Agência Brasil - O combate à fome é uma das pautas prioritárias do Brasil para a cúpula do G20 e também um dos assuntos-chave do G20 Social, fórum da sociedade civil que está sendo realizado na cidade do Riopremier bet365Janeiro, às vésperas do encontropremier bet365líderes.
O tema é também prioridadepremier bet365milhõespremier bet365pessoas que enfrentam diariamente o desafiopremier bet365buscar seu alimento. No centro da cidade, bem perto do local onde está sendo realizado o fórum, é fácil encontrar pessoas fazendo filas para almoçarpremier bet365projetos sociais que oferecem refeições gratuitas para pessoaspremier bet365situaçãopremier bet365rua.&nbsp;
O problema é comum também na favela Para-Pedro, na zona norte da cidade do Riopremier bet365Janeiro. "A gente lida diariamente com a fome. São pessoas que buscam comidapremier bet365caçambaspremier bet365lixo, da centralpremier bet365abastecimento que fica próxima ao nosso território [Ceasa]. Principalmente as mães solo, que vão para as caçambaspremier bet365buscapremier bet365alimento para os seus filhos", conta Sara Almeida, liderança comunitária.
Para dar visibilidade aos desafios dos moradores da comunidade, Sara conseguiu um ônibus e levou um grupopremier bet36546 moradores da favela para o G20 Social, nesta quinta-feira (14).&nbsp;
"Espero que tenhamos voz, que as pessoas que são 'invisíveis' possam aparecer, através desse evento. Espero que tenhamos visibilidade para o mundo e que eles entendam nossas demandas", ressalta Sara.
<h3>Rio Grande do Sul</h3>
Afetado recentemente por um evento extremo climático que provocou enormes prejuízos, o Rio Grande do Sul também enviou representantes preocupados com a segurança alimentar ao G20 Social.
"Durante a pandemia, a fome pegou muito forte as pessoas, principalmente aquelas sem carteira assinada. E depois veio a calamidade das enchentes", explica Amarildo Cenci, presidente da Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT/RS).
A central sindical coordena um projetopremier bet365estímulo a cozinhas comunitárias para combater a fome. "São cozinhas onde as mães, as avós, as lideranças comunitárias produzem alimentos para as pessoas que passam por essa dificuldade. Hoje a gente tem uma centralpremier bet365cozinhas, que articula, por exemplo, proteína animal, para abastecer as cozinhas. Estamos trazendo essa experiência aqui pro G20 Social", disse Cenci.
O G20 Social, que acontece até sábado (16), terá maispremier bet365270 atividades promovidas pela sociedade civil. Ao fim do evento, um documento será entregue aos governos do Brasil, que preside o G20 este ano, e da África do Sul, que presidirápremier bet3652025.

Liderançapremier bet365favela pede visibilidade para moradores no G20 Social

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Brasil

<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-11/populacao-de-favela-e-mais-negra-e-jovem-que-restante-do-pais">Agência Brasi</a>l - Nas favelas brasileiras, a proporçãopremier bet365pessoas pretas e pardas é maior do que no Brasil. Por outro lado, a presençapremier bet365brancos é menor que a proporção na população geral. Essas constatações fazem partepremier bet365um suplemento do Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiropremier bet365Geografia e Estatística (IBGE). &nbsp;
O levantamento, que também aponta um perfil mais jovem nas comunidades,<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-11/quase-164-milhoes-de-pessoas-moram-em-favelas-no-brasil-revela-censo"> identificou quase 16,4 milhõespremier bet365moradorespremier bet36512,3 mil favelas</a>, distribuídas por 656 municípios.
Os pesquisadores do IBGE consideram favelas e comunidades urbanas localidades com características como insegurança jurídica da posse, ausência ou oferta precária ou incompletapremier bet365serviços públicos, padrões urbanísticos fora da ordem vigente e ocupaçãopremier bet365áreas com restrição oupremier bet365risco ambiental.
<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-11/censo-revela-quais-sao-20-maiores-favelas-do-pais-veja-lista">&gt;&gt; Saiba quais são as 20 maiores favelas do Brasil</a>
<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-12/censo-2022-populacao-parda-supera-branca-pela-1a-vez">As pessoas pardas representam 45,3% do total da população brasileira</a>. Os pretos são 10,2%. Juntos, somam 55,5%. Quando se olha apenas para as favelas, os pretos são 16,1%; e os pardos, 56,8%. Somados alcançam 72,9%.
Por outro lado, os brancos, que são 43,5% da população brasileira, respondem por 26,6% dos moradorespremier bet365favelas. 
&nbsp;
 
