247 - Um relatório produzido pelo Mecanismo Nacionalcomo a bet365 acompanha os jogosPrevenção e Combate à Tortura (MNPCT), órgão vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos, revelou que detentoscomo a bet365 acompanha os jogosprisões do estadocomo a bet365 acompanha os jogosSão Paulo estão sendo submetidos a trabalho escravo, alémcomo a bet365 acompanha os jogosoutras graves violaçõescomo a bet365 acompanha os jogosdireitos humanos. O documento, enviado ao Ministério Público, Tribunalcomo a bet365 acompanha os jogosJustiça, Tribunalcomo a bet365 acompanha os jogosContas e ao governo do estado, relata condições desumanas, jornadas exaustivas e a ausênciacomo a bet365 acompanha os jogosremuneração adequada para os presos que realizam atividades laborais, destaca reportagem do <a href="https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado/prisoes-de-sao-paulo-tem-trabalho-escravo-apontam-peritos-federais">Metrópoles</a>.
Durante as inspeções, realizadascomo a bet365 acompanha os jogosoutubro do ano passado, peritos federais constataram diversas irregularidades. Na penitenciária Adriano Marrey,como a bet365 acompanha os jogosGuarulhos, presos trabalhavam até 14 horas diárias na cozinha, sem pagamento ou contabilização para a remição da pena, e, quando remunerados, recebiam apenas R$ 9 ao mês. Na penitenciáriacomo a bet365 acompanha os jogosDracena, os detentos relataram jornadas exaustivas na cozinha, acordando às 3h da manhã e trabalhando até às 16h, mesmo quando adoecidos,como a bet365 acompanha os jogostrocacomo a bet365 acompanha os jogossalários muito abaixo do mínimo estabelecido.
O relatório também destacou episódioscomo a bet365 acompanha os jogosviolência física e psicológica, incluindo espancamentos com canoscomo a bet365 acompanha os jogosferro e negligência médica, como no casocomo a bet365 acompanha os jogosum detento que morreu após esperar uma semana por atendimento para uma fratura nas costelas. Em resposta, o governocomo a bet365 acompanha os jogosSão Paulo alegou que os dados do MNPCT não consideram as reformas recentes nos presídios e reforçou que equipescomo a bet365 acompanha os jogossaúde estão disponíveiscomo a bet365 acompanha os jogosparceria com os municípios, alémcomo a bet365 acompanha os jogoscanaiscomo a bet365 acompanha os jogosdenúncia para casoscomo a bet365 acompanha os jogosdesvios.

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Relatório aponta trabalho escravocomo a bet365 acompanha os jogosprisõescomo a bet365 acompanha os jogosSão Paulo

247 - Réu confesso pelo tiros que mataram a ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL)como a bet365 acompanha os jogosmarçocomo a bet365 acompanha os jogos2018, o ex-policial militar Ronnie Lessa está sendo transferido nesta quinta-feira (20) da Penitenciária Federalcomo a bet365 acompanha os jogosCampo Grande, no Mato Grosso do Sul, para o Presídiocomo a bet365 acompanha os jogosTremembé, no interiorcomo a bet365 acompanha os jogosSão Paulo.&nbsp;
O ex-PM afirmou que,como a bet365 acompanha os jogos2017, o então vereador Chiquinho Brazão, atual deputado federal do União Brasil-RJ, e o ex-conselheiro do Tribunalcomo a bet365 acompanha os jogosContas (TCE-RJ) Domingos Brazão, irmão do parlamentar, procuraram o miliciano para elaborar um plano com o objetivocomo a bet365 acompanha os jogosassassinar Marielle.&nbsp;
A ex-vereadora fazia denúncias contra a exploração imobiliária ilegal que acontecia principalmentecomo a bet365 acompanha os jogosregiões mais periféricas do Rio. Os irmãos Brazão tentavam a regularizaçãocomo a bet365 acompanha os jogosum condomínio inteiro na regiãocomo a bet365 acompanha os jogosJacarepaguá, na Zona Oeste da cidade, sem respeitar o critériocomo a bet365 acompanha os jogosáreacomo a bet365 acompanha os jogosinteresse social.
O deputado e o ex-conselheiro foram presos. Ex-chefe da Polícia Civil do estado do Riocomo a bet365 acompanha os jogosJaneiro, Rivaldo Barbosa também foi detido. Eles tornaram-se réus após ministros da Primeira Turma do STF votarem por unanimidade pelo recebimento da denúncia oferecida pela PGR. Os três negaram participação no homicídio.&nbsp;
Outro detido foi o miliciano Élcio Queiroz, que afirmou ter dirigido o carrocomo a bet365 acompanha os jogosonde partiram os disparos contra Marielle, morta por dois integrantes do crime organizadocomo a bet365 acompanha os jogosmarçocomo a bet365 acompanha os jogos2018 num lugar sem câmeras na região central do Rio.&nbsp;

