Por Gilberto Costa - Repórter da Agência Brasil - Brasília
A grande maioria da população brasileira (95,4%) afirma ter consciênciatexasholdemque as mudanças climáticas estão acontecendo, enquanto apenas 3,5% dizem não ter consciência. Um por cento não sabe opinar ou não quis responder a respeito na pesquisatexasholdemopinião sobre percepção pública da ciência e tecnologia (C&amp;T), divulgada nesta quarta-feira (15)texasholdemBrasília pelo CentrotexasholdemGestão e Estudos Estratégicos (CGEE), uma associação civil sem fins lucrativos supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
A consciência quase unânime dos brasileiros nas mudanças climáticas, no entanto, não se traduztexasholdemabsoluta concordância sobre as razões do fenômeno. Para 78,2% dos entrevistados, as transformações no clima do planeta Terra ocorremtexasholdemrazão da ação humana – como apontam diferentes estudos científicos. Mas, para 19,6%, essas mudanças são da natureza, sem intervenção do homem.
A percepção da gravidade das mudanças climáticas é ainda mais relativa. Seistexasholdemcada dez entrevistados (60,5%) concordam que o evento representa um “grave perigo para as pessoas no Brasil”. Para 26,9%, os riscos sãotexasholdemporte “médio”. Quase 12% dos entrevistados (11,8%) creem que as mudanças são “um perigo pequeno” (8,2%) ou “não são um perigo” (3,6%).
<h2>Amostra</h2>
A pesquisa foi aplicada na última semanatexasholdemnovembro e primeira semanatexasholdemdezembro do ano passado, bem antes das tempestades e enchentes que afligem o Rio Grande do Sul. No total, foram entrevistadas 1.931 pessoas com 16 anos ou mais. A composição da amostra tem representaçãotexasholdemestratos por gênero, idade, escolaridade, renda e localtexasholdemmoradiatexasholdemtodas as regiões do país.
Essa é sexta edição da pesquisatexasholdemopinião sobre percepção públicatexasholdemC&amp;T entre os brasileiros. As edições anteriores ocorreramtexasholdem1987, 2006, 2010, 2015 e 2019. Entre os levantamentos, os pesquisadores afirmam que não foram observadas mudanças significativastexasholdeminteresse pelas temáticas abordadas.
<h2>Interesse pela ciência</h2>
Na ediçãotexasholdem2023, o interesse por ciência e tecnologia ficou no mesmo patamar das pesquisas anteriores (60,3% dos entrevistados). O percentual alcançado pela temática indica interesse menor do quetexasholdemtemas associados como medicina e saúde (77,9%), e meio ambiente (76,2%); etexasholdemtemas diferentes, como religião (70,5%) e economia (67,7%).
Ciência e tecnologia ficam à frente do interesse por esporte (54,3%); arte e cultura (53,8%); e política (32,6%). Mesmo que minoritário, o interesse por política foi o único sobre o qual se notou crescimento significativo nas duas últimas edições da pesquisa: maistexasholdemnove pontos percentuais. Em 2019, apenas 23,2% dos entrevistados se declararam interessados por esse assunto.
Apesar do interesse declarado sobre C&amp;T, apenas 17,9% disseram conhecer alguma instituiçãotexasholdempesquisa científica e 9,6% lembraram o nometexasholdemalgum (a) cientista brasileiro importante. Também é minoritária a proporçãotexasholdembrasileiros que visitam espaços ou participamtexasholdematividades relacionadas ao conhecimento científico e/ou educação. “Declarar interesse significa a importância que os brasileiros atribuem para o tema (não significa necessariamente ler, participar ou se informar, mesmo que a correlação exista)”, explica o relatório da pesquisa.
