Agência Brasil - A família do músico Evaldo Rosa, morto a tiros por militares do Exército no Riojogo do foguetinho apostaJaneirojogo do foguetinho aposta2019, ainda não sabe se vai recorrer da decisão que absolveu os réus. Depoisjogo do foguetinho apostatudo o que viu e ouviu durante o julgamento no Supremo Tribunal Militar (STM), nessa quarta-feira (18), a viúvajogo do foguetinho apostaRosa, Luciana Nogueira, perdeu a pouca esperança que tinha.
"Eu já imaginava que seria um julgamento difícil, que sendo militares julgando militares, eles iriam favorecer o lado deles e não iriam se sensibilizar pela minha dor. Mas eu não imaginava que seriam uns votos tão horrorosos", lamentou.
"Um ministro falou que a família está atrásjogo do foguetinho apostavingança. Eu não estou atrásjogo do foguetinho apostavingança. Eu simplesmente queria que a justiça fosse feita pelo absurdo gigantesco que eles cometeram contra a minha família. Nós sabemos, infelizmente, que no Brasil a justiça é falha. Eu já desacreditava da justiça e agora muito mais", afirmou.
<h3>O crime</h3>
Evaldo Rosa dirigia o carro da família e estava acompanhadojogo do foguetinho apostaLuciana, do filho do casal, do sogro ejogo do foguetinho apostauma amiga, indo para um chájogo do foguetinho apostabebê, na tarde do dia 7jogo do foguetinho apostaabriljogo do foguetinho aposta2019. Quando eles passavam por uma via no bairrojogo do foguetinho apostaGuadalupe, na zona norte do Rio, o carro foi alvejado por militares do Exército que faziam policiamento na região, por forçajogo do foguetinho apostaum decretojogo do foguetinho apostaGarantia da Lei e da Ordem.
Os militares alegam que confundiram o carro da família com outro que tinha sido roubado, e dispararam 257 tirosjogo do foguetinho apostafuzil contra o veículo: 62 atingiram o automóvel. Evaldo foi baleado mortalmente, e o sogro ficou ferido. O catadorjogo do foguetinho apostamaterial reciclável Luciano Macedo, que tentou ajudar a famíliajogo do foguetinho apostameio aos disparos, também foi atingido e morreu.
"Todas as provas são bem nítidas. Você não vai atirar 257 vezes por legítima defesa, 257 tiros você atira pra matar. Até mesmo porque a gente não passou perigo nenhum para eles, nós somos pessoasjogo do foguetinho apostabem. Aí eles querem alegar que porque tem tráfico pela redondeza, naquele momento eles estavam muito nervosos", contesta a viúvajogo do foguetinho apostaEvaldo.
<h3>Decisão</h3>
Doze militares foram denunciados pelos crimesjogo do foguetinho apostaduplo homicídio qualificado e tentativajogo do foguetinho apostahomicídio. Em primeira instância, oito foram condenados: o tenente, que coordenava a operação a 31 anosjogo do foguetinho apostaprisão, e os outros agentes a 28 anos. Quatro militares foram absolvidos por não terem efetuado disparos.
A defesa dos réus recorreu ao STM e, nessa quarta-feira, sete membros da Corte decidiram seguir o entendimento do ministro Carlos Augusto Amaral, relator do caso. Para ele, os militares não podem ser culpados pela mortejogo do foguetinho apostaEvaldo, porque há dúvidas sobre a origem do disparo que ceifou a vida do músico, já que ele teria ocorrido durante uma trocajogo do foguetinho apostatiros entre a patrulha do Exército e os assaltantes. Com isso, os militares foram inocentados.
A decisão indignou Luciana: "Eles buscaram fundamentos que não existiram, né? Foi um resultado muito lamentável. Eles continuam com a vida deles e eu e meu filho, a gente vai continuar com um trauma pelo resto das nossas vidas"
Os ministros também requalificaram a condenação pela mortejogo do foguetinho apostaLuciano Macedo,jogo do foguetinho apostahomicídio doloso, para homicídio culposo, quando não há intençãojogo do foguetinho apostamatar, aceitando a tesejogo do foguetinho apostalegítima defesa. Agora, o tenente terá que cumprir 3 anos e 7 meses e os outros sete agentes foram sentenciados a 3 anosjogo do foguetinho apostaprisãojogo do foguetinho apostaregime aberto.
<h3>Voto pela condenação original</h3>
Somente a ministra Maria Elizabeth Rocha, única mulher da Corte, votou para manter as condenações originais. Ela argumentou que o caso demonstra o racismo estrutural da sociedade brasileira e o perfilamento feito pelas forçasjogo do foguetinho apostasegurança na abordagem violentajogo do foguetinho apostapessoas negras e pobres.
“Autorizar o disparojogo do foguetinho apostafuzis, incessantemente, até a mortejogo do foguetinho apostameros suspeitos,jogo do foguetinho apostafunção da periculosidadejogo do foguetinho apostaum local ejogo do foguetinho apostarazãojogo do foguetinho apostaos soldados, supostamente, já terem corrido o riscojogo do foguetinho apostamortejogo do foguetinho apostasituação anterior e diversa da que se está vivenciando é colocar a população, sobretudo a que se encontrajogo do foguetinho apostalocais considerados perigosos,jogo do foguetinho apostaum risco iminente, o que é inaceitáveljogo do foguetinho apostaum Estado democráticojogo do foguetinho apostadireito”, defendeu a ministrajogo do foguetinho apostaseu voto.
"Eu parabenizo muito a ministra, pelas palavras dela. Eu acredito que ela se ponha no meu lugar, ela é mulher igual a mim, é mãe igual a mim, é esposa igual a mim. Por isso, eu acredito que pra ela sentir a minha dor foi bem mais fácil. Porque pros outros ministros que estavam ali, a nossa vida parece insignificante", disse Luciana.
A família ainda poderá recorrer ao próprio STM e ao Supremo Tribunal Federal, caso entenda que há um direito constitucionaljogo do foguetinho apostadiscussão. Luciana vai discutir essa possibilidade com seus advogados e com os irmãosjogo do foguetinho apostaEvaldo, mas não sabe se o esforço valerá a pena. "Agora que tinha todas as evidências, para que ocorresse um resultado justo, não ocorreu, então eu vou continuar lutando, vou continuar brigando, e será que lá na frente eu vou ter um resultado positivo?"

