247 - A relatora especial sobre racismo da Organização Mundial das Unidas (ONU), Ashwini K.P, afirmou nesta sexta-feira (16) que está extremamente preocupada com o avançobetesporte goiasgrupos neonazistas no Brasil, especialmentebetesporte goiasSanta Catarina, <a href="https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2024/08/16/relatora-da-onu-denuncia-avanco-de-grupos-neonazistas-no-brasil-e-pede-acao.htm?cmpid=copiaecola">informa o UOL</a>. Em uma entrevista coletiva realizada no Riobetesporte goiasJaneiro, ela afirmou que as ações do governo brasileiro para combater a ideologia são insuficientes.
"Estou chocada por saber da presençabetesporte goiasgrupos neonazistas disseminando discursobetesporte goiasódio e crimesbetesporte goiasódio, e também preocupada com relatosbetesporte goiasislamofobia direcionados a migrantes, incluindo pessoas refugiadas e solicitantesbetesporte goiasasilo, particularmentebetesporte goiasSanta Catarina", disse Ashwini. Segundo ela, esses grupos representam uma ameaça ao tecido social e “alimentam o racismo e o ódio”.
Ashwini pediu ao governo federal para que intensifique o combate aos grupos nazistas e alertou para a faltabetesporte goiasdados desagregados para saber a dimensão do fenômeno. Um dos maiores problemas,betesporte goiasacordo com ela, é a baixa taxabetesporte goiasprocessos judiciais e condenações, que criam uma culturabetesporte goiasimpunidade. A relatora também fez um alertabetesporte goiasrelação às eleições municipais para que haja &nbsp;a proteçãobetesporte goiascandidatos que representam minorias.
"A gravidade da situação demanda urgência máxima. Ações ousadas e transformadoras para desmantelar o racismo sistêmico não podem esperar", disse ela. Ashwini também chamou a atenção para dados relacionados ao feminicídio, intolerância religiosa e violência contra indígenas.

original

610x380

500x240

321x200

square

320x320

thumbnail

viewImage

Brasil

Relatora da ONU pede ação contra grupos neonazistas no Brasil

(Sputnik) - Aqueles que tentarem intimidar e dividir a sociedade russa e tocarbetesporte goiasquestões religiosas ou nacionais não terão sucesso, e uma retribuição inevitável os aguarda, disse o presidente russo, Vladimir Putin, nesta quinta-feira (25).
"Enfatizo que aqueles que tentarem intimidar as pessoas, dividir nossa sociedade e tocarbetesporte goiasquestões religiosas ou nacionais nunca terão sucesso. Uma retribuição inevitável e justa os aguarda", disse o presidente russobetesporte goiasuma mensagembetesporte goiasvídeo por ocasião do Dia dos Oficiaisbetesporte goiasInvestigação, um feriado profissional celebrado na Rússiabetesporte goias25betesporte goiasjulho.
Putin acrescentou que os investigadores russos trabalham eficazmente nos novos territórios da Rússia e coletam provas irrefutáveis dos crimes dos "neonazistas" e seus cúmplices, terroristas e extremistas na área da operação militar especial.
O líder russo destacou que os investigadores contribuem significativamente para o combate à corrupção, ao terrorismo e ao extremismo, e protegem os interesses da sociedade e do Estado. No entanto, Putin pediu aos investigadores que aprimorem as técnicas investigativas e introduzam abordagens avançadas para responderbetesporte goiasmaneira competente e rápida aos novos desafios e riscos. O presidente afirmou ainda que novos riscos surgem no contextobetesporte goiasmudanças dinâmicas no mundo, revolução tecnológica, fluxos migratórios, conflitos locais e o estabelecimentobetesporte goiasmercados futuros. Isso inclui também ameaças cibernéticas, tráficobetesporte goiasdrogas, grupos criminosos transnacionais e sindicatos criminosos nos domínios virtual e financeiro.