Tendo como referência os 12 meses que antecederam o levantamento, menostexasholdem20% dos entrevistados (19,4%) disseram ter ido a uma biblioteca; 18,9% participaramtexasholdemfeira ou olimpíada da ciência; 13,4% visitaram museutexasholdemarte; 11,5% estiveramtexasholdemmuseutexasholdemC&amp;T; e 6,6% acompanharam a Semana NacionaltexasholdemCiência e Tecnologia – que na edição anterior à pesquisa foi realizadatexasholdemBrasília, com o tema: Bicentenário da Independência: 200 AnostexasholdemCiência, Tecnologia e Inovação no Brasil. Até mesmo visita a zoológico foi minoritária entre os entrevistados (32,7%).
<h2>Cidadania científica</h2>
Conforme o relatório da pesquisa, o levantamento indica desigualdade no acesso ao conhecimento. “O interessetexasholdemC&amp;T tende a se modificartexasholdemfunção da regiãotexasholdemmoradia, da idade, da renda e do tipotexasholdemparticipação política dos entrevistados. Isto é, seu valor é maior nas regiões Norte e Sul; cai fortemente com a maior idade; ao crescer a renda, o interesse tende a crescer; e seu valor aumentatexasholdemacordo com aqueles que dizem participartexasholdemgreves, manifestações, abaixo-assinados ou outras formastexasholdemmanifestação política.”
Para Yurij Castelfranchi, professor associado do DepartamentotexasholdemSociologia da Universidade FederaltexasholdemMinas Gerais (UFMG), os dados da pesquisa indicam que há no Brasil “pessoas excluídas da ciência” ou “exilados da cidadania científica.”
Apesar da apartação social, o acadêmico assinala que a maior parte dos entrevistados “acha a ciência relevante.” A larga maioria dos brasileiros entrevistados sugere aumentar ou manter investimentostexasholdemciência “mesmotexasholdemanostexasholdemcrise”. Em 2023, “apenas 2,6% dos entrevistados acreditam que o investimentotexasholdempesquisa científica deva ser diminuído”, contabiliza o relatório da pesquisa.
<h2>Desinformação</h2>
A exclusão social também não afetou a percepção dos perigos da desinformação e da propagaçãotexasholdemfalsas notícias. Cincotexasholdemcada dez entrevistados disseram “se deparar frequentemente com notícias que parecem falsas”, descreve o relatório. A maior parte dos entrevistados (61,8%) assegura nunca compartilhar informações caso não tenha certeza da veracidade. No entanto, 36,5% admitem já ter compartilhado informações falsas.
Aindatexasholdemacordo com o relatório, 45,6% dos entrevistados “suspeitam da veracidade das informações provenientestexasholdempessoas ou instituições das quais discordam”. Para 42,2%, as informações são verdadeiras “quando são provenientestexasholdempessoas ou instituições que admiram.”
Pelo menos 40% das pessoas entrevistadas afirmaram que “só acreditamtexasholdemuma informação se ela for corroborada por outras fontes.” Na avaliaçãotexasholdemYurij Castelfranchi, a atitude declaradatexasholdemchecagem é positiva: “Isso é um princípio básico do letramento midiático.”
Alémtexasholdemcolher as opiniões dos brasileiros, a pesquisa do CGEE ainda fez análisetexasholdemconteúdo das reportagens sobre ciênciatexasholdemdois dos mais importantes jornais brasileiros (FolhatexasholdemS.Paulo e O Globo) e também avaliou postagens sobre a temática nas redes sociais (Instagram e YouTube).
Os resultados dessa análise, descritos no relatório A CiênciatexasholdemDiferentes Arenas, estão disponíveis na <a href="https://www.cgee.org.br/documents/10195/11009772/CGEE_OCTI_Temas_extrategicos-Cien_def_are.pdf">página da pesquisa na internet</a>.

População enfrenta forte ondatexasholdemcalor no RiotexasholdemJaneiro

original

1250x600

610x380

1280x490

300x400

500x240

321x200

square

360x640

320x320

thumbnail

viewImage

Meio Ambiente

texasholdem Maistexasholdem95% da população diz ter consciência das mudanças climáticas, aponta CentrotexasholdemGestão e Estudos Estratégicos

Tag: quente

texasholdem Maistexasholdem95% da população diz ter consciência das mudanças climáticas, aponta CentrotexasholdemGestão e Estudos Estratégicos