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Réu no caso Marielle, Ronnie Lessa é transferidocomo a bet365 acompanha os jogospenitenciária federal no MS para SP

Por Agência Brasil - Brasília
Com as enchentes no Rio Grande do Sul, que já duram dias, maiscomo a bet365 acompanha os jogos1 mil presos tiveram que ser transferidoscomo a bet365 acompanha os jogosunidades prisionais alagadas. De acordo com a Secretariacomo a bet365 acompanha os jogosSistemas Penal e Socioeducativo e a Polícia Penal, 1.057 detentos da Penitenciária Estadual do Jacuí foram levados na última sexta-feira (3) para a Penitenciáriacomo a bet365 acompanha os jogosAlta Segurançacomo a bet365 acompanha os jogosCharqueadas. Os demais presos da unidadecomo a bet365 acompanha os jogosJacuí permaneceram no local, instalados nos pisos superiores.
O superintendente dos Serviços Penitenciários do Rio Grande do Sul, Mateus Schwartz, explicou que das sete unidades prisionais localizadascomo a bet365 acompanha os jogosCharqueadas, três ficaram inundadas pela elevação do nível do rio Jacuí. No total, são 6 mil presos no complexo. 
Schwartz informou ainda que nenhum detento do regime fechado foi soltocomo a bet365 acompanha os jogosrazão das enchentes e não foram registradas intercorrências nas penitenciárias. 
<h2>Tornozeleira eletrônica</h2>
A Justiça ainda autorizou que presos do semiaberto do Instituto Penalcomo a bet365 acompanha os jogosCharqueadas fiquem no regimecomo a bet365 acompanha os jogosprisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, pelo prazocomo a bet365 acompanha os jogos20 dias. A unidade também ficou alagada. 
Dentrocomo a bet365 acompanha os jogoscinco dias, os presos devem se apresentar para a instalação do equipamento. Caso não compareçam, passarão a ser considerados foragidos, conforme Schwartz. 
Os detentos voltarão para a penitenciária no dia 23como a bet365 acompanha os jogosmaio.

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como a bet365 acompanha os jogos Maiscomo a bet365 acompanha os jogos1 mil presos são transferidos após inundaçõescomo a bet365 acompanha os jogospenitenciária no RS

