Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein - Uma a cada três crianças no mundo tinha miopiabônus sem depósito bet2023 e essa proporção deve alcançar 40% dos meninos e meninasbônus sem depósito bet2050, ultrapassando 740 milhõesbônus sem depósito betcasos. A constatação ébônus sem depósito betuma ampla revisão sistemática e meta-análise que analisou 276 pesquisas envolvendo cercabônus sem depósito bet5,4 milhõesbônus sem depósito betcriançasbônus sem depósito bet50 países dos seis continentes. Os resultados foram publicadosbônus sem depósito betsetembro no <a href="https://bjo.bmj.com/content/early/2024/08/14/bjo-2024-325427">British Journal of Ophthalmology</a>.
A miopia é um distúrbio visual que geralmente começa na primeira infância — período que contempla do nascimento até os 6 anosbônus sem depósito betidade — e tende a piorar. É caracterizada pela dificuldadebônus sem depósito betenxergar objetos distantes: eles ficam embaçados e, quanto mais grave for a miopia, menor é a distância na qual o paciente consegue focar.&nbsp;
O problema ocorre quando o olho forma a imagem antes da retina. Isso significa que ele precisabônus sem depósito betuma maior aproximação dos objetos para elaborar adequadamente a imagem que será enviada ao cérebro. “É impossível aproximarmos todos os objetos para a adequada formação da imagem. Por esse motivo, o tratamento inclui a correção refrativa, que pode ser alcançada pelo usobônus sem depósito betóculos, lentesbônus sem depósito betcontato oubônus sem depósito betforma definitiva pela cirurgia refrativa”, explica o oftalmologista Adriano Biondi, do Hospital Israelita Albert Einstein.&nbsp;
A nova revisãobônus sem depósito betestudos aponta um aumento significativo na prevalênciabônus sem depósito betmiopia entre crianças e adolescentes nos últimos 30 anos — saltoubônus sem depósito bet24%bônus sem depósito bet1990 para quase 36%bônus sem depósito bet2023, especialmente depois do período da pandemiabônus sem depósito betCovid-19. Dentre as possíveis explicações estão o uso excessivobônus sem depósito betvisão para perto, impulsionada pelo usobônus sem depósito bettelas, e estarbônus sem depósito betambiente confinado, com menos contato com a luz natural.&nbsp;
Na avaliaçãobônus sem depósito betBiondi, os altos númerosbônus sem depósito betmiopia entre jovens surpreendem, mas são notáveis e cada vez mais preocupantes. “Se observarmos os dados históricos, nos últimos 60 anos temos presenciado um aumento significativo da prevalênciabônus sem depósito betmiopia, com trajetória contínuabônus sem depósito betalta. Há razões para duvidarbônus sem depósito betque se trata apenasbônus sem depósito betuma alteração explicada pela genética, pois as mudanças têm acontecido muito rápido e podem ser melhor explicadas pelas mudançasbônus sem depósito bethábitos e comportamentos humanos”, analisa.
O estudo observou que crianças asiáticas têm mais miopia – cercabônus sem depósito bet35% das que vivem no Leste Asiático tinham o problemabônus sem depósito bet2023, mais que o dobro da taxabônus sem depósito betoutras regiões. Para se ter uma ideia, a prevalência na Ásia é aproximadamente sete vezes maior do que a observada na África. A América Latina e o Caribe demonstraram a menor prevalência entre os seis continentes.&nbsp;
Para os autores, a escolaridade mais cedo pode explicar essas diferenças. O oftalmologista do Einstein concorda: “Tanto a escolarização quanto o subdiagnósticobônus sem depósito betoutros países podem contribuir para a explicação. Mas, certamente, o tempo dedicado à leitura e ao estudo, por si só, já é capazbônus sem depósito betexplicar essa correlação, já que ela foi identificada tambémbônus sem depósito betoutros países desenvolvidos, tais como Austrália, Israel e Estados Unidos.”
