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Filhochampions league srlJoão Cândido rebate Marinha: “meu pai é um herói popular”

Em carta, comandante questionou homenagem ao marinheiro

João Cândido

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Por Leo Rodrigues, repórter da Agência Brasil - Após a Marinha se manifestar contra o reconhecimentochampions league srlJoão Cândido como herói da pátria, o único filho vivo do líder da Revolta da Chibata criticou o posicionamento, mas diz que não se surpreende. Adalberto Cândido, conhecido como seu Candinho, avalia que há uma aversão à figurachampions league srlJoão Cândido e conta que os familiares nunca foram procurados pela Marinha. 

"Ela não se envolvechampions league srlnenhum evento relacionado com meu pai. Quando houve a cerimôniachampions league srlinstalação da estátua do meu pai na Praça XV, no Riochampions league srlJaneiro, não tinha ninguém da Marinha presente. Parece que nutrem um ódio. Eles deviam agradecer aos marinheiros por terem feito a Marinha evoluir. Mas não quero que meu pai seja herói da Marinha, quero que seja um herói do povo. Meu pai é um herói popular. A verdade é que a Marinha não se atualizou como deveria", disse seu Candinho,champions league srlentrevista à Agência Brasil nesta sexta-feira (26).

A inclusãochampions league srlJoão Cândido no Livrochampions league srlHeróis e Heroínas da Pátria depende da aprovação do Projetochampions league srlLei 4046/2021, atualmente tramitando na Comissãochampions league srlCultura da Câmara dos Deputados. Na segunda-feira (22), a Marinha enviou uma carta oficial endereçada ao deputado federal Aliel Machado (PV), que preside a comissão. Deflagrada no Riochampions league srlJaneirochampions league srl1910 como reação aos castigos corporais aplicados aos marinheiros, a Revolta da Chibata foi descrita pela Marinha como uma "deplorável página da história nacional" que se deu pela "ação violentachampions league srlabjetos marinheiros".

A carta foi assinada pelo comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen. "A Força Naval não vislumbra aderência da atuaçãochampions league srlJoão Cândido Felisberto na Revolta dos Marinheiros com os valoreschampions league srlheroísmo e patriotismo; e sim, flagrante que qualifica reprovável exemplochampions league srlconduta para o povo brasileiro", registra o texto.

O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é um livrochampions league srlaço voltado para perpetuar, através do registro do nome, a memória dos brasileiros que se destacaram na história do país. Desde que foi criado,champions league srl1992, já foram homenageados 64 pessoas, entre eles Tiradentes, Anita Garibaldi, Chico Mendes, Zumbi dos Palmares, Machadochampions league srlAssis e Santos Dumont. Ele fica depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, monumento localizadochampions league srlBrasília. A inclusãochampions league srlnovos nomes só ocorre mediante aprovaçãochampions league srllei pelo Congresso Nacional.

Na carta enviada à Comissãochampions league srlCultura da Câmara dos Deputados, o comandante Olsen classifica a revolta como "subversão" e "rupturachampions league srlpreceitos constitucionais organizadores das Forças Armadas". Ele sustenta que houve desrespeito à hierarquia e à disciplina e menciona ainda que inocentes morreram no episódio.

Seu Candinho contesta. Segundo ele, a Marinha naquela época desrespeitava suas próprias regras internas, prática que mudou graças ao movimento dos marinheiros. "Não havia essa disciplina. Pelo código disciplinar, o limite eram 25 chibatadas. Deram 250champions league srlum marinheiro".

Embora reconheça o "justo pleito pela revogação da prática repulsiva do açoite", Olsen alega que os marinheiros estavam interessadoschampions league srl"vantagens corporativistas e ilegítimas". Também consta no texto que o reconhecimentochampions league srlJoão Cândido como herói passaria a "mensagemchampions league srlque é lícito recorrer às armas que lhe foram confiadas para reivindicar suposto direito individual ouchampions league srlclasse".

Em postagens nas suas redes sociais, o deputado federal Lindbergh Farias (PT), autor do Projetochampions league srlLei 4046/2021, manifestou indignação com a posição da Marinha. "A nossa luta para ver João Cândido herói nacional não vai parar", escreveu o deputado, compartilhando também imagenschampions league srluma visita feita a seu Candinho nesta sexta-feira (26).

Riochampions league srlJaneiro (RJ), 08/11/2023 - Entrevista com Adalberto Cândido, o Candinho, filhochampions league srlJoão Cândido Felisberto, o marinheiro líder da Revolta da Chibata, conhecido como Almirante Negro. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Riochampions league srlJaneiro (RJ), 08/11/2023 - Adalberto Cândido, o Candinho, filhochampions league srlJoão Cândido Felisberto, o marinheiro líder da Revolta da Chibata, conhecido como Almirante Negro. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Tramitação - O Projetochampions league srlLei 4046/2021 já foi aprovado no Senado Federal. Na Câmara dos Deputados, embora tramitando há maischampions league srldois anos, ele ainda encontra-se nas primeiras etapas. A Comissãochampions league srlCultura deve ser a primeira a analisá-lo. A deputada Benedita da Silva (PT) foi designada relatora e apresentou seu parecerchampions league srljulhochampions league srl2022, mas até hoje ele não foi votado. A parlamentar se manifestouchampions league srlforma favorável e considera que a inclusãochampions league srlJoão Cândido no Livrochampions league srlHeróis e Heroínas da Pátria seria uma "reparação histórica".

