247 - O senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), autor da emenda aprovada na Comissãobet365 com3Constituição e Justiça (CCJ) do Senado que exclui bebidas açucaradas do chamado “imposto do pecado”, enfrenta questionamentos sobre possível conflitobet365 com3interesses devido àbet365 com3ligação com a indústriabet365 com3alimentos. A informação foi divulgada inicialmente pelo portal <a href="https://www.metropoles.com/colunas/igor-gadelha/senador-contra-refrigerantes-no-imposto-do-pecado-e-dono-de-fabrica">Metrópoles.</a>
Cardoso é fundador e sócio da Cicopal, uma empresabet365 com3alimentos industrializados com capitalbet365 com3R$ 30,6 milhões, que fabrica refrigerantes e energéticos. Caso a proposta seja aprovada sem alterações no plenário do Senado, a companhia será beneficiada pela exclusão dos refrigerantes da nova taxação.
De acordo com o site da empresa, Vanderlan ebet365 com3esposa, Izaura Cardoso, fundaram a Cicopalbet365 com31993. O registro da Receita Federal confirma que Izaura aparece como administradorabet365 com3duas empresas sócias da Cicopal.
Ao justificarbet365 com3emenda, o senador argumenta que a inclusãobet365 com3bebidas açucaradas no “imposto do pecado” seria “discriminatória”, alegando que não há uma “ligação direta” entre o consumo desses produtos e a “incidênciabet365 com3obesidade no país”. “A propostabet365 com3taxar bebidas açucaradas não se alinha com a realidade brasileira e suas particularidades nutricionais e econômicas. Políticas mais eficazes e abrangentes, focadas na educação nutricional e na conscientização sobre consumo moderado, seriam mais apropriadas para tratar questõesbet365 com3saúde pública como a obesidade”, defendeu o parlamentar.
Em nota, Vanderlan destacou que apresentou ao todo 30 emendas ao relatório da reforma tributária elaborado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM). Segundo ele, as sugestões acolhidas beneficiam setores que geram empregos e impulsionam a economia.
“A maioria desses setores é forte geradorbet365 com3empregos, contribui com o pagamentobet365 com3impostos, movimenta a economia e realiza enormes investimentos”, afirmou a assessoria do parlamentar.
O texto ressalta ainda que as emendas foram debatidas publicamente nas comissões do Senado, com apoiobet365 com3parlamentaresbet365 com3diferentes partidos. “Os pleitos atendidos são públicos, amplamente discutidos e baseadosbet365 com3fundamentos técnicos e econômicos.”
A decisão final sobre a inclusão ou não das bebidas açucaradas no “imposto do pecado” será tomada pelo plenário do Senado, ainda sem data definida para a votação.

original

1250x600

610x380

1280x490

300x400

500x240

321x200

square

thumbnail

viewImage

Geral

Conflitobet365 com3interesses: senador que defende retiradabet365 com3refrigerantes do 'imposto do pecado' é donobet365 com3fábrica

