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    Marcia Tiburi

    Professoraecovoucher casinoFilosofia, escritora, artista visual

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    Deus é uma menina estuprada

    O império patriarcal e machista é o império do ódio contra os corpos humilhados, abusados, violentados

    (Foto: ABr)

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    Na última vezecovoucher casinoque defendi publicamente a legalização do aborto, fui atacada por um deputado limítrofe, cujo nome está sempre na lista dos mais corruptos. Além disso, perdi meu emprego numa universidade privadaecovoucher casinocujo cursoecovoucher casinopós-graduação eu constava como uma das professoras mais produtivas, senão a mais produtiva. Inclusive, naquela época, já havia escrito sobre o aborto,ecovoucher casinoum pontoecovoucher casinovista filosófico, e meu artigo tinha constado, sem maiores problemas, como parte da minha produtividade acadêmica. Ou seja, não havia nenhum malecovoucher casinoescrevê-lo mesmo sendo empregada daquela instituição que, naquela época, não havia aderido ao fascismo dos anos bolsonaristas.  

    Num artigo publicado nos EUA, eu era chamadaecovoucher casino“professora abortista” por um membro da igreja e tratada como uma “comunista” e “ativista feminista pró-aborto” que jamais deveria ter sido contratada na referida universidade. Nesse caso, o sujeito não sabia que, ao ser contratada,ecovoucher casino2008, eu nunca havia escrito nada sobre o aborto. De fato, eu havia sido contratada porque, embora eu tenha uma presença pública como intelectual, por cercaecovoucher casino30 anos eu mantive meu trabalho como professora e pesquisadora e, para desesperoecovoucher casinomeus odiadores (na USPecovoucher casinoum concursoecovoucher casino2007 fui preterida sob a alegaçãoecovoucher casino“essa mulher aqui, nem pensar), meu currículo acadêmico não foi negligenciado,ecovoucher casinoque pese que jamais tenha sido o meu principal foco na vida. Ora, fui aprovadaecovoucher casinoconcursos públicos, apesar do reconhecido e notório ódio contra mim, e no caso dessa instituição, era visível que eu tinha um currículo adequado e sabia dar aulas adequadas. Em todas as universidadesecovoucher casinoque lecionei, pude perceber o mal estarecovoucher casinoalguns colegas,ecovoucher casinoinveja,ecovoucher casinomaldade, na pele. 

    Mas não estou falando sobre isso, senão para situar o que tenho a dizer, sem deixarecovoucher casinocolocar que paguei preços altos, menos por meu ativismo, creio eu, do que por minhas ideias enquanto professoraecovoucher casinofilosofia. A combinação das duas coisas parece ser uma bomba na cabeça dos patriarcas que não suportam perder o apanágio das ideias. Óbvio que a minha posturaecovoucher casinolivre pensadora desagrada a muitos. Também é bom deixar claro que eu nunca quis agradar, que não me curvo, que gosto é da liberdadeecovoucher casinoser quem eu sou. E dizer o que penso faz parte disso. 

    Bom, masecovoucher casino2015, quando aconteceu a tal demissão, participeiecovoucher casinouma audiência sobre a legalização do aborto no Senado. Eu havia escrito um texto bem despretensioso, contudo no referido texto eu falava sobre as falácias no discurso sobre o aborto. Lembro até hojeecovoucher casinoalguns personagens sentados à minha frente balançando a cabeça sem entender o que eu dizia. Eram homens burros e incompetentes, que até hoje seguemecovoucher casinocargos dos quais fizeram profissão. Esses homens que compareceram à cena do debate para criar caso, não fazem nada alémecovoucher casinoparasitar o Estado brasileiro e usam pautas relacionadas a direitosecovoucher casinomulheres e crianças para se promover através da mistificação. 