 
Segundo o IBGE, os amarelos (asiáticos) são 0,4% da população geral e 0,1% das favelas. Os indígenas representam 0,8%, tanto na população geral, quanto nas favelas.
O IBGE explica que o somatório dos grupos pardos, pretos, brancos, amarelos e indígenas supera 100% no censo, pois foi facultado a moradorespremier bet365áreas indígenas se identificarem como indígenas, mesmo que sejampremier bet365outras cores. Por exemplo, uma pessoa parda que morapremier bet365um território demarcado pôde se considerar indígena.
Vistospremier bet365outro prisma, os dados mostram mais aspectos da desigualdade racial no país. De todas as pessoas que se declararam brancas, 4,9% moravampremier bet365favelas. Entre os pretos, essa marca chegou a 12,8%, ou seja,premier bet365cada 100 pessoas pretas, praticamente 13 moravampremier bet365comunidades. No universo dos pardos, a relação erapremier bet36510 a cada 100 (10,1%).
Entre os indígenas, a proporção foipremier bet3658%, tendo alcançado a maior marca no Amazonas (17,9%). O segundo maior percentual é entre os indígenas no Riopremier bet365Janeiro (12,7%).
<h2>premier bet365 Mais novos</h2>
O censo revelou que a população das favelas é mais jovem que a brasileira. O IBGE apresenta o índicepremier bet365envelhecimento, que faz uma relação entre idosospremier bet36560 anos ou mais e um grupopremier bet365100 criançaspremier bet365até 14 anos. Quanto maior o índice, mais envelhecida é a população.
No Brasil, o índice para a população total foi 80premier bet3652022. Ou seja, havia 80 idosos para cada 100 crianças. Especificamente dentro das favelas, o marcador foipremier bet36545 idosos para cada 100 crianças, indicando uma população proporcionalmente muito menos envelhecida.
A idade mediana da população residente no Brasil,premier bet3652022, era 35 anos, ou seja, metade da população possuía maispremier bet36535; e a outra metade, menospremier bet36535. Analisando apenas o universopremier bet365moradorespremier bet365favelas, a idade mediana cai para 30 anos.
“Um indicadorpremier bet365que esses territórios são formados, proporcionalmente, por população mais jovem que a totalidade da população residente no país”, escreve o IBGE.
<h2>Sexo</h2>
O censo indicou também que 48,3% dos moradores das favelas são homens; e 51,7%, mulheres. “Esses valores não apresentaram diferença expressivapremier bet365relação ao percentualpremier bet365pessoas do sexo masculino e feminino na população geral, 48,5% e 51,5%, respectivamente”, assinala o instituto.
Outro indicador importante para traçar as características demográficaspremier bet365determinada população é a razãopremier bet365sexo. Quando esse número é igual a 100, indica o mesmo númeropremier bet365pessoas dos dois sexos. Caso a razãopremier bet365sexo seja menor que 100, a população analisada possui mais mulheres que homens.
No Brasil, a razãopremier bet365sexo da população total erapremier bet36594,3 homens para casa 100 mulheres,premier bet3652022. Nas favelas, baixava para 93,4 homens para cada 100 mulheres.

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Populaçãopremier bet365favela é mais negra e jovem que restante do país

<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-11/quase-164-milhoes-de-pessoas-moram-em-favelas-no-brasil-revela-censo">Agência Brasil </a>- O Brasil tem 16,390 milhõespremier bet365pessoas que morampremier bet365favelas e comunidades urbanas. Isso representa 8,1% do totalpremier bet365203 milhõespremier bet365habitantes no país, ou seja,premier bet365cada 100 pessoas, oito vivem nesses locais. Os dados fazem partepremier bet365um suplemento do Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiropremier bet365Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa apontou que há 12.348 favelaspremier bet365656 municípios Brasil afora.
Os pesquisadores do IBGE consideram favelas e comunidades urbanas localidades com características como insegurança jurídica da posse, ausência ou oferta precária ou incompletapremier bet365serviços públicos, padrões urbanísticos fora da ordem vigente e ocupaçãopremier bet365áreas com restrição oupremier bet365risco ambiental.
Até o Censo anterior,premier bet3652010, o instituto adotava a expressão “aglomerados subnormais” para se referir às favelas. Em 2010, o IBGE tinha identificado 11,4 milhõespremier bet365pessoaspremier bet3656.329 aglomerados subnormais, o que equivalia a 6% da população. 
 
