaderoleta francesamonitorar e denunciar práticas abusivas dentroroleta francesaorganizações religiosas, garantindo que os princípiosroleta francesadignidade e respeito sejam mantidos. A colaboração entre essas instituições é essencial para assegurar que os direitos das vítimas sejam protegidos e que a justiça seja feita.
As denúncias contra os Arautos do Evangelho começaram a ganhar forçaroleta francesa2019, quando uma matéria do programa Fantástico, da TV Globo, revelou uma sérieroleta francesaabusos que ocorriam dentro das escolas do grupo. A partir dessa reportagem, maisroleta francesa70 pessoas, entre ex-internos e pais, procuraram a Defensoria Pública do Estadoroleta francesaSão Paulo para denunciar os crimes cometidos na principal unidade dos Arautos do Evangelho, localizadaroleta francesaCaieiras, São Paulo. Os relatos incluíam abuso psicológico, humilhações, assédio e estupro.
Em 2020, o Ministério Públicoroleta francesaSão Paulo abriu um inquérito para investigar as denúncias. As investigações revelaram que os jovens internos eram submetidos a um rígido controle e disciplina, com práticas que incluíam castigos físicos e psicológicos. As vítimas relataram que eram obrigadas a participarroleta francesaexorcismos e interrogatóriosroleta francesademônios, práticas que causavam grande sofrimento psicológico.
Em 2021, novas denúncias surgiram, desta vez envolvendo assédio sexual e estupro. Vítimas alegaram que foram abusadas por membros da organização, incluindo superiores hierárquicos. Essas denúncias levaram a uma intensificação das investigações e ao ajuizamentoroleta francesaações legais contra os Arautos do Evangelho.
Em 2022, a Defensoria Pública do Estadoroleta francesaSão Paulo ajuizou uma ação civil pública contra os Arautos do Evangelho, reunindo depoimentosroleta francesacercaroleta francesa50 vítimas, alémroleta francesavídeos e documentos que corroboravam as denúncias. A ação buscava responsabilizar o grupo pelas práticas abusivas e garantir a proteção das vítimas.
As investigações também revelaram que os Arautos do Evangelho não respeitavam o Estatuto da Criança e do Adolescente, nem a liberdaderoleta francesair e vir dos internos. Laudos apontaram para a violaçãoroleta francesadireitos previstos na Constituição, comprometendo a capacidade dos internosroleta francesase defenderem da violência praticada pelos superiores.
Além das denúnciasroleta francesaabuso físico e psicológico, as investigações revelaram que os Arautos do Evangelho incentivavam o afastamento dos jovensroleta francesasuas famílias. As mãesroleta francesaalgumas vítimas relataram que seus filhos apresentavam mudançasroleta francesacomportamento e medoroleta francesavoltar para casa, acreditando que a única salvação estava dentro do grupo.
As denúncias contra os Arautos do Evangelho também chamaram a atenção da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A CNBB, alinhada com as diretrizes do Papa Francisco, tem se distanciado do grupo devido às práticas abusivas e à posturaroleta francesadesrespeito às autoridades eclesiásticas. A CNBB tem enfatizado a necessidaderoleta francesauma investigação rigorosa eroleta francesamedidas para proteger as vítimas.
A sociedade brasileira deve rechaçar veementemente tais ideologias e práticas porque elas representam uma ameaça direta aos princípios democráticos, aos direitos humanos e à coesão social. A promoçãoroleta francesadiscursosroleta francesaódio, a desinformação e as práticas abusivas minam a integridade das instituições e fomentam a violência e a intolerância. Para denunciar organizações sectárias, dogmáticas, autoritárias, neonazistas e/ou neofascistas, os cidadãos podem recorrer ao Ministério Público, à Defensoria Pública, à Polícia Civil e a organizaçõesroleta francesadireitos humanos. É crucial que a sociedade se mobilize para proteger os valores democráticos e garantir que práticas abusivas sejam investigadas e punidas, assegurando um ambienteroleta francesarespeito e dignidade para todos.

