Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein - Crianças e adolescentes que tomam café da manhã regularmente são mais felizes e satisfeitos com a vidajr sportscomparação aos que costumam pular o desjejum. A constatação éjr sportsum amplo estudo, publicado no BMC Nutrition Journal, que avaliou os hábitos alimentaresjr sportsquase 155 mil pessoas com idades entre 10 e 17 anos que vivemjr sportspaíses da Europa e da América do Norte.Os pesquisadores usaram informações do Health Behavior in School-aged Childrenjr sports2017-2018, um trabalho colaborativo da Organização Mundial da Saúde (OMS) que é realizado a cada quatro anosjr sportsescolas para avaliar a saúde e o bem-estarjr sportscrianças e adolescentes. Dentro desse estudo, a análise do consumojr sportscafé da manhã envolveu uma pergunta específica: “Com que frequência você costuma tomar café da manhã?”.
Para medir a satisfação com a vida, o trabalho usa um métodojr sportsavaliação subjetiva, abrangendo uma escalajr sports0 a 10, sendo 10 o ponto que significa melhor qualidadejr sportsvida e 0 o que representa a pior.&nbsp;
Ao cruzar as informações, os autores descobriram que a menor médiajr sportssatisfação foi identificada nos participantes que pulavam o café da manhã com frequência. Por outro lado, a maior média foi observada naqueles que faziam a refeição todos os dias. A conclusão dos autores é que existe uma relação praticamente linear entre o desjejum e estar mais satisfeito com a vida.
Segundo a nutricionista Serena del Favero, do Hospital Israelita Albert Einstein, uma dieta nutritivajr sportsfato contribui para a saúde geral e pode melhorar a sensaçãojr sportsbem-estar e satisfação. “Na prática, vemos que crianças que pulam o café da manhã frequentemente relatam sentir-se cansadas e com dificuldade para se concentrar nas tarefas escolares. Isso pode resultarjr sportsum desempenho acadêmico inferior e uma maior frustração, o que afeta negativamente o humor e o comportamento”, explica a especialista.
O café da manhã é uma oportunidade para ingerir nutrientes essenciais — como cálcio, ferro e vitaminas do complexo B — e importantes para o desenvolvimento físico e cognitivo, especialmentejr sportscrianças e adolescentes.
Além disso, a primeira refeição do dia pode ajudar a regular os níveisjr sportsaçúcar no sangue, evitando flutuações no humor, como irritabilidade e cansaço, que são comumente associadas ao jejum prolongado. “Uma nutrição estável ajuda a melhorar a percepção positiva da vida”, complementa del Favero.
Consumir um café da manhã balanceado também é bom para regular o apetite ao longo do dia, reduzindo a tendênciajr sportsconsumir alimentos hipercalóricosjr sportsrefeições subsequentes para “compensar” a fome. “Quando o café da manhã é pulado, é provável que a fome aumente, levando ao consumo exageradojr sportsalimentos mais calóricos e ricosjr sportsgorduras ou açúcares nas próximas refeições, o que pode contribuir para o ganhojr sportspeso, levando ao sobrepeso ou obesidade”, observa.&nbsp;
