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    A máscara do racismo "natural" precisa cair para haver justiça social

    Discurso meritocrático e teorias raciais tentam justificar o que é desumano. A morte é ferramentanavi 1xbetgestão na miséria. Desigualdade persiste

    Mobilização contra a desigualdade racial no Brasil (Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil)
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    Neste cenário, podemos considerar alguns aspectos importantes para determinar a posição do leão. Por exemplo, navi 1xbet um tabuleiro navi 1xbet xadrez, 💻 é possível que o leão (que, neste caso, seria um peão ou uma peça com movimentos especiais) esteja navi 1xbet uma 💻 determinada coluna e linha. Assim, sua posição seria definida por duas coordenadas (exemplo: coluna 'c' e linha '4').

    Em outras situações, 💻 como navi 1xbet um ambiente virtual ou navi 1xbet um mapa, a posição do leão poderia ser especificada por meio navi 1xbet suas 💻 coordenadas geográficas, como latitude e longitude. Neste caso, poderíamos dizer que o leão está localizado navi 1xbet uma determinada latitude e 💻 longitude (exemplo: 10° Norte e 50° Oeste).

    Há muito tempo atrás, no início do segundo milênio a.C., viviam navi 1xbet Anatólia, atual Turquia, dois figuras lendárias: o pai 🏀 navi 1xbet Midas, Gordias, e o próprio Midas, conhecido na mitologia grega como o rei navi 1xbet Frígia.

    Gordias foi creditado como o 🏀 fundador da capital frígia, Gordión, e por ligar o nó górdio, um complexo nó feito numa madeixa navi 1xbet junco que 🏀 se acreditava trazer boa sorte à quem o desnudasse.

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    Por Leonardo Lucena

    Meritocracia, teorias raciais feitas por estudiosos e a maneira como foram propostas algumas leis abolicionistas mostram que o racismo nunca foi consequêncianavi 1xbetuma “seleção natural da espécie”. O capitalismo tem como objetivo o lucro. Para esta finalidade ser alcançada, é necessária a concentraçãonavi 1xbetrenda e a desigualdade racial. Professornavi 1xbetHistória e mestrenavi 1xbetServiço Social formado pela Universidade Federalnavi 1xbetPernambuco (UFPE), Jones Manoel critica o discurso meritocrático como alternativa para o racismo. Segundo o historiador, “o poder político, ideológico e econômico da burguesia” tenta influenciar as pessoas a verem no mérito próprio a principal solução para enfrentar a desigualdade entre negros e brancos.

    “A compreensão média da maioria das pessoas é construída por aparelhos ideológicos que estão sob controle da classe dominante. Desde a indústria cultural - como a televisão que chega na casanavi 1xbetquase todos os brasileiros - até o aparelho educacional e o discurso da maioria dos partidos políticos e lideranças institucionais, temos a predominâncianavi 1xbetuma visão liberalnavi 1xbetmundo - liberalismonavi 1xbetesquerda ounavi 1xbetdireita. Nessa visão, faz sentido tomar como pontonavi 1xbetpartida o indivíduo, seja para afirmar que não existe racismo e sim pessoas que ‘não se esforçaram o suficiente’, numa perspectivanavi 1xbetdireita, ounavi 1xbetum pontonavi 1xbetvista liberalnavi 1xbetesquerda, para afirmar que existe racismo, representado pela ausência da igualdadenavi 1xbetoportunidades, numa competição injusta”, continua.

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    Ato nos EUA contra o racismo e o historiador Jones Manoel. Foto: Reprodução (AFP) I Reprodução (Redes Sociais)

    Na avaliação do estudioso, que também é educador, comunicador popular, escritor e militante comunista, “embora o termo ‘racismo estrutural’ esteja popularizado, poucas pessoas e organizações políticas debatem que estrutura é essa”. “Quando falamosnavi 1xbetestrutural, estamos falandonavi 1xbetpoder político, poder econômico, relaçõesnavi 1xbetpoder do Estado e quem controla a economia a partir da propriedade dos meiosnavi 1xbetprodução”.

    Uma parte da negritude vê o próprio sustentonavi 1xbetatividades como o tráficonavi 1xbetdrogas,navi 1xbetque a morte é uma das condições para o funcionamento do negócio. O homicídio é uma ferramentanavi 1xbetgestão da "empresa", para a eliminaçãonavi 1xbetconcorrentes. “Eles (traficantes) querem estar no lugarnavi 1xbetquem está mandando, ter uma arma na mão”.

    Manifestantes protestam contra mortenavi 1xbetjovens negros no Rio
    Protesto no estado do Rionavi 1xbetJaneiro e Ricardo Herculano. Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil I Reprodução(Photo: Tomaz Silva/Agência Brasil)Tomaz Silva/Agência Brasil

    O militante sugere a necessidadenavi 1xbetintegração entre escolas e familiares do negro. De acordo com o ativista, o negro que está na miséria vê na ilegalidade uma maneiranavi 1xbet“vencer” a discriminação e se sustentar. “É sub capitaneado pelo submundo do crime, pelo tráfico. Os pais espancam, ele vai para rua. Quem o apoia? O tráfico”, reforça.