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Nacionalbet365 com3Desenvolvimento Econômico e Social, Aloizio Mercadante, inauguraram nesta sexta-feira (23),bet365 com3Hortolândia (SP), a primeira fábrica no Brasil, do laboratório farmacêutico EMS. Serão vendidos para todo o mundo as moléculasbet365 com3liraglutida e semaglutida, entre outras, destinadas ao tratamento da diabetes e obesidade. Com área estimadabet365 com3cercabet365 com32,5 mil metros quadrados (m²), a fábrica teve investimentobet365 com3R$ 70 milhões. Para o projeto, o valor contratado,bet365 com32020, com o BNDES foibet365 com3R$ 48 milhões. A planta vai produzir até 20 milhõesbet365 com3unidadesbet365 com3canetas por ano e deve gerar 150 empregos e cercabet365 com3outros milbet365 com3forma indireta.
“A expansãobet365 com3uma empresa farmacêutica brasileira como a EMS é mais uma demonstração daquilo que sempre reafirmo: a capacidade realizadorabet365 com3nossos empresários e a qualidade da mãobet365 com3obra brasileira, sempre elogiadabet365 com3todo o mundo”, observou o presidente Lulabet365 com3seu discurso.
O presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, destacou o apoiobet365 com3uma linhabet365 com3R$ 500 milhões para as empresas que fornecem ao SUS e outrabet365 com3R$ 250 milhões para startups, pequenas empresasbet365 com3base tecnológica, “porque assim nasce a inovação e, com esses investimentos, o Brasil está mudandobet365 com3patamar”.
Carlos Sanchez, presidente do Grupo NC, controlador da EMS, enfatizou a importância do apoio do Governo à empresa, bem como importância dele para a indústria. “Fabricamos desde a matéria prima até o produto terminado e foi graças aos esforçosbet365 com3pesquisadores brasileirosbet365 com3Hortolândia, com recursos brasileiros, com o apoiobet365 com3várias áreas do Governo, já há longa data, que a gente conseguiu atingir esse patamar”, declarou.
O complexo industrialbet365 com3Hortolândia (SP) abriga a sede administrativa e é parte relevante das atividades operacionais da EMS. Nele está localizado o centrobet365 com3Pesquisa &amp; Desenvolvimento (P&amp;D) da empresa, com maisbet365 com3650 funcionários dedicados e maisbet365 com3100 patentes registradas no mundo. Com 6,7 mil empregados, a farmacêutiuca responde pela maior parte da receita líquida do Grupo NC. No Brasil, ela é líderbet365 com3medicamentos genéricos desde 2013.
<h2>Potencialbet365 com3exportação e o BNDES</h2>
A EMS atua nos segmentosbet365 com3prescrição médica, genéricos, medicamentosbet365 com3marca, OTC e hospitalar e exporta para 56 países. Entre os medicamentos que serão produzidos na fábrica recém-inaugurada estão a liraglutida e, também, a semaglutida, princípio ativo do medicamento Ozempic, cuja patente dinamarquesa vencebet365 com3marçobet365 com32026. A EMS está na corrida para registro do 1° genérico desse produto nos EUA.
Os investimentos no desenvolvimento dos novos produtos fazem parte do planobet365 com3investimentosbet365 com3pesquisa, desenvolvimento e inovação da empresa, que conta com financiamento do BNDESbet365 com3R$ 500 milhões, por meio do programa BNDES bet365 com3 Mais Inovação. O projeto foi anunciado no último dia 14,bet365 com3Brasília e compõe os investimentos do Governo Federal no Complexo Econômico da Saúde, alinhados com os desafios listados pelo Ministério da Saúde.
De janeirobet365 com32023 até o mês passado, as aprovaçõesbet365 com3crédito do BNDES para o complexo industrial da saúde somaram R$ 4,5 bilhões, valor recorde da série histórica, iniciadabet365 com31995. De janeiro a julho deste ano, as aprovações para o setor inteiro somaram R$ 2,28 bilhões, montante que excedebet365 com334% o total apuradobet365 com32023.
Somente no segmento da indústria farmacêutica, o total aprovado nos primeiros sete mesesbet365 com32023 já alcançou R$ 2,1 bilhões, valor 33% superior ao registradobet365 com3todo o anobet365 com32023 (R$ 1,51 bilhão).
Com o apoio do Banco, as indústrias estão desenvolvendo novos medicamentos, novas associações farmacêuticas (que facilitam a absorção e a administração), vacinas, montagembet365 com3centrosbet365 com3pesquisa e desenvolvimento e adquirindo máquinas e equipamentos.

320x320

Saúde

Fábricabet365 com3medicamentos para diabetes e obesidade da EMS é inauguradabet365 com3SP com apoio do BNDES