    Naquele textoecovoucher casino2015, eu falava sobre algumas falácias. Eu falava do próprio termo “aborto” usadoecovoucher casinosentido falacioso. Ela é visível quando se desloca no discurso a questão da legalização, um tema do direito, para o tema do abortoecovoucher casinoabstrato, o que coloca o aborto como uma questão metafisica, da qual deve derivar uma moral. A falácia está justamente nesse deslocamento: quando se desvia do assunto para mistificar. Essa falácia naturalista – passar do “ser” ao “dever ser” - instaura uma outra, a falácia do apelo à autoridade (chamadaecovoucher casinolatimecovoucher casinoad verecundiam) pela qual os “pastores” e “padres”, ou homensecovoucher casinogeral, querem se fazer passar por pessoas que sabem mais sobre as mulheres e suas vidas do que elas mesmas. Junto a ela, a muito conhecida falácia ad hominem, pela qual se tenta jogar com uma suposta imoralidade das mulheres, atacando a mulher que aborta ou que defende a legalização do aborto, como se fossem monstros que merecem ser eliminados.

    A falácia do apelo à vida do embrião é o que estáecovoucher casinodisputa quando se trata do chamado “Estatuto do Nascituro” pelo qual o não-nascido - lembremos que o não-nascido está habitando o corpoecovoucher casinouma mulher nascida - tem mais direitos do que ela mesma (!). Para se usar essa falácia é preciso criar antes uma teoria sobre a vida. Lembremos que nenhuma teoria sobre a vida é livreecovoucher casinojulgamentos e que justamente por isso se cria o direito das mulheres para assegurar que haja justiça sobre um assuntoecovoucher casinodisputa. Nessas teorias dos homens, a vida não nascida vale mais do que a vidaecovoucher casinouma menina eecovoucher casinouma mulher contrariando, portanto, o direitoecovoucher casinopessoas nascidas, no caso, mulheres e meninas violentadas por estupros e novamente violentadas atravésecovoucher casinosua criminalização. São vitimasecovoucher casinoum crime que serão criminalizadas. Os estupradores receberão o prêmioecovoucher casinoserem “pais”ecovoucher casinouma ser nascido da violência. A vítima será punida se tornando “mãe”ecovoucher casinoum ser indesejável nascidoecovoucher casinoum ato criminoso que a mulher ou a menina terá que passar o resto da vida lembrando. Bom lembrar que os direitos das mulheres são direitos humanos, mas esses homens não gostamecovoucher casinoseres humanos e nemecovoucher casinomulheres e meninas. 

    É isso o que está sendo reforçado agora. Todo mundo sabe que o abortoecovoucher casinocasoecovoucher casinoestupro é permitido no Brasil. Todo mundo sabe que a vida das meninas e das mulheres não é respeitada por homens, sejam os que as estupram, sejam os que, defendendo a ilegalidade e a criminalização do aborto nos casos dessas meninas e mulheres, estão ao mesmo tempo incentivando o estupro. Os pastores que estupram e matam estão defendendo a si mesmos e criando suas prerrogativas e privilégios, pois querem seguir controlando os corpos femininos, ou seja, tendo o apanágioecovoucher casinoestuprar e matar mulheres. 

    Por trásecovoucher casinoseus discursos enganadores, eles instrumentalizam o embrião. Nenhuma novidade nisso. Homens machistas (assim como deputadas e outras mulheres lacaias) fazem isso o tempo todo com os corposecovoucher casinomulheres eecovoucher casinomeninas. Acostumaram-se a fazer isso com os corpos dos trabalhadores e dos pobres que, assim como os corposecovoucher casinopessoas LGBTQIA+ e, estão lançados na morte violenta que da a esses homens também um profundo prazerecovoucher casinorealizar. Eles têm prazer no estupro eecovoucher casinover sofrer até a morte. São seres diabólicos e não fingem que não são. 

    * Este é um artigoecovoucher casinoopinião,ecovoucher casinoresponsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasilecovoucher casino.

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