Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein - Não faltam estudos sobre o impacto do excessosite de loteriastelas nas crianças e nos adolescentes, mas isso não significa que os adultos estejam livressite de loteriasdanos. Embora as pesquisas ainda sejam escassas, há cada vez mais evidências dos prejuízos que esses dispositivos podem causar à saúde mentalsite de loteriaspessoassite de loteriasdiversas faixas etárias.
Uma revisão <a href="https://journals.plos.org/globalpublichealth/article?id=10.1371/journal.pgph.0003605">publicada recentemente no periódico PLOS Global Public Health</a>, por exemplo, coloca o usosite de loteriasredes sociais ao lado do tabaco, do álcool e do hábitosite de loteriasjogar como fatorsite de loteriasrisco para sintomas depressivos, ideação suicida e autolesões. Termos como “brainrot”, que se refere a uma espéciesite de loteriasdeterioração do cérebro por consumosite de loteriasconteúdo inútil, ou “burnon” – uma exaustão por excessosite de loteriasconectividade –, têm se tornado populares.
Isso porque o abusosite de loteriasjogos, videogames, internet e, especialmente, das redes sociais, afeta as pessoassite de loteriasvárias formas. “Primeiro tem a questão do culto da beleza, da vida perfeita, então há um mecanismo comparativosite de loteriasque parece que a vida do outro é melhor, que ele está melhor financeiramente, fisicamente, e isso gera uma pressão tanto interna quanto socialsite de loteriasbusca da perfeição”, analisa o psiquiatra Gabriel Okuda, do Hospital Israelita Albert Einstein.&nbsp;
Segundo o especialista, isso tem impactos diretos na saúde. “Essa busca por aprovação constante,site de loteriasalcançar mais likes e seguidores, pode provocar ansiedade e sintomas depressivos”. Pior ainda se a pessoa já estiver vivendo um momentosite de loteriasestresse, podendo causar também sintomas como irritabilidade e insônia.&nbsp;
Além disso, há uma exposição a um volume enormesite de loteriasinformação. “Essa hiperconectividade gera um excesso. Não conseguimos lidar com tanta informação ao mesmo tempo e prestar atençãosite de loteriastudo. As pessoas consomem cada vez mais conteúdosite de loteriasmenos tempo, são coisas que não prendem tanto a atenção, vídeos curtos, pouco texto, bordões para aprender rápido”, diz o especialista. Não à toa, há uma explosãosite de loteriasqueixassite de loteriasfaltasite de loteriasatenção e memória, observa o psiquiatra.
O fatosite de loteriaspassar horas consumindo conteúdos repetitivos, que não exigem muita atenção nem trazem aprendizados ou grandes desafios para o cérebro, pode até impactar o desenvolvimento cognitivo. Isso porque o córtex pré-frontal, região responsável pelas funções cognitivas superiores — como controlesite de loteriasimpulsos e regulação emocional, resoluçãosite de loteriasproblemas, atenção e tomadasite de loteriasdecisão — amadurece até por volta dos 25 anos, e para isso precisasite de loteriasbons estímulos.
E quanto mais tempo no mundo digital, menor a dedicação a outras atividades, como praticar esportes, ter contato com a natureza, investir nos relacionamentos e no autocuidado. “A pessoa acredita que está convivendo com outros, mas está num quarto sozinho e isso é deletério para o convívio social no geral, impacta os afetos, a capacidadesite de loteriasempatia,site de loteriaslidar com situações do cotidiano”, diz Okuda.&nbsp;
O usosite de loteriasexcessosite de loteriastelas também tem potencial viciante, pois, às vezes, elas são usadas como uma válvulasite de loteriasescape da vida real. Pode até parecer prazeroso ficar desconectado da realidade, mas esse prazer instantâneo e ficar esperando a “próxima missão do jogo” provoca liberaçãosite de loteriasdopamina como um “mecanismosite de loteriasrecompensa”, o que pode fazer o cérebro ficar viciado nessa sensação.&nbsp;
Sintomas para ficar atento
Se a pessoa não consegue controlar a frequência e a intensidade desses usos, significa que algo não vai bem. “É um problema quando isso acaba tendo prioridade sobre a própria vida offline, prejudicando o trabalho, os estudos, relacionamentos, mas muitas vezes isso só é percebidosite de loteriasestágios avançados, quando já há prejuízos à saúde física e mental”, alerta Okuda.&nbsp;
Como não é possível viver num mundo sem telas, é preciso encontrar um equilíbrio. E a receita não é muito complicada: o tempo gasto com elas não pode ser muito grande comparado ao dedicado a outros aspectos da vida, incluindo momentossite de loteriasautoconhecimento.&nbsp;
“A gente deve pensarsite de loteriasuma formasite de loteriasbalancear nossa vida. Podemos usar [esses dispositivos], massite de loteriasum jeito parcimonioso, sem nos preocupar tanto com o que estamos postando, se estamos sendo bem-vistos ou comparados”, orienta Okuda. “Quanto menos isso nos consumir ou gastar nossa atenção, mais tempo teremos para voltar nosso foco, afetos e vontade a outras atividades e vivências do mundo real.”

