Nunca se acabará com a fila do INSS, diz ministro da Previdência Social (vídeo)
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Sputnik - Em entrevista ao podcast Jabuticaba sem Caroço, o ministro Carlos Lupi diz que solicitaçõesfreebet registerseguro e auxílio, como aposentadorias e pensões, chegam diariamente, o que torna impossível zerar a fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e aponta que na gestão atual o tempo médiofreebet registerespera para receber o benefício caiufreebet register116 para 43 dias.O Ministério da Previdência Social é considerado o calcanharfreebet registerAquiles do governo federal, por conta dos desafios e problemas históricos que o pagamentofreebet registerseguros sociais traz.
A Previdência Social é responsável por destinar verba do governo para o pagamentofreebet registerbenefícios, como aposentadoria, pensão, seguro-desemprego, auxílio-doença, pensão por morte ou auxílio por acidentefreebet registertrabalho, entre outros. Antes da concessão do benefício, cada caso passa por uma perícia, o que leva tempo e é popularmente chamadofreebet registerfila do INSS. Zerar a fila do INSS é um compromisso firmado — e descumprido — por muitos governos.
Em entrevista ao podcast Jabuticaba sem Caroço, da Sputnik Brasil, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, explicou por que considera impossível zerar a fila do INSS e afirma que o foco deve estarfreebet registerreduzir o tempofreebet registerespera, que ele estabeleceu como meta 30 dias.
Questionado se é possível zerar a fila do INSS, Lupi afirma que esse é um compromisso impossívelfreebet registerser cumprido, uma vez que todos os dias chegam novas solicitações, que terãofreebet registerser periciadas antes da concessão do benefício.
"Nunca se acabará com a fila. Por que nunca se acabará com a fila? Todo mês entra 1 milhãofreebet registerpedidos,freebet registermédia, para a Previdência Social, 45% desse 1 milhãofreebet registerpedidos,freebet registertornofreebet register450, 500 mil, nunca é número exato, porque variafreebet registermês a mês, são para benefíciosfreebet registerauxílio-saúde, auxílio-doença, auxílio-gestante, ou seja, são temporários. E a outra parte se dividefreebet registertodos os outros benefícios, que vai da aposentadoria à pensão, BPC/LOAS, o Seguro Defeso, ou seja, são maisfreebet register14 benefícios que a Previdência paga", explica o ministro.
Ele afirma que, atualmente, a Previdência Social "beneficiafreebet registertornofreebet register39 milhões e 556 mil cidadãos brasileiros".
"Ou seja, se a média [da população brasileira] éfreebet register220 milhõesfreebet registerbrasileiros, nós temosfreebet registertornofreebet register20 a 22% da população que vive na Previdência. A média salarial desses aposentados, pensionistas e beneficiários da Previdência é R$ 1.850. E nós temos um investimento mensalfreebet registertornofreebet registerR$ 66 bilhões, com Bfreebet registerbola; [são] bilhõesfreebet registerreais para pagamento", explica o ministro.
Questionado se há alguma previsãofreebet registermelhoria na economia para que a Previdência seja aquecida, oufreebet registerreequilíbrio entre benefícios pagos e arrecadaçãofreebet registerimpostos, Lupi argumenta que, para alcançar esse objetivo, é preciso "tocar nas feridas", que ele aponta serem as isenções fiscais, e também a sonegaçãofreebet registerimpostos.
"As pessoas querem que a Previdência seja autossuficiente, mas, ao mesmo tempo, querem dar isenção fiscal, querem diminuir as contribuições da Previdência Social. No Supremo Tribunal Federal [STF], existem [processos referentes a] maisfreebet registerR$ 300 bilhõesfreebet registerdébitos não pagos com a Previdência Social,freebet registervários setores muito ricos no país."
Sobre a possibilidadefreebet registero governo federal promover uma nova reforma da Previdência, Lupi descarta essa empreitada caso seja para diminuir direitos.
"Se é para retirar direito na parte mais frágil da sociedade, não conte comigo. A grande discussão que nós temos que ter para o equilíbrio fiscal e financeiro é irfreebet registercima da sonegação, é cobrar os grandes lucros. Nós somos um dos poucos países do mundo que não tem imposto sobre os lucros líquidos das empresas. […] quando se falafreebet registerdiscussãofreebet registerreforma da Previdência, é sempre com o número, o déficit da Previdência, [sobre] como diminuir direitos. 'É um absurdo esse pessoal aposentar'. Ora, que sociedade é essa? Não é absurdo o cara ganhar bilhões, às vezes, sem fazer nada, com especulação financeira?", questiona.