1250x600

1280x490

300x400

360x640

Mundo

Putin diz que Rússia coletou evidências irrefutáveisbetesporte goiascrimes neonazistas na Ucrânia

247 - Movimentos neonazistas estão fortalecidos ebetesporte goiasexpansão no Brasil. De acordo com o jornalista Jamil Chade, no portal <a href="https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2024/06/22/avanco-neonazista-no-brasil-preocupa-e-entra-em-monitoramento-internacional.htm?cmpid=copiaecola">UOL, </a>“um monitoramento realizado pela ONU sobre a expansãobetesporte goiasmovimentos neonazistas incluiu o país &nbsp;em seu informe anual, apontando para o fortalecimentobetesporte goiasgrupos ebetesporte goiasincidentes. Além do Brasil, foram citados casosbetesporte goiasmaisbetesporte goiasduas dezenasbetesporte goiaspaíses”.&nbsp;
O jornalista ainda relata que o documento destaca que o “Centro Nacionalbetesporte goiasCrimes Cibernéticos no Brasil teria recebido e processado 14.476 denúncias anônimas relacionadas ao neonazismo, destacando não apenas a gravidade da situação, mas também a urgênciabetesporte goiasabordá-la”.&nbsp;
"Além disso, no período entre janeirobetesporte goias2019 e novembrobetesporte goias2020, 159 investigações foram abertas pela Polícia Federal relacionadas ao neonazismo. Isso foi comparado com 143 investigações que haviam sido abertas entre 2003 e 2018", acrescentou o jornalista.

Neonazismo avança no Brasil e entrabetesporte goiasmonitoramento internacional

247 - Washington suspendeu a proibição do fornecimentobetesporte goiasarmas ao batalhão neonazista Azov, da Ucrânia, informou o jornal The Washington Post, citando o Departamentobetesporte goiasEstado dos Estados Unidos.&nbsp;
A decisão passou pela inspeção do Departamentobetesporte goiasEstado para conformidade com a Lei Leahy, acrescentou o relatório. A lei proíbe a concessãobetesporte goiasassistência militar dos EUA a unidades estrangeiras condenadas por graves violações dos direitos humanos.
RESPOSTA DO KREMLIN - A decisão repentina dos EUAbetesporte goiascomeçar a fornecer armas ao batalhão ultranacionalista mostra que Washington não evita nada para tentar suprimir a Rússia, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta terça-feira (11).&nbsp;
Questionado por jornalistas sobre a opinião do Kremlinbetesporte goiasrelação à decisão dos EUA, Peskov disse que era "extremamente negativa", acrescentando: "Estamos falandobetesporte goiasultranacionalistas, um grupo armado ultranacionalista".&nbsp;
"Essa mudança repentina na posturabetesporte goiasWashington sugere que Washington não evita nadabetesporte goiassuas tentativasbetesporte goiassuprimir a Rússia e, naturalmente, está usando a Ucrânia e o povo ucraniano como uma ferramentabetesporte goiassuas mãos", disse Peskovbetesporte goiasuma coletivabetesporte goiasimprensa.
A disposição dos EUAbetesporte goiascolaborar com neonazistas apenas comprova as preocupações da Rússia sobre a disseminaçãobetesporte goiastais ideologias radicais no mundo, disse Peskov.&nbsp;
ENTENDA - Em agostobetesporte goias2022, o Supremo Tribunal da Rússia designou o batalhão Azov, afiliado às forças armdas da Ucrânia, como uma organização terrorista. A Procuradoria-Geral da Rússia afirmou que os militantes do Azov utilizam métodosbetesporte goiasguerra proibidos e são cúmplices na torturabetesporte goiascivis e no assassinatobetesporte goiascrianças.
Em 24betesporte goiasfevereirobetesporte goias2022, a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia após as repúblicas separatistasbetesporte goiasDonetsk e Luhansk pedirem ajuda para se defenderem contra as forças ucranianas. A Rússia afirmou que o objetivobetesporte goiassua operação especial é a "desmilitarização e desnazificação da Ucrânia". (Com informações da Sputnik).&nbsp;