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Saúde

Excessosite de loteriastelas também afeta saúde mentalsite de loteriasadultos; veja sinaissite de loteriasalerta

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein - Fazer o diagnóstico corretosite de loteriasdepressão é essencial para a condução adequada do tratamento. Embora o mais comum seja o transtorno depressivo maior, há outros tipossite de loteriasdepressão, cada um comsite de loteriasespecificidade. Um estudo publicadosite de loteriasjunho na revista científica <a href="https://www.nature.com/articles/s41591-024-03057-9">Nature Medicine</a> elencou seis subtipossite de loteriasdepressão e ansiedade, baseadossite de loteriasimagenssite de loteriasressonância magnética e inteligência artificial. Segundo os autores, o achado poderá ser útil para auxiliar no diagnóstico e prever o melhor tratamento para cada subtipo da doença.
Participaram da pesquisa 801 pessoas diagnosticadas com depressão ou ansiedade. Elas foram submetidas a uma ressonância magnética funcional – um exame bem específico para análise da ativaçãosite de loteriasáreas das estruturas cerebrais, que não é usado na rotina da psiquiatria. Os voluntários tiveramsite de loteriasatividade cerebral avaliadasite de loteriasrepouso e durante exercícios para análises cognitivas e funcionais. Eles foram comparados com 137 pessoas saudáveis (grupo controle).
Os autores se concentraramsite de loteriasavaliar imagenssite de loteriasregiões específicas do cérebro, conhecidas por desempenhar algum papel na depressão. Com ajudasite de loteriasinteligência artificial, eles conseguiram mapear seis padrões distintossite de loteriasatividades cerebrais nessas áreas.&nbsp;
Em seguida, 250 participantes aleatórios receberam um dos três antidepressivos mais comuns no tratamento da doença: escitalopram, sertralina e venlafaxina, ou foram encaminhados para a terapia cognitivo comportamental (TCC), psicoterapia que levasite de loteriasconsideração diversos aspectos do paciente e como ele reage a determinadas situações. Os autores queriam verificar se havia mudança na resposta ao tratamentosite de loteriasacordo com o subtipo da depressão baseado nas atividades cerebrais.
Eles não só constataram que sim, mas também que as diferenças dos subtipos se correlacionavam com os diversos sintomas relatados pelos voluntários. “Esse estudo pretende trazer uma diferenciação um pouco mais específica, mais minuciosa, para auxiliar no diagnóstico da depressão. Ele tenta trazer mais especificidades para o transtorno depressivo que hoje chamamossite de loterias‘maior’”, analisa o psiquiatra Daniel Oliva, da Gerênciasite de loteriasBem-Estar e Saúde Mental do Hospital Israelita Albert Einstein. “A partir do momento que temos essas especificações baseada nas características, conseguimos oferecer um tratamento mais certeiro para os pacientes.”
Como é feito o diagnóstico?
A depressão é um problema que afeta cercasite de loterias320 milhõessite de loteriaspessoas no mundo, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), e seu diagnóstico é essencialmente clínico. O DSM-5 (Manualsite de loteriasDiagnósticosite de loteriasTranstornos Mentais), principal guiasite de loteriasdiagnósticos psiquiátricos, classifica os transtornos depressivossite de loteriasseis tipos: transtorno depressivo maior, que tem outras especificidadessite de loteriasacordo com a apresentação; persistente ou distimia; disruptivosite de loteriasdesregulação do humor; disfórico pré-menstrual; induzido por substância/medicação ou transtorno devido a outra condição médica. &nbsp;
“Hojesite de loteriasdia, para diagnosticarmos o transtorno depressivo, fazemos uma análise da biografia do indivíduo, dos sintomas relatados, das características psicológicas, do histórico familiar e do perfil genético. Vários fatores são avaliados para entendermos qual o transtorno psiquiátricosite de loteriassi. A apresentação e a combinaçãosite de loteriascada um desses itens vão guiar nosso diagnóstico para indicarmos o melhor tratamento”, explica Oliva.&nbsp;
Cercasite de loterias30% dos pacientes são resistentes ao tratamento, ou seja, não conseguem melhorar os sintomas mesmo depoissite de loteriasao menos duas tentativassite de loteriastrocassite de loteriasmedicamentos. E, para até dois terços das pessoas com depressão, o tratamento não consegue reverter totalmente os sintomas para os níveis considerados saudáveis.
O métodosite de loteriasescolha terapêutica hojesite de loteriasdia é baseadosite de loteriastentativa e erro, o que pode levar meses até chegar num medicamento eficaz – daí a importância do diagnóstico correto e individualizado. Mas, segundo Oliva, já existem alguns testes farmacogenéticos que avaliam como o metabolismo do paciente se relaciona com as medicações, auxiliando os médicos na prática clínica sobre quais medicações seguir com determinado indivíduo.&nbsp;
“Ainda é o métodosite de loteriastentativa e erro, mas não é uma batalha naval baseada na sorte, onde escolhemos qualquer medicação. Além do que temossite de loteriasevidência científica para cada tiposite de loteriastranstorno e da experiência clínica dos profissionais, existem diferentes testes, com diferentes graussite de loteriasconfiabilidade, que já nos orientam para um determinado caminho. A proposta desse estudo é oferecer uma sofisticação ainda maior para isso, identificando subtipossite de loteriasdepressão com base nos circuitos cerebrais ativados”, afirma o psiquiatra.
Na avaliação dele, é fundamental que a medicina consiga apontar qual o circuito cerebral afetado na doença para entender melhor o diagnóstico, o tratamento e até o prognóstico da depressão – ou seja, o que esperarsite de loteriascada subtipo. “É uma visão que vai se aperfeiçoando para entendermos e conduzirmos melhor o paciente. Lembrando que isso ainda é um estudo, não é uma designação, mas cada vez mais vamos fechando o círculosite de loteriastorno dos melhores agentes terapêuticos que podem ajudar no tratamento da depressão”, finaliza Oliva.

