Por Rafael Oliveira, Agência Pública - Em 19boa esporte bahia apostasnovembroboa esporte bahia apostas1993, um grupoboa esporte bahia apostas12 ativistas negros, entre homens e mulheres, a maioria estudantes da Universidadeboa esporte bahia apostasSão Paulo (USP), fez um protesto. Eles almoçaram do bom e do melhor no Maksoud Plaza, hotel cinco estrelas que tinha, à época, um dos restaurantes mais carosboa esporte bahia apostasSão Paulo (SP). Mas, quando a conta vultosa chegou, os manifestantes disseram que os valores podiam ser “pendurados” na dívida histórica que o país tinha com a população negra. O calote protesto foi uma formaboa esporte bahia apostascaptar os olhares da imprensa e da opinião pública, às vésperas do Dia da Consciência Negra e do aniversário da morteboa esporte bahia apostasZumbi dos Palmares , para a pauta da reposição pela escravidão.

O ato marcou o lançamento do Movimento Pelas Reparações dos Afrodescendentes (MPR), que pleiteava o pagamentoboa esporte bahia apostasindenização pelo Estado brasileiro a cada um dos descendentesboa esporte bahia apostasescravizados do país. O montante total exigido ultrapassou os 6 trilhõesboa esporte bahia apostasdólares,boa esporte bahia apostasvalores da época – o equivalente a 12 vezes o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiroboa esporte bahia apostasentão.

“Nós, afrodescendentes, somos os herdeiros diretos, no sentido negativo, da escravidão”, diz o jornalista e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Fernando Conceição, um dos participantes do ato no Maksoud Plaza. Na época do protesto, o Brasil vivia os primeiros anos pós-redemocratização e o mito da democracia racial, que negava a existência do racismo no Brasil, vinha sendo cada vez mais questionado. Nos meses seguintes, o grupo captou assinaturasboa esporte bahia apostasvários estados para propor um projetoboa esporte bahia apostaslei popular que torna as reparações pela escravidão uma realidade.

O pleito não prosperou, mas parte das propostas serviramboa esporte bahia apostasbase para a formulação do Estatuto da Igualdade Racial , um dos principais instrumentos reparatórios da desigualdade racial do país.

boa esporte bahia apostas Maisboa esporte bahia apostas30 anos depois do protesto, neste 21boa esporte bahia apostasnovembro, a União fez um pedidoboa esporte bahia apostasdesculpas pela escravizaçãoboa esporte bahia apostaspessoasboa esporte bahia apostasum evento organizado pela Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério da Igualdade Racial e a organização Educafro Brasil. “A União manifesta publicamente seu pedidoboa esporte bahia apostasdesculpas pela escravização das pessoas negras, bem comoboa esporte bahia apostasseus efeitos. Reconhecemos que é necessário envidar esforços para combater a discriminação racial e promover a emancipação das pessoas negras brasileiras. Por fim, compromete-se a potencializar o focoboa esporte bahia apostascriaçãoboa esporte bahia apostaspolíticas públicas com essa finalidade”, disse o advogado-geral da União, Jorge Messias.

“O nosso suor, que deu riqueza aos antepassados deles, precisa ser devolvido a nós, porque nós estamos sofrendo as consequências dessa escravidão”, afirmou o fundador e diretor-executivo da Educafro, Frei David Santos. Para ele, o pedidoboa esporte bahia apostasperdão é apenas uma chave para abrir outras portas da justiçaboa esporte bahia apostasacessórios no Brasil. “Ora, todo mundo que pede desculpas, automaticamente está confessando aboa esporte bahia apostasculpa”, disse.

Na esteira das manifestações que tomaram o mundo desde o início do movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), nos Estados Unidos, uma discussão sobre reposição tem ganhado cada vez mais força. No Brasil, uma ação iniciada contra o Banco do Brasil, uma instituição financeira bicentenária, exige medidas reparatórias pela participação da empresa no tráfico negreiro.