Outra vantagemjr sportsnão pular a primeira refeição do dia é que isso indica um estilojr sportsvida mais organizado e saudável. “Crianças e adolescentes que têm o hábitojr sportstomar café da manhã são mais propensos a manter outras práticas saudáveis, como atividade física regular, uma alimentação equilibrada e boas práticasjr sportshigiene do sono”, afirma a nutricionista
Para os autores da pesquisa, considerando as possíveis vantagens para a saúde associadas ao café da manhã durante essa fase da vida, os resultados reforçam a necessidadejr sportspromover o aumento do consumo dessa refeição entre crianças e adolescentes.
Dicas para fazer boas escolhas
No estudo, os pesquisadores citam que não obter uma mistura adequadajr sportsvitaminas e minerais regularmente poderia resultarjr sportsmenor satisfação com a vida ao longo do tempo. A nutricionista Serena del Favero explica que um café da manhã equilibrado deve incluir alimentos que proporcionem uma gama completajr sportsnutrientes essenciais, incluindo carboidratos complexos, proteínas, gorduras saudáveis, fibras, vitaminas e minerais. “Um café da manhã com aveia, frutas frescas, castanhas e iogurte fornece essa combinação”, exemplifica.
A especialista elencou as principais dicas para os pais elaborarem um café da manhã saudável e manterem essa rotinajr sportscasa:&nbsp;
• Defina um horário regular: Tente estabelecer um horário fixo para o café da manhã todos os dias. Isso ajuda a criar um hábito e prepara as crianças para fazer essa refeição. A rotina pode ser ajustada dependendo do horário da escola ou das atividades, mas manter uma consistência é importante.
• Incorpore alimentos variados e nutritivos: Inclua uma variedadejr sportsalimentos para garantir o equilíbriojr sportsnutrientes. Por exemplo, combine carboidratos complexos (como aveia ou pão integral), proteínas (ovos ou iogurte), frutas frescas e uma fontejr sportsgorduras saudáveis (castanhas, por exemplo).
• Deixe preparado na noite anterior: Preparar partes do café da manhã na noite anterior pode economizar tempo e reduzir o estressejr sportsmanhã. Por exemplo: deixe frutas lavadas e prontas para serem consumidas no dia seguinte.
• Tenha alimentos práticos e saudáveis disponíveis: Mantenha a despensa e geladeira abastecidas com opções rápidas e saudáveis, como iogurte, cereais integrais, frutas frescas, pães integrais e ovos cozidos. Isso facilita que os pequenos façam escolhas saudáveis mesmo quando estão com pressa.
• Envolva as crianças na preparação: Deixe-as ajudarem a preparar o café da manhã. Elas podem escolher frutas para uma vitamina, montar uma tigelajr sportsiogurte com granola ou ajudar a fazer um sanduíche saudável. Isso não apenas ensina habilidades culinárias, mas também as motiva a comer o que ajudaram a preparar.