Como um tratamento individualizado pode ajudar contra a depressão?

247 - Nos dias atuais, o equilíbrio entre saúde mental e produtividade tornou-se uma prioridade para empresassite de loteriastodos os tamanhos. Uma pesquisa realizada pelo Infojobs, HR Tech lídersite de loteriastecnologia para RH, mostrou outro grande desafio é a felicidade corporativa: 86% das pessoas mudariamsite de loteriasemprego por saúde mental e mais satisfação no trabalho. Dos respondentes, 61% não se sentem satisfeitos ou felizes no trabalho e para pouco mais da metade, 55%, a questão psicológica é um fator que causa insegurança. Inclusive, 76% já precisaram ou conhecem alguém que precisou se afastar das atividadessite de loteriastrabalho por razões psicológicas. &nbsp;
A pandemia acelerou a necessidadesite de loteriasabordagens inovadoras para garantir que os funcionários permaneçam saudáveis e produtivos, destacando a importância do bem-estar no ambientesite de loteriastrabalho. Mas, como as empresas podem encontrar esse equilíbriosite de loteriasmaneira eficaz?
Para Hosana Azevedo, Headsite de loteriasRecursos Humanos no Infojobs, o segredo estásite de loteriascriar um ambientesite de loteriastrabalho que promova o bem-estar dos funcionários sem comprometer os objetivos organizacionais: "Empresas que genuinamente se preocupam com seus colaboradores veem um aumento na lealdade, na motivação e, consequentemente, na produtividade. A inclusãosite de loteriaspráticassite de loteriassaúde mental nas políticassite de loteriasRH é essencial para estabelecer um ambientesite de loteriastrabalho sustentável e positivo.”
No entanto, 86% dos participantes do estudo do Infojobs acreditam que as empresas não estão preparadas para lidar com a saúde mental dos colaboradores. 75% dos respondentes afirmam que na empresasite de loteriasque trabalham ou trabalharam recentemente, não existem ações e suporte para temas relacionados à saúde mental. De acordo com o grupo que afirmou que existem ações nas empresas, as mais citadas foram: suporte com psicólogos (47%), canalsite de loteriasescuta ativa (36%) e RH atento aos sinais dos colaboradores (34%).&nbsp;
Para driblar esses índices, a especialista revela algumas dicas valiosassite de loteriascomo os departamentossite de loteriasRecursos Humanos (RH) podem ajudar a alcançar essa meta. Veja:&nbsp;
<h2>Promover uma culturasite de loteriasapoio:&nbsp;</h2>
"A cultura da empresa deve refletir um compromisso com o bem-estar. Isso significa ter uma comunicação aberta e sem julgamentos sobre saúde mental, onde os funcionários se sintam seguros para falar sobre suas preocupações", explica Hosana. Além disso, é fundamental que as lideranças incentivem essas conversas e ofereçam um ambiente acolhedor e empático. "Os gestores devem estar treinados para ouvir e apoiar os funcionários, reconhecendo a importânciasite de loteriassuas necessidades emocionais e psicológicas", complementa. Atividades como workshops e palestras também podem contribuir para normalizar o tema e quebrar estigmas dentro da organização. É interessante também criar canais anônimos para que os funcionários possam expressar suas preocupações sem medosite de loteriasrepresálias.