Nos Estados Unidos e também no Reino Unido, universidades prestigiadas como Harvard, Cambridge, Glasgow e Oxford, alémboa esporte bahia apostasempresas tradicionais, têm revisitado seu passado escravista e adotada medidasboa esporte bahia apostascompensação. É o caso do jornal britânico The Guardian , cujo conselhoboa esporte bahia apostasadministração financiou uma pesquisa sobre as ligações do fundador do jornal eboa esporte bahia apostasseus financiadores iniciais com o tráfico negro. Em consequência da descoberta, o veículo apresentou um pedidoboa esporte bahia apostasdesculpas formal e anunciou um programaboa esporte bahia apostasjustiça restaurativaboa esporte bahia apostasuma década, com investimentos acimaboa esporte bahia apostas10 milhõesboa esporte bahia apostaslibras (maisboa esporte bahia apostasR$ 75 milhões, na cotação atual).

O jornal britânico lançou ainda a série multimídia “ Cotton Capital ” (Capital do Algodão,boa esporte bahia apostastradução livre), que aborda o legado da escravidão e explora os achados da pesquisa – que inclui a identificaçãoboa esporte bahia apostasparte das pessoas escravizadas conectadas com os fundadores do veículo .

boa esporte bahia apostas Mais do que apenas reparações financeiras diretas aos descendentesboa esporte bahia apostasescravizados, as demandasboa esporte bahia apostasquem clama por justiça reparatória também envolvem medidas simbólicas, como pedidosboa esporte bahia apostasperdão, criaçãoboa esporte bahia apostasmonumentos e promoçãoboa esporte bahia apostasmemória e verdade sobre o período escravista. Cotas raciais e cancelamentoboa esporte bahia apostasdívidas acumuladas pelos países explorados pelas potências coloniais também aparecem como caminhos possíveis para reparar o legadoboa esporte bahia apostasdesigualdade deixado pela escravidão.

Em uma das matérias publicadas no especial do The Guardian , a historiadora francesa Olivette Otele sintetizou o que quer aqueles que clamam por justiça reparatória. “No centro das demandas por reparações está o entendimentoboa esporte bahia apostasque o passado não pode ser apagado e não deve ser ignorado. As antigas potências coloniais não podem desfazer o dano que infligiram às pessoas escravizadas e colonizadas, mas podem se engajarboa esporte bahia apostasboa-fé com os descendentes dessas pessoas e trabalhar para enfrentar as desigualdades sistêmicas que existem hoje.”

Brasil teve avanços, mas desigualdade racial persiste

O Brasil é,boa esporte bahia apostaslonge, o país que recebeu o maior contingenteboa esporte bahia apostasafricanos escravizados do planeta. Segundo o Bancoboa esporte bahia apostasDados do Comércio Transatlânticoboa esporte bahia apostasEscravos , 4,86 milhõesboa esporte bahia apostasescravizados foram desembarcados no território brasileiro entre 1501 e 1900 – muitos deles após a proibição do tráfico negro. A eles, se somam milhõesboa esporte bahia apostasbrasileiros nascidos sem liberdade ao longo dos séculosboa esporte bahia apostasque o regime escravista perdurou no Brasil, o último país das Américas a abolir a escravidão,boa esporte bahia apostas13boa esporte bahia apostasmaioboa esporte bahia apostas1888. Segundo um estudo da Universidade das Índias Ocidentais,boa esporte bahia apostasparceria com a American Society of International Laws, o valor do ser pagoboa esporte bahia apostasindenizações pela escravidão no Brasil poderia chegar a R$ 135 trilhões.

boa esporte bahia apostas Maisboa esporte bahia apostas130 anos depois da abolição, o movimento negro conquistou avanços importantes, que se inserem na lógicaboa esporte bahia apostasjustiça reparatória. Além da criação do Estatuto da Igualdade Racial, a adoçãoboa esporte bahia apostascotas raciais vingou e se espalhou nas universidades e no serviço público. Em 2020, 52% dos matriculadosboa esporte bahia apostasuniversidades federais eram pretos e pardos, ante 41%boa esporte bahia apostas2010, antes da Leiboa esporte bahia apostasCotas.