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Saúde

Adolescentes que tomam café da manhã regularmente são mais felizes, mostra estudo

Por Rafaela Ferreira (<a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/08/12/brasilia-ganha-restaurante-escola-focado-na-formacao-de-pessoas-perifericas-e-alimentacao-sustentavel">Brasiljr sportsFato</a>) - O Sindicato dos Bancários do Distrito Federal inaugurou nesta quinta-feira (8) o Via Satélite, um restaurante-escola criadojr sportsparceria com o Gastronomia Periférica, um negócio social dentro do seu espaço que busca transformar vidas através da <a href="https://www.brasildefato.com.br/2023/01/25/entenda-a-relacao-entre-a-alimentacao-saudavel-e-a-prevencao-do-cancer" target="_blank">gastronomia</a>. De acordo com os idealizadores, o espaço visa celebrar a educaçãojr sportspessoas periféricas e promoverjr sportsinserção no universo gastronômicojr sportsforma justa e <a href="https://www.brasildefato.com.br/2023/01/25/entenda-a-relacao-entre-a-alimentacao-saudavel-e-a-prevencao-do-cancer" target="_blank">sustentável</a>.
O restaurante recebe o nome “Via Satélite” porque as vias são a formajr sportsinterligação entre o Plano Piloto e as cidades satélites,jr sportsonde vem a maior forçajr sportstrabalho do Distrito Federal. O presidente do Sindicato, Eduardo Araújojr sportsSouza, conta que a ideiajr sportscriar o restaurante começou,jr sports2023, a partir do interesse do Sindicatojr sportsoferecer alimentação e qualidade para os sindicalizados e para a populaçãojr sportsBrasília que costuma acessar o Teatro dos Bancários.
“Estávamos precisando aqui [no Sindicato]jr sportsum apoio logística para atender as pessoas que visitam o Teatro dos Bancários, e com essa ideiajr sportsformaçãojr sportsrestaurante escola que pudesse atender mulheres da periferia, a gente trouxe essa ideia e construiu o restaurante”, explica o presidente do Sindicato sobre o Via Satélite.
Em São Paulo, Eduardo Araújo conheceu a escola da Gastronomia Periférica, o Da Quebrada, e entendeu que antesjr sportsum restaurante, era necessário investirjr sportseducação, criando o <a href="https://www.brasildefato.com.br/2023/01/25/entenda-a-relacao-entre-a-alimentacao-saudavel-e-a-prevencao-do-cancer" target="_blank">espaço educativo</a> que começou a funcionarjr sportsCeilândia, uma das maiores periferias do Brasil.
Com capacidade para 70 lugares, localizado na Asa Sul, o espaço funcionarájr sportssegunda a sexta-feira a partir o dia 12, das 8h às 16h30, com café da manhã e da tarde, com 3 itens, sendo 1 bebida, por até R$25,00. Além do almoço, com entrada, prato principal e sobremesa por até R$50,00. O cardápio é focado nos biomas brasileiros: Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal, Caatinga, Pampas e Cerrado,jr sportsmaneira sazonal, respeitando o fluxo da natureza.
A co-criadora e gestora pedagógica da Gastronomia Periférica, Adélia Rodrigues, explica que a expectativa é valorizar a gastronomiajr sportsuma região construída por pessoasjr sportsoutros estados. "Como Brasília é composta por pessoas que vieramjr sportsoutros estados, quisemos exaltar não apenas uma única gastronomia, mas uma que abraçasse todos os biomas. Assim, o Via Satélite é pautadojr sportsbiomas brasileiros", informa.
<h3>Gastronomia Periférica</h3>
Das 14 pessoas que compõem a equipe do restaurante escola, 12 são estagiários formados pela Gastronomia Periférica, liderados pela chef educadora Geane Cabral, também ex-aluna. A iniciativa é um negóciojr sportsimpacto social, que tem como intuito causar transformação por meio da gastronomia com sedejr sportsSão Paulo.
Adélia conta que o objetivo do Gastronomia Periférica é ser uma formaçãojr sportscozinha que olhe para aproveitamento total do alimento, para pequeno produtor, e também para quem são os trabalhadoresjr sportsdentro dessa cozinha. “A oferta dos cursos gratuitos é para mulheres pretas periféricas, a galera que estájr sportssituaçãojr sportsvulnerabilidade social, para que assim seja gerado uma autonomia financeira, que através da educação, ela consiga ali construir um outro caminhojr sportsprojetojr sportsvida”, explica.
Agora, por meio da parceria com o Sindicato, foi possível trazer o restaurante para o DF. Adélia conta que, primeiro, houve uma formaçãojr sportsCeilândia, um lugar estratégico para concentrarjr sportsoutras “cidades satélites”. “Essa formação deu super certo, a gente está com alunos estagiando no restaurante Via Satélite”, diz a co-criadora.

Restaurante recebe o nome “Via Satélite” porque as vias são a formajr sportsinterligação entre o plano piloto e as cidades satélites,jr sportsonde vem a maior forçajr sportstrabalho do DF

Brasil Sustentável

Brasília ganha restaurante-escola focado na formaçãojr sportspessoas periféricas e alimentação sustentável