Tratamento e prevenção - A partir do diagnóstico, existe tratamento para a miopia. De acordo com Biondi, para crianças na idadebônus sem depósito betque a miopia ainda está se desenvolvendo, uma das estratégias é o usobônus sem depósito betlentes especiais que podem retardar ou atenuar o problema.&nbsp;
Se ele persistir após o final do desenvolvimento do olho, ao redor dos 20 anosbônus sem depósito betidade, a cirurgia refrativa por laser pode ser utilizada. Para adultos acima dessa idade ou com miopia muito significativa, uma das indicaçõesbônus sem depósito bettratamento é o implantebônus sem depósito betlentes intraoculares. “Atualmente, usar óculos é praticamente opcional para a maioria dos pacientes”, pontua o oftalmologista.
Para prevenir o problema, a principal recomendação é aumentar as atividades das crianças ao ar livre, com maior exposição à luz natural, e restringir o tempobônus sem depósito betusobônus sem depósito betaparelhos eletrônicos. “Ter uma vida saudável, com menos usobônus sem depósito betcelular, menos telas e menos uso do computador, é muito útil para mitigar os riscosbônus sem depósito betmiopia, alémbônus sem depósito betserem hábitos muito bem-vindos para a saúde metabólica e mental”, lembra o médico.
Em relação ao tempobônus sem depósito bettelas, a <a href="https://sbop.com.br/medico/wp-content/uploads/sites/2/2024/04/Uso-de-telas-CBO.pdf.pdf">Sociedade Brasileirabônus sem depósito betOftalmologia Pediátrica recomenda</a>:
<ul>
 <li>Abaixobônus sem depósito bet2 anos: nenhuma exposição às telas;&nbsp;</li>
 <li>Entre 2 e 5 anos: limitar a, no máximo, 1 hora diária;&nbsp;</li>
 <li>Entre 6 e 10 anos: entre 1 e 2 horas ao dia;&nbsp;</li>
 <li>Entre 11 e 18 anos: até 2-3 horas diárias</li>
</ul>
Em relação às medidas comportamentais estão:
<ul>
 <li>Preferir a maior tela, na maior distância possível (televisão é preferível ao celular);&nbsp;</li>
 <li>Controlar a distânciabônus sem depósito betuso (manter os aparelhos a uma distânciabônus sem depósito betum braço adulto);</li>
 <li>Evitar telas durante as refeições;&nbsp;</li>
 <li>Evitar telas pelo menos 2 horas antesbônus sem depósito betdormir;&nbsp;</li>
 <li>Estabelecer intervalos periódicos, seguindo a regra do “20-20-20”: a cada vinte minutosbônus sem depósito betatividadebônus sem depósito betperto, realizar intervalosbônus sem depósito betpelo menos 20 segundos para fixar objetos a 20 pés (aproximadamente 6 metros)bônus sem depósito betdistância, permitindo o relaxamento do focobônus sem depósito betperto (acomodação);&nbsp;</li>
 <li>Manter uma postura adequada: tablets e computadores devem ficar na altura dos olhos da criança, atentando-se à posição das costas e do pescoço durante o uso;&nbsp;</li>
 <li>Estimular atividades ao ar livre, sob exposição solar indireta, pelo menos 2 horas por dia;</li>
 <li>Reduzir o brilho e aumentar o contraste da tela do aparelho eletrônico. Evitar o usobônus sem depósito bettelasbônus sem depósito betambientes mal iluminados.&nbsp;</li>
</ul>

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Saúde

Uma a cada três crianças no mundo tem miopia, aponta estudo

Por Akemi Nitahara, repórter da Agência Brasil - Em anobônus sem depósito beteleições municipais, como e por que envolver criançasbônus sem depósito betum tema tão árido como a política? As respostas a essa pergunta são muitas, e a Agência Brasil conheceu experiências práticas que ajudam a introduzir o assunto junto aos pequenos, mesmo antes da idade mínima para votar (16 anos) no pleito que ocorrerábônus sem depósito betoutubrobônus sem depósito bettodo o país, com exceção do Distrito Federal.