Bianca Penteado

O músico Evaldo Rosa foi morto a tiros por militares do Exército no Riojogo do foguetinho apostaJaneirojogo do foguetinho aposta2019

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Viúvajogo do foguetinho apostaEvaldo Rosa: "257 tiros não são legítima defesa"

247 – A ministra Maria Elizabeth Rocha, que assumirá a presidência do Superior Tribunal Militar (STM), classificou nesta quinta-feira (19) como “frustrante” o desfecho do julgamento que reduziu as penas dos militares envolvidos nas mortes do músico Evaldo Rosa e do catador Luciano Macedo, fuzilados com 257 tiros. O caso ocorreujogo do foguetinho aposta2019, durante a intervenção comandada pelo general Braga Netto na segurança pública do Riojogo do foguetinho apostaJaneiro
“Foi um pouco frustrante ver a diminuição das penas, na medidajogo do foguetinho apostaque os agravos cometidos foram uma verdadeira barbárie”, afirmou a magistradajogo do foguetinho apostaentrevista à GloboNews. Para ela, é incompreensível classificar o episódio como homicídio sem intençãojogo do foguetinho apostamatar, considerando que o caso envolveu quase 300 tiros.
Na quarta-feira, o STM reduziu as penas dos oito militares condenados pelo crime. Dois deles foram sentenciados a 3 anos e 6 mesesjogo do foguetinho apostadetenção, enquanto os outros seis receberam penasjogo do foguetinho aposta3 anosjogo do foguetinho apostaprisão. As condenações originais eram mais severas, com penas próximas a 30 anosjogo do foguetinho apostareclusão.

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Brasil

“Um pouco frustrante", diz futura presidente do STM sobre redução das penasjogo do foguetinho apostamilitares envolvidos no caso Evaldo

