Por Thais Szegö, da Agência Einstein - Médicos e cientistas têm investigado cada vez mais a relação entre o consumoapp casadeapostas comcarboidratos simples e a piora do refluxo gastroesofágicoapp casadeapostas compessoas que sofrem com esse problema. Essa condição é caracterizada pelo retorno involuntário do alimento após chegar ao estômago —app casadeapostas comvezapp casadeapostas compermanecer ali, a comida voltaapp casadeapostas comdireção ao esôfago. Entre os sintomas estão azia, dor e tosse seca, por exemplo.&nbsp;
Segundo alguns estudos, comer muitos alimentos fontesapp casadeapostas comcarboidratos simples — como massas refinadas e doces — pode piorar esse quadro. Entre as pesquisas que analisaram esse elo está uma <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9531994/">publicada no periódico The American Journal of Gastroenterology</a>.
Para o estudo, cientistas dos Estados Unidos recrutaram 98 participantes, com idades entre 47 e 72 anos. Eles foram divididos aleatoriamenteapp casadeapostas comquatro grupos conforme a dieta que seguiram nas nove semanas seguintes ao início do experimento: 1) ingestão altaapp casadeapostas comcarboidratos totais e altaapp casadeapostas comcarboidratos simples, considerado o grupo controle; 2) altaapp casadeapostas comcarboidratos totais e baixaapp casadeapostas comcarboidrato simples; 3) baixaapp casadeapostas comcarboidratos totais e altaapp casadeapostas comsimples; e 4) baixaapp casadeapostas comcarboidratos totais e baixaapp casadeapostas comsimples.&nbsp;
Após o período estipulado, os cientistas analisaram três fatores ligados ao refluxo gastroesofágico: o tempoapp casadeapostas comexposição do esôfago ao ácido gástrico, o número totalapp casadeapostas comepisódiosapp casadeapostas comrefluxo nos voluntários e a presençaapp casadeapostas comsintomas da condição.&nbsp;
Os resultados mostraram que houve melhora do quadroapp casadeapostas comtodos os grupos que reduziram a ingestãoapp casadeapostas comcarboidratos, totais ou simples (apenas o grupo controle permaneceu da mesma forma). Entretanto, a porção dos voluntários que comeu menos carboidratos totais e carboidratos simples foi a que obteve mais benefícios provenientes da alteração na dieta.&nbsp;
Ressalvas
Mas esses achados não significam que pessoas com refluxo devem cortar carboidratos da dieta. Muito menos por conta própria: alémapp casadeapostas comserem nutrientes essenciais para o funcionamento do organismo, mais estudos são necessários para entender seu real impacto nessa condição gástrica.&nbsp;
“O númeroapp casadeapostas comparticipantes [da pesquisa] é pequeno e metade não tinha diagnóstico da doença do refluxo, que acontece quando os episódiosapp casadeapostas comrefluxo, que podem acontecer com qualquer um após uma refeição muito pesada, por exemplo, se repetemapp casadeapostas comforma crônica”, explica o gastroenterologista e hepatologista Rafael Ximenes, do Hospital Israelita Albert Einsteinapp casadeapostas comGoiânia. “Isso é relevante porque, nesses casos, fatores que não são relacionados com a alimentação, como uma hérniaapp casadeapostas comhiato ou alterações na contração do esôfago, podem estar envolvidos.”
Já o gastroenterologista José Augusto Messias, professor titularapp casadeapostas comclínica médica da Faculdadeapp casadeapostas comCiências Médicas da Universidade do Estado do Rioapp casadeapostas comJaneiro (UERJ), destaca que os indivíduos analisados no estudo eram predominantemente homens e veteranos das forças armadas dos Estados Unidos. Isso é relevante porque,app casadeapostas comacordo com o próprio artigo, a incidênciaapp casadeapostas comrefluxo gastroesofágico é maior nessa população: entre 40% e 45%, contra 30% na população civil adulta estadunidense.&nbsp;
“Mas esses fatores não diminuem o valor dos resultados, que fazem parteapp casadeapostas comum estudo publicado no The American Journal of Gastroenterology, uma das mais prestigiosas revistas na áreaapp casadeapostas comgastroenterologia clínica do mundo e que é muito rigorosa no processo para selecionar os artigos que serão colocadosapp casadeapostas comsuas páginas”, observa Messias, que é membro titular da Academia Nacionalapp casadeapostas comMedicina.Entre os resultadosapp casadeapostas commaior relevância da pesquisa, segundo o docente da UERJ, está a melhora dos sintomas e da presençaapp casadeapostas comácido clorídrico no esôfago dos voluntários. “Esse é um dos principais objetivos do tratamento da doença do refluxo esofágico”, pontua José Augusto Messias.
“Outro ponto importante a ser destacado é que as mudanças na alimentação propostas pelo estudo fizeram com que os participantes perdessem peso, o que sabidamente é uma formaapp casadeapostas commelhorar a doença do refluxo e suas complicações”, pontua Rafael Ximenes, do Einstein. Entre as complicações do quadro estão câncerapp casadeapostas comesôfago e esôfagoapp casadeapostas comBarrett, que acontece quando células da parte final do esôfago são substituídas por células características do intestino, o que aumenta o riscoapp casadeapostas comsurgimentoapp casadeapostas comum tumor.
Ainda assim, vale reforçar: nadaapp casadeapostas comagir por conta própria. Os especialistas ressaltam que,app casadeapostas commuitos casos, o tratamento medicamentoso é fundamental para tratar o refluxo. “Os remédios diminuem a produçãoapp casadeapostas comácido pelo estômago, melhorando os sintomas e favorecendo a cicatrizaçãoapp casadeapostas compossíveis lesões provocadas no esôfago, que é a principal formaapp casadeapostas comprevenir as complicações da doença”, explica Ximenes.

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O que o consumoapp casadeapostas comcarboidratos tem a ver com o refluxo? Ciência investiga

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