Uma dessas experiências destinada à educação eleitoral é o Projeto Plenarinho, da Câmara dos Deputados, que completou 20 anos neste mêsbônus sem depósito betagosto. A coordenadora da equipebônus sem depósito betEducação para a Democracia da Escola da Câmara dos Deputados, Corina Castro, explica que o projeto foi criado para ensinar crianças e adolescentes sobre política e democracia, “tudo issobônus sem depósito betum jeito divertido e fácilbônus sem depósito betentender”.
“Lá você pode encontrar jogos, históriasbônus sem depósito betquadrinhos, vídeos, atividades que mostram como as leis são feitas e como é que funciona o governo”.
De acordo com ela, os conteúdos são direcionados tanto para o públicobônus sem depósito bet9 a 12 anos como para professores que desejem tratar do temabônus sem depósito betsalabônus sem depósito betaula. Entre os projetos, estão o Câmara Mirim, no qual gruposbônus sem depósito betcrianças criam e votam projetosbônus sem depósito betlei; e o Eleitor Mirim, que ensina as crianças a votarbônus sem depósito betcandidatos fictícios.
Para a coordenadora, é importante que crianças se envolvam com as eleições para entender e exercitar a cidadania desde cedo.
“A gente trata isso para as crianças como uma oportunidadebônus sem depósito betaprender a escolher bem, lembrando que escolher bem tem a perspectiva, tem o lugarbônus sem depósito betfala, tem o lugar que essa pessoa se encontra, o contexto dela. Então, aprender a escolher bem é escolherbônus sem depósito betacordo com os interesses dabônus sem depósito betcomunidade”.
Corina destaca que, como “cidadãs do futuro”, as crianças devem compreender as escolhas que são feitas no presente e que vão interferir nesse futuro.
“Muitas coisas que são feitas hoje não são benéficas para o futuro. É o caso, por exemplo, das mudanças climáticas, da maneira como a gente vem trabalhando, vem fazendo as coisas, talvez não seja interessante para o futuro. E as eleições são uma oportunidadebônus sem depósito betcrescer sabendo que as suas opiniões são importantes e que elas podem fazer a diferença. Mas não é só a opinião, é entender como foi a experiência para chegar na opinião”.
<h2>Crianças eleitoras</h2>
No Riobônus sem depósito betJaneiro, o Colégio Pedro II, instituição federal que conta com 15 campi na capital e Região Metropolitana, com cercabônus sem depósito bet12 mil estudantes da educação infantil ao ensino médio, trabalha com a prática da eleiçãobônus sem depósito betsalabônus sem depósito betaula desde o quinto ano, última série da primeira fase do ensino fundamental, que envolve criançasbônus sem depósito bet10 e 11 anos.
A orientadora pedagógica do Campus São Cristóvão I, Flávia Assis, explica que cada turma escolhe o seu representantebônus sem depósito betclasse, que irá, entre outras coisas, participar do Conselhobônus sem depósito betClasse (COC) junto com os professores.
“Todo ano tem [essa eleição], e eles são convidados a se candidatar. Nós conversamos com eles sobre o que significa essa representação. O que significa lançar-se ao coletivo, representar um coletivo, porque não é uma questãobônus sem depósito betfalar sobre si mesmo, né? Em geral, a gente traz alguma literatura que os envolva nesse sentido. Aí abre o período eleitoral, a gente apresenta o calendário eleitoral, as chapas se apresentam, fazem as campanhas, apresentam seus programas. E aí tem as eleições”.
De acordo com ela, as representações têm autonomia para atuarbônus sem depósito betconjunto com a turma.
“Tem anos, por exemplo, que os representantes organizam a formatura. Tem anos que os representantes escrevem cartas para vir aqui na direção fazer solicitaçõesbônus sem depósito betmelhorias nos aspectos físicos da escola. Às vezes são temas que envolvem eventos, então varia muito do engajamento da turma. Mas o que a gente quer com isso é que eles, como um todo, se sintam como um corpo coletivo e que entendam que os representantes têm um papelbônus sem depósito betlevar a voz daquele coletivo para fora, então que eles se organizem politicamente nas suas pautas, essa é a intenção mesmo”.