Por Maíra Heinen - Repórter da EBC - Brasília
Detentos que mal compreendem o idioma falado nos tribunais ou delegacias têm sido a realidadecomo a bet365 acompanha os jogosmuitos indígenas presos na Penitenciária Estadualcomo a bet365 acompanha os jogosDourados (MS). A constatação faz partecomo a bet365 acompanha os jogosum estudo feito pela Defensoria Pública estadual (DPE-MS)como a bet365 acompanha os jogosjunhocomo a bet365 acompanha os jogos2023 e publicadocomo a bet365 acompanha os jogosmeadoscomo a bet365 acompanha os jogosabril deste ano.
Dados coletados pela defensoria indicam que dos 206 indígenas detidos, 86% não tiveram acesso a intérprete da língua materna durante o processo criminal, apesarcomo a bet365 acompanha os jogosgrande parte não compreender bem o português.
Cauê Duarte, defensor público na áreacomo a bet365 acompanha os jogosexecuções penais, lembrou o casocomo a bet365 acompanha os jogosum indígena, condenado a 130 anoscomo a bet365 acompanha os jogosprisão. “Ele não tinha sido intimado oficialmente. Quando ela [assessora da DPE] dá a notícia, ela percebe que ele não compreendeu que se tratavacomo a bet365 acompanha os jogos130 anoscomo a bet365 acompanha os jogosprisão. Ele permanece com o semblante tranquilo, normal, como se nenhuma informação significativa ou nenhuma informação impactante tivesse sido lhe passada naquele instante. E aí vem o intérprete, noticia ele, e o semblante muda”, diz.
À época, 22,3% dos indígenas presos também não tinham qualquer tipocomo a bet365 acompanha os jogosdocumento: certidãocomo a bet365 acompanha os jogosnascimento, RG, CPF ou títulocomo a bet365 acompanha os jogoseleitor. A situação,como a bet365 acompanha os jogosacordo com o defensor Lucas Pimentel, colocacomo a bet365 acompanha os jogosxeque a própria identificação do indígena e a autoria do crime do qual é acusado. “As pessoas acabam sendo processadas, condenadas e cumprem pena, sem ter o mínimocomo a bet365 acompanha os jogosdocumentação civil. Então a gente não consegue entender como que uma pessoa pode ser aprisionada, mas não lhe é garantido nem a documentação civil”.
Indígenas presos devem ter acesso a intérprete, laudo antropológico e consulta à comunidade, segundo diretrizes da Resolução 287/2019 do Conselho Nacionalcomo a bet365 acompanha os jogosJustiça (CNJ), que versa sobre o tratamento dispensado a indígenas encarcerados. 
Além das violações constatadas pela DPE, a penitenciáriacomo a bet365 acompanha os jogosDourados ainda convive com o cenáriocomo a bet365 acompanha os jogossuperlotação. Com capacidade para 700 presos, a unidade abriga cercacomo a bet365 acompanha os jogos2,5 mil detentos. Em outras penitenciárias estaduaiscomo a bet365 acompanha os jogosMS, a situação também é crítica,como a bet365 acompanha os jogosacordo com a Defensoria.
<h2>Números</h2>
A Penitenciária Estadualcomo a bet365 acompanha os jogosDourados tem a maior quantidadecomo a bet365 acompanha os jogospessoas indígenas encarceradas do Brasil - 206como a bet365 acompanha os jogosum totalcomo a bet365 acompanha os jogos377 no estado. Em todo o país, há 1,2 mil indígenas presos, segundo dadoscomo a bet365 acompanha os jogosdezembrocomo a bet365 acompanha os jogos2023 da Secretaria Nacionalcomo a bet365 acompanha os jogosPolíticas Penais (Senappen).
Durante mutirão da Defensoria Pública na penitenciáriacomo a bet365 acompanha os jogosDourados, 91,2% dos indígenas declararam não terem sido entrevistados por antropólogos e quase 70% disseram não receber visitas sociais. 
Aindacomo a bet365 acompanha os jogosacordo com o estudo, 80,5% dos entrevistados disseram não ter sido informados a respeito dos direitos específicos resultantes da autodeclaração como indígena, outra regra estabelecida pela Resolução 287/2019. 
O relatório conclui que, mesmo com a Resolução CNJ, há uma severa faltacomo a bet365 acompanha os jogossensibilidade às especificidades desses povos, o que demonstra um racismo estrutural e até institucional. 
“Hoje a gente tem uma dimensãocomo a bet365 acompanha os jogosquantidade,como a bet365 acompanha os jogosnúmeros,como a bet365 acompanha os jogosdados, do tamanho do problema. Era um problema que todos sabiam que existia, mas ninguém sabia mensurar como é que era o tamanho dele. E agora nós temos uma amostragem, claro que écomo a bet365 acompanha os jogosuma semana específica, do mêscomo a bet365 acompanha os jogosjunho do ano passado, mas são problemas constantes”, ressalta Lucas Pimentel.