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta sexta-feira (23), da inauguraçãobet365 com3uma nova fábrica da EMS,bet365 com3Hortolândia (SP). A planta, com 6.000 m², será responsável pela produção dos compostos liraglutida e semaglutida, amplamente utilizados no tratamentobet365 com3diabetes e obesidade. Esses medicamentos ganharam notoriedade pelo uso associado à perdabet365 com3peso.
Embora o complexo estivesse pronto há um ano, a produção aguardava a aprovação da Anvisa (Agência Nacionalbet365 com3Vigilância Sanitária). O registro da liraglutida deve ser liberadobet365 com3até 60 dias, enquanto a semaglutida só poderá ser produzida após 2026, quando expira a patente da empresa dinamarquesa Novo Nordisk.
“A presença do presidente Lula na inauguração da fábrica mostra que o governo tem mais clarezabet365 com3que a indústria farmacêutica nacional consegue ter inovação e pode ajudar a equilibrar a balança comercial do país”, disse Marcus Sanchez, vice-presidente da EMS,bet365 com3entrevista ao <a href="https://www.poder360.com.br/poder-saude/lula-inaugura-fabrica-de-insumos-para-remedios-que-ajudam-a-emagrecer/">Poder360</a>.
A empresa projeta um faturamentobet365 com3US$ 1 bilhãobet365 com3cinco anos, com vendas no mercado nacional e internacional, especialmente nos Estados Unidos. Lula já havia anunciado,bet365 com314bet365 com3agosto, investimentosbet365 com3R$ 42,7 bilhões no setorbet365 com3saúde até 2026, com o BNDES (Banco Nacionalbet365 com3Desenvolvimento Econômico e Social) financiando R$ 500 milhões para a produçãobet365 com3medicamentos genéricos e compostos inovadores.
Medicamentos como Ozempic, Saxenda e Mounjaro se tornaram populares recentemente, sendo utilizados “off label” para emagrecimento, impulsionando as vendas da Novo Nordisk, que alcançou um valorbet365 com3mercadobet365 com3US$ 446 bilhões, superando o PIB da Dinamarca, estimadobet365 com3US$ 395 bilhões.
Segundo o BNDES, o laboratório EMS investirá os recursos do financiamento na produçãobet365 com3oito medicamentos genéricos para diabetes e câncer, ebet365 com317 inovaçõesbet365 com3anti-inflamatórios, antialérgicos, analgésicos e outros fármacos para ansiedade, insônia e náusea. Os investimentos fazem parte do planobet365 com3investimentosbet365 com3pesquisa, desenvolvimento e inovação da empresa, projeto alinhado com os desafios listados pelo Ministério da Saúde.
Dos oito medicamentos genéricos a serem fabricados, cinco visam ao controlebet365 com3diabetes e três destinam-se ao tratamento da leucemia mieloide crônica, câncerbet365 com3próstata e carcinomabet365 com3células renais. Seis desses produtos são inéditos no Brasil.
Ao todo, o BNDES aprovou R$ 1,39 bilhãobet365 com3três operaçõesbet365 com3financiamento destinadas a impulsionar a pesquisa, desenvolvimento e inovação na indústria farmacêutica brasileira. O montante aprovado será dividido entre as empresas EMS, Aché e Eurofarma, que investirão os recursosbet365 com3projetos estratégicos para a produçãobet365 com3novos medicamentos e tecnologias.
Desde o iníciobet365 com32023 até julho, o BNDES já aprovou R$ 2,28 bilhõesbet365 com3financiamentos para o setorbet365 com3saúde, um aumentobet365 com334%bet365 com3relação ao totalbet365 com32023. Somente na indústria farmacêutica, o valor aprovado nos primeiros sete mesesbet365 com32023 já ultrapassabet365 com333% o totalbet365 com3todo o ano anterior.
O BNDES projeta adicionar mais R$ 1,5 bilhãobet365 com3novas operações no Complexo da Saúde até o final do ano, alcançando um totalbet365 com3R$ 5,5 bilhõesbet365 com3investimentosbet365 com3dois anos. Além disso, o bancobet365 com3fomento está estruturando um Fundobet365 com3Investimentobet365 com3Biotecnologia, com valor previstobet365 com3R$ 250 milhões, que será voltado para startupsbet365 com3saúde com soluções baseadasbet365 com3ciência e tecnologiabet365 com3alta complexidade.

Lula inaugura fábrica para produçãobet365 com3medicamentos contra diabetes e obesidadebet365 com3SP

