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A democracia pede socorro para ir além da representatividade (vídeo)

Novo ciclo democrático é urgente. Analistas e militantes falam aoaposta grátis sobre política, estupro e movimentos sociais. Veja também gráficos e estatísticas

Atos contra o estupro e a parte interna da Câmara dos Deputados (Foto: Marcha Mundial das Mulheres I Rovena Rosa / Agência Brasil / Lourival Augusto / Agência Câmara)

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Por Leonardo Lucena

O homem, com individualismo e faltaaposta grátisformação educacional, “sequestra” o conceitoaposta grátisliberdade, ignora a história e o patriarcado, para justificar a cultura do estupro especialmenteaposta grátisperiferias. A mente e o corpo “livres” das mulheres negras, principalmente, não podem se resumir à liberdadeaposta grátisvoto, o que torna mais urgente a necessidadeaposta grátisum ciclo pós-democrático, conceito cada vez mais conhecido nos últimos anos pelo filósofo argelino Jacques Rancière, 84 anos.

Militantesaposta grátismovimentos sociais aumentaram as denúncias contra o estupro nos últimos 30 dias após deputados federais aprovarem a urgência da análise do Projetoaposta grátisLei 1904/2024 na Câmara. A proposta, que será debatida no Legislativo neste segundo semestre, equipara o abortoaposta grátisgestação acimaaposta grátis22 semanas ao crimeaposta grátishomicídio, mesmoaposta grátiscasoaposta grátisestuproaposta grátiscrianças. A populaçãoaposta grátiscor negra é a mais afetada pela pauta discutida no Congresso.

Os 135 deputados federais negros, pardos ou pretos representaram 26% dos 513 mandatos na Câmara, e as mulheres corresponderam a 17% das cadeiras, apontaram números das eleiçõesaposta grátis2022, quando foram eleitas 91 congressistas para a Casa, altaaposta grátis18%aposta grátiscomparação com as 77 deputadas eleitasaposta grátis2018, eaposta grátis9%aposta grátisrelação aos 124 parlamentaresaposta grátiscor preta e parda escolhidos há quatro anos. Os números são mais preocupantes quando comparados à população. O Brasil tem 56% dos 212 milhõesaposta grátishabitantes autodeclarados pardos e pretos na pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiroaposta grátisGeografia e Estatística - Censo 2022, com dadosaposta grátis2021. As mulheres representaram 52,8% (veja mais estatísticas ao longo da reportagem).

“A participaçãoaposta grátismulheres, negros, indígenas e pessoas LBTQIA+ é fundamental para a efetiva institucionalizaçãoaposta grátisdireitosaposta grátisnosso país”, pontuou a historiadora, acrescentando que as mulheres, “por terem uma sociabilidade muitas vezes direcionada para o cuidado, possuem maior conhecimentoaposta grátiscausa sobre temas como saúde, aborto, assédio, maternidade, igualdadeaposta grátisgênero etc”.

“Ainda que a legislação tenha avançado nos últimos anos, no sentidoaposta grátispromover candidaturasaposta grátismulheres, é fato queaposta grátiseficácia não foi a esperada. Muitos partidos descumpriram as regras eleitorais e, recentemente o Congresso Nacional, ameaçou votar uma Emenda Constitucional para anistiar os partidos que não cumpriram as determinações. O parlamento cria regrasaposta grátispromoção da igualdade para depois perdoar aqueles que não seguiram as determinações. É também por isso que pouco se avança. O Brasil segue sendo um dos países que tem seu parlamento e judiciário menos representativos do conjunto da sociedade””.

Integrante da Marcha Mundial das Mulheres (MMA), que atualmente, está organizadaaposta grátis20 estados do Brasil, conforme o site da entidade, Rayanne Almeida, 29 anos, fez críticas à “precariedade” do Congresso Nacional e destacou a importânciaaposta grátis“um feminismo sociocultural,aposta grátisdentro das periferias”. “Não é um feminismo raso”, afirmou.

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Manifestação na cidadeaposta grátisSão Paulo contra o 'PL do Estrupro' e Rayanne Almeida, com uma camisa, na qual está escrito 'sem golpe, sem anistia e misoginia'. Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil I Divulgação

“A bancada do Congresso não é majoritariamente das mulheres, das pessoas que vieram da periferia. Temos uma PL tramitandoaposta grátisregimeaposta grátisurgência sobre o corpo da mulher. Criança não é mãe, estuprador não é pai. O direito ao nosso corpo é um direito nosso”, afirmou. “Estamos na luta, uma marcha que se fundou na América Latina toda. Incentiva a candidaturasaposta grátismulheres periféricas, feministas, que podem ser potência. Quando pedimos ‘Fora Arthur Lira’. Estamos pedindo o direito legítimo do nosso corpo. Pela vida das mulheres”.

Na entrevista, Lobato acrescentou que a “relaçãoaposta grátisgênero” é uma das bases para “manter a sociedade injusta e desigual”. “(O protesto) éaposta grátisgrande importância, um ato plural pela vida das pessoas. A democracia é participativa. Ninguém dá ela pra gente, a gente tem que tomar”, continuou.