Os pesquisadores advertem que é preciso cuidado ao fazer a comparação entre 2010 e 2022, pois nesse intervalopremier bet365tempo aconteceram melhorias tecnológicas e metodológicas na identificação dos recortes territoriais.
A analista do IBGE Letíciapremier bet365Carvalho Giannella explica que os avanços técnicos resultaram no mapeamentopremier bet365áreas não identificadas anteriormente e no ajustepremier bet365limites. Dessa forma, ressalta ela, “a comparação entre o resultado das duas pesquisas apresenta limitações e não deve ser realizadapremier bet365forma direta”.
“Quando a gente olha a variaçãopremier bet365população, o aumentopremier bet365território, sem essa crítica, o que pode parecer como um simples crescimento demográfico pode ser fruto, na realidade,premier bet365uma melhoria do mapeamento, das condiçõespremier bet365classificações dessas áreas”, completa.
<h2>Distribuição</h2>
O IBGE detalhou que 43,4% dos moradorespremier bet365favelas estão na região Sudeste. São 7,1 milhões. No Nordeste estão 28,3% (4,6 milhões); no Norte, 20% (3,3 milhões); no Sul, 5,9% (968 mil); e no Centro-Oeste, 2,4% (392 mil).
O estadopremier bet365São Paulo tem a maior populaçãopremier bet365residentespremier bet365favelas, 3,6 milhões, seguido por Riopremier bet365Janeiro (2,1 milhão) e Pará (1,5 milhão). Os três estados juntos respondem por 44,7% do totalpremier bet365habitantespremier bet365comunidades do país. <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/node/1618551">A maior favela é a Rocinha, no Riopremier bet365Janeiro</a>, com 72.021 moradores.
Em proporção, o Amazonas tem a maior parcelapremier bet365pessoas morandopremier bet365favelas (34,7%). Isso equivale dizer que praticamente umpremier bet365cada três moradores do estado vivepremier bet365alguma comunidade.
O Amapá aparece na sequência com proporçãopremier bet36524,4%. Pará (18,8%), Espírito Santo (15,6%), Riopremier bet365Janeiro (13,3%), Pernambuco (12%), Bahia (9,7%), Ceará (8,5%), Acre (8,3%) e São Paulo (8,2%) completam a listapremier bet365estadospremier bet365que a proporção é maior que a média nacional (8,1%).
O Mato Grosso do Sul tinha a menor parcelapremier bet365pessoas vivendopremier bet365favelas (0,6%), seguido por Goiás (1,3%) e Santa Catarina (1,4%).
<h2>Fenômeno urbano</h2>
O Censo observou que nas 26 grandes concentrações urbanas do país – espéciepremier bet365região metropolitana que tenha maispremier bet365750 mil habitantes – viviam 83,6 milhõespremier bet365pessoas. Dessas, 13,6 milhões residiampremier bet365favelas, ou seja, 16,2%, o dobro da proporçãopremier bet365todo o país (8,1%).
O IBGE destaca também que os moradores das 26 grandes concentrações urbanas eram 41,2% do total da população brasileira, enquanto os moradorespremier bet365favelas dessas regiões específicas somavam 82,6% do totalpremier bet365residentespremier bet365comunidades Brasil afora.
De acordo com a analista Letícia Giannella, a comparação é uma demonstraçãopremier bet365que as favelas são um fenômeno marcadamente urbano. “É um indicativo que mostra a concentração dessas áreas e dessas populações nas regiões mais urbanizadas”, pontua.
As grandes concentrações urbanas com maior proporçãopremier bet365habitantes morandopremier bet365comunidades eram Belém (57,1%), Manaus (55,8%), Salvador (34,9%), São Luís (33,2%), Recife (26,9%) e Vitória (22,5%). A concentração do Riopremier bet365Janeiro figurava na 11ª posição (14,8%); e apremier bet365São Paulo na 13ª (14,3%).
Já as grandes concentrações urbanas com os percentuais mais baixos eram Campo Grande (0,9%), São José dos Campos/SP (1%), Goiânia (1,5%) e Sorocaba/SP (1,8%).
 
<h2>Domicílios</h2>
O Censo 2022 identificou que 72,5% das favelas brasileiras tinham até 500 domicílios, enquanto 15,6% possuíampremier bet365501 a 999, e 11,9% tinham maispremier bet3651 mil domicílios.
Ao todo, o IBGE contou 6,56 milhõespremier bet365domicílios nas favelas brasileiras, o que representava 7,2% do totalpremier bet365lares do país. Desses, 5,56 milhões foram classificados como domicílios particulares permanentes ocupados (DPPO), onde moram 99,8% da populaçãopremier bet365favelas.
A pesquisa mostra que o número médiopremier bet365moradores dos domicíliospremier bet365favelas erapremier bet3652,9 pessoas, levemente acima da média do total da população brasileira, 2,8. Em 2010, a média nas favelas era 3,5 pessoas; e a do país como um todo, 3,3.
Os recenseadores identificaram que 96,1% dos domicíliospremier bet365favelas são casas, incluindo aspremier bet365vila oupremier bet365condomínios. No total da população brasileira, a proporção épremier bet36584,8%.
O IBGE coletou informações sobre as condições dos larespremier bet365favelas. Em relação ao abastecimento, identificou que 89,3% dos domicílios particulares permanentes ocupados tinham ligação com rede geralpremier bet365distribuição. No total do país, esse percentual é menor, 87,4%.
Os pesquisadores fazem a ressalvapremier bet365que o total do país inclui áreas rurais, que podem disporpremier bet365formas própriaspremier bet365abastecimentopremier bet365água, esgotamento e coletapremier bet365lixo, fazendo com que números relativos a características dos domicílios das favelas sejam melhores que o do total nacional.
Em relação ao esgotamento, 61,5% dos domicílios nas favelas tinham ligação com rede geral ou pluvial e fossa séptica ou filtro ligada à rede. No total do país, o percentual épremier bet36565% nessas condições. Praticamente todos os larespremier bet365favelas (99%) tinham banheiropremier bet365uso exclusivo.
Enquanto no total do país 83,1% dos lares possuem coletapremier bet365lixo no domicílio, nas favelas o percentual cai para 76%. Para outros 20,7%, a destinação do lixo é via depósitopremier bet365caçambas.
<h2>Estabelecimentos</h2>
As favelas brasileiras possuíam 958 mil estabelecimentospremier bet3652022. A grande maioria, 616,6 mil, era classificada como “outras finalidades”, o que inclui atividades como comércio e serviço. Havia 50,9 mil estabelecimentos religiosos; 7,9 milpremier bet365ensino; &nbsp;2,8 milpremier bet365saúde e 995 agropecuários. Cercapremier bet365280 mil estavampremier bet365construção ou reforma.