Por Regina Célia Pereira, da Agência Einstein - A população brasileira tem consumido menos feijão, segundo pesquisas como a Vigitel (Sistemabet365 com3Vigilânciabet365 com3Fatoresbet365 com3Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), realizada pelo Ministério da Saúde. Além da faltabet365 com3tempo para cozinhar, um dos motivos para a queda é o mitobet365 com3que o alimento engorda.&nbsp;
Mas um trabalho recente, publicado no periódico científico <a href="https://nutritionj.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12937-024-00937-1">Nutrition Journal</a>, aponta o contrário: o elo entre a ingestão da leguminosa e um menor Índicebet365 com3Massa Corporal (IMC). “Nosso estudo mostra que indivíduos que consomem feijão têm melhores resultados relacionados ao peso se comparados aos que não comem”, comentabet365 com3entrevista à Agência Einstein o pesquisador e nutricionista Yanni Papanikolaou, autor do trabalho.Para chegar a essa conclusão, Papanikolaou e uma equipebet365 com3cientistasbet365 com3universidades nos Estados Unidos avaliaram informaçõesbet365 com3maisbet365 com344 mil adultos vindas da National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES), uma grande pesquisa que monitora o estado nutricional da população estadunidense.
“Os maiores consumidoresbet365 com3feijão pesavam 2,5 quilos a menos e apresentavam uma cintura 2,3 cm menor do que os que o evitavam”, conta o pesquisador. A circunferência abdominal dá pistas sobre a síndrome metabólica — distúrbio que engloba hipertensão, taxas elevadasbet365 com3glicose e colesterol, além do acúmulobet365 com3gordura na barriga.
A nutricionista Mariana Staut Zukeran, do Hospital Israelita Albert Einstein, ressalta que, assim como um único ingrediente não pode ser responsabilizado pelo ganhobet365 com3peso, tampouco deve carregar sozinho a famabet365 com3aliado contra a obesidade. “É preciso olhar todo o contexto, o padrão alimentar e o estilobet365 com3vida”, observa.
O estudo ainda revela que os consumidoresbet365 com3feijão tinham uma dieta mais equilibrada e com maiores teoresbet365 com3diversos nutrientes e substâncias benéficas, com destaque para sais minerais como potássio, ferro e magnésio, alémbet365 com3vitaminas do complexo B, especialmente o ácido fólico.&nbsp;
Também se sobressaíam as fibras. “Evidências sugerem que uma maior ingestãobet365 com3fibra alimentar está associada à redução do riscobet365 com3doenças cardíacas, diabetes e certos tiposbet365 com3câncer”, comenta Yanni Papanikolaou. Há ainda ganhos para a microbiota intestinal, com o incremento da populaçãobet365 com3bactérias do bem, num mecanismo que repercute na imunidade e até no humor.
Sem contar que as fibras prolongam a saciedade, favorecendo o controle do apetite. “Essa nova pesquisa reforça algumas das qualidades nutricionais das leguminosas”, avalia a nutricionista do Einstein. Ela se refere ao grupo que, além dos feijões, contempla grão-de-bico, ervilha, lentilha, entre outros. “Esses grãos contribuem para o aporte proteico diário, equilibrando o consumo entre proteínas animais e vegetais”, afirma.
<h2>Para tirar proveito</h2>
Um macete que ajuda a garantir toda a riqueza vinda dos feijões é a técnica chamadabet365 com3remolho. Eles devem ficarbet365 com3molho por 12 horas e a água precisa ser trocada várias vezes. Com essa estratégia, alémbet365 com3remover substâncias por trásbet365 com3desconfortos como gases, há reduçãobet365 com3compostos antinutricionais, que interferem com a absorçãobet365 com3sais minerais e outros nutrientes.
Aos que reclamam da faltabet365 com3tempo, uma sugestão é fazer o preparobet365 com3uma quantia maior e congelarbet365 com3pequenas porções. O ideal é planejar um dia mais tranquilo para cozinhar, geralmente no fimbet365 com3semana, dividirbet365 com3porções e levar ao freezer. Uma orientação valiosa aqui é deixar os grãos al dente. Isso ajuda a evitar que, ao descongelar, a casca se rompa, o amido escape e interfira com a consistência.
A panelabet365 com3pressão é sempre uma grande aliada. “Otimiza o tempobet365 com3cocção”, avisa Mariana Zukeran. O que também se traduzbet365 com3economiabet365 com3gás. Mas muita gente teme explosões na cozinha. É fundamental que a manutenção do utensílio estejabet365 com3dia, assim como o zelo com a limpeza.
Por fim, que tal apostar na variedadebet365 com3tipos e preparações? Feijão branco fica ótimobet365 com3saladas, já o carioca é perfeito para a junção com o arroz; o preto casa bem também e reina na feijoada; e o vermelho, porbet365 com3vez, aparecebet365 com3sopas.&nbsp;
E ainda há espaço para os demais integrantes da família das leguminosas. Tudo sempre dentro do equilíbrio. Afinal, mesmo para ingredientes cheiosbet365 com3benefícios, o excesso nunca é bem-vindo.&nbsp;