A eleição é coordenada pelo Setorbônus sem depósito betOrientação Educacional e Pedagógica (Seop). A pedagoga Manuela Monteiro, responsável pelo Seop do Campus São Cristóvão I, explica que todas as turmas recebem orientação sobre a representaçãobônus sem depósito betclasse e também o acompanhamento sobre os momentosbônus sem depósito betinteração dele com os setores do colégio.
“A gente faz uma reuniãobônus sem depósito betequipe, monta um cronograma, pensando no tempo hábil para cada passo desse processobônus sem depósito betvotação, da participação nas assembleias e da atuação dos alunos representantes no conselhobônus sem depósito betclasse. Cada cronograma é pensado a cada trimestre, porque, por exemplo, no primeiro trimestre acontece a votação do aluno representante. Nos outros trimestres, é somente a questão das assembleias, porque já tem os alunos representantes eleitos”.
<h2>Candidatos e candidatas</h2>
A reportagem conversou com alguns dos candidatos e candidatas. Ana Júlia Diniz Cassiano,bônus sem depósito bet10 anos, diz que quer ser representante para ajudar a turma, a professora e organizar o recreio, alémbônus sem depósito better e oportunidadebônus sem depósito betfalar no Conselhobônus sem depósito betClasse. “Representantebônus sem depósito betturma, ele representa a turma toda, os alunos vão dando uma ideia pro representante e ele leva pro COC.”
Embônus sem depósito betcampanha, Conrado Senas,bônus sem depósito bet10 anos, diz que pretende colocar mais ordem na turma e evitar conflitos. “Eu quero resolver o problemabônus sem depósito betficar xingando os outros, que não pode falar palavrão, né? E tem que respeitar os amiguinhos, não pode rabiscar a mesa, não pode rabiscar a parede. Não fazer besteira, tipo, não sujar banheiro, não ficar fazendo xixi no chão, porque a tia da limpeza fica muito triste”.
Teodoro Oliveria da Silva Batista, 10 anos, espera ser eleito para ajudar a turma a manter o foco nos estudos. “Eu queria ajudar a escolabônus sem depósito betvários aspectos, mas espero ajudar a minha turma. A gente tem que ouvir a turma, a gente conversa muito, mas a gente é muito unido. E eu acho que a gente poderia pararbônus sem depósito betconversar um pouco e prestar mais atenção na aula”.
Já Ana Beatriz da Silva, 11 anos, considera que, apesarbônus sem depósito beta votação ser o meio mais usualbônus sem depósito betescolha, o ideal seria chegar a um consenso. “De certa forma, é injusto, eu acho que a gente deveria conversar, entrarbônus sem depósito betum consenso conjunto e, se necessário, fazer uma votação. Porque eu acho que o que vale mesmo é uma união, não quem tiver mais voto ganha”.
Os pequenos também estão por dentro das eleições municipais e tem recados importantes para quem vencer a disputa. “Eu pediria que ele desse uma condição melhor para as pessoas, uma condição melhor financeira. Porque tem muita gente que não tem uma condição muito boa e morabônus sem depósito betlugares que não tem uma estrutura suficiente para abrigar as pessoas, pertobônus sem depósito betesgoto, e quando chove transborda tudo e pode transmitir doenças para as pessoas. Eu acho que deviam ter melhorias para as favelas do Rio”, diz Ana Beatriz.
Isabella Nairim Gomesbônus sem depósito betSouza, 10 anos, concorda com a colega. “Por mim, eu ia deixar os candidatos, os eleitos, mais humildes, pra ajudar o próximo, ter compaixão”.
Francisco Barcelos Rodrigues, 10 anos, lembra das benfeitorias que ocorrem apenas no momento da campanha. “Lá onde eu moro, teve um cara lá que começou a ajeitar as ruas há um tempo já. E ontem ele passoubônus sem depósito bettodas as ruas soltando fogos, com bandeira. Não é certo, porque deveria ser toda hora, ele está ajeitando tudo agora, mas aí ele só está querendo voto para ele ganhar a eleição e depois não fazer mais nada”.