EUA voltam a armar o batalhão neonazista Azov, da Ucrânia

247 - O ex-primeiro-ministro do Reino Unido e um dos principais apoiadoresbetesporte goiasKiev, Boris Johnson, reuniu-se com combatentes ucranianos do batalhão neonazista Azov. A Guarda Nacional Ucraniana postou fotos do encontro com o conservador embetesporte goiasconta na rede social X.
As conversas se deram no Parlamento britânico,betesporte goiasLondres, e centraram-se nos esforços para repatriar os combatentes do Batalhão Azov que foram capturados pelas forças russas durante a guerra na Ucrânia, informou a Guarda Nacional Ucraniana na postagem.&nbsp;
Em 24betesporte goiasfevereirobetesporte goias2022, a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia após as repúblicas separatistasbetesporte goiasDonetsk e Luhansk solicitarem ajuda para se defenderem das forças ucranianas. A Rússia afirmou que o objetivobetesporte goiassua operação especial é a "desmilitarização e desnazificação da Ucrânia".&nbsp;
Apesarbetesporte goiaso Batalhão Azov ter sido reconhecido pelos Estados Unidos como uma organização neonazi, as forças da Otan estiveram diretamente envolvidas no treinamentobetesporte goiasformações armadas nacionalistas na Ucrânia.&nbsp;
Em agostobetesporte goias2022, o Supremo Tribunal russo designou o Batalhão Azov como organização terrorista. O gabinete do Procurador-Geral russo disse que os militantesbetesporte goiasAzov usam métodosbetesporte goiasguerra proibidos e são cúmplices na torturabetesporte goiascivis e no assassinatobetesporte goiascrianças.

Combatentes do Batalhão Azov e Boris Johnson

Ex-premiê do Reino Unido recebe batalhão ucraniano neonazista no Parlamento britânico

247 - O perfil do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump na rede social Truth Social publicou um vídeobetesporte goias30 segundos que exibe hipotéticas manchetesbetesporte goiasjornal que celebram a possível vitória do ex-mandatário na eleição presidencial estadunidense e que mencionam a criaçãobetesporte goiasum "Reich unificado", seguido pela pergunta: "o que vem a seguir para a América?". Segundo o jornal <a href="https://www.nytimes.com/2024/05/20/us/donald-trump-reich-video.html">The New York Times</a>, a campanhabetesporte goiasTrump “culpou um funcionário pela publicação do vídeo, mas não removeu o conteúdo imediatamente do ar”.
O vídeo apresenta um estilo reminiscente dos jornais do início do século 20, utilizando supostamente textos recicladosbetesporte goiasreportagens sobre a Primeira Guerra Mundial. Entre as referências, encontram-se menções à "força industrial alemã" e "paz através da força", alémbetesporte goiasafirmar que Trump deportaria 15 milhõesbetesporte goiasmigrantesbetesporte goiasum possível segundo mandato. Também há uma sugestãobetesporte goiasque o republicano rejeitaria os "globalistas", termo frequentemente usado pela extrema direita e que, segundo acadêmicos, pode carregar conotações antissemitas.
A frase "Reich unificado", repetida três vezes no vídeo, traz à mente o regime nazistabetesporte goiasAdolf Hitler, conhecido como o "Terceiro Reich". Este termo é associado aos períodos do Sacro Império Romano e do Império Alemãobetesporte goias1871-1918, que foi desmantelado após a Primeira Guerra Mundial. Hitler utilizou o ressentimento pela perda dos territórios alemães e a animosidade contra os judeus como trampolim para implantar um regime ditatorial.
A campanhabetesporte goiasJoe Biden acusou Trumpbetesporte goiasecoar a Alemanha nazista ao publicar o vídeo, afirmando nas redes sociais que o conteúdo “prenuncia um segundo mandatobetesporte goiasTrump”.
Em resposta à publicação, a campanhabetesporte goiasTrump atribuiu a responsabilidade a um funcionário, alegando que o ex-presidente estavabetesporte goiasseu julgamento criminalbetesporte goiasNova York no momento da postagem. Contudo, o vídeo permaneceu disponível na contabetesporte goiasTrump até a noitebetesporte goiassegunda-feira (20). Karoline Leavitt, porta-voz da campanha, declarou que o vídeo não era oficial e foi repostado inadvertidamente por um funcionário. "O verdadeiro extremista é Joe Biden", afirmou Leavitt.
Em ocasiões anteriores, Trump já criticou judeus que votam nos democratas, sugerindo que "odeiambetesporte goiasprópria religião e Israel". Em um outro vídeo, ele afirmou que “se o povo judeu vai votarbetesporte goiasJoe Biden, terábetesporte goiaster a cabeça examinada”. Em 2022, Trump jantou com Nick Fuentes, um antissemita declarado e que é apontado um dos principais supremacistas brancos do país. 
“Ele também tentou minimizar o violento comício da supremacia brancabetesporte goiasCharlottesville, Virgínia,betesporte goias2017, descrevendo o episódio como ‘uma grande farsa’. Uma mulher morreu e quase 40 pessoas ficaram feridas quando um neonazi confesso atropelou uma multidão com o seu carro”, destaca um trecho da reportagem.
Os planosbetesporte goiasTrump para um segundo mandato, que, segundo seus assessores, seria mais radical que o primeiro, têm sido alvobetesporte goiascríticas por ecoar líderes autoritários do passado. Ele desumanizou adversários políticos, chamando-osbetesporte goias"vermes", e prometeu não ser um ditador, "exceto no primeiro dia".