Feijão engorda ou ajuda a combater a obesidade? Saiba o que diz a ciência

Por Victória Ribeiro, da Agência Einstein - A obesidade é uma doença crônica que afeta maisbet365 com31 bilhãobet365 com3pessoas, segundo <a href="https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(23)02750-2/fulltext">levantamento global</a> divulgadobet365 com3fevereiro na revista The Lancet. Mas ainda é senso comum a ideiabet365 com3que a condição está relacionada simplesmente aos hábitosbet365 com3comer muito e se exercitar pouco.
Esse pensamento simplista — presentebet365 com3diversos setores da sociedade, inclusive na saúde — tem sido apontado por especialistas como prejudicial para a compreensão da complexidade metabólica da doença. Além disso, influencia negativamente as decisões das autoridadesbet365 com3saúde, dificulta a busca por ajuda médica e perpetua estigmas e preconceitos.
No Brasil, a obesidade afeta um a cada quatro adultos, segundo o Ministério da Saúde. Com a atual taxabet365 com3crescimento, estima-se que quase metade (48%) da população brasileira será diagnosticada com a doença até 2044,bet365 com3acordo análise da Fiocruz Brasília apresentadabet365 com3junho.&nbsp;
Apesar dos números alarmantes, o estudo aprofundado da obesidade é recente — começou há menosbet365 com3uma década. Contudo, mesmo diantebet365 com3evidências cada vez maioresbet365 com3que essa é uma condição multifatorial, ainda impera a visãobet365 com3que é algo fácilbet365 com3ser tratado ou evitado.&nbsp;
“Rebranding” da obesidade - Daí porque profissionais da saúde têm defendido um rebranding da obesidade. O termo, emprestado do marketing, significa pensarbet365 com3uma nova “cara” para uma marca — alterando elementos visuais ebet365 com3posicionamento, por exemplo. 
“Discutir o rebranding da obesidade é,bet365 com3última análise, discutir sobre pessoas. Muitos veem a doença como simples faltabet365 com3forçabet365 com3vontade, excessobet365 com3alimentação e faltabet365 com3exercício. Isso não apenas é incorreto, como também é um discurso ultrapassado”, afirmou o médico nutrólogo Guilherme Giorelli, professor da pós-graduaçãobet365 com3nutrologia do Hospital Israelita Albert Einstein, durante apresentação no 9º Fórum Latino-Americanobet365 com3Qualidade e Segurança na Saúde, realizadobet365 com3São Paulobet365 com39 a 11bet365 com3julho.
Para Giorelli, o fatobet365 com3essas discussões serem recentes,bet365 com3certa forma, contribui para a faltabet365 com3uma identidade clara e definida para a obesidade ainda hoje. Isso significa que, mesmo tendo critérios para ser considerada uma doença, como patofisiologia e mecanismos etiológicos bem definidos, na maioria das vezes, ela é reconhecida apenas como um “fatorbet365 com3risco” devido abet365 com3possibilidadebet365 com3desencadear outros tiposbet365 com3doenças, como hipertensão e diabetes.&nbsp;
A contradição mora no fatobet365 com3que o mesmo não acontece com outros problemasbet365 com3saúde, como o próprio diabetes e a depressão, que recebem a definiçãobet365 com3“doença” a partir dos mesmos critérios estabelecidos. De acordo com uma pesquisabet365 com32019 do National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos, 32% das pessoas não consideram a obesidade como uma doença crônica. Entre os profissionaisbet365 com3saúde, essa porcentagem ébet365 com312%.
Em entrevista à Agência Einstein, Giorelli destaca que essa ausênciabet365 com3uma identidade bem definida, alémbet365 com3ressaltar a necessidadebet365 com3estratégias eficazesbet365 com3comunicação, colabora para que as complexidades biológicas da doença sejam facilmente ignoradas e que conceitos equivocados se perpetuem. “Aquela frase ‘você é o que você come’ é um grande erro científico, porque se duas pessoas comerem a mesma coisa ou fizerem o mesmo exercício o resultado nunca vai ser idêntico", diz o nutrólogo do Einstein.
Para o endocrinologista Bruno Halpern, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), é essencial compreender que as causas da obesidade são diversas. Embora o excessobet365 com3calorias aumente o risco populacionalbet365 com3obesidade, estima-se que 70% da doença corresponda a uma carga genética, o que torna estratégias que se baseiam apenasbet365 com3“coma menos, mova-se mais” — embora importantes para qualquer pessoa — ineficazes para alguns diagnosticados com a condição.&nbsp;