Maria Eduarda Rocha Campos, 10 anos, falou das promessas não cumpridas pelos políticos. “Eu acho que tem que ter um prefeito para colocar ordem e ajeitar as coisas, só que também não adianta ter um prefeito que promete, promete, promete, faz um montebônus sem depósito betpropaganda e não cumpre. Tem que ser um prefeito honesto, que vá cumprir com as coisas que ele falar, que vai fazer”
<h2>Participação desde cedo</h2>
A coordenadora do Plenarinho, Corina Castro, ressalta a importância da participação no processo eleitoral desde cedo, para entenderbônus sem depósito betpequeno a importância da cidadania e da democracia.
“Mesmo sem votar, elas podem participar aprendendo, conversando, ajudando na comunidade, apoiando os pais, praticando cidadania. Trabalho voluntário, por exemplo. E tem muitas oportunidades nas próprias eleições, né? Algumas organizações aceitam crianças para entregar panfletos, para participarbônus sem depósito betatos. Então, é uma formabônus sem depósito betpraticar a cidadania. E a gente acha que isso cria uma base forte para as crianças serem cidadãs ativas, informadas, no futuro e hoje mesmo”.
Outra organização que tem trabalho voltado para a infância nestas eleições é o Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef). A entidade da ONU fez recomendações para a garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes nas cidades brasileiras,bônus sem depósito betformabônus sem depósito betcartilha para os candidatos, para os jornalistas, para os adolescentes e para os eleitores.
O coordenador do Programabônus sem depósito betCidadania dos Adolescentes do Unicef no Brasil, Mario Volpi, explica que, dentre todas as demandas que exigem atenção das autoridades e da sociedade no país, a organização identificou cinco mais urgentes: proteção contra todas as violências, mudanças climáticas, escolasbônus sem depósito betqualidade para todos, promoção da saúde e da nutrição e proteção social.
“Esses cinco temas não podem esperar, então a gente tentou estabelecer um conjuntobônus sem depósito betações que a gente quer que o município discuta e que os candidatos a prefeito e a vereador digam duas coisas: o que eles vão fazer e como eles vão fazer. Porque não basta dizer o que eles vão fazer, é preciso dizer com quanto dinheiro, com que atividades, com quais profissionais. Como que eles vão fazer para cumprir essas promessas?”
Sobre o envolvimento das crianças no processo eleitoral, Volpi destaca que a participação delas na sociedade deve ser progressiva.
“Você começa participando, opinando lá nabônus sem depósito betfamília, na escola, entendendo os problemas para daí, na adolescência, já começar a participarbônus sem depósito betalgum grupobônus sem depósito betdiscussão dos direitos, para reivindicar seus direitos, o grêmio estudantil na escola, para aos 16 anos tirar o títulobônus sem depósito beteleitor e ir votar, escolher os seus candidatos”.
Ele destaca, ainda, a importânciabônus sem depósito betque crianças e adolescentes sejam envolvidosbônus sem depósito betconversas sobre o tema. “Porque elas é que vivem as políticas públicas, né? Elas que estão na escola, elas que estão lá no centrobônus sem depósito betsaúde sendo atendidas. Então, a voz, a opinião e a sugestão delas no debate, na sugestãobônus sem depósito betsoluções para as questões que dizem respeito às suas próprias vidas é essencial. A gente não vai avançar na consolidação da democracia, no desenvolvimento sustentável, sem participação das crianças e dos adolescentes”.
Acompanhe na Radioagência Nacional o podcast Crianças Sabidas sobre as eleições municipais. A produção original oferece conteúdo jornalístico direcionado ao público infantil. A série sobre as eleições terá ao todo quatro episódios, publicados sempre às sextas-feiras. Os dois primeiros já estão no ar. Conteúdo também disponível nos tocadoresbônus sem depósito betáudio e com traduçãobônus sem depósito betLibras para o YouTube.