Ex-presidente Donald Trumpbetesporte goiaseventobetesporte goiascampanhabetesporte goiasFreeland, Michigan, EUA


Perfilbetesporte goiasTrumpbetesporte goiasrede social posta vídeo sobre 'criaçãobetesporte goiasReich Unificado'

Agência Brasil - O Brasil não tem políticas específicasbetesporte goiasenfrentamento ao neonazismo, crime que tem registrado aumentobetesporte goiasdenúncias especialmentebetesporte goiasanos eleitorais, segundo dados da organização não governamental (ONG) Safernet. A conclusão é do integrante do Conselho Nacionalbetesporte goiasDireitos Humanos (CNDH) Carlos Nicodemos, que lidera uma comitiva pelo país para levantamentobetesporte goiasdados, no contexto da Relatoria Especial para Enfrentamento ao Crescimento das Células Neonazistas no Brasil, instaurada pelo colegiado.
“Já está evidente que não há uma política nacional que enfrente isso como uma agenda específica. Isso é tratado semprebetesporte goiasuma forma subcategorizada, num conjuntobetesporte goiasoutras formasbetesporte goiasviolência. É preciso repensar os mecanismosbetesporte goiascontrole, não só por parte do Poder Judiciário, mas também do próprio Poder Executivo, no campo da educação, da cultura, entre outras medidas”, avaliou Nicodemos,betesporte goiasentrevista à Agência Brasil.
No mês passado, o CNDH apresentou à Organização das Nações Unidas (ONU) preocupações acerca do crescimentobetesporte goiasgrupos neonazistas no país ao longo dos últimos anos. Um relatório preliminar reuniu dados presentesbetesporte goiasdiferentes levantamentos e classificou o cenário atual como “alarmante”.
Segundo o documento, um mapa elaborado pela antropóloga Adriana Dias indica que,betesporte goiasjaneirobetesporte goias2019 a maiobetesporte goias2021, as célulasbetesporte goiasgrupos neonazistas cresceram 270,6% no Brasil, espalhando-se por todas as regiões, "impulsionadas pelos discursosbetesporte goiasódio e extremistas contra as minorias representativas, amparados pela faltabetesporte goiaspunição". No iníciobetesporte goias2022,betesporte goiasacordo com o relatório, havia maisbetesporte goias530 núcleos extremistas no país, que reuniam até 10 mil pessoas.
“É bastante preocupante porque a questão do discurso supremacista, neonazista, ele traz elementos não sóbetesporte goiasataques a grupos minoritários relacionados à comunidade LGBTQIA+, à questão da xenofobia, do racismo, ele traz também uma questão que compromete o próprio Estado Democráticobetesporte goiasDireito, porque o neonazismo foi forjado numa perspectiva fascista e trabalha com a lógica do Estado totalitário”, alertou Nicodemos.
Os indicadores da Central Nacionalbetesporte goiasDenúncias da Safernet mostram aumentobetesporte goiasdenúnciasbetesporte goiasneonazismo no primeiro semestrebetesporte goias2022betesporte goiasrelação ao mesmo período do ano passado. O crescimento foibetesporte goias120%, passandobetesporte goias578 para 1.273 denúncias.
Em 2020, as denúnciasbetesporte goiasneonazismo aumentaram 740,7%betesporte goiasrelação ao ano anterior, ao passarbetesporte goias1.071 para 9.004. Em 2018, o crescimento foibetesporte goias262%betesporte goiasrelação a 2017, passandobetesporte goias1.172 para 4.244. Para a Safernet, os indicadores apontam que as eleições são como um gatilho para o avanço do discursobetesporte goiasódio.
“Os picosbetesporte goiasdenúncias [de crimes contra os direitos humanos praticados com o uso da internet] crescembetesporte goiasanos eleitorais, se transformandobetesporte goiasuma poderosa plataforma política para atrair a atenção da audiência e dar visibilidade e notoriedade aos emissores”, avalia a Safernet.
O coordenador do Observatório da Extrema-Direita e professorbetesporte goiashistória contemporânea da Universidade Federalbetesporte goiasJuizbetesporte goiasFora, Odilon Caldeira Neto, apontou que a leitura sobre o neonazismo no Brasil é um desafio do pontobetesporte goiasvista qualitativo, além do quantitativo. “É interessante qualificar o debate, entender quais são os discursos, quais são os tiposbetesporte goiasgrupos, como existem esses processosbetesporte goiashibridização,betesporte goiasinterseccionalidade entre a extrema-direita e assim por diante”, disse.