<h2>Flexibilidadesite de loteriastrabalho:</h2>
A flexibilidade no trabalho é uma das maneiras mais eficazessite de loteriasmelhorar a saúde mental. Horários flexíveis, trabalho remoto e a possibilidadesite de loteriaspausas regulares podem ajudar a reduzir o estresse e aumentar a produtividade. "Quando os funcionários têm a autonomia para gerenciar seu tempo, eles tendem a ser mais produtivos e menos propensos ao burnout", afirma Hosana. Empresas podem também adotar políticassite de loteriaslicença remunerada, seja para cuidar da saúde mental ou para atender a emergências pessoais, proporcionando um equilíbrio maior entre vida pessoal e profissional.
<h2>Treinamentosite de loteriasliderança:</h2>
Líderes bem treinados são cruciais para a implementaçãosite de loteriasuma culturasite de loteriasbem-estar. "Os gestores devem ser treinados para reconhecer sinaissite de loteriasestresse e burnoutsite de loteriassuas equipes e saber como oferecer suporte adequado", sugere Hosana Azevedo. Oferecer treinamentos regulares sobre inteligência emocional, técnicassite de loteriascoaching e gestãosite de loteriasconflitos pode capacitar os líderes a lidarsite de loteriasforma mais eficaz com as necessidades emocionaissite de loteriassuas equipes. Além disso, promover mentorias e grupossite de loteriasapoio entre líderes pode fortalecer a redesite de loteriassuporte dentro da empresa.
<h2>Avaliação contínua:</h2>
É importante que as empresas monitorem continuamente o bem-estarsite de loteriasseus funcionários. "Pesquisassite de loteriassatisfação, feedbacks regulares e avaliaçõessite de loteriasdesempenho com foco no bem-estar podem ajudar a identificar áreas que precisamsite de loteriasmelhorias", recomenda Hosana. Implementar plataformassite de loteriasfeedback anônimo e realizar reuniões periódicassite de loteriascheck-in pode proporcionar uma visão clara sobre o clima organizacional. Analisar indicadoressite de loteriassaúde, como absenteísmo e taxasite de loteriasrotatividade, também pode fornecer insights valiosos sobre o impacto das iniciativassite de loteriasbem-estar.
<h2>Incluir uma políticasite de loteriasinclusão e a diversidade:&nbsp;</h2>
Incluir a diversidade e promover a inclusão dentro da empresa não apenas cria um ambiente mais acolhedor, mas também contribui para o bem-estar dos funcionários. Hosana Azevedo destaca que "quando os funcionários se sentem valorizados e respeitados por quem são, independentementesite de loteriassua origem, gênero, orientação sexual ou qualquer outra característica, eles tendem a ter uma melhor saúde mental". Assim, o RH deve implementar políticas e programas específicos, como treinamentossite de loteriassensibilização, grupossite de loteriasafinidade e ações afirmativas.
Encontrar o equilíbrio entre saúde mental e produtividade é um desafio contínuo para as empresas. No entanto, com uma abordagem consciente e estratégica, é possível criar um ambientesite de loteriastrabalho que apoie ambos. "A verdadeira produtividade vemsite de loteriasfuncionários felizes e saudáveis. Investirsite de loteriasbem-estar não é apenas uma escolha ética, mas uma estratégia inteligente para qualquer negócio", conclui Hosana.

