Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein - Não faltam estudos sobre o impacto do excessobetfair aplicativo androidtelas nas crianças e nos adolescentes, mas isso não significa que os adultos estejam livresbetfair aplicativo androiddanos. Embora as pesquisas ainda sejam escassas, há cada vez mais evidências dos prejuízos que esses dispositivos podem causar à saúde mentalbetfair aplicativo androidpessoasbetfair aplicativo androiddiversas faixas etárias.
Uma revisão <a href="https://journals.plos.org/globalpublichealth/article?id=10.1371/journal.pgph.0003605">publicada recentemente no periódico PLOS Global Public Health</a>, por exemplo, coloca o usobetfair aplicativo androidredes sociais ao lado do tabaco, do álcool e do hábitobetfair aplicativo androidjogar como fatorbetfair aplicativo androidrisco para sintomas depressivos, ideação suicida e autolesões. Termos como “brainrot”, que se refere a uma espéciebetfair aplicativo androiddeterioração do cérebro por consumobetfair aplicativo androidconteúdo inútil, ou “burnon” – uma exaustão por excessobetfair aplicativo androidconectividade –, têm se tornado populares.
Isso porque o abusobetfair aplicativo androidjogos, videogames, internet e, especialmente, das redes sociais, afeta as pessoasbetfair aplicativo androidvárias formas. “Primeiro tem a questão do culto da beleza, da vida perfeita, então há um mecanismo comparativobetfair aplicativo androidque parece que a vida do outro é melhor, que ele está melhor financeiramente, fisicamente, e isso gera uma pressão tanto interna quanto socialbetfair aplicativo androidbusca da perfeição”, analisa o psiquiatra Gabriel Okuda, do Hospital Israelita Albert Einstein.&nbsp;
Segundo o especialista, isso tem impactos diretos na saúde. “Essa busca por aprovação constante,betfair aplicativo androidalcançar mais likes e seguidores, pode provocar ansiedade e sintomas depressivos”. Pior ainda se a pessoa já estiver vivendo um momentobetfair aplicativo androidestresse, podendo causar também sintomas como irritabilidade e insônia.&nbsp;
Além disso, há uma exposição a um volume enormebetfair aplicativo androidinformação. “Essa hiperconectividade gera um excesso. Não conseguimos lidar com tanta informação ao mesmo tempo e prestar atençãobetfair aplicativo androidtudo. As pessoas consomem cada vez mais conteúdobetfair aplicativo androidmenos tempo, são coisas que não prendem tanto a atenção, vídeos curtos, pouco texto, bordões para aprender rápido”, diz o especialista. Não à toa, há uma explosãobetfair aplicativo androidqueixasbetfair aplicativo androidfaltabetfair aplicativo androidatenção e memória, observa o psiquiatra.
O fatobetfair aplicativo androidpassar horas consumindo conteúdos repetitivos, que não exigem muita atenção nem trazem aprendizados ou grandes desafios para o cérebro, pode até impactar o desenvolvimento cognitivo. Isso porque o córtex pré-frontal, região responsável pelas funções cognitivas superiores — como controlebetfair aplicativo androidimpulsos e regulação emocional, resoluçãobetfair aplicativo androidproblemas, atenção e tomadabetfair aplicativo androiddecisão — amadurece até por volta dos 25 anos, e para isso precisabetfair aplicativo androidbons estímulos.
E quanto mais tempo no mundo digital, menor a dedicação a outras atividades, como praticar esportes, ter contato com a natureza, investir nos relacionamentos e no autocuidado. “A pessoa acredita que está convivendo com outros, mas está num quarto sozinho e isso é deletério para o convívio social no geral, impacta os afetos, a capacidadebetfair aplicativo androidempatia,betfair aplicativo androidlidar com situações do cotidiano”, diz Okuda.&nbsp;
O usobetfair aplicativo androidexcessobetfair aplicativo androidtelas também tem potencial viciante, pois, às vezes, elas são usadas como uma válvulabetfair aplicativo androidescape da vida real. Pode até parecer prazeroso ficar desconectado da realidade, mas esse prazer instantâneo e ficar esperando a “próxima missão do jogo” provoca liberaçãobetfair aplicativo androiddopamina como um “mecanismobetfair aplicativo androidrecompensa”, o que pode fazer o cérebro ficar viciado nessa sensação.&nbsp;
Sintomas para ficar atento
Se a pessoa não consegue controlar a frequência e a intensidade desses usos, significa que algo não vai bem. “É um problema quando isso acaba tendo prioridade sobre a própria vida offline, prejudicando o trabalho, os estudos, relacionamentos, mas muitas vezes isso só é percebidobetfair aplicativo androidestágios avançados, quando já há prejuízos à saúde física e mental”, alerta Okuda.&nbsp;
Como não é possível viver num mundo sem telas, é preciso encontrar um equilíbrio. E a receita não é muito complicada: o tempo gasto com elas não pode ser muito grande comparado ao dedicado a outros aspectos da vida, incluindo momentosbetfair aplicativo androidautoconhecimento.&nbsp;
“A gente deve pensarbetfair aplicativo androiduma formabetfair aplicativo androidbalancear nossa vida. Podemos usar [esses dispositivos], masbetfair aplicativo androidum jeito parcimonioso, sem nos preocupar tanto com o que estamos postando, se estamos sendo bem-vistos ou comparados”, orienta Okuda. “Quanto menos isso nos consumir ou gastar nossa atenção, mais tempo teremos para voltar nosso foco, afetos e vontade a outras atividades e vivências do mundo real.”

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