Isso significa que, assim como a doença se manifestabet365 com3maneiras variadas, o tratamento também precisa levarbet365 com3consideração as individualidadesbet365 com3cada um. Isso pode incluir, alémbet365 com3uma boa dieta e exercícios, intervenções como medicamentos e até mesmo cirurgias.
Outro ponto é que muitos mecanismos relacionados à obesidade acontecem no cérebro, influenciando o consumo alimentar. Por exemplo: o hipotálamo, região cerebral que controla a fome, a sede, a temperatura corporal e a respiração, regula o peso corporalbet365 com3forma a defender o peso máximo alcançado. “Ou seja, quando uma pessoa come menos calorias ou aumenta a atividade física, o gasto metabólico diminui e a fome aumentabet365 com3uma tentativa do corpo para retornar ao peso ‘original’”, explica Halpern.&nbsp;
Além disso, fatores externos, como medicamentos, disruptores endócrinos, poluição atmosférica e sono ruim, também podem contribuir para o desbalanço energético que leva à obesidade.
Da culpabilização à ausênciabet365 com3políticas públicas - Um dos grandes riscos da visão simplistabet365 com3que a obesidade é resultado apenasbet365 com3“comer muito e se exercitar pouco” é que as pessoas com essa condição se culpam, como se nunca estivessem fazendo o suficiente, e podem demorar a buscar ajuda. “As pessoas geralmente pensam que é simples: 'basta querer, comer menos e se exercitar mais'. Isso as faz acreditar que não precisambet365 com3ajuda profissional e que podem resolver tudo sozinhas”, observa Halpern. “Se procuram um profissional que reforça essa ideia, acabam acreditando que é fácil. Quando não conseguem alcançar o que pretendiam, sentem que há algo errado com elas.”
Hoje, hábet365 com3se considerar também a forte influênciabet365 com3redes sociais e influenciadores que, ao basear seus discursosbet365 com3um conhecimento raso sobre a doença, contribuem para que os pacientes se coloquem nesse lugarbet365 com3culpados. “A pessoa se vê como incapaz, se questionando ‘por que todo mundo consegue e eu não?’. Isso acaba, inclusive, sendo um fatorbet365 com3risco para transtornos mentais, como a depressão”, alerta o presidente da Abeso.
A endocrinologista Maria Ednabet365 com3Melo, chefe da Ligabet365 com3Obesidade Infantil do Hospital das Clínicas da Universidadebet365 com3São Paulo (USP), destaca que a perpetuaçãobet365 com3discursos equivocados sobre a obesidade pode até colaborar para que a doença progrida. Isso porque as pessoas ficam mais suscetíveis a estresse, depressão e, consequentemente, a quadrosbet365 com3compulsão alimentar. “Quando estamos estressados, nossa biologia nos induz ao consumobet365 com3alimentos mais palatáveis, que geralmente têm mais açúcar, gordura e/ou sal, resultando no hiperconsumobet365 com3calorias, o que agrava o quadrobet365 com3obesidade”, destaca Melo.&nbsp;
Outro ponto importante é que esses indivíduos também podem se sentir desencorajados a buscar ajuda profissional, acreditando que resolver o problema é uma questão simples e individual e dispensando tratamentos como medicação, cirurgia ou suporte nutricional. “Isso é especialmente prejudicial para aqueles mais gravemente afetados pela obesidade, que enfrentam maior estigma e preconceito, situações ainda mais prejudiciais durante a infância e adolescência”, ressalta a endocrinologista.
As consequências também se refletem na formulaçãobet365 com3políticasbet365 com3saúde, já que há um desconhecimento sobre a condição entre profissionais e gestores da área. “Isso mostra que nós temos, antesbet365 com3tudo, que melhorar a capacitação. Antesbet365 com3falarmos sobre epidemiologia, como controle e prevenção, precisamos discutir sobre os aspectos biológicos da doença e como eles exigem que cada paciente possua um tratamento personalizado”, recomenda a médica da USP.&nbsp;
Na visãobet365 com3Halpern, associar a obesidade apenas a escolhas individuais também funciona como uma desculpa conveniente para a faltabet365 com3formulaçãobet365 com3políticas públicas eficazes. "Ao atribuir a doença exclusivamente às decisões pessoais, fica subentendido, tanto para o sistema quanto para a sociedade e as indústrias, que não é necessário estabelecer políticasbet365 com3prevenção e tratamento; afinal, basta que cada um faça abet365 com3parte”, avalia. “Justamente por isso, inverter essa conversa é importante, porque do jeito que está, é conveniente para a inação.”