Ele ressaltou que o neonazismo não é um problema exclusivamentebetesporte goiasdeterminadas regiões do país, mas um fenômenobetesporte goiasformação muito pulverizada e que está presentebetesporte goiasvárias localidades do Brasil. O professor acrescentou que não é apenas a suástica que caracteriza a identidade neonazista.
“O problema é muito mais diversificado, com novas simbologias, novos processos, um contexto político também muito mais distinto. De primeiro, eu diria que é necessária uma discussão sobre a atualização do entendimento do que é ebetesporte goiasquais são os símbolos do ódio, os símbolos do extremismobetesporte goiasdireita, não somente neonazista, mas que atentam contra minorias sociais, direitos humanos, contra a dignidade humana”, disse Caldeira Neto.
Em relação a ações do Estado, o professor lembra que o governo brasileiro tem manifestado ambições interessantes que contemplam o entendimentobetesporte goiasque o neonazismo no país é um fenômeno plural e diversificado. “É também um fenômenobetesporte goiashibridização, ou seja, existe um hibridismo entre os componentes locais, os componentes nacionais e os componentes internacionais.”
Caldeira Neto observou que a articulaçãobetesporte goiasneonazistas no Brasil é fomentada por uma interlocução internacional, com inspiraçãobetesporte goiascasos, formasbetesporte goiasorganizações, atentados e lideranças estrangeiros. Além disso, o contexto político nacional propicia um movimentobetesporte goiascatalisação para tais grupos, já que eles sentem que o espaço está mais propício para a articulação e para a disseminação dos seus valores e estratégias.
“Não é somente um fenômenobetesporte goiasimportação, mas tambémbetesporte goiasadaptação. Esses grupos vão disseminar, eventualmente, discursosbetesporte goiastorno do separatismo, vão buscar construir leituras sobre processosbetesporte goiasimigraçãobetesporte goiasalguns estados do Brasil como terrenosbetesporte goiasbranquitude ou como espaços etnicamente propícios à disseminação dos seus ideais. Eles vão se articular tambémbetesporte goiastornobetesporte goiasvalores que estão além do próprio neonazismo, como os valores da própria extrema-direita, do anticomunismo, a crítica à democracia, o ataque às minorias e assim por diante”, explicou.
Disseminação online: “Nos últimos anos, o Brasil viveu um cenáriobetesporte goiasabsoluta normalização do discursobetesporte goiasextrema-direita, do discurso fascista, integralista, anticomunista, contra os direitos humanos e também do neonazismo. Como são várias camadas do problema, é necessário também enfrentar essa questão, e isso foi uma espéciebetesporte goiastrampolim ou catapulta para a articulaçãobetesporte goiasgruposbetesporte goiasextrema-direita e grupos neonazistas”, destacou Caldeira Neto. Ele acrescentou que uma plataforma digital fornece a integração e a formaçãobetesporte goiasquadros,betesporte goiasfiguras formadas política e ideologicamente a partir desses valores.
A discussãobetesporte goiasrelação ao tema deveria abranger aindabetesporte goiasquais espaços tais grupos e discursos são disseminados. “É necessária também uma discussão que levebetesporte goiasconsideração as plataformas, ou seja, qual é o papel das plataformas, das redes sociais, das big techsbetesporte goiastorno da disseminação [do discursobetesporte goiasódio], do mapeamento e da responsabilização dessas empresas”, defendeu o coordenador.
