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    Marinha usou livro que relativiza tortura para criticar João Cândido no Livro dos Heróis da Pátria

    Obra publicada pela Marinha vai na contramão do consenso adotado pela historiografia brasileira

    Marcos Sampaio Olsen | João Cândido Felisberto (Foto: Pedro França/Agência Senado | Arquivo do Estadocadastrar no bet365SP)

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    247 - A carta enviada pela Marinha à Câmara dos Deputados para rechaçar a inclusãocadastrar no bet365João Cândido, o Almirante Ngegro, no Livro dos Heróis da Pátria foi baseada no livro “Revolta dos Marinheiros, 1910”, escrito por Hélio Leôncio Martins e publicado pela própria Força. A obra relativiza a tortura, minimizando chibatadas, e traz ofensas contra o marinheiro líder da Revolta da Chibata.

    O jornal Metrópoles teve acesso a quais documentos basearam a carta,cadastrar no bet365que Marcos Sampaio Olsen, comandante da Marinha, chama o motimcadastrar no bet365“deplorável” e classifica a condutacadastrar no bet365Cândido como “reprovável”.O livrocadastrar no bet365Hélio Martins omite a menção à chibata, que nomeou a revolta dos marinheiroscadastrar no bet3651910, e diz que as torturas aplicadas eram reação a “maus instintos” dos marujos.

    “Os crimes cometidos a bordo eramcadastrar no bet365tal monta, o pessoal,cadastrar no bet365grande parte, primitivocadastrar no bet365suas manifestaçõescadastrar no bet365selvageria, com agressões, roubos, mortes, que a argumentação do partido da chibata acabava vencedora”, diz a obra. O livro também critica a politização  e culpa a esquerda por dar notoriedade à Revolta da Chibata. “Escritorescadastrar no bet365esquerda utilizaram a sublevação, puramente militar que foi, para transformá-lacadastrar no bet365um movimento popular”

    O autor também apresenta, na íntegra, uma carta anônima que desqualifica João Cândido. “João Cândido era odiado por quase todos os companheiros, pois era um tipo adulador, chaleira dos oficiais, capazcadastrar no bet365limpar-lhes com a língua a sola dos sapatos. Era um dos timoneiroscadastrar no bet365bordo, cousa que qualquer analfabeto podia ser”.

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