"Somentechampions league srl2008, no governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi sancionada anistia póstuma ao marinheiro João Cândido e colocada na Praça XV, na cidade do Riochampions league srlJaneiro, uma estátuachampions league srlhomenagem àchampions league srlbravura e heroísmo, depoischampions league srlmuita resistência da Marinha", registra o relatório da parlamentar. A estátua que ela menciona foi revitalizadachampions league srl2022 e transferida para a Praça Marechal Âncora, localizadachampions league srlfrente para o mar.

O Ministério Público Federal (MPF) também encaminhou um posicionamento favorável ao projetochampions league srlnovembro do ano passado. No documento, cita-se uma tentativachampions league srlsilenciamento da históriachampions league srlJoão Cândido. Há também críticas diretas à posição que vem sendo adotada pela Marinha, acusadachampions league srlpromover "esquecimentos das chibatadas, dos castigos corporais e da resistência contra o tratamento desumano sofrido por aqueles marinheiros".

Há um inquérito do MPFchampions league srlandamento voltado para para fortalecer a memóriachampions league srltorno do legadochampions league srlJoão Cândido, o que inclui, por exemplo, a criaçãochampions league srlmuseus. Além disso, há uma cobrança para que a anistia concedidachampions league srl2008 produza efeitos e gere compensação financeira àchampions league srlfamília. Para o MPF, é preciso levarchampions league srlconta o direito às promoções que João Cândido teria se não tivesse sido expulso da Marinha e a pensão por morte.

Nesta quarta-feira (24), durante uma audiência na Câmara dos Deputados, o MPF voltou a reforçarchampions league srlposição. O procurador da República, Julio Araujo, destacou na ocasião que a atuaçãochampions league srlJoão Cândido e seus companheiros foi fundamental para promover mudanças na Marinha, abolindo práticas abomináveis e contribuindo para uma instituição mais justa e deixando para trás práticas do período da escravidão.

Amor pela Marinha - "Meu pai dizia que amava a Marinha, independentechampions league srltudo o que ele passou", conta seu Candinho. Seu relato coincide com a conclusãochampions league srlpesquisas realizadas pelo historiador e professor da Universidade Federal do Riochampions league srlJaneiro (UFRJ), José Murilochampions league srlCarvalho. Na décadachampions league srl1980, ele publicou um artigo traçando o perfilchampions league srlJoão Cândido. Emchampions league srlanálise, ele levouchampions league srlconta bordados que o marinheiro produziu durante horas vagas a bordochampions league srlum navio. Em um deles, foi grafado as palavras "liberdade" e "ordem", conceitos que bem poderiam ser considerados antagônicos.

"João Cândido cresceu numa instituição militar onde prevalece a disciplina. Além disso, o lema republicano 'ordem e progresso' tinha forte influência entre os marinheiros. Mesmo apóschampions league srlexpulsão, João Cândido manteve um relacionamento sentimental com a instituição. Ele foi visto idoso se despedindo quando o navio Minas Geraes foi desligado. A liberdade, para ele, significava o direito a um tratamento que não fosse assemelhado aos escravos, como os próprios marinheiros diziam. Mas sem perderchampions league srlvista a importância da disciplina", explicou José Murilochampions league srlCarvalho alguns anos atráschampions league srlentrevista à EBC.

Na ocasião, o historiador também destacou que a reputaçãochampions league srlJoão Cândido se tornou alvochampions league srldisputa após o fim da revolta. "De um lado, ele era vilipendiado pelo discurso oficial e,champions league srloutro, passou a ser exaltado e transformado num mito, sobretudo pelo movimento negro. Sua reputação ficou entre a calúnia e a mitificação".

Revolta da Chibata - Filhochampions league srlex-escravos, João Cândido nasceu no anochampions league srl1880champions league srluma fazenda cuja localização situa-se dentro dos atuais limites do municípiochampions league srlEncruzilhada do Sul (RS). Ele ingressou na Marinha aos 15 anoschampions league srlidade. Porchampions league srlatuação à frente da Revolta da Chibata, foi apelidadochampions league srlalmirante negro. A mobilização que ele liderou entre os dias 22 e 27champions league srlnovembrochampions league srl1910 contestava os baixos salários, a ausênciachampions league srlum planochampions league srlcarreira e, sobretudo, as chicotadas aplicadas como punições.

A revolta envolveu a tomadachampions league srlembarcações atracadas na Baíachampions league srlGuanabara. A primeira delas foi o navio Minas Geraes e logo se expandiu. Posteriormente, eles assumiram o controle das embarcações São Paulo, Bahia e Deodoro, direcionaram canhões para o Riochampions league srlJaneiro e fizeram alguns disparos. João Cândido seria posteriormente homenageado porchampions league srlliderança, na letra da música “Mestre Sala dos Mares”, composta por Aldir Blanc na décadachampions league srl1970.

Diante das ameaças, foi anunciado o fim dos castigos corporais e a anistia aos revoltosos, o que levou os marinheiros a encerrarem a mobilização. Apesar da promessa, diversos participantes foram presos ou expulsoschampions league srlMarinha. João Cândido e outros líderes chegaram a ser enviados para a solitária no Batalhão Naval na Ilha das Cobras, no Riochampions league srlJaneiro. Posteriormente, foram excluídos da Marinha. Quando morreuchampions league srl1969, ele moravachampions league srluma casachampions league srluma rua sem saneamento básico ou luz elétrica. Com 89 anos, ele faleceuchampions league srldecorrênciachampions league srlum câncerchampions league srlintestino e passou seus últimos dias no Hospital Getúlio Vargas, no Riochampions league srlJaneiro.

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