Quase 16,4 milhõespremier bet365pessoas morampremier bet365favelas no Brasil, revela Censo

247 - A Conferência Estadual das Favelas do Riopremier bet365Janeiro, realizada no sábado (24), fez parte do G20 Social, uma iniciativa do G20 Favelas liderada pela Central Única das Favelas (Cufa),premier bet365colaboração com a Frente Nacional Antirracista e a Frente Parlamentar das Favelas, sob a chancela da Unesco Brasil. O evento, que ocorreu simultaneamente a outras 20 conferênciaspremier bet36519 estados e no Distrito Federal, também contou com a participação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República e coordenador do G20 Social, Márcio Macêdo.
A conferência teve como objetivo colocar as favelas no centro das discussões globais. O ministro Macêdo destacou a importância das comunidades no cenário político e social do país: "“Quero falar aqui que Cidinho e Doca (funkeiros do Riopremier bet365Janeiro) mostraram para o Brasil no seu rap, o que é favela, o sentimentopremier bet365cada pessoa que vive ali. Eles disseram: ‘eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci. E poder me orgulhar e ter a consciência que o pobre tem seu lugar’. No governo do presidente Lula e no G20 Social o pobre tem o seu lugar para viver com dignidade. Então, venham conosco construir este momento. As favelas que essas elites escravocratas brasileiras sempre trataram como um problema, na verdade, foram uma solução. A solução que o povo mais humilde, mais pobre, mais necessitado encontrou para resolver um problemapremier bet365déficit habitacional, provocada pelas políticas impostas por essas mesmas elites”, destacou. 
Desde abril, o G20 Favelas mobilizou maispremier bet365três mil pessoas no Brasil epremier bet36541 países para construir uma pauta que será validadapremier bet365outubro, com o Fórum Mundial da Favela e a Conferência Nacionalpremier bet365Favelas. Nessas ocasiões, serão votadas as pautas estaduais e internacionais que comporão as agendas nacional e internacional do G20 Favelas. “Vocês estão debatendo e vão chegar a um documento que precisa ser encaminhado à Cúpula do G20 Social que vai acontecer entre 14 e 16premier bet365novembro. Lá serão debatidas e sistematizadas propostas da sociedade civil do Brasil e do mundo. Não vamos trabalhar com divergências, apenas com consensos. Apenas com o que nos une, não com o que nos separa. O documento a ser entregue à presidência brasileira trará os consensos da sociedade civil”, ressaltou o ministro. 
Macêdo também explicou a dinâmica da Cúpula Social do G20, que contará com diversas ações inclusivas e inovadoras, como consultas públicas realizadas por meio da ferramenta digital do G20 Social Participativo. Ele prevê a participaçãopremier bet36550 mil pessoas, sendo cinco mil envolvidas diretamente nos debates.
O ministro ressaltou que não se pode perder a oportunidade que o Brasil tem neste momento. "Assim como vocês criaram a Cufa e não tinham noção exata do que isso representaria, vocês estavam escrevendo um capítulo importante da históriapremier bet365nosso país, da organização socialpremier bet365nosso país. Agora estamos escrevendo outro capítulo importante, que é botar no documento para o Brasil e para as 20 economias mais potentes e importantes do mundo as impressões digitais das comunidades da favela e do mundo no documento final da Cúpula”, disse Macêdo. 
O ministro também anunciou que o G20 Favelas passa a integrar o Comitê Organizador do G20 Social e que, no dia 14premier bet365novembro, dentro da programação da Cúpula Social do G20, a organização do G20 Favelas realizará o Encontro Mundial das Favelas.

Fórum Mundial da Favela e da Conferência Nacionalpremier bet365Favelas - Foto: Ascom/SGPR

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Moradorpremier bet365comunidade tem lugar nas discussões da agenda global do G20

