247 - A carta enviada pela Marinha à Câmara dos Deputados para rechaçar a inclusãokati slotsJoão Cândido, o Almirante Ngegro, no Livro dos Heróis da Pátria foi baseada no livro “Revolta dos Marinheiros, 1910”, escrito por Hélio Leôncio Martins e publicado pela própria Força. A obra relativiza a tortura, minimizando chibatadas, e traz ofensas contra o marinheiro líder da Revolta da Chibata.
O <a href="https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado/marinha-criticou-joao-candido-baseada-em-obra-que-relativiza-tortura">jornal Metrópoles</a> teve acesso a quais documentos basearam a carta,kati slotsque Marcos Sampaio Olsen, comandante da Marinha, chama o motimkati slots“deplorável” e classifica a condutakati slotsCândido como “reprovável”.O livrokati slotsHélio Martins omite a menção à chibata, que nomeou a revolta dos marinheiroskati slots1910, e diz que as torturas aplicadas eram reação a “maus instintos” dos marujos.
“Os crimes cometidos a bordo eramkati slotstal monta, o pessoal,kati slotsgrande parte, primitivokati slotssuas manifestaçõeskati slotsselvageria, com agressões, roubos, mortes, que a argumentação do partido da chibata acabava vencedora”, diz a obra. O livro também critica a politização &nbsp;e culpa a esquerda por dar notoriedade à Revolta da Chibata. “Escritoreskati slotsesquerda utilizaram a sublevação, puramente militar que foi, para transformá-lakati slotsum movimento popular”
O autor também apresenta, na íntegra, uma carta anônima que desqualifica João Cândido. “João Cândido era odiado por quase todos os companheiros, pois era um tipo adulador, chaleira dos oficiais, capazkati slotslimpar-lhes com a língua a sola dos sapatos. Era um dos timoneiroskati slotsbordo, cousa que qualquer analfabeto podia ser”.
A historiografia brasileira, no entanto, vai na contramão da obra citada pelo comandante da Marinha. Segundo o livro “Brasil: uma biografia”,kati slotsLilia Schwarcz, a torturakati slotsmarinheiros era resquício da escravidão, abolidakati slots1888. “Se o sistema [escravidão] acabarakati slots1888, a sevícia continuava firme na Marinha, e amparada no corpo da lei, que arrogava a ela o poderkati slots‘quebrar o mau gênio dos rebeldes”, afirmou o livro, que também descreve Cândido como um herói popular.
A propostakati slotsinclusãokati slotsJoão Cândido no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria foi apresentada na Câmara pelo deputado Lindbergh Farias e está sendo relatada por Benedita da Silva, ambos do PT do Riokati slotsJaneiro.&nbsp;

Marcos Sampaio Olsen | João Cândido Felisberto

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Brasil

Marinha usou livro que relativiza tortura para criticar João Cândido no Livro dos Heróis da Pátria

247 - O comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, reafirmou nesta segunda-feira (29)kati slotsposiçãokati slotsrelação à não inclusãokati slotsJoão Cândido, o Almirante Negro, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Em declarações à imprensa durante um evento sobre transição energética no mar, segundo o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2024/04/30/comandante-da-marinha-nega-racismo-e-vies-ideologico-em-critica-por-homenagem-a-joao-candido-o-almirante-negro.ghtml">O Globo</a>, Olsen afirmou quekati slotsdecisão não foi motivada por questões ideológicas ou racistas.
De acordo com Olsen, a posição contrária à homenagem a João Cândido está fundamentadakati slotsuma análise dos fatos históricos relacionados à Revolta da Chibata, na qual João Cândido foi uma figura central. Ele destacou que a Marinha se posiciona com base no "mérito" e citou o exemplokati slotsoutro herói naval, Marcílio Dias, como um exemplokati slotsreconhecimento.
O comandante também alegou quekati slotsposição não é uma questãokati slotsdiscriminação racial, mas sim uma avaliação dos eventos históricos e dos valores da instituição. Ele enfatizou que a Marinha reconhece os erros do passado, como os castigos físicos praticados nos navios, mas que isso não implica automaticamente no reconhecimentokati slotsum "heroísmo infundado".
A declaração Olsen gerou revolta na Comissãokati slotsCultura da Câmara dos Deputados, com críticas vindas principalmente da base governista. Deputados que apoiam a inclusãokati slotsJoão Cândido na listakati slotsheróis nacionais se reuniram com seu filho, Adalberto Cândido, que reiterou a importância do pai como um herói para o país, independentementekati slotsreconhecimento oficial da Marinha.
A propostakati slotsinclusãokati slotsJoão Cândido no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria foi apresentada na Câmara pelo deputado Lindbergh Farias e está sendo relatada por Benedita da Silva, ambos do PT do Riokati slotsJaneiro.&nbsp;

Criticado, comandante da Marinha volta a se posicionar contra a inclusãokati slotsJoão Cândido no Livrokati slotsHeróis da Pátria

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