Por Thais Szegö, da Agência Einstein - Médicos e cientistas têm investigado cada vez mais a relação entre o consumojr sportscarboidratos simples e a piora do refluxo gastroesofágicojr sportspessoas que sofrem com esse problema. Essa condição é caracterizada pelo retorno involuntário do alimento após chegar ao estômago —jr sportsvezjr sportspermanecer ali, a comida voltajr sportsdireção ao esôfago. Entre os sintomas estão azia, dor e tosse seca, por exemplo.&nbsp;
Segundo alguns estudos, comer muitos alimentos fontesjr sportscarboidratos simples — como massas refinadas e doces — pode piorar esse quadro. Entre as pesquisas que analisaram esse elo está uma <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9531994/">publicada no periódico The American Journal of Gastroenterology</a>.
Para o estudo, cientistas dos Estados Unidos recrutaram 98 participantes, com idades entre 47 e 72 anos. Eles foram divididos aleatoriamentejr sportsquatro grupos conforme a dieta que seguiram nas nove semanas seguintes ao início do experimento: 1) ingestão altajr sportscarboidratos totais e altajr sportscarboidratos simples, considerado o grupo controle; 2) altajr sportscarboidratos totais e baixajr sportscarboidrato simples; 3) baixajr sportscarboidratos totais e altajr sportssimples; e 4) baixajr sportscarboidratos totais e baixajr sportssimples.&nbsp;
Após o período estipulado, os cientistas analisaram três fatores ligados ao refluxo gastroesofágico: o tempojr sportsexposição do esôfago ao ácido gástrico, o número totaljr sportsepisódiosjr sportsrefluxo nos voluntários e a presençajr sportssintomas da condição.&nbsp;
Os resultados mostraram que houve melhora do quadrojr sportstodos os grupos que reduziram a ingestãojr sportscarboidratos, totais ou simples (apenas o grupo controle permaneceu da mesma forma). Entretanto, a porção dos voluntários que comeu menos carboidratos totais e carboidratos simples foi a que obteve mais benefícios provenientes da alteração na dieta.&nbsp;
Ressalvas
Mas esses achados não significam que pessoas com refluxo devem cortar carboidratos da dieta. Muito menos por conta própria: alémjr sportsserem nutrientes essenciais para o funcionamento do organismo, mais estudos são necessários para entender seu real impacto nessa condição gástrica.&nbsp;
“O númerojr sportsparticipantes [da pesquisa] é pequeno e metade não tinha diagnóstico da doença do refluxo, que acontece quando os episódiosjr sportsrefluxo, que podem acontecer com qualquer um após uma refeição muito pesada, por exemplo, se repetemjr sportsforma crônica”, explica o gastroenterologista e hepatologista Rafael Ximenes, do Hospital Israelita Albert Einsteinjr sportsGoiânia. “Isso é relevante porque, nesses casos, fatores que não são relacionados com a alimentação, como uma hérniajr sportshiato ou alterações na contração do esôfago, podem estar envolvidos.”
Já o gastroenterologista José Augusto Messias, professor titularjr sportsclínica médica da Faculdadejr sportsCiências Médicas da Universidade do Estado do Riojr sportsJaneiro (UERJ), destaca que os indivíduos analisados no estudo eram predominantemente homens e veteranos das forças armadas dos Estados Unidos. Isso é relevante porque,jr sportsacordo com o próprio artigo, a incidênciajr sportsrefluxo gastroesofágico é maior nessa população: entre 40% e 45%, contra 30% na população civil adulta estadunidense.&nbsp;
“Mas esses fatores não diminuem o valor dos resultados, que fazem partejr sportsum estudo publicado no The American Journal of Gastroenterology, uma das mais prestigiosas revistas na áreajr sportsgastroenterologia clínica do mundo e que é muito rigorosa no processo para selecionar os artigos que serão colocadosjr sportssuas páginas”, observa Messias, que é membro titular da Academia Nacionaljr sportsMedicina.Entre os resultadosjr sportsmaior relevância da pesquisa, segundo o docente da UERJ, está a melhora dos sintomas e da presençajr sportsácido clorídrico no esôfago dos voluntários. “Esse é um dos principais objetivos do tratamento da doença do refluxo esofágico”, pontua José Augusto Messias.
“Outro ponto importante a ser destacado é que as mudanças na alimentação propostas pelo estudo fizeram com que os participantes perdessem peso, o que sabidamente é uma formajr sportsmelhorar a doença do refluxo e suas complicações”, pontua Rafael Ximenes, do Einstein. Entre as complicações do quadro estão câncerjr sportsesôfago e esôfagojr sportsBarrett, que acontece quando células da parte final do esôfago são substituídas por células características do intestino, o que aumenta o riscojr sportssurgimentojr sportsum tumor.
Ainda assim, vale reforçar: nadajr sportsagir por conta própria. Os especialistas ressaltam que,jr sportsmuitos casos, o tratamento medicamentoso é fundamental para tratar o refluxo. “Os remédios diminuem a produçãojr sportsácido pelo estômago, melhorando os sintomas e favorecendo a cicatrizaçãojr sportspossíveis lesões provocadas no esôfago, que é a principal formajr sportsprevenir as complicações da doença”, explica Ximenes.

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