Por Cristina Índio do Brasil, repórter da Agência Brasil - "A Favela no debate global" foi o título dos primeiros painéis temáticos e a frase mais repetida no lançamento do Favela 20 (F20), grupo formado para encaminhar propostas e demandas das comunidades a serem discutidas pelo G20 Social.
O fórum reúne entidades não governamentaispremier bet365diversos setores para participar das discussões do G20, grupo das maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana, que terá uma reuniãopremier bet365cúpulapremier bet36518 e 19premier bet365novembropremier bet3652024, no Riopremier bet365Janeiro.&nbsp;
Logo na abertura da cerimônia na Casa Voz Vidigal, na zona sul do Rio, Rene Silva, idealizador do F20 e fundador da ONG Voz das Comunidades, lembrou os encontros das lideranças comunitárias já vinham ocorrendo desde março para definir o que seria apresentado para o governo brasileiro encaminhar na reunião do G20, prevista para ocorrerpremier bet365novembro, no Riopremier bet365Janeiro.
“Quando começamos a pensar o F20, percebemos que os assuntos do G20 passam por assuntos que interessam a favela e mostram o quanto a favela é potência.”
Os outros painéis da programaçãopremier bet365lançamento do F20, nesta segunda-feira (8), foram divididos nos temas Justiça Social: construindo pontes com foco na redução da pobreza e da fome; Qual o papel do G20 na promoção da reduçãopremier bet365riscospremier bet365desastres nas Favelas?; Qual o nosso olhar com foco no G20?; e Desafios enfrentados pelas favelas no acesso à água, saneamento e higiene.
“Todos os temas e discussões do G20 passampremier bet365alguma forma pelas favelas, alguns temas mais próximos da Maré, outros do Alemão, da Cidadepremier bet365Deus, dos morros, das encostas, mas a gente consegue entender a potência da favela e como somos capazespremier bet365fazer essas discussões”, destacou Rene Silva.
O presidente do Comitê G20 Riopremier bet365Janeiro, Lucas Padilha, defendeu que se o Rio é a capital do G20, tem que ser a capital por inteiro e contemplar as comunidades. O que está acontecendo aqui hoje tem a ver com o que precisa acontecerpremier bet365todos os fóruns, como na COP30 [que ocorre] aqui ano que vem, nos próximos G20, mas com frequência e sinceridade”, pontuou.
Para a deputada estadual do Riopremier bet365Janeiro, Renata Souza, que cresceu no conjuntopremier bet365favelas da Maré, a iniciativa levará o poder público a olhar para as favelas e periferiaspremier bet365maneira mais concreta, com a elaboraçãopremier bet365políticas públicas mais imediatas que tenham efeito no longo prazo.
“É importantíssimo o protagonismo do Voz [da Comunidade], da juventudepremier bet365outras favelas, mas mais que isso, da articulação entre os poderes locais. É uma ação super importante que marca historicamente a relação da favela com o poder público.”
<h2>Primeira-dama</h2>
Por meiopremier bet365vídeo apresentado na abertura do evento e que está publicado no Instagram, a socióloga e primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, elogiou a criação do F20 e convidou as lideranças a se somarem e apoiarem a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Contem comigo, desejo um excelente encontro a vocês e vamos juntas e juntos construir um mundo justo e um planeta sustentável”.
Janja da Silva, afirmou que iniciativas como essa construída pelas comunidades são fundamentais para a presidência brasileira do G20, porque fazem conexão das discussões globais com a realidade dos territórios e vice-versa.
“Ao anunciar o G20 Social como espaçopremier bet365diálogo e participação social nas discussões e processos do G20, o presidente Lula inovou ampliando esse fórum para todos os movimentos e organizações sociais. As prioridades do G20 brasileiro se conectam com as realidades e as preocupações sobre as questões sociais, ambientais e econômicas das comunidades historicamente marginalizadas. O combate à fome, à pobreza e à desigualdade, a promoção do desenvolvimento sustentávelpremier bet365todas as suas dimensões, a igualdadepremier bet365gênero e a reforma da governança global são os temas que movimentam o G20 do Brasil”
De acordo com Janja da Silva, esses temas se relacionam profundamente com o desafio e luta do dia a dia dos moradores das favelas e comunidades periféricas, “como apremier bet365luta por segurança alimentar, acesso à água potável e saneamento básico, combate a pobreza energética e por políticaspremier bet365enfrentamento aos desastres climáticos capazespremier bet365construir resiliência nessas comunidades."

Riopremier bet365Janeiro, Vidigal, Leblon

Brasil Sustentável

F20: papel das favelas no debate global dá início a fórum pré G20

247 - Um incêndiopremier bet365grandes proporções atingiu uma favela na comunidade Olaria, Zona Sulpremier bet365São Paulo, na madrugada desta terça-feira (25), e destruiu uma áreapremier bet3651.500 metros quadrados. Cercapremier bet365300 famílias foram afetadas.
As chamas destruíram dezenaspremier bet365casas no bairro Campo Limpo. Várias das moradias da região sãopremier bet365madeira. As causas do incêndio serão investigadas.
Ao menos 12 caminhões do Corpopremier bet365Bombeiros foram acionados para o combate às chamas. O fogo foi controlado totalmente pelas equipes por volta das 8h. Ninguém ficou ferido.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">🔴 Incêndio atinge uma favela na comunidade Olaria,premier bet365São Paulo Um grande incêndio destruiu partepremier bet365uma favela na zona sul da cidadepremier bet365São Paulo nesta manhã, sem deixar feridos. Segundo o portal G1, que cita vários moradores da comunidade Olaria, no bairropremier bet365Campo Limpo,… <a href="https://t.co/r2G0J4jaZf">pic.twitter.com/r2G0J4jaZf</a>&mdash; RT Brasil (@rtnoticias_br) <a href="https://twitter.com/rtnoticias_br/status/1805618607311012047?ref_src=twsrc%5Etfw">June 25, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
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<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Início do incêndio comunidade da olaria zona sul . <a href="https://twitter.com/CesarTralli?ref_src=twsrc%5Etfw">@CesarTralli</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/BDSP?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#BDSP</a> <a href="https://t.co/sRvOCEoVlO">pic.twitter.com/sRvOCEoVlO</a>&mdash; Gabi Leo (@gabileo88) <a href="https://twitter.com/gabileo88/status/1805532029666107802?ref_src=twsrc%5Etfw">June 25, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Sudeste

Incêndio destruiu dezenaspremier bet365casaspremier bet365favela da Zona Sulpremier bet365SP (vídeo)