Houve também avanços, ainda que lentos e insuficientes, na titulaçãoboa esporte bahia apostasterras quilombolas e no ensino da história e da cultura afro-brasileira, que se tornou obrigatória pela Lei 10.639/03 . As conquistas, a visãoboa esporte bahia apostasespecialistas, militantes e autoridades com quem a Agência Pública conversou, no entanto, não são suficientes para reparar o legado perversoboa esporte bahia apostasdesigualdade causado por séculosboa esporte bahia apostasregime escravocrata.

“Temos um monteboa esporte bahia apostasgente que foi para as universidades, cotistas que são doutores, mas seguimos vivendo as agruras do racismo no Brasil. Isso tem a ver com uma mentalidade, um valor que está incrustado na alma do povo brasileiro,boa esporte bahia apostasque o preto vale menos. Isso vem desde a escravidão”, aponta o advogado Humberto Adami, vice-presidente da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

À frente da coordenação geralboa esporte bahia apostasMemória e Verdade da Escravidão e do Tráfico Transatlânticoboa esporte bahia apostasPessoas Escravizadas – um órgão vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, criado no início do governo Lula –, a pesquisadora Fernanda Thomaz diz que “a população que sofreu com a escravidão é a mesma que hoje tem as piores condiçõesboa esporte bahia apostashabitação,boa esporte bahia apostassaúde,boa esporte bahia apostasacesso à educação,boa esporte bahia apostasacesso ao trabalho, que sofre com uma violência policial gigante”.

“É preciso considerar essa violência do passado e pensar, a partir desse reconhecimento, como se pode promover melhores condições que rompam com essa violência histórica na vida das pessoas que herdaram o efeito perverso da desigualdade racial causada pela escravidão”, conclui Thomaz.

Ação mira participação do Banco do Brasil no tráfico ilegalboa esporte bahia apostasescavizados

Um inquérito civil sem precedentes está colocando a riqueza acumulada por empresas brasileiras durante a escravidão sob os holofotes. A açãoboa esporte bahia apostasquestão mira o bicentenário Banco do Brasil (BB). A revelação do vínculo da instituição financeira com a escravidão veioboa esporte bahia apostasum estudo feito por um grupoboa esporte bahia apostas14 historiadores, que serviuboa esporte bahia apostasbase para a instauraçãoboa esporte bahia apostasum inquérito civil pelo Ministério Público Federal (MPF),boa esporte bahia apostassetembroboa esporte bahia apostas2023.

Segundo os investigadores, boa parte dos recursos utilizados na restituição do banco,boa esporte bahia apostas1853, veio do tráfico negro, que na época já era proibido no país. Um dos empresários que assinaram o termoboa esporte bahia apostasrestituição do Banco do Brasil, por exemplo, José Bernardinoboa esporte bahia apostasSá, tinha como atuação principal o contrabandoboa esporte bahia apostasescravizados.

Depois que a descoberta veio ao público, a direção do BB divulgou uma carta aberta pedindo perdão pelo envolvimentoboa esporte bahia apostas“suas versões predecessoras” na escravidão e apresentou medidas já tomadas e andamentoboa esporte bahia apostasprol da igualdade racial. Anunciou posteriormente a formulaçãoboa esporte bahia apostasum “pacto pela igualdade racial”,boa esporte bahia apostasparceria com o Ministério da Igualdade Racial (MIR).

Para o procurador regional dos Direitos do Cidadão adjunto do MPF Julio Araujo Junior, o reconhecimento da importância do tema pelo banco é notável, mas não é suficiente. É fundamental, diz, que a instituição “aprofunde a investigação sobre aboa esporte bahia apostasparticipação na escravidão, estruture um novo pensamento sobre a organização e o funcionamento da instituição e apresente um planoboa esporte bahia apostasacessórios para a sociedade”.