Ivan Rios

Arautos do Evangelho: a seitaroleta francesaterror, ódio e dogmatismo a serviço da extrema direita

Uma das maiores secas da história e a explosãoroleta francesafocosroleta francesaincêndios nos biomas colocaram o país literalmenteroleta francesachamas. A maior catástrofe do gêneroroleta francesaque se tem registro. A tragédia já chegou às capitais. Da 1ª &nbsp;para a 2ª semanaroleta francesasetembro, a alta dos focos já chegou a 41% no país e a 188% no Rio eroleta francesaSão Paulo. As perdas na agropecuária pelos eventos climáticos extremos já alcançam os R$ 2 bilhõesroleta francesaSP. A reação do governo federal e dos governos dos demais entes federados têm se revelado muito aquém do drama que aflige pessoas, empresas, animais e flora nos biomas da Amazônia, Pantanal e Mata Atlântica.&nbsp;
Na última pesquisa do Ipec, a queda da aprovação do governo Lula foi puxada pelo crescimento da avaliação negativa sobre a gestão na área ambiental, cujos índicesroleta francesa“ruim ou péssima” subiramroleta francesa33% para 44% (osroleta francesa“ótimo ou bom” caíramroleta francesa33% para 27%). O ministro do STF Flávio Dino prolatou decisão mandando o governo federal enviar mais bombeiros militares para combater as queimadas. Pode ter sido um exagero, mas foi bem recebida pela opinião pública. O governo federal precisa esclarecer o alcance da ação humana nas queimadas. Até onde os focos são causados por ações irresponsáveisroleta francesacriminosos individuais e espontâneos? Os agentes que têm provocado intencionalmente os focos estão agindo concertadamente?&nbsp;
Na pandemia da Covid, o Congresso Nacional promulgou a Emenda Constitucional nº 106/20, simplificando procedimentos para enfrentamento da calamidade. Talvez não seja o casoroleta francesaaprovar nova emenda constitucional. Mas a decretação do estadoroleta francesacalamidade pública já se faz necessária. A calamidade é uma das medidas que a CF/88 prevê dentro do sistema constitucional das crises. Trata-seroleta francesauma situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento substancial da capacidaderoleta francesaresposta do poder público, na definição do Decreto 7.257/2010, que regulamenta o Sistema Nacionalroleta francesaDefesa Civil – SINDEC.
O presidente Lula deveria, nesta crise do Brasilroleta francesachamas, exercer a competência privativa prevista no inciso XXVIII do art. 84 da CF/88, que foi introduzida pela EC nº 109/21 (“propor ao Congresso Nacional a decretação do estadoroleta francesacalamidade públicaroleta francesaâmbito nacional”). Com a iniciativa, assumiria a gravidade da crise. Aprovada pelo Congresso Nacional, a medida possibilitaria que o Poder Executivo adotasse regime extraordinário fiscal, financeiro eroleta francesacontratações, com processos simplificadosroleta francesacontrataçãoroleta francesapessoal,roleta francesacaráter temporário e emergencial, eroleta francesaobras, serviços e compras. A decretação do estadoroleta francesacalamidade reforçaria, ainda, o papelroleta francesaliderança que deve ser exercido pelo Presidente da República na gestão da crise.
Não bastam as intenções e medidas genéricas que não têm implementação e efeitos imediatos. Como a anunciada intençãoroleta francesacriar uma Autoridade Climática ou aroleta francesatreinar 70 mil recrutas para combater os incêndios. O tamanho do desastre requer medidas imediatas, que deveriam se iniciar pela decretação do estadoroleta francesacalamidade pública. E que poderiam ser complementadas com um rolroleta francesaprovidências, como as seguintes: maior envolvimento do presidente Lula e da ministra Marina Silva, com pronunciamento presidencialroleta francesacadeia nacional e articulação com governadores e prefeitos; utilização dos atuais contingentes das forças armadasroleta francesaações diretas nos focos; maior envolvimento da Polícia Federal na investigação e punição dos responsáveis pelos incêndios criminosos; programaroleta francesaenvolvimento do setor privado e do terceiro setor; programaroleta francesapremiaçãoroleta francesadinheiro a quem denunciar e provar autoriaroleta francesaincêndios criminosos; campanha específica para esclarecer a opinião pública sobre os focosroleta francesaincêndio e os cuidados a serem tomados por todos; programaroleta francesaapoio às pessoas, empresas e animais atingidos pela catástrofe; solicitaçãoroleta francesaapoio estrangeiro com recursos financeiros específicos emergenciais e envioroleta francesapessoal técnico especializadoroleta francesacombate aos incêndios que acontecem com regularidade todos os anos na Europa (Portugal acabaroleta francesadecretar estadoroleta francesaalerta) e nos EUA. Ficam as sugestões que poderiam atenuar o drama que hoje vivem o país, o meio-ambiente, a população, os produtores rurais e os animais.