Por Mariana Tokarnia, repórter da Agência Brasil - “Um dia deu correria durante uma festa, minha amiga caiu no chão, eu levantei ela pelo cabelo. Depois a gente riu e depois a gente chorou”. O trecho é do livro Eu devia estar na Escola. A correria é por contapremier bet365uma operação policial realizada no Complexo da Maré, complexopremier bet365favelas localizado na zona norte do Riopremier bet365Janeiro, e quem conta é uma criança.
O livro é uma parceria entre a ONG Redes da Maré e a editora Caixote, reúne depoimentospremier bet365crianças e adolescentes da Maré,premier bet365situaçõespremier bet365violência que viveram no próprio território. “Toda criança pode sentir medo, vai sentir medo e faz parte da vida da criança sentir medo. Mas é diferente sentir medo do monstro debaixo da cama oupremier bet365abrir o guarda-roupa à noite e sairpremier bet365lá uma bruxa, e sentir medopremier bet365perder a vida, né? Esse medopremier bet365perder a vida elas não deveriam sentir”, diz uma das escribas do livro, Ananda Luz.&nbsp;
Ananda se identifica como escriba porque ela, junto com Isabel Malzoni, organizou os depoimentos e desenhos das crianças e adolescentes. Tanto que quando o livro ficou pronto e elas o apresentaram para as crianças que participarampremier bet365todo o processo, logo essas crianças identificaram aquela publicação como sendo também delas.
“Uma delas chegou para mim e falou assim, tia, esse é o nosso livro? Eu parei, sabe aquela coisapremier bet365parar dois segundos e falar, era isso. Eu queria que essas crianças falassem, esse é o nosso livro. Eu falei, sim, é o nosso livro. E aí quando eu abro e mostro para ela, ao mesmo tempo que ela lida, e é um assunto difícil, ela fica felizpremier bet365ver como ela foi representada, com esse cuidado, com esse carinho, que é expresso desde o processo das falas delas aos desenhos dessas crianças ali”, disse Ananda.
O livro foi elaboradopremier bet365parceria com a ONG Redes da Maré. A história do livro começa muitos anos antes do lançamento,premier bet3652019, quando a ONG entrega ao Tribunalpremier bet365Justiça do Estado do Riopremier bet365Janeiro as cartas e os desenhos com depoimentospremier bet365crianças sobre a violência que experienciaram. Isabel tem contato com o projeto e imediatamente vê o potencial para se tornar também um livro.
De acordo com dados organizados pela ONG Fogo Cruzado no portal Futuro Exterminado, 642 crianças e adolescentes com idades entre 0 e 17 anos foram baleadas no Grande Rio desde julhopremier bet3652016. Isso quer dizer que,premier bet365média, a cada quatro dias uma criança ou adolescente é baleado. Dessas, 289 morreram.
Do total, quase metade das crianças ou adolescentes atingidos, o equivalente a 47,6%, foi ferida durante operações policiais. Os dados mostram ainda que um a cada três das crianças e adolescentes alvejados foi vítimapremier bet365bala perdida. Eles estavam a caminho da escola ou da padaria, brincando no quintal ou correndo com amigos.
As cartas foram escritas pelas crianças após o assassinatopremier bet365Marcus Vinicius da Silva,premier bet36514 anos,premier bet3652018. Ele foi morto durante uma operação militar no Complexo da Maré quando estava a caminho da escola.
Elaboração do livro - Ananda diz que seria difícil entrarpremier bet365contato com as crianças que escreveram as cartas, pois a intenção era proteger a identidade delas. As escribas, com o apoio da Redes da Maré passaram, então, a se reunir com crianças e adolescentes e a coletar novos depoimentos. Ao todo, foram ouvidas maispremier bet365200 que fazem partepremier bet365projetos do Redes da Maré. As escribas queriam saber como elas viam as situaçõespremier bet365violência que ocorriam na favela.
“A gente nunca escuta as criançaspremier bet365fato, né, a gente sempre acha que a gente consegue resolver aquelas crianças como adulto e, aí, o livro mostra que elas sabem que elas têm consciência do que atravessam elas e do que pode ser diferente né, então acho que também é um diálogo que é importante a gente trazer”, diz Ananda.
A partir das primeiras escutas, foi formado um grupo menor que passou a ser acompanhado diariamente. Foi desse grupo que saiu o livro. Eu devia estar na Escola reúne desenhos e depoimentospremier bet365crianças e adolescentes moradores do Complexo da Maré sobre as violências que ocorrem sobretudo durante as operações policiais.
“É um livro que traz as vozes delas para falar sobre violência, porque as crianças têm a capacidadepremier bet365falar sobre o que afeta elas, sejapremier bet365forma negativa ou sejapremier bet365forma positiva. Então, também, eu acho que é um convocar que a gente precisa escutar mais as crianças. A gente precisa olhar com horizontalidade para o que ela diz e para que a gente possa também garantir que elas tenham essa cidadania plena garantida”, afirma Ananda.
A capa do livro é envolta por uma segunda capa, na qual estão trechos dos depoimentos das crianças que falam sobre medo. Nela está também um veículo policial blindado, conhecido como caveirão, apontado para as crianças. Quando essa capa é retirada, o cenário muda. As crianças estão felizes jogando bola e brincando.
“O livro tem esse esperançar, porque a gente via isso na criança que estava conversando com a gente, nos adolescentes, via que existia e existe possibilidadepremier bet365mudança, eles mesmos apontavam. A Maré é um lugar legal pra se viver, eles apontavam isso pra gente. Aqui tem o melhor açaí do mundo, eu ouvi issopremier bet365uma criança. A outra falou, eu amo jogar futebol na rua. E elas iam contando as coisas boas que tinham na Maré”, diz.
O livro está à venda pela <a href="https://editoracaixote.com.br/" target="_blank">editora Caixote</a>.&nbsp;