O MPF expediu uma recomendação imediatamenteboa esporte bahia apostasque o pacto anunciado pelo BB não seja “uma mera cartaboa esporte bahia apostasinteresses”, mas traga indicaçãoboa esporte bahia apostasrecursos e diretrizes prioritárias. O Banco do Brasil prometeu que vai anunciar as medidas no próximo dia 4boa esporte bahia apostasdezembro.

À espera do anúncio, o procurador Araujo Junior ressalta que “os efeitos da escravidão não ocorreram no passado”. “São efeitos do presente e do futuro. Uma sociedade que não se reconcilia, que não olha para esse passado, certamente tem um riscoboa esporte bahia apostasperpetuar eboa esporte bahia apostasrepetir essas visíveis no futuro.”

Jornalismo na luta por peças

Em junhoboa esporte bahia apostas2023, a agênciaboa esporte bahia apostasnotícias Reuters revelou que maisboa esporte bahia apostas110 membros da alta classe política americana são descendentesboa esporte bahia apostasescravizadores . O trabalho é uma das inspirações do Projeto Escravizadores, da Pública . A lista norte-americana inclui 72 deputados, 28 senadores (maisboa esporte bahia apostasum quarto do total), dois juízes da Suprema Corte, 11 governadores e cinco dos seis presidentes vivos – a exceção é Donald Trump, cuja família migrou para os Estados Unidos depois do fim da escravidão.

A ideia, contada pelo jornalista Tom Lasseter à Pública , surgiu no contexto pós-assassinatoboa esporte bahia apostasGeorge Floyd por um policial no estadoboa esporte bahia apostasMinnesota, que resultouboa esporte bahia apostasprotestos contra o racismo nos EUA e no mundo. Na época, Lasseter tinha acabadoboa esporte bahia apostasse mudar com a famíliaboa esporte bahia apostasSingapura para a capital americana, Washington, depoisboa esporte bahia apostaster construído uma carreiraboa esporte bahia apostasdécadas na Ásia.

“Nas primeiras semanasboa esporte bahia apostasvolta, fui atraído pela constante cobertura televisiva dos protestos. Li sobre a derrubadaboa esporte bahia apostasestatutos confederadosboa esporte bahia apostasterrenos públicos. Pensei na minha própria infância,boa esporte bahia apostascrescer na Geórgia. E me perguntou: Este país, que eu ainda não havia apresentado aos meus filhos, já havia realmente enfrentadoboa esporte bahia apostashistóriaboa esporte bahia apostasescravidão?”, conta o jornalista, que explorou a conexãoboa esporte bahia apostassua própria família com a escravidãoboa esporte bahia apostasuma das reportagens do especial .

A discussão sobre peças nos EUA existe desde antes da abolição,boa esporte bahia apostas1865. explica a historiadora Ana Lúcia Araújo, pesquisadora e professora da Universidade Howard,boa esporte bahia apostasWashington. “Ainda no século 18, a primeira pessoaboa esporte bahia apostasque tem notícia que pediu reposição para uma mulher escravizada chamada Belinda Sutton.” Ela é autora do livro Reparations for Slavery and the Slave Trade: A Transnational and Comparative History.

A despeitoboa esporte bahia apostaso tema estarboa esporte bahia apostasalta, ela diz que não há, atualmente, um movimento massivo e organizado pleiteando indenizações ou desenvolvendo estratégiasboa esporte bahia apostasgovernos dos países onde houve escravização, que consideram reparações financeiras aos descendentesboa esporte bahia apostasescravizados.

Reparações como missãoboa esporte bahia apostasvida

Levantamentos que resgataram o históricoboa esporte bahia apostasantepassados escravizadores, como o da Pública , suscitam questões sobre a responsabilidade que as pessoas têm sobre as ações dos seus antepassados ou mesmo o que pode ser feito hoje dianteboa esporte bahia apostastais revelações. A históriaboa esporte bahia apostasuma jornalista britânica parece indicar um caminho.