    Na entrevista, Bandeira cita as dificuldades do movimento negro. “Os movimentos sociais estão órfãos. Não têm (dinheiro). É difícil. Precisamos não apenasnavi 1xbetações, masnavi 1xbetpolíticas públicas para a população. Não temos que estar pedindo. Somos a maioria da população”. “Quem nos dar migalhas apenas como instrumentonavi 1xbetvoto. Querem que nossos filhos sejam empregados, eleitores dele”, afirma. 

    ‘A bala não erra o negro’. Estatísticas

    A Redenavi 1xbetObservatórios da Segurança divulgou um estudo na última quinta-feira (16) e informou que a população negra representou quase 90% das pessoas mortas pela polícianavi 1xbet2022. De 3.171 registrosnavi 1xbetmorte, com informaçãonavi 1xbetcor/raça declaradas, os negros somaram 87,35% (ou 2.770 pessoas)navi 1xbetoito estados (Rionavi 1xbetJaneiro, São Paulo, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí). A pesquisa foi intitulada “Pele Alvo: a bala não erra o negro”.

    O totalnavi 1xbetpessoas autodeclaradas pretas ou pardas énavi 1xbet56,1% no Brasil e onavi 1xbetbrancas, 43%, mostrou o IBGE, também com dados referentes a 2021, períodonavi 1xbetque, levandonavi 1xbetconsideração a linhanavi 1xbetpobreza monetária proposta pelo Banco Mundial, a proporçãonavi 1xbetpretos e pardos abaixo da linhanavi 1xbetpobreza (37,7%) foi praticamente o dobro da proporçãonavi 1xbetbrancos (18,6%). Sediado nos Estados Unidos, o BM adota como linhanavi 1xbetpobreza os rendimentosnavi 1xbetR$ 486 mensais per capita. A linhanavi 1xbetextrema pobreza énavi 1xbetR$ 168 mensais per capita.

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    Negros na extrema-pobreza. Foto: Abr

    Racismo 'científico', mercadonavi 1xbetcrânios e leis 'abolicionistas' 

    O historiador Jones Manoel cita o ativista norte-americano Malcom X (1925-1965). “Malcolm X dizia que não existe ‘capitalismo sem racismo’. Ele estava certo. O racismo enquanto sistema globalnavi 1xbetdominação, exploração e negatividade ideológicanavi 1xbetpovos foi criação do capitalismo. No sistema capitalista, podemos ter políticasnavi 1xbetações afirmativas e reformas que reduzem alguns dos efeitos mais dramáticos do capitalismo racista - por exemplo, é possível, mesmo no capitalismo, reduzir o encarceramentonavi 1xbetmassa que vitima a população negra”, diz.

    “No sistema imperialista, temos uma máquinanavi 1xbetpropaganda permanente - como a indústria cultural dos Estados Unidos - que vilifica e demoniza certos povos, como árabes, africanos, orientais etc. Quando um povo é demonizado, desumanizado, você sente menos empatia, compaixão, dor pelas tragédias naquele povo. Fica mais fácil, por exemplo, a França invadir o Mali, matar milhares, dizer que foi uma ‘missão humanitária’ e a maioria das pessoas não questionar esse tiponavi 1xbetnarrativa”, acrescenta.

    Relatos históricos mostraram que, a partir do século 17, o conceitonavi 1xbetraça foi sendo mais discutidonavi 1xbetum sentido social e não apenas animal. Por centenasnavi 1xbetanos, intelectuais e pessoas favoráveis ao racismo tentaram justificar uma “seleção” natural dos homens e tentavam passar a mensagemnavi 1xbetque negros estariamnavi 1xbetposiçãonavi 1xbet"inferior" aos brancos porque não conseguiram se adaptar a mudanças ambientais e sociais. Uma das principais influências do século XIX foi o antropólogo inglês Francis Galton (1822-1911). Ele criou a chamada Teoria da Eugenia, que seria a genética aplicada à seletividadenavi 1xbethomens e mulheres. O objetivo era aumentar a reprodução nas classes alta e média, diminuir nas camadas pobres, e fazer prevalecer a falsa ideianavi 1xbet“superioridade”navi 1xbetraça.

    Em 1911, aconteceu o Congresso Universal das Raças,navi 1xbetLondres. O Brasil enviou como representante para a capital inglesa o antropólogo e médico João Batista Lacerda (1846-1915), então diretor do Museu Nacional (RJ). Em uma parte do artigo “Sur les métis au Brésil” (Sobre os mestiços do Brasil), ele prevê que Brasil seria um País branco. “A população mista do Brasil deverá ter pois, no intervalonavi 1xbetum século, um aspecto bem diferente do atual. As correntesnavi 1xbetimigração europeia, aumentando a cada dia mais o elemento branco desta população, acabarão, depoisnavi 1xbetcerto tempo, por sufocar os elementos nos quais poderiam persistir ainda alguns traços do negro” (confira o trecho na página 14navi 1xbetPDF).  