Crianças do Complexo da Maré relatam violência policial

Por Mariana Tokarnia, repórter da Agência Brasil* - As informações apresentadas pelas polícias que atuam no estado do Riopremier bet365Janeiropremier bet365relatório elaborado por grupopremier bet365trabalho do Conselho Nacionalpremier bet365Justiça (CNJ) geraram indignação entre pesquisadores e órgãos que atuam no estado. Segundo trechos do relatório apresentado a Polícia Civil do Riopremier bet365Janeiro atribui a expansão da atuaçãopremier bet365organizações criminosas, principalmente do Comando Vermelho, às restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) às operações policiais ainda durante a pandemiapremier bet365covid-19.
Especialistas argumentam que isso não é verdade, que o avanço da criminalidade é mais complexo e envolve, por exemplo, o aumento do poder das milícias, que nunca chegaram a serpremier bet365fato combatidas. Além disso, argumentam que faltam dados que provem as alegações feitas no documento.
O relatório foi entregue nessa quarta-feira (10) pelo CNJ ao ministro Edson Fachin, do STF, relator da açãopremier bet365descumprimentopremier bet365preceito fundamental 635, apelidadapremier bet365ADPF das Favelas,premier bet365que foi tomada a decisão que restringiu a atuação policial no Rio. O plenário votou o temapremier bet3652020, quando restringiu as operações policiais a “casos excepcionais”.
Em ofício, os próprios conselheiros responsáveis pela elaboração do relatório fazem a ressalvapremier bet365que as considerações relativas ao avanço do crime organizado após a ADPF 635 não fazem parte das conclusões às quais o grupo chegou, elas “refletem, tão somente, a visão da Secretariapremier bet365Estadopremier bet365Polícia Civil do Estado do Riopremier bet365Janeiro”. &nbsp;
“A polícia não traz dados”, diz o coordenador do Núcleopremier bet365Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria do RJ, André Castro. “Baseadopremier bet365dados, ela tem que dizer, olha, aumentou da seguinte forma, fazer as conexões, dizer a gente infere que esse aumento se deve ou tem correlação com as medidas da ADPF, por esses parâmetros, que são verificáveis. Nada disso. [Não tem] nada disso. Isso é só uma opinião, e uma opinião com a qual a gente não concorda”, acrescenta.
Castro ressalta também, a importância da ADPF. “O Riopremier bet365Janeiro vinhapremier bet365um históricopremier bet365um crescimento muito significativo no númeropremier bet365pessoas mortas por intervençãopremier bet365agentespremier bet365Estado. A letalidade policial no Riopremier bet365Janeiro vinha aumentandopremier bet365níveis muito alarmantes ao pontopremier bet365chegar a praticamente um terço das mortes violentas serem cometidas por agentespremier bet365Estado. Então, para evitar que isso continuasse escalando dessa forma, foi proposta essa ação para o descumprimentopremier bet365preceito fundamental, justamente com o objetivo centralpremier bet365se elaborar um plano, uma política pública do Estado do Riopremier bet365Janeiro, que tivesse metas, diretrizes, indicadores, a fimpremier bet365implementar uma políticapremier bet365segurança que seja mais eficaz no combate à criminalidade, mais eficaz no combate às organizações criminais, mas que, ao mesmo tempo, preservasse a vida e os direitos da população”, explica.
Faltapremier bet365dados - Segundo a diretorapremier bet365dados e transparência do Instituto Fogo Cruzado, Maria Isabel Couto, não apenas as informações apresentadas pelas polícias no relatório do CNJ, mas a segurança pública no Riopremier bet365Janeiro, no geral, carecepremier bet365dados e informações oficiais estruturadas. Muito da violência no estado acaba sendo aferido por universidades e organizações civis, como o Fogo Cruzado.
Pelos dados levantados pelas organizações e grupospremier bet365estudo, Couto diz que a expansão dos grupos armados se dápremier bet365forma constante antes mesmo da ADPF e que não é possível estabelecer essa correlação, ao contrário do que foi proposto pela Polícia Civil do Riopremier bet365Janeiro.
“Quando a ADPF entrapremier bet365vigência,premier bet3652021, a gente observa um crescimento maior das milícias, e não do Comando Vermelho. Então, esse é o primeiro elemento que a gente menciona para dizer que a gente não enxerga essa correlação”, diz. &nbsp;
De acordo com pesquisa inédita sobre a expansão das organizações criminosas no Riopremier bet365Janeiro realizado por diversas organizações, entre elas o Fogo Cruzado e o Grupopremier bet365Estudos dos Novos Ilegalismos (Geni), da Universidade Federal Fluminense (UFF),premier bet3652019, antes da ADPF, as milícias já controlam 25,5% dos bairros do Rio, totalizando 57,5% da superfície territorial da cidade, enquanto o Comando Vermelho, ocupava 24,2% dos bairros, e outras facções, territórios ainda menores.