É fundamental que o empreendedor tenha boa relação com outros profissionais e uma boa orientação jurídicasite de loteriasprofissionais capacitados

Empreender

Infojobs revela como as empresas podem encontrar o equilíbrio entre saúde mental e produtividade

247 - O númerosite de loteriassuicídios entre policiais militaressite de loteriasSão Paulo alcançou um número recorde no primeiro ano da administração do governador Tarcísiosite de loteriasFreitas (Republicanos). Segundo a <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2024/06/suicidios-de-pms-batem-recorde-em-sp-no-1o-ano-da-gestao-tarcisio.shtml">Folhasite de loteriasS. Paulo</a>,site de loterias2023 foram registrados 43 casos, um aumentosite de loterias30%site de loteriasrelação aos 33site de loterias2022 e quase o dobro dos 22 ocorridossite de loterias2015. 
Os dados incluem informações tantosite de loteriaspoliciais ativos quantosite de loteriasaposentados que ainda são monitorados pela corporação. Os 43 suicídios registradossite de loterias2023 superam o númerosite de loteriaspoliciais mortossite de loteriasserviço, forasite de loteriasserviço e aposentados assassinados, que somaram 31 casos no mesmo ano.
Ainda conforme a reportagem, desde 2015 foram registrados 261 suicídios entre policiais militares, com 90% das vítimas sendo praças, como soldados, cabos e sargentos. Do total, 65% estavam na ativa e 35% eram aposentados. Apesarsite de loteriasuma redução no efetivo policialsite de loterias89.483site de loterias2015 para 79.045site de loterias2023, o númerosite de loteriassuicídios aumentou, destoando da queda nos casossite de loteriaspoliciais assassinados, que caiusite de loterias64site de loterias2015 para 31site de loterias2023.
A taxasite de loteriassuicídios entre policiais militaressite de loteriasSão Paulo ésite de loterias4 por 10 mil, o dobro da média nacionalsite de loterias1,97 por 10 mil, conforme dados do Anuário Brasileirosite de loteriasSegurança Públicasite de loterias2022. Esta taxa também é superior àsite de loteriaspaíses como Estados Unidos (2 por 10 mil) e Inglaterra (1 por 10 mil).
O governosite de loteriasSão Paulo emitiu uma nota através da Secretaria da Segurança Pública afirmando que mantém programassite de loteriassuporte ao bem-estar e atendimento psicológico, como o Sistemasite de loteriasSaúde Mental (SISMen). Este sistema oferece atendimento psicossocial na capital esite de loterias41 Núcleossite de loteriasAtenção Psicossocialsite de loteriastodo o estado.
Oficiais ouvidos pela reportagem apontam várias razões para o aumento dos suicídios, incluindo a faltasite de loteriasperíodossite de loteriaslazer e descanso, já que muitos policiais utilizam suas folgas para trabalhos extras. Isso resultasite de loteriascansaço excessivo e problemas familiares, agravando a saúde mental. Além disso, há relatossite de loteriasque os programassite de loteriasrecuperação mental foram alterados, com períodossite de loteriasafastamento muito curtos após situaçõessite de loteriasalto estresse.