A cidadecomo a bet365 acompanha os jogosDourados tem a reserva indígena com maior densidade populacional do estado, com cercacomo a bet365 acompanha os jogos13.473 indígenas (IBGE, 2023)como a bet365 acompanha os jogospouco maiscomo a bet365 acompanha os jogos3.500 hectares demarcados, concentrando os povos Guarani Kaiowá, Guarani Ñandeva e Terena. O município também conta com 15 áreascomo a bet365 acompanha os jogosretomadas, ocupadas por famílias indígenas que reivindicam a demarcação dos seus territórios tradicionais. 
<h2>Luta pela terra e violência</h2>
Atuando no Conselho Indigenista Missionário há cercacomo a bet365 acompanha os jogos40 anos, a advogada Michael Mary Nolan acompanha casoscomo a bet365 acompanha os jogosindígenas presoscomo a bet365 acompanha os jogosdiversas partes do país. No casocomo a bet365 acompanha os jogosMato Grosso do Sul, ela afirma que a terra é o pontocomo a bet365 acompanha os jogospartida para diversos problemas enfrentados no estado, inclusive as prisõescomo a bet365 acompanha os jogosindígenas, principalmente Guarani e Kaiowá. Confinadoscomo a bet365 acompanha os jogosreservas superlotadas, sem perspectivascomo a bet365 acompanha os jogosvida,como a bet365 acompanha os jogoscontato com drogas e violência, o destinocomo a bet365 acompanha os jogosmuitos é a prisão.
“A faltacomo a bet365 acompanha os jogosterra tira esses indígenas dacomo a bet365 acompanha os jogoscosmologia [forma como compreendem o universo]. E a prisão é pior ainda porque ela tiracomo a bet365 acompanha os jogosvez essa cosmologia. Sem a esperançacomo a bet365 acompanha os jogoster uma certeza. Deixam eles sem chão”, ressalta. 
As prisões também acontecem durante os movimentoscomo a bet365 acompanha os jogosretomadascomo a bet365 acompanha os jogosterritórios tradicionais. Esse é o casocomo a bet365 acompanha os jogosClara Barbosa ou Mbo’y Jeguá Ararui’ju - nomecomo a bet365 acompanha os jogosGuarani – que foi presacomo a bet365 acompanha os jogosmarçocomo a bet365 acompanha os jogos2023. Na luta para retomar um território na região do municípiocomo a bet365 acompanha os jogosRio Brilhante (MS), ela foi presa e afirma ter sido tratada com muita violência. “Eu me lembro que eles me cercaram com a viatura do carro militar. A viatura me cercou e já atiraram na minha cabeça. Eu caí. E quando voltei a me recuperar, eu já estava dentro do camburão. E quando cheguei na delegacia me levou num lugar muito sujo. Estava cheiocomo a bet365 acompanha os jogoscocô e xixi. E me deixou lá sem medicação”, relembra.
Clara foi solta 24 horas depois, mas precisava se apresentar ao Fórum todos os meses até novembro do ano passado. Ela lembrou a faltacomo a bet365 acompanha os jogoscompreensão do que é dito no momento das audiências. 
“Eu falo isso por mim, quando me fizeram perguntas, apesar que eu falo cotidianamente português, mas a pessoa que faz aquela pergunta para você, parece que procura a palavra muito difícil para não você entender. É assim que aconteceu com os parentes. Não entenderam nada ali, e acaba… Não sabe nem por que está preso”, afirmoucomo a bet365 acompanha os jogosentrevista à Agência Brasil durante o Acampamento Terra Livre,como a bet365 acompanha os jogosBrasília, na semana passada. Ela participou do evento para relatar a situaçãocomo a bet365 acompanha os jogosMato Grosso do Sul a outras lideranças e autoridades.
<h2>Outro lado</h2>
Procurada, a Agênciacomo a bet365 acompanha os jogosAdministração Penitenciáriacomo a bet365 acompanha os jogosMato Grosso do Sul (Agepen) enviou nota afirmando que o relatório da Defensoria está desatualizado e que, atualmente, todos os internos indígenas possuem certidãocomo a bet365 acompanha os jogosnascimento e CPF. A emissão desses documentos básicos é feita pela equipe psicossocial do presídio. 
Ainda segundo a agência, custodiados indígenas com melhor fluência no português atuam como tradutores dos seus pares, recebendo remiçãocomo a bet365 acompanha os jogospena por esse serviço. Segundo a administração penitenciária, não há restrição a nenhum tipocomo a bet365 acompanha os jogosatendimento. 
O Tribunalcomo a bet365 acompanha os jogosJustiçacomo a bet365 acompanha os jogosMato Grosso do Sul foi procurado para comentar os dados do relatório, mas não respondeu ao pedidocomo a bet365 acompanha os jogosentrevista.

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Indígenas são presos sem acesso a intérprete no Mato Grosso do Sul