Além disso, os dados mostram que a ADPF não foi respeitada. “A partirpremier bet365janeiropremier bet3652021, a gente inicia um período que a gente chamapremier bet365afronta. É como se a ADPF 635 estivesse sendo terminantemente desrespeitada. E entre janeiro e abrilpremier bet3652021, na época que a gente publica esse relatório, a gente vê que a média mensalpremier bet365operações policiais e da letalidade policial, ela chega a superar o que a gente tinha antes da ADPF”, diz, Couto. O documento a que se refere é o Relatório Anual 2021 do Instituto Fogo Cruzado.&nbsp;
Os dados mostram quepremier bet3652021, houve 4.653 tiroteios na Região Metropolitana do Riopremier bet365Janeiro, com uma médiapremier bet36513 por dia. As ações policiais resultarampremier bet3652.098 pessoas baleadas, sendo 1.084 mortas e 1.014 feridas, que representam cinco baleados a cada 24 horas. No mesmo ano, 17 crianças e 43 adolescentes foram baleados na Região Metropolitana.
Ela defende que hajapremier bet365fato um planopremier bet365segurança pública no estado, com objetivos, metas e metodologiapremier bet365acompanhamento claros e transparentes e que esse plano inclua medidaspremier bet365redução da letalidade policial. &nbsp;“No caso do Riopremier bet365Janeiro, a gente só tem informações sobre ações e operações policiais que terminam um confronto armado, monitorada pela sociedade civil. Não fosse o Fogo Cruzado começar a levantar esse dadopremier bet3652016, a gente possivelmente até hoje não teria acesso a esse tipopremier bet365informação. E aí a gente tem uma população que vive, infelizmente, submetida a um medo extremo e a ignorância sobre quais são os elementos que levam a esse medo”, diz.
Avanço das milícias - Ao contrário do tráfico, que foi ressaltado pela polícia, os especialistas chamam atenção para o crescimento das milícias, como apontado pelos dados do Fogo Cruzado e outras organizações. &nbsp;
“A estrutura miliciana não combatida é a estrutura do grupo armado que mais se expandiu no Riopremier bet365Janeiro nos últimos anos. Tirando esse crescimento recente do Comando Vermelho, que é na verdade uma recuperaçãopremier bet365áreas perdidas, a milícia é o grupo mais estável, mais sólido, que não sofre com operações policiais, não é combatido. Por quê? Porque tem toda uma interface da estrutura miliciana com a estruturapremier bet365segurança pública. E mais do que isso, milícia é uma estrutura econômica e política”, diz o professor da Universidade Federal Rural do Riopremier bet365Janeiro José Claudio Alves.
No ano passado, 35 ônibus incendiados evidenciaram a presença das milícias no Riopremier bet365Janeiro. O assassinato da vereadora Marielle Franco também ressaltou a influência das milícias.&nbsp;
“A milícia sempre foi protegida pela estruturapremier bet365segurança pública. Nunca houve combate real à estrutura miliciana. Ela sempre cresceu, ela sempre se expandiu, ela sempre avançou. Isso, historicamente, se deu e se dá. A estruturapremier bet365segurança pública, ela protegeu, sempre protegeu, uma facção, um grupo armado, um grupo armado específico, que é o grupo que tem mais aliança, que tem mais relação com a estrutura policial, onde os seus membros estão diretamente envolvidos”, diz o professor.
Perícias judiciais criminais - De acordo com Castro, o relatório apresentado pelo CNJ contém conclusões importantes que precisam ser observadas. Entre elas, está a indicaçãopremier bet365que há “graves problemas estruturais encontrados no contexto das perícias criminais realizadas no estado do Riopremier bet365Janeiro”, como diz o relatório, que ainda observa: “a polícia técnico-científica do estado do Riopremier bet365Janeiro está alocada institucionalmente enquanto Superintendência da Secretaria da Polícia Civil. Eis o primeiro problema a ser equacionado: é fundamental conferir autonomia à atividade pericial, tratando-sepremier bet365discussão que se arrasta há anos no estado”.
Castro destaca: “O estado do Riopremier bet365Janeiro é um dos poucos estados da federação onde a perícia técnica é um departamento dentro da Secretariapremier bet365Polícia. Nos demais estados,premier bet365modo geral, não é. Eles têm uma autonomiapremier bet365relação à polícia. E por que isso? Porque exatamentepremier bet365muitos casos, o que está sendo examinado envolve a própria força policial. Então isso é um parâmetro internacional também para você garantir que você tem o órgão encarregado da atividade policial propriamente e o outro órgão que faz a perícia técnica”, diz o coordenador do Núcleopremier bet365Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria do RJ.
O relatório aponta ainda, entre outras conclusões, a necessidadepremier bet365comando judicial que imponha a obrigatoriedadepremier bet365disponibilização ao Ministério Público pelas Políciaspremier bet365informações para que seja realizado efetivamente um controle externo, ou seja, as forças policiais deverão aportar seus dadospremier bet365canal ministerial sistematizado, com dados estruturados e confiáveis, que possam ser acompanhadospremier bet365tempo real.
*Colaborou Tâmara Freire, da Radioagência &nbsp;

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