Sudeste

Númerosite de loteriassuicídiossite de loteriaspoliciais militares bate recorde no 1º ano do governo Tarcísio

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein - O mundo ainda não se recuperou do impacto da pandemiasite de loteriasCovid-19 na saúde emocional e o Brasil é um dos países mais afetados,site de loteriasacordo com um <a href="https://mentalstateoftheworld.report/">relatório do Global Mind Project</a>, que divulga dados anuais sobre o bem-estar no planeta. O projeto busca mapear a situação, entender as tendências e propor medidassite de loteriasprevenção.
O documento foi elaborado a partirsite de loteriasenquetes feitas com 420 mil pessoas,site de loterias71 países esite de loterias13 idiomas, e usou um quocientesite de loteriassaúde mental que avalia capacidades cognitivas e emocionais, incluindo a habilidadesite de loteriaslidar com o estresse esite de loteriasfuncionarsite de loteriasforma produtiva. Segundo os autores, o índice não é um sinônimosite de loteriasfelicidade ou satisfação, já que a pessoa pode passar por momentos difíceis ou tristes e, ainda assim, ter condiçõessite de loteriaslidar bem com eles. 
A pontuação médiasite de loteriastodos os países mostra que o bem-estar mental permaneceu nos mesmos níveis da pandemia, sem mudanças nos índicessite de loterias2021 e 2022. República Dominicana, Sri Lanka e Tanzânia têm as melhores pontuações. Já o Brasil, ao lado da África do Sul e do Reino Unido, ocupa a última posição. De todos os entrevistados, 38% se sentem “melhorando” e 27% estão “angustiados” e “se debatendo”. No Brasil, a proporção dos angustiados é maior (34%). Jovens com menossite de loterias35 anos são os mais afetados. 
“A pandemiasite de loteriasCovid-19 teve um impacto significativo na saúde mental devido a uma sériesite de loteriasfatores estressantes, como isolamento social, preocupações com a saúde, incertezas econômicas e perdasite de loteriasentes queridos”, avalia o psiquiatra Elton Kanomata, do Hospital Israelita Albert Einstein. “O Brasil foi afetadosite de loteriasforma significativa, com altas taxassite de loteriasinfecção, mortalidade e abalo econômico. O impacto prolongado da pandemia pode ter contribuído para o quadrosite de loteriasestresse crônico e ansiedade, comprometendo a saúde mental da população.” 
Segundo o estudo, a persistência dos baixos índicessite de loteriassaúde mental pode indicar que as novas dinâmicas trazidas pela pandemia, como trabalho remoto, hiperconectividade e mudanças no estilosite de loteriasvida, podem estar dificultando o retorno aos níveis anterioressite de loteriasbem-estar emocional. “Embora o trabalho remoto ofereça flexibilidade e conveniência para muitas pessoas, também pode levar a uma mistura entre a vida pessoal e a profissional, dificultando a desconexão e o estabelecimentosite de loteriaslimites saudáveis. Tem sido muito comum relatossite de loteriasmaiores jornadassite de loteriastrabalho e utilizaçãosite de loteriasmenos tempo para intervalos para o almoço ou o café, por exemplo, quando comparados ao período pré-pandêmico. Além disso, a faltasite de loteriasinteração social no localsite de loteriastrabalho pode levar à solidão e ao isolamento, afetando negativamente a saúde mental”, diz o especialista. 
Fatores associados - A pesquisa também detectou que fatores como ganhar o primeiro smartphone precocemente, comer com frequência alimentos ultraprocessados e a faltasite de loteriasrelações familiares e amizades estão associados à piora na saúde mental. “O uso excessivosite de loteriassmartphones, especialmentesite de loteriasidades mais jovens, pode estar ligado a problemassite de loteriassaúde mental, como ansiedade, depressão e solidão. O acesso constante à tecnologia pode levar a dependência digital, pior qualidade do sono e diminuição do contato direto e interação com as outras pessoas, o que pode afetar negativamente o bem-estar emocional”, diz Kanomata. 
Os alimentos ultraprocessados, porsite de loteriasvez, são geralmente ricossite de loteriasgorduras saturadas, açúcares refinados e aditivos, e diversos estudos sugerem que a qualidade da dieta pode afetar a saúde mental. O relatório apontou que mais da metade dos que comem ultraprocessados diariamente está na categoria “angustiados” ou “se debatendo”, comparado a apenas 18% dos que raramente comem esse tiposite de loteriasalimento. 
Já as relações sociais e familiares têm um papel crucial na saúde mental das pessoas. “Um ambiente familiar positivo, com apoio emocional, comunicação aberta e relações saudáveis, promove o bem-estar emocional e ajuda a proteger contra problemassite de loteriassaúde mental. Por outro lado, conflitos familiares, faltasite de loteriasapoio e disfunção familiar podem aumentar o riscosite de loteriasdesenvolver problemassite de loteriassaúde mental”, lembra o psiquiatra do Einstein. Para o especialista, é importante reconhecer esses desafios e implementar estratégias eficazessite de loteriasautocuidado e suporte emocional para lidar com eles.