Nascidaboa esporte bahia apostasLondres, Laura Trevelyan é uma mulher brancaboa esporte bahia apostas56 anos que construiu uma carreiraboa esporte bahia apostas30 anos na rede BBC, até deixar o veículoboa esporte bahia apostasmarço do ano passado, quando decidiu se dedicar integralmente à campanha por justiça reparatória pela escravidão.

Essa decisão começou a tomar formaboa esporte bahia apostas2016, quando um primo da jornalista descobriu que seisboa esporte bahia apostasseus ancestrais foram donosboa esporte bahia apostasmaisboa esporte bahia apostasmil pessoas escravizadasboa esporte bahia apostasGranada, à época uma colônia britânica no Caribe. Quando a escravidão foi abolida nos territórios que colonizava,boa esporte bahia apostas1833, o Reino Unido pagou indenizações para os donosboa esporte bahia apostasescravizados. Vinte milhõesboa esporte bahia apostaslibras, o que representava cercaboa esporte bahia apostas40% do orçamento britânico naquele ano, foram dedicados a isso. Os Trevelyan foram uma das famílias beneficiadas, recebendo quase 27 mil librasboa esporte bahia apostasvalores da época

Em 2022, Trevelyan passou para o país caribenho e produziu um documentário sobre a experiência . “Para todos que eu estive, eu perguntei: 'Você acha que eu devo pedir desculpas pelo que meus ancestrais fizeram? E acha que eu, pessoalmente, devo pagar reparações?'. E todos me disseram que sim”, contou à Pública .

No ano seguinte, parte da família dela passou para Granada para formalizar pessoalmente um pedidoboa esporte bahia apostasperdão e anunciar a doaçãoboa esporte bahia apostas100 mil libras (cercaboa esporte bahia apostasR$ 750 mil) para projetosboa esporte bahia apostaseducação na ilha caribenha. Os Trevelyan realizou um fundoboa esporte bahia apostascaridade para Granada. As medidas foram adotadas no diálogo com as vítimas, algo que o jornalista aponta como fundamental quando se falaboa esporte bahia apostasjustiça reparatória.

“Esperamos que seja o começo, que outros sigam o exemplo. Esperamos que sirvamboa esporte bahia apostasexemplo para os governos”, diz o jornalista. Ela afirma que, desde então, maisboa esporte bahia apostas150 pessoas procuraram, buscando saber o que poderiam fazer para reparar os crimesboa esporte bahia apostasseus antepassados.

Em marçoboa esporte bahia apostas2023, Laura Trevelyan e outros descendentesboa esporte bahia apostasescravizadores uniram forças no Heirs of Slavery (Herdeiros da Escravidão,boa esporte bahia apostastradução livre). Uma das basesboa esporte bahia apostasatuação do grupo é o “ Planoboa esporte bahia apostas10 Pontos pela Justiça Reparatória ” formulado pela Comunidade do Caribe (Caricom), um blocoboa esporte bahia apostascooperação econômica e política criadoboa esporte bahia apostas1973, formado por ex-colôniasboa esporte bahia apostaspaíses europeus.

O planoboa esporte bahia apostasação inclui o cancelamento da dívida externa dos países da região; apoio para a erradicação do analfabetismo; transferênciaboa esporte bahia apostastecnologia e o repatriamento para os descendentes dos africanos arrancadosboa esporte bahia apostasseus países para quem o desejar, alémboa esporte bahia apostasum pedidoboa esporte bahia apostasperdão oficial.

Em 2001, uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU)boa esporte bahia apostasDurban, África do Sul, declarou que a escravidão e o tráficoboa esporte bahia apostasescravos é um crime contra a humanidade e, portanto, imprescritível. Além disso, clamou que os países buscassem caminhos para restaurar “a dignidade das vítimas”.

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