Dívida histórica: como Portugal pode reparar crimes coloniais?
Entidades civis e especialistas indicam caminhos para projeto concreto
✅ Receba as notícias do Brasilbetmaster casino e da TVbetmaster casino no Telegram dobetmaster casino e no canal dobetmaster casino no WhatsApp.
E-mail: **
E-mail: **
es dos anos 1960. O Wall Street Journal descreveu-o como um "retrocesso para os anos 60
da alma a la Otis 🍌 Redding e Sam Instrument ChownesForn Filhos Vilhena indústria Harley
Agência Brasil – Durante a semana, o discurso do presidentebetmaster casinoPortugal, Marcelo Rebelobetmaster casinoSousa, sobre a responsabilidade do país pela escravidão no Brasil repercutiubetmaster casinodiferentes setores da sociedade nos dois lados do Atlântico. Entidades civisbetmaster casinodefesabetmaster casinodireitos humanos, acadêmicos e autoridades políticas receberam positivamente o discurso, mas cobraram um projeto concretobetmaster casinoreparação pelo conjuntobetmaster casinocrimes e violações cometidos durante o processobetmaster casinocolonização.Foi a primeira vez que um presidentebetmaster casinoPortugal reconheceu a responsabilidadebetmaster casinoforma mais contundente, apesarbetmaster casinoa posição não ser compartilhada pelo conselhobetmaster casinoministros do governo português.
“Temos que pagar os custos. Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos? Vamos ver como podemos reparar isso”, disse Marcelo Rebelobetmaster casinoSousa.
E como quantificar exatamente “custos” e prejuízos causados por um sistemabetmaster casinoexploração e opressão que durou séculos? Seria possível chegar a um valorbetmaster casinodinheiro? Ou faria mais sentido falarbetmaster casinocompensações políticas, sociais, culturais? Especialistas ouvidos pela Agência Brasil indicam uma sériebetmaster casinomedidas e caminhos que deveriam ser tomados pelo Estado português – e brasileiro – para reparar crimes cometidos contra africanos, indígenas e descendentes.
. Criaçãobetmaster casinomuseus, centrosbetmaster casinomemórias e outros equipamentos públicos que reconheçam os impactos da colonização sobre a população afro-brasileira;
. Incluir no currículo oficial da Redebetmaster casinoEnsino portuguesa a obrigatoriedade da temática “História dos Impactos Nocivos do Colonialismo Português para o Contexto Brasileiro”;
. Firmar pactos e acordosbetmaster casinocolaboração efetivos com o Brasil - bem como junto a outros países que foram colonizados por Portugal - com o objetivobetmaster casinopromover a reparação a partirbetmaster casinoinvestimentos financeiros, da salvaguardabetmaster casinomemórias ebetmaster casinorevisão dos pactos e parceriasbetmaster casinonacionalidade e trânsito entre os países;
. Encorajar todos os países da Europa fundados a partirbetmaster casinosistemas coloniais a adotar medidas reparatórias aos países do Sul Global que se fundaram a partir da exploração colonial;
“Custos” da escravidão
Diferentes nações europeias participarambetmaster casinoprocessosbetmaster casinocolonização e escravização, mas quando se fala do tráfico transatlânticobetmaster casinoafricanos é impossível não destacar a atuaçãobetmaster casinoPortugal. Foi a primeira nação europeia moderna a se apossarbetmaster casinoum território africano: Ceuta, no norte do continente,betmaster casino1425. Nas décadas seguintes, criou entrepostos na parte Atlântica da África, conhecidas como feitorias,betmaster casinoonde podiam ser organizadas expedições para o interiorbetmaster casinobuscabetmaster casinobensbetmaster casinovalor, como metais preciosos e pessoas.
Acredita-se que a primeira remessabetmaster casinoescravizados para Portugal tenha ocorrido no anobetmaster casino1441, quando eram obrigados a fazer trabalhos pesadosbetmaster casinoagricultura ou mineração. A demandabetmaster casinotrabalhadores forçados aumenta com o estabelecimentobetmaster casinoengenhosbetmaster casinoaçúcar nas ilhas Atlânticas. Com a conquistabetmaster casinoum vasto território na América, nativos indígenas e africanos vão se constituindo como principal mãobetmaster casinoobra. Uma das estimativasbetmaster casinopesquisadores indica que foram trazidos pelo menos 5,8 milhõesbetmaster casinoafricanos escravizados para colônia brasileira entre os séculos 16 e 19.
Essas pessoas poderiam ser capturadas diretamente à força no continente ou obtidas por meiobetmaster casinonegociações com líderes locais. Prisioneirosbetmaster casinoguerras entre povos rivais viravam mercadoriasbetmaster casinotroca por cavalos, armas e outros bens. É nesse ponto que se tornou comum ouvirbetmaster casinorevisionistas e gruposbetmaster casinoextrema direita que a África é igualmente responsável pela escravidão. Quem não se lembra da frase “o português nem pisava na África, eram os negros que entregavam os escravos”, dita pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro?
A historiadora Monica Lima, que é professorabetmaster casinohistória da África e coordenadora do Laboratóriobetmaster casinoEstudos Africanos da Universidade Federal do Riobetmaster casinoJaneiro (LEÁFRICA-UFRJ), explica que essa é uma falsa equivalência. Apesarbetmaster casinopraticada anteriormente por alguns povos do continente africano, a escravização foi multiplicada pela demanda e investimento europeus.