Saúde mental dos brasileiros pós-pandemia é uma das piores do mundo

&nbsp;Por Thais Szegö, Agência Einstein&nbsp;
Calor e frio extremos, aumento da poluição atmosférica, elevação das chuvas, derretimentosite de loteriasgeleiras, inundações, queimadas... Basta uma rápida olhada nos noticiários para ter a certezasite de loteriasque o clima está sofrendo alterações consideráveis. O resultado da intervenção humana na natureza traz prejuízos ao meio ambiente e, consequentemente, sérios impactos à saúdesite de loteriastodos. &nbsp;
“Hoje temos muitos estudos mostrando que esses fatores estão associados ao aumento da mortalidade por doenças cardiovasculares, respiratórias, renais e obstétricas”, afirma Paulo Saldiva, médico patologista e professorsite de loteriasmedicina da Universidadesite de loteriasSão Paulo (USP), que estuda o assunto. &nbsp;
Quando as temperaturas caem, por exemplo, o organismo desencadeia uma vasoconstrição (o estreitamento dos vasos sanguíneos) para manter a temperatura corporal, alémsite de loteriasaumentar a secreçãosite de loteriasadrenalina e cortisol, o que faz com que o coração tenha que trabalhar mais para manter o sangue circulando. Além do riscosite de loteriasacarretar disfunções, como arritmias cardíacas, esse cenário pode levar ao deslocamentosite de loteriastrombos que estavam localizados nos vasos, provocando problemas como infartos e Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs).&nbsp;
Especialistas ouvidos pela Agência Einstein explicam que, nos dias com temperaturas mais altas, os vasos sanguíneos superficiais se dilatam para liberar o excessosite de loteriascalor para o meio externo, o que pode provocar a queda na pressão arterial, levando a mal-estar e até mesmo a desmaios. Além disso, nessa situação o coração tem que bater com mais frequência para manter a pressão arterial, o que pode ocasionar a arritmia e a insuficiência cardíacasite de loteriasquem já tem predisposição. O aumento da transpiração nos dias mais quentes também deixa o sangue mais espesso, elevando o riscosite de loteriastrombos, que podem acabar bloqueando os vasos. &nbsp;
“Os rins também têm que trabalhar mais no calor para impedir que a pessoa perca uma quantidade muito grandesite de loteriasfluidos pela transpiração, e isso pode aumentar a concentração do sangue e diminuir o fluxo urinário, levando ao riscosite de loteriasinfecções urinárias frequentes”, explica Saldiva. &nbsp; 
 &nbsp; 
Malefícios da poluição &nbsp;- Já a poluição, cada vez mais presente na atmosfera, prejudica o sistema respiratório, desencadeando ou piorando males como a asma e a doença pulmonar obstrutiva. O coração também padece, ficando mais suscetível a arritmias e paradas cardíacas. Os poluentes podem ainda afetar o sistema reprodutor feminino, atrapalhando a ovulação e colocando a fertilidadesite de loteriasrisco. &nbsp;
Saldiva ressalta ainda que o aumento das temperaturas e das chuvas tem influência sobre as doenças infecciosas, principalmente as causadas por mosquitos. “No caso da dengue, esses fatores elevam o riscosite de loteriaseclosão das larvas, ampliando as fronteiras geográficas da enfermidade, que era uma doença litorânea e está chegando até o Centro-Oeste”, explica. O médico chama a atenção ainda para as doenças com transmissão aquática, como a leptospirose e a enterovirose, que contaminam muito mais gente por causa das enchentes. &nbsp;
Por todas essas razões,site de loteriasacordo com a Organização Mundialsite de loteriasSaúde (OMS), ao menos 150 mil pessoas morrem anualmentesite de loteriasdecorrência das alterações climáticas e esse número deve dobrar até 2030. “Acredito que essa estimativa esteja subestimada”, avalia o médico da USP. &nbsp;
A saúde mental também é afetada - Os eventos provocados pela crise climática aumentam muito a cargasite de loteriasestresse do dia a dia, o que pode descompensar transtornos psiquiátricos já existentes ou desencadeá-lossite de loteriaspessoas mais vulneráveis. &nbsp;