Pesquisadora do grupo Monitor do Debate Político no Meio Digital da Universidadebetesporte goiasSão Paulo (USP) e ativista da Social Change Initiative (Belfast - Irlanda do Norte), Michele Prado avalia que a faltabetesporte goiasregulamentação online é um dos elementos que favorecem a disseminação dos grupos e discursosbetesporte goiasódio. “Uma regulamentação específica para esse campo do extremismo e terrorismo online seria fundamental, mas a gente não tem ainda no Brasil. Uma regulamentaçãobetesporte goiasplataformas e provedoresbetesporte goiasserviços online focada nisso”, disse.
“Hoje um extremista posta algo na Finlândia e, aqui no interior do Pará, um adolescente, uma criança ou um adulto acessa esse conteúdo. Não existem mais barreiras físicas para esse discurso ser amplificado ou se filiar a esse tipobetesporte goiascrença”, disse a pesquisadora. Com as ferramentas online, o usuário desempenha facilmente o papelbetesporte goiasconsumidor e produtor desse conteúdo, o que aumenta muito a capacidadebetesporte goiasalcance das crenças e ideologias extremistas.
“A partirbetesporte goias2010, alémbetesporte goiastodos esses componentes, a gente não tem mais a necessidadebetesporte goiasuma hierarquia centralizada,betesporte goiaslideranças. São vários pequenos líderes que produzem seus próprios conteúdos, consomem, se interconectam mundialmente e ainda tem muito mais funcionalidades propiciadas pela internet, pelos avanços tecnológicos, com que eles podem criar espaços seguros para a disseminação desses conteúdos, para planejamentobetesporte goiasatentados, para todo tipobetesporte goiascrimes que você pensar”, completou Michele Prado.
Os danos e os riscos da proliferaçãobetesporte goiasdiscursosbetesporte goiasódio ebetesporte goiascélulas neonazistas para a sociedade vão desde atentadosbetesporte goiasextremismo violento ideologicamente, ou racial e etnicamente motivados, atentados terroristas, violência intercomunitária ou intrafamiliar, até danos autoinfligidos. Para Michelle, a violência e o ódio, nesses grupos, são normalizados. Ela acrescentou que o extremismo antigovernamental pode resultar aindabetesporte goiastentativasbetesporte goiasgolpe ebetesporte goiasabolição do Estado Democráticobetesporte goiasDireito.
A pesquisadora reforça a necessidadebetesporte goiasdados sólidos sobre esses grupos no país, alémbetesporte goiascritérios definidos parabetesporte goiasclassificação, para que haja um combate efetivo do problema. “Nosso trabalhobetesporte goiasprevenção ebetesporte goiascombate ao extremismo fica muito mais difícil quando os critériosbetesporte goiasclassificação não são sólidos”, disse.
“A gente tem uma panebetesporte goiasdados no Brasil. Não tem como simplesmente pegar todos os grupos e colocar num balaio, como se todos eles fossem neonazistas, porque a gente não estaria entendendo bem o problema. Precisamosbetesporte goiascritérios sólidos e transparentes com a situação. Quais são esses grupos? Ligados a quais ideologias? Quais são os símbolos que eles utilizam para que consiga-se capacitar a sociedade para rejeitar esses gruposbetesporte goiasódio?”, elencou.
Elementos do neonazismo: Michele Prado apontou que o principal elemento que define grupos neonazistas é a supremacia racial, principalmente o antissemitismo. “Não necessariamente você pode categorizar um grupo, por exemplo, anti-imigrante como neonazista. O grupo anti-imigrante é um grupobetesporte goiasódio, mas não traz [necessariamente] elementos do nazismo, filiação ao nazismo, apologia a Hitler, antissemitismo extremo ou a questão da supremacia racial”, destacou.
De acordo com o professor Caldeira Neto, o neonazismo faz acenos, comemorações e rearticulaçõesbetesporte goiaspreceitos ideológicos, imagéticos, simbólicos e estratégicos do nazismo para a realidade pós-1945. Ele acrescenta que esses grupos têm o nazismo como símbolobetesporte goiaspurificação,betesporte goiasresistência, contra a degeneração do mundo moderno.