    Antes da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), conflitos entre diferentes povos aconteciam nos cinco continentes do mundo (América, África, Ásia, Europa e Oceania. Mas, a partir dos anos 40 do século 20, palavras como genocídio, holocausto e racismo passaram a ser usadas com mais frequência após o extermínionavi 1xbetcinco a seis milhões judeus pelo regime nazista, comandado por Adolf Hitler, que nasceunavi 1xbet1889 e morreunavi 1xbet1945. Ele comandou o nazismonavi 1xbet1934 a 45. 

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    Dois escravos (círculo), médico João Batistanavi 1xbetLacerda e,navi 1xbetmais destaque, uma missa realizadanavi 1xbetmaionavi 1xbet1.888 no bairronavi 1xbetSão Cristóvão, município do Rio (RJ). Foto: Reprodução (Uma história a mais) I Divulgação I Reprodução (Nossa Histórianavi 1xbetImagens)

    Ministério se pronuncia

    Nas décadas seguintes aos anos 40, o racismo continuou sendo um dos principais desafios para o enfrentamento da injustiça social dentro e fora do País. Cotas para a entradanavi 1xbetnegrosnavi 1xbetuniversidades é uma proposta que foi sendo cada vez mais discutida e implementada no Brasil.

    “Nós não podemos reduzir ações afirmativas somente a vagas”, alerta a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. O ministério destacou ser “fundamental promover uma cultura organizacional que valorize a diversidade e a inclusão”. “Isso implicanavi 1xbettreinamentos regulares sobre diversidade, sensibilização para o racismo e desenvolvimentonavi 1xbetuma mentalidade antirracistanavi 1xbettoda a organização. Alémnavi 1xbetdesenvolver e implementar políticasnavi 1xbetnão discriminação e não tolerância ao racismo. Isso inclui processos eficazes para denúncias e investigaçõesnavi 1xbetcasosnavi 1xbetdiscriminação racial”, complementa.

    Segundo a titular da pasta, “énavi 1xbetextrema importância apoiar a ascensãonavi 1xbetlideranças negras dentro das organizações, garantindo que tenham oportunidadesnavi 1xbetprogressão na carreira”. “Estamos falandonavi 1xbetuma construçãonavi 1xbetmemórianavi 1xbetpolíticas públicas concretas que incentivem a permanência da população negra nos espaços, então por isso que a gente articula com a Mover, Coca-Cola, Ambev, e outras empresas, a gente pensanavi 1xbetprogramas para jovens negros entrarem nesse mercadonavi 1xbettrabalho porque são os nossos corpos que estão morrendo”, acrescenta. “O MIR não pode implementar políticas organizacionais dentronavi 1xbetcada instituição privada, mas estamos sempre articulando com elas para que assim sejam firmadas parcerias e a formaçãonavi 1xbetações para esse público”.  

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    Universidadenavi 1xbetBrasília (Une) e Anielle Franco no seminário '135 anos da Abolição – Entre a Escravidão e o Racismo', na sede do Institutonavi 1xbetPesquisa Econômica Aplicada (Ipea), na capital federal. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Abr I Marcelo Casal Jr. / Abr

    Entre as entregas do Ministério este ano, está o decreto assinado pelo presidente Lula no dia 21/03/2023 que institui a 30%navi 1xbetpessoas negrasnavi 1xbetcargosnavi 1xbetliderança dentro do governo federal, e também a instituição do FIAR - Formaçãonavi 1xbetIniciativas Antirracistas, feitanavi 1xbetparceria com a Enap para formaçãonavi 1xbetlideranças.  

    Outra iniciativa citada pela pasta foi o Programa Esperança Garcia, que vai ofertar 30 bolsasnavi 1xbetestudonavi 1xbetaté R$ 3,5 mil mensais e 130 vagasnavi 1xbetum curso preparatório virtual, sem qualquer custo para os beneficiados, que lançamosnavi 1xbetparceria com a Advocacia-Geral da União, para aumentar o númeronavi 1xbetpessoas negras nesta carreira. 

    O racismo existe,navi 1xbetnível global e nacional, independentementenavi 1xbetgoverno. Atualizar estratégiasnavi 1xbetmobilizaçãonavi 1xbettodos os continentes é uma das principais etapas para a diminuir não apenas a pobreza, mas também a desigualdade, num mundo onde o 1% mais rico capturou quase duas vezes mais riqueza do que o resto do planeta nos últimos dois anos, conforme relatório da Oxfam, divulgado este ano. As pessoas mais ricas viram a fortuna subirnavi 1xbetUS$ 26 trilhões. A dos 99% mais pobres aumentou apenas US$ 16 trilhões. Os números são preocupantes. É impossível mudar o passado. Mas a vidanavi 1xbetsociedade não é estática. E as ideias para o combate ao racismo não têm limite. 

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    Escravos. Foto: Reprodução (Youtube)

     

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