Morar pertobet 5 reaisáreas verdes reduz declínio cognitivo na velhice

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Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein - Viver próximo da natureza na vida adulta pode reduzir a velocidade da perda cognitiva mais tarde, revela um estudo publicadobet 5 reaisjulho no periódico Environmental Health Perspectives. O resultado foi ainda mais expressivobet 5 reaislocaisbet 5 reaisbaixo índice socioeconômico, reforçando a importância das áreas verdes como um fator ambiental capazbet 5 reaisajudar a prevenir o declínio mental.

Segundo os autores, já se sabe que o contato com a natureza está associado a menores taxasbet 5 reaisdepressão, que é um fatorbet 5 reaisrisco para demência. Além disso, áreas verdes promovem mais oportunidadesbet 5 reaisatividade física e conexões sociais e ajudam a reduzir o estresse. No entanto, há poucos estudos prospectivos sobre o tema.

Para avaliar essa relação, os autores do estudo — vinculados a diferentes centrosbet 5 reaispesquisa nos Estados Unidos — selecionaram quase 17 mil idosas participantes do Nurses’ Health Study. Esse é um levantamento que acompanha maisbet 5 reais120 mil enfermeiras desde 1976, moradorasbet 5 reais11 estados dos EUA. Elas foram submetidas a testes cognitivos repetidos pelo menos quatro vezes entre 1995 e 2001. Depois, foram monitoradas até 2008.

Imagensbet 5 reaissatélite revelaram a dimensão das áreas verdes nos locaisbet 5 reaisque elas viviam cercabet 5 reaisnove anos antes do início dos testes cognitivos. Todos os resultados foram cruzados levandobet 5 reaisconta fatores como idade, nível socioeconômico e diagnósticobet 5 reaisdepressão.

Os cientistas constataram que aquelas que já tinham um contato maior com a natureza no começo do estudo demonstraram níveis mais altosbet 5 reaisfunção cognitiva nos primeiros testes e, ao longo da investigação, uma taxa mais lentabet 5 reaisdeclínio mental.

O estudo também correlacionou os achados com a presença do gene APOE-ɛ4, um fatorbet 5 reaisrisco conhecido para o desenvolvimentobet 5 reaisAlzheimer, revelando que as portadoras desse gene que moravambet 5 reaisáreas verdes também tiveram uma desaceleração no declínio cognitivo.

“Quem está perto da natureza se exercita mais, que é um fator protetor, e há também maior exposição à luz solar, que beneficia o ciclo circadiano, a qualidade do sono e a produçãobet 5 reaisvitamina D”, diz a geriatra Thais Ioshimoto, do Hospital Israelita Albert Einstein. Ela lembra que dormir bem é muito importante para preservação da memória. “Sem contar que o contato dos pés diretamente com o solo, técnica chamada pelos americanosbet 5 reaisgrounding,bet 5 reaisportuguês ‘aterramento’, também vem sendo estudada como benéfica para a nossa saúde.”

Além disso, cada vez mais estudos mostram o impacto da poluição do ar na deterioração mental, não só a das grandes cidades, mas aquela provocada pela combustãobet 5 reaismadeira e outros materiais fósseis que libera o carbono negro, um material nocivo. “Hoje sabemos que 45% dos fatoresbet 5 reaisrisco para demência podem ser prevenidos”, diz a geriatra do Einstein.

Ela explica que a prevenção começa com uma boa educação ao longo da vida — e que outros fatores conhecidos para prevençãobet 5 reaisdoenças cardiovasculares também servem para a preservação da memória, como práticabet 5 reaisatividade física, não fumar, ter uma dieta saudável e ricabet 5 reaisantioxidantes, controle adequado do colesterol e diabetes.

“Esses fatores servem para toda a população, desde os mais jovens. Nos indivíduosbet 5 reaismeia-idade e idosos, a prevenção da perda auditiva e perda visual são muito importantes. Nos mais idosos, evitar o isolamento social é imprescindível”, resume a médica.