Crianças participambônus sem depósito beteleições para representantebônus sem depósito betturma do Colégio Pedro II, no Rio

Brasil Sustentável

Conheça projetos que tratambônus sem depósito beteleições e cidadania para crianças

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein - Oferecer eletrônicos para distrair a criança na hora da birra pode comprometer a capacidade delabônus sem depósito betregular emoções no futuro, sugere um <a href="https://www.frontiersin.org/journals/child-and-adolescent-psychiatry/articles/10.3389/frcha.2024.1276154/full">novo estudo</a> canadense publicado no periódico Frontiers in Child and Adolescent Psychiatry.
Segundo o artigo, 26% das criançasbônus sem depósito bet0 a 4 anos ficam maisbônus sem depósito betquatro horas diantebônus sem depósito betalguma tela diariamente. A fase dos berreiros, que ocorre por volta dos 2 anosbônus sem depósito betidade, pode ser desafiadora para os pais, que muitas vezes não conseguem lidar com manifestaçõesbônus sem depósito betraiva dos pequenos e acabam apelando para esses dispositivos na tentativabônus sem depósito betacalmá-los. Os autores batizaram esse recursobônus sem depósito bet“chupeta digital”.
Por ser uma etapabônus sem depósito betque o cérebro ainda estábônus sem depósito betdesenvolvimento, os cientistas queriam avaliar as possíveis repercussões desse hábito. Para isso, acompanharam 265 pais e mães, que preencheram questionários com informações sobre comportamento dos filhos e rotinabônus sem depósito betusobônus sem depósito betdispositivos digitaisbônus sem depósito betdois momentos: umbônus sem depósito bet2020, quando as crianças tinhambônus sem depósito betmédia 3,5 anos, e um ano depois. 
Na avaliação final, os resultados sugerem que quanto maior a frequênciabônus sem depósito betuso das telas no início, menor a capacidadebônus sem depósito betcontrolar raiva e frustração 12 meses depois. E, nesses casos, as crianças acabavam sendo acalmadas com mais aparelhos eletrônicos, indicando um ciclo vicioso. Segundo os autores, suprimir rotineiramente essas emoções pode dificultar o desenvolvimentobônus sem depósito betestratégiasbônus sem depósito betregulação emocional, alémbônus sem depósito bethabituar os mais novos a terem sempre algo externo para ajudar nessa tarefa.
“Observamos que os eletrônicos realmente hipnotizam, é quase uma adição”, diz o pediatra Claudio Schvartsman, do Hospital Israelita Albert Einstein. No entanto, o especialista pondera que, como o estudo foi feito durante a pandemia, isso pode gerar um viés. “Esse foi um momentobônus sem depósito betque todas as crianças tiveram mais acesso aos eletrônicos,bônus sem depósito betque os pais muitas vezes precisavam lançar mão deles para poderem trabalhar e, naquela época, até a escola era online.”
Ainda assim, os especialistas destacam que o papel da família é essencial para ajudar os filhos a transitarem por situações que geram frustração, ajudando-os a reconhecer suas emoções e ensinando-os como lidar com elas. Isso inclui desde identificar os gatilhos até as formasbônus sem depósito betexpressão, para poder ter mais controle sobre elas. 
“Não há uma receita pronta, envolve conversar, educar e colocar restrições”, orienta o pediatra. “É preciso saber conviver com frustrações, a criança precisabônus sem depósito betlimites, isso faz parte do seu desenvolvimento e ela se sente segura quando encontra esses limites.”
A Sociedade Brasileirabônus sem depósito betPediatria (SBP) desaconselha o usobônus sem depósito bettelas por bebês com menosbônus sem depósito bet2 anos. Segundo a entidade, o limitebônus sem depósito bettempo para os pequenos estarembônus sem depósito betcontato com esses aparelhos variabônus sem depósito betacordo com a idade. Criançasbônus sem depósito bet2 a 5 anos podem usar até uma hora por dia; asbônus sem depósito bet6 a 10 anos, entre uma e duas horas diárias; para adolescentes entre 11 e 18 anos, o tempo máximo aconselhado ébônus sem depósito betduas a três horas. A SBP recomenda também que o usobônus sem depósito bettelas seja feito sempre com a supervisãobônus sem depósito betum adulto.

Usar tela como "chupeta" pode afetar capacidadebônus sem depósito beta criança regular emoções

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