360x640

3000x1800

Entenda por que a obesidade vai alémbet365 com3“comer muito e se exercitar pouco”

<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-07/obesidade-adulta-e-anemia-entre-mulheres-sao-preocupantes-aponta-fao">Agência Brasil </a>- Tendências crescentesbet365 com3obesidadebet365 com3adultos e tambémbet365 com3anemia entre mulheresbet365 com315 a 49 anos são consideradas preocupantes, segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), divulgado na manhã desta quarta-feira (24).
O documento mostra que a prevalênciabet365 com3obesidade entre adultos teve um aumento constante ao longo das últimas décadas,bet365 com312,1% (591 milhõesbet365 com3pessoas,bet365 com32012) para 15,8% (881 milhõesbet365 com3pessoas,bet365 com32022). “A previsão é do número aumentar para maisbet365 com31,2 bilhão até 2030. Sobre a anemiabet365 com3mulheresbet365 com315 a 49 anos, aumentoubet365 com328,5%,bet365 com32012, para 29,9%,bet365 com32019 e há uma projeção para atingir 32,3% até 2030.
Por outro lado, o documento identificou que haveria menos crianças afetadas pelo atraso no crescimento. Aliás, o relatório aponta que o atraso no crescimento infantil pode ter diminuídobet365 com3um terço nas últimas duas décadas, o que mostraria uma mudança positiva global. Na avaliação da FAO, são mudanças positivas, como o “direito à alimentação adequada e um padrãobet365 com3vida que garanta a dignidade, saúde e bem-estarbet365 com3todas as pessoas, especialmente para gerações futuras”.
<h2>Longe da meta&nbsp;</h2>
Conforme mostra o relatório, o mundo estaria longebet365 com3alcançar o objetivobet365 com3desenvolvimento sustentável (ODS-2)bet365 com3erradicar a fome até 2030 e haveria uma prevalência globalbet365 com3subnutriçãobet365 com3nível semelhante por três anos consecutivos depoisbet365 com3ter aumentado acentuadamente após a pandemiabet365 com3covid-19.&nbsp;
“Entre 713 e 757 milhõesbet365 com3pessoas podem ter enfrentado a fomebet365 com32023 – umabet365 com3cada 11 pessoas no mundo, e umabet365 com3cada cincobet365 com3África”. São diferentes motivos que impactam os povosbet365 com3maior vulnerabilidade, como conflitos, mudanças climáticas, desacelerações econômicas e as recessões.&nbsp;
No ano passado, a estimativa era que 28,9% da população mundial (ou 2,33 bilhõesbet365 com3pessoas) estavabet365 com3moderada ou grave insegurança alimentar.
“O aumento da fome é maior nos países pobres afetados por mais do que um grande impulsionador. Isso porque o sistema agroalimentar nestes países não são resilientes a essas forças externas”. Um alerta é que a fome, a insegurança alimentar e a desnutrição continuam a aumentar “e afetam desproporcionalmente as crianças”. Outros públicos mais vulneráveis têm sido as mulheres, os jovens e os povos indígenas,bet365 com3acordo com o documento.
<h2>Financiamento</h2>
A FAO avalia que um problema grave é a faltabet365 com3uma solução comumbet365 com3relação ao financiamento para a segurança alimentar e nutricional. "No casobet365 com3financiamento para a segurança alimentar e nutricional, não é possível avaliar adequadamente os níveis existentes, muito menos monitorar progressos ou retrocessos (para cumprir as metas)”.
A entidade explica que existe uma necessidade urgentebet365 com3avançar para uma ação comum para o financiamento da segurança alimentar. Uma análisebet365 com310 paísesbet365 com3baixa e média renda (que inclui o Brasil) mostra que os gastos públicos com segurança alimentar e nutrição estavam crescendo antes da pandemiabet365 com3covid-19.&nbsp;
Na avaliação da FAO, governosbet365 com3alguns paísesbet365 com3renda média também parecem estar gastando relativamente mais parte do seu orçamento para resolver as principais causas da insegurança alimentar e da desnutriçãobet365 com3comparação com paísesbet365 com3baixa renda. A FAO argumenta que o relatório é um apelo “forte e urgente” à ajuda global e também às ações nacionais para resolver este problema como parte da agenda globalbet365 com3ação dos objetivosbet365 com3desenvolvimento sustentável. “Há desigualdades no acesso ao financiamento para segurança alimentar e nutrição entre países e dentro dos países”.&nbsp;
O estudo identifica que cercabet365 com363% dos países com alta ou crescente fome, insegurança alimentar e desnutrição lutam para obter financiamento para a segurança alimentar e nutrição. “A maioria destes países (82%) são afetados por um ou mais dos principais impulsionadores da fome (...). E, por isso, é importante aumentar o financiamento para países com níveis mais elevadosbet365 com3fome".&nbsp;
<h2>Parcerias</h2>
O relatório argumenta que somente fontes oficiais e públicasbet365 com3financiamento não serão suficientes para preencher a lacunabet365 com3financiamento para acabar com a fome. “Aumentar o financiamento privado, atravésbet365 com3parcerias público-privadas, também será essencial para complementar os esforços”. A FAO argumenta que não atender à agendabet365 com32030 acarreta custos sociais, econômicos e ambientais incomensuráveis. “Não há tempo a perder, já que o custo da inação excedebet365 com3muito o custo da ação”.
Os dados do relatório servirãobet365 com3base para discussões, segundo a FAO, na Cúpula do Futuro,bet365 com3setembro deste ano, e na Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento, no ano que vem.&nbsp;