“Retomar a culturaaposta grátisatos massivos. A configuração do Congresso temaposta grátisser pautada com o povo na rua. A gente precisa mais do que nunca defender Estado laico, se não teremos retiradasaposta grátisdireitos”.

A auxiliaraposta grátisEnfermagem, Tereza Oliveira, 73 anos, disse que “está faltando política pública”. “Fizeram um cerco. Essa pauta estava engavetada,aposta grátisrepente surge do nada. Quando a gente viu, estava aprovada. Tenho uma netaaposta grátis10 anos e tenho maior zelo por ela. Fico preocupada com as demais mulheres das periferias”.

Integrante do Coletivoaposta grátisEntidades Negras (CEN-PE), a ativista Marta Santiago afirmou que os eleitores não sabem mais “em quem confiar”. “Esse patriotismo machista que nos cala e nos mata, chamoaposta grátisextermínio da mulher”.

O 247 entrouaposta grátiscontato com a SDS, por meio da assessoriaaposta grátisimprensa da instituição, mas não teve retorno (o espaço continua aberto para uma possível manifestação da secretaria).

Desigualdades entre as capitais brasileiras

Recife ocupou o segundo lugar no ranking do Mapa da Desigualdade entre as Capitais Brasileiras, desenvolvido pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) e divulgadoaposta grátismarçoaposta grátis2024. A pesquisa, que teve o resultado divulgado nesta terça-feira (26), analisa áreas como educação, saúde, violência, assistência social, meio ambiente e direitos humanos.

O Mapa estabeleceu um ranking para classificar as capitaisaposta grátistodos os estados brasileiros, registrando notas entre 373 e 677. Recife recebeu a pontuação 392 e ficou na frente apenasaposta grátisPorto Velho (RO), que somou apenas 373 pontos. A capital pernambucana acumula a segunda maior taxaaposta grátisdesocupação do Brasil, com 15% da população desempregada

Os cinco primeiros foram: 1. Curitiba, 2.Florianópolis, 3.Belo Horizonte, 4.Palmas e 5.São Paulo. Os próximos cinco foram 6. Vitória, 7. Cuiabá, 8. Porto Alegre, 9.Goiânia e 10.Campo Grande.

Na sequência apareceram 11. Rioaposta grátisJaneiro, 12.Natal, 13.Boa Vista, 14.Teresina e 15.Aracaju. Depois vieram 16. João Pessoa, 17. Salvador, 18. Macapá, 19. São Luís e 20.Fortaleza.

Os seis com os piores índices foram 21. Maceió, 22. Rio Branco, 23. Manaus, 24. Belém, 25. Recife e 26. Porto Velho.

O que dizem os políticos

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou nesta terça-feira (18) que vai criar uma comissão representativa para discutir o projetoaposta grátislei que equipara aborto após a 22ª semana a homicídio, e afirmou que o debate sobre o tema na Casa ficará para o segundo semestre, após o recesso parlamentar.

"O colégioaposta grátislíderes aqui presentes deliberou também debater – debater – esse temaaposta grátismaneira ampla no segundo semestre, com a formaçãoaposta grátisuma comissão representativa, que desta forma o açodamento ou as perguntas não terão como fluir, porque nós só iremos tratar disso após o recesso, na formação desta comissão", declarou Lira à imprensa.

"Reafirmar a importância do amplo debate. Isso é fundamental para exaurir todas as discussões, para se chegar a um termo que crie, para todos, segurança jurídica, humana, moral e cientifica sobre qualquer projeto que possa a vir a ser debatido na Câmara. Nunca fugiremos a essa responsabilidadeaposta grátisfazer o debate e fazê-lo com exatidão e nunca faltar com espírito aberto e democrático para que a sociedade participe", acrescentou.

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Arthur Lira. Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, criticou o projeto. Nas redes sociais, a titular da pasta afirmou que a gravidez na adolescência ou na infância tem consequências sociais, econômicas, psicológicas e impactos na saúde da jovem.

Segundo comunicado divulgado pela ministraaposta grátisjunho, os números do Sistema Únicoaposta grátisSaúde (SUS) apontaram que,aposta grátismédia, 38 meninasaposta grátisaté 14 anos se tornam mães a cada dia no Brasil, o que mostra o desafio que é para uma menina acessar o direito ao aborto legal. Em 2022, foram maisaposta grátis14 mil gravidezes entre meninas com idade até 14 anos no país.

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Cida Gonçalves. Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, demonstrou posicionamento contrário à proposta analisada na Câmara. “Precisamos garantir no SUS o atendimento a meninas e mulheres vítimasaposta grátisestupro eaposta grátisriscoaposta grátisvida. O PL 1904 é injustificável e desumano”.

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Nísia Trindade. Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ministro dos Direitos Humanos, Silvioaposta grátisAlmeida, afirmou que a proposta é inconstitucional. “Fere o princípio da dignidade da pessoa humana e submete mulheres violentadas a uma indignidade inaceitável, a tratamento discriminatório, o que não é permitido por nenhum parâmetro normativo nacional, ou internacional a que o Brasil tenha aderido”, acrescentou.

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Silvioaposta grátisAlmeida. Foto: Agência Câmara

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