“A despeito da diversidade organizativa desses grupos,betesporte goiasrepertórios distintos,betesporte goiasgrande medida, todos eles operam no sentidobetesporte goiascomemoração ebetesporte goiasrememoração da Alemanha nazista e, mais do que isso, dos ideais do nacional socialismo. Então esses grupos não querem mais retomar tal qual o nazismo existiu no século 20, até porque eles enxergam que há limites para essa estruturação”, disse.
O neonazismo no século 21, segundo o pesquisador, é um fenômenobetesporte goiascomemoração,betesporte goiasdefesa do idealbetesporte goiasbranquitude, da supremacia branca, do antissemitismo, e utilizabetesporte goiassímbolos e valores nazistas para integrar esse panorama diversificadobetesporte goiastornobetesporte goiasuma célula comum.
“É possível considerar o negacionismo do Holocausto uma atribuição do campo neonazista? Sim. É possível olhar os skinheads white power como expoentes do neonazismo na atualidade? Sim. Grupos terroristas, supremacistas brancos, que utilizam simbologias que remetem à estética e ideologia nazi também são contemplados dentro dessa perspectiva”, exemplificou.
Caldeira Neto ressaltou que há componentes do neonazismo comuns ao extremismobetesporte goiasdireita mais amplificado, como o racismo, o antissemitismo, a misoginia, a xenofobia, a LGBTfobia. “Mas isso são fatores, são padrões comuns ao espaço do extremismobetesporte goiasdireita. O neonazismo é um produto dentrobetesporte goiasuma família mais ampla. Nem todos aqueles que são misóginos, gordofóbicos, antissemitas são necessariamente neonazistas.”
Ele apontou que há uma integração entre grupos no campo da extrema-direita. “Em ambientes que não são necessariamente neonazistas, mas que compartilham ideias comuns, há a disseminaçãobetesporte goiasalguns signos, alguns símbolos ou algumas exterioridades neonazistas. Os grupos neonazistas, inclusive, utilizam campos que não são particularmente neonazistas para disseminar suas ideias e atrair novos integrantes”, disse o professor.
Comitiva do CNDH: A primeira comitiva do CNDH foi a Santa Catarina (SC), entre 10 e 12betesporte goiasabril, formada por conselheiros, parlamentares, lideranças da sociedade civil e integrantes da Ouvidoria Nacionalbetesporte goiasDireitos Humanos, vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH). No finalbetesporte goiasmaio, a comitiva vai até o Riobetesporte goiasJaneiro.
Em SC, foram realizadas agendas institucionais, com órgãos como Polícia Federal, Justiça Federal, Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, alémbetesporte goiasorganizações da sociedade civil e universidades. Por meiobetesporte goiasum questionáriobetesporte goiasevidências, o grupo pretende coletar informações objetivas e compreender o que tem sido feito no enfrentamento dessas ocorrências.
“Está colocado um desafiobetesporte goiaspensar uma política nacionalbetesporte goiasenfrentamento a essa propagação dos atos neonazistas, que passa por um aprimoramento do sistemabetesporte goiasJustiça,betesporte goiassegurança pública, alémbetesporte goiasestabelecer ações no campo da educação e direitos humanos que façam a disputa da narrativabetesporte goiasviolência”, disse Carlos Nicodemos.
Para o conselheiro, o discursobetesporte goiasódio e a propagaçãobetesporte goiasmensagens neonazistas resultam aindabetesporte goiasepisódios como osbetesporte goiasviolência nas escolas.
O CNDH solicitou, também no mês passado, à Comissão Interamericanabetesporte goiasDireitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), uma audiência pública sobre o tema, a fimbetesporte goiasdebater com as autoridades do Estado brasileiro os caminhos a serem seguidosbetesporte goiasrelação ao seu enfrentamento. O órgão aguarda retorno da demanda.
A Agência Brasil questionou o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania sobre ações previstas pelo governo para combater o crescimento dos grupos neonazistas no país, mas a pasta não deus informações. O ministério apenas relatou que a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos integrou a missão a Santa Catarina, liderada pelo CNDH.

Tag: neonazismo