Obesidade adulta e anemia entre mulheres são preocupantes, aponta FAO

Por Regina Célia Pereira, da Agência Einstein - Com uma prevalência crescentebet365 com3todo o mundo, a obesidade é associada a uma extensa listabet365 com3prejuízos à saúde. Entre eles está anemia, segundo aponta um estudo publicadobet365 com3junho no periódico científico <a href="https://jamanetwork.com/journals/jamapediatrics/fullarticle/2819322">BMJ Global Health</a>.
Cientistas da Universidadebet365 com3Leeds, no Reino Unido, esmiuçaram pesquisas médicasbet365 com344 países,bet365 com3uma meta-análise (método que analisa resultadosbet365 com3diversos trabalhos científicos). Dentre os achados, observaram o elo entre a deficiênciabet365 com3ferro e o excessobet365 com3pesobet365 com3crianças e adolescentes. 
“Embora o trabalho tenha alguns pontos críticos, porque reúne artigos muito heterogêneos, ele chega para reforçar que a chamada superalimentação, ou exagero na quantidadebet365 com3comida, nem sempre fornece os nutrientes adequados”, comenta a pediatra e endocrinologista Lindiane Gomes Crisóstomo, do Hospital Israelita Albert Einstein. Esse tipobet365 com3carênciabet365 com3vitaminas e sais minerais, independentemente do peso, é o que especialistas definem como “fome oculta”.
Na faltabet365 com3ferro, a anemia pode dar as caras e desencadear prejuízos. Fadiga, irritabilidade e dorbet365 com3cabeça são alguns dos sinaisbet365 com3insuficiência do mineral, responsável pelo transportebet365 com3oxigênio para o organismo. “Ele é essencial para as funções cognitivas e a memória”, ressalta a médica, que completa: “Também tem papel crucial na imunidade e no desenvolvimento, entre outros.” 
No trabalho britânico, uma das hipóteses levantadas para a deficiência associada à obesidade teria relação com menores níveisbet365 com3absorção e aproveitamento do ferro, devido ao processo inflamatório decorrente do excessobet365 com3gordura corporal. Mas não só: os cientistas enfatizam ainda os deslizes na dieta.
O risco dos ultraprocessados
Um cardápio recheado com ultraprocessados — produtosbet365 com3alta densidade calórica, que concentram açúcares e gorduras, alémbet365 com3favorecerem o ganhobet365 com3peso — tende a ser pobrebet365 com3nutrientes e outras substâncias preciosas à saúde. Isso porque não apresenta boa ofertabet365 com3hortaliças, frutas e grãos integrais. O ferro, por exemplo, aparece nas carnes, nos feijões e nas verduras verde-escuras.
Oferecer um prato equilibrado, com espaço para todos esses itens, desde a introdução alimentar – aos 6 mesesbet365 com3vida –, é uma das estratégias para reduzir o riscobet365 com3obesidade. “É necessário que toda a família esteja envolvida e os pais são o principal exemplo”, afirma a pediatra do Einstein. “Deve-se ensinar os pequenos a comer salada e jamais fazer as refeiçõesbet365 com3frente à TV."
O estímulo à atividade física, segundo a especialista, precisa começar cedo também. “O ideal seria ter quadras disponíveis nas escolas, praças e parques seguros, mas tudo isso dependebet365 com3políticas públicas”, pondera Lindiane Crisóstomo. 
Outro ponto é demarcar o tempobet365 com3telas, seja o computador, seja o celular. Joguinhos e afins têm tudo a ver com sedentarismo. As diretrizes médicas orientam que, entre 6 e 10 anosbet365 com3idade, o limite sejabet365 com3duas horas diárias; já os adolescentes não devem ultrapassar três horas por dia.
Combater a obesidade precocemente ajuda a afastar doenças associadas, caso do diabetes, das doenças cardiovasculares,bet365 com3refluxo gastroesofágico,bet365 com3problemas nos ossos, articulações e postura, da esteatose hepática (gordura no fígado), da apneia do sono, entre outras.

Tag: obesidade