Um <a href="https://www.frontiersin.org/journals/psychiatry/articles/10.3389/fpsyt.2020.00074/full" target="_blank">estudo</a> realizado por pesquisadores italianos publicado no periódico Frontiers in Psychiatry revelou que a exposição a eventos extremos relacionados às mudanças climáticas ousite de loteriasforma prolongada tem um efeito direto e indiretosite de loteriascurto, médio e longo prazo. A pesquisa mostra que isso pode resultarsite de loteriasdoenças psiquiátricas sérias, como estresse pós-traumático, que podem também atingir as novas gerações. &nbsp;
“Todo o tensionamento causado pelas alterações do clima traz emoções negativas, que podem contribuir para desencadear problemas graves, como o comportamento agressivo, a violência doméstica e o usosite de loteriassubstâncias psicoativas, como álcool, drogas e tabaco”, diz o psiquiatra Daniel Oliva, do Hospital Israelita Albert Einstein. &nbsp;
Isso sem falar no aumento das taxassite de loteriastranstornos psiquiátricos, como transtornosite de loteriasansiedade, transtorno psicótico e depressão, entre outros, que podem ser relacionados até mesmo a casossite de loteriassuicídio. E há ainda, segundo o psiquiatra, o risco aumentado da perdasite de loteriaspessoas próximas provocadas por esses fatores, problema que atingesite de loteriasespecial os mais vulneráveis, como idosos e recém-nascidos. &nbsp;
Como infelizmente a crise climática é uma realidade que não pode ser mudada prontamente, para mitigar esses riscos é importante investirsite de loteriasatitudes coletivas e individuais. “No âmbito individual, é importante que sejam promovidas terapias baseadas na resiliência, dando instrumentos para que as pessoas trabalhem asite de loteriascapacidadesite de loteriaslidar com situações extremas, alémsite de loteriaspráticas focadas no presente que combatam a ansiedade, como a mindfulness (atenção plena)”, sugere Oliva.&nbsp;
De acordo com o especialista,site de loteriasnível coletivo é importante mapear as áreassite de loteriasrisco, formar agênciassite de loteriascuidados e ajuda às vítimassite de loteriasdesastres naturais e conscientizar as pessoas sobre a importância das ações que possam combater as alterações climáticas.&nbsp;
“Também é essencial localizar os indivíduos com mais risco, os que já têm transtornos psiquiátricos ou sofrimento mais intenso, por exemplo, e oferecer recursos terapêuticos, como a escuta ativa, alémsite de loteriaslevar informações claras a todos, promover a reconexão entre entes queridos e oferecer proteção e conforto mínimos para a sobrevivência”, diz o médico. &nbsp;
O problema é tão sério que já existem organizações internacionais focadassite de loteriasdifundir o tema e assegurar a boa saúde mental a todos, prevenindo e diminuindo os impactos das mudanças climáticas sobre a população mundial. A <a href="https://www.climatepsychiatry.org/" target="_blank">Climate Psychiatry Alliance</a>, formada por médicos dos Estados Unidos, é um exemplo. &nbsp;
“Além disso, é necessário que todos entendam que estamos diantesite de loteriasum desafio coletivo e que, enquanto imperar a lógica individualista e não olharmos para o lado, seja para outras pessoas, seja para outras nações, e assumindo nossa responsabilidade, o quadro não terá melhoras, e pode até piorar”, opina Oliva.&nbsp;
“O ideal seria que os setoressite de loteriassaúde dialogassem com os ligados à previsão do tempo e houvesse o aumento na discussãosite de loteriastorno do tema, como aconteceusite de loteriasrelação ao cigarro, percebendo que muitas vezes os pontossite de loteriasatenção podem estar fora da saúde, mas é ela que paga a conta”, complementa o médico da USP.&nbsp;

Árvores queimadas no Parque Nacional Henri Pittier,site de loteriasMaracay, na Venezuela

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Saúde mental dos brasileiros pós-pandemia é uma das piores do mundo

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