247 – O Superior Tribunal Militar (STM) decidiu nesta quarta-feira (18) reduzir significativamente as penas dos oito militares do Exército envolvidos no assassinato do músico Evaldo Rosa dos Santos e do catador Luciano Macedo, ocorridojogo do foguetinho apostaabriljogo do foguetinho aposta2019. A decisão, que foi tomada por maioria, diminuiu as condenaçõesjogo do foguetinho apostaaté 28 anos, conforme noticiado originalmente pela <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2024/12/ministra-vota-para-manter-condenacao-de-militares-que-mataram-musico-evaldo.shtml">FolhaJus</a>. No episódio, ocorrido durante a intervenção comandada pelo general Braga Netto na segurança pública do Riojogo do foguetinho apostaJaneiro, os militares dispararam 257 tiros.
De acordo com a decisão, o 2º tenente Ítalo da Silva Nunes recebeu uma condenaçãojogo do foguetinho aposta3 anos e 7 mesesjogo do foguetinho apostareclusão, enquanto os outros sete acusados foram sentenciados a 3 anosjogo do foguetinho apostaprisão cada um, pelos crimesjogo do foguetinho apostahomicídio e tentativajogo do foguetinho apostahomicídio culposo. As penas serão cumpridasjogo do foguetinho apostaregime aberto, o que significa que nenhum dos condenados ficará preso imediatamente.
Na instância anterior,jogo do foguetinho aposta2021, a Justiça Militar havia condenado os militares a penas que variavam entre 28 e 31 anos e 6 meses por homicídio qualificado e tentativajogo do foguetinho apostahomicídio. O ministro-relator Carlos Augusto Amaral foi o responsável pelo voto que prevaleceu, absolvendo os militares pela mortejogo do foguetinho apostaEvaldo sob a justificativajogo do foguetinho apostalegítima defesa e aplicando penas mais brandas nos demais casos.
Durante o julgamento, o ministro-revisor José Coelho afirmou que a decisão do tribunal deve estar alinhada com o "direito aplicável" ao caso, reconhecendo a possibilidadejogo do foguetinho apostaerro humano. "Podemos errar? Sim, somos falíveis, humanos. Mas todos fazemos isso com o coração aberto e pensando no melhor para todos. Às vezes não é o melhor do pontojogo do foguetinho apostavistajogo do foguetinho apostaquem sofreu a perdajogo do foguetinho apostaum familiar, mas é um direito que é aplicável — é isso que todos nós temos que entender," disse.
A decisão foi recebida com tristeza pela viúvajogo do foguetinho apostaEvaldo, Luciana dos Santos Nogueira, e pelo filho do casal, Davi Nogueira,jogo do foguetinho aposta12 anos. No início da sessão, Luciana perguntou ao filho: "Está tudo bem?". Davi respondeu positivamente e apoiou-se no ombro da mãe. Após o julgamento, Luciana declarou à Folha que o resultado foi "lamentável" e expressou sentir-se injustiçada pela composição majoritariamente militar do tribunal. Ela afirmou: "Eu vou conversar com meus advogados, mas eu prefiro encerrar aqui mesmo. Nós sabemos que no Brasil que nós vivemos não existe justiça para pobre e para preto. Ficar tentando protelar, sofrer seria só manter viva uma esperançajogo do foguetinho apostaalgo que não vai acontecer."
Maria Elizabeth, eleita presidente do STM para os próximos dois anos, votou pela manutenção integral da condenação dos militaresjogo do foguetinho apostapatentes mais altas envolvidos na operação, destacando que os demais acusados não eram os comandantes da ação e, por isso, receberam penas menores. A ministra ressaltou que a tesejogo do foguetinho apostalegítima defesa no casojogo do foguetinho apostaEvaldo não se sustenta, já que a vítima não representava risco aos militares. Ela também abordou a questão do racismo estrutural, apontando que ambas as vítimas eram negras e que o incidente refletiu as desigualdades sociais e raciais presentes no tratamento policial.
O julgamento contou ainda com votos divergentesjogo do foguetinho apostaoutros ministros, que propuseram penas entre 10 e 16 anosjogo do foguetinho apostaprisão. No entanto, a maioriajogo do foguetinho apostaoito votos optou pela redução das penas. A perícia determinou que Evaldo foi morto por um tiro na cabeça, ocorrido possivelmente durante a segunda ação dos militares. O ministro Amaral contestou essa conclusão, sugerindo que a morte poderia ter acontecido já na primeira levajogo do foguetinho apostatiros, o que justificaria a absolvição por legítima defesa.
O caso teve iníciojogo do foguetinho apostaabriljogo do foguetinho aposta2019, quando um comboiojogo do foguetinho aposta12 militares do 1º Batalhãojogo do foguetinho apostaInfantaria Motorizada Escola tentava perseguir criminosos que haviam assaltado um Honda City na região militarjogo do foguetinho apostaGuadalupe, no Riojogo do foguetinho apostaJaneiro. Na confusão, os militares identificaram erroneamente o carrojogo do foguetinho apostaEvaldo Rosa dos Santos, que se dirigia a um chájogo do foguetinho apostabebê, e abriram fogo, resultando na morte do músico e na tentativajogo do foguetinho apostahomicídiojogo do foguetinho apostaSérgiojogo do foguetinho apostaAraújo, sogrojogo do foguetinho apostaEvaldo.

Redação Brasiljogo do foguetinho aposta

Tribunal Militar reduz penasjogo do foguetinho apostamilitares envolvidos no assassinatojogo do foguetinho apostaEvaldo Rosa e ninguém será preso

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