247 - O presidente Lula (PT) fez um contundente apelo por justiça climática durante a 3ª Sessão da Reuniãobookmakers sportLíderes do G20 nesta terça-feira (19). Em seu discurso, Lula reafirmou o compromisso do Brasil com a sustentabilidade e desafiou as nações desenvolvidas a assumirem metas climáticas mais ambiciosas. O líder brasileiro enfatizou que o princípio das “responsabilidades comuns, porém diferenciadas” deve guiar a ação global contra as mudanças climáticas. &nbsp;
“Aos membros desenvolvidos do G20, proponho que antecipem suas metasbookmakers sportneutralidade climáticabookmakers sport2050 para 2040 ou até 2045. Sem assumir suas responsabilidades históricas, as nações ricas não terão credibilidade para exigir ambição dos demais”, declarou Lula. &nbsp;
Ele também fez um chamado aos paísesbookmakers sportdesenvolvimento para que suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) cubram toda a economia e todos os gasesbookmakers sportefeito estufa, adotando metas absolutasbookmakers sportreduçãobookmakers sportemissões. O Brasil, destacou o presidente, já assumiu um papelbookmakers sportliderança nesse aspecto, apresentando, na COP29bookmakers sportBaku, Azerbaijão, uma NDC que prevê reduçãobookmakers sport59% a 67% das emissões até 2035,bookmakers sportcomparação aos níveisbookmakers sport2005. &nbsp;
Desmatamento e bioeconomiabookmakers sportfoco - Lula apontou a redução do desmatamento como a principal estratégia brasileira para cortar emissões, com uma quedabookmakers sport45% nos últimos dois anos. Ele garantiu que o desmatamento será erradicado até 2030 e ressaltou a valorização das florestas e dos povos indígenas. “Queremos que o mundo reconheça o papel desempenhado pelas florestas e que valorizem a contribuição dos povos indígenas e comunidades tradicionais".
O presidente também destacou a criação do Fundobookmakers sportFlorestas Tropicais Para Sempre, uma colaboração do G20 para remunerar países que preservam suas florestas. Além disso, celebrou a aprovação dos Princípios Sobre Bioeconomia, que propõem um novo modelobookmakers sportdesenvolvimento sustentável. &nbsp;
Oceanos e financiamento climático - Em seu discurso, Lula ampliou o foco para a preservação dos oceanos, classificando-os como reguladores climáticos cruciais e potenciais fontesbookmakers sportsoluções para a crise ambiental. Ele pediu prioridade internacional para a proteção dos mares e reiterou o combate ao negacionismo e à desinformação sobre mudanças climáticas,bookmakers sportparceria com a ONU e a Unesco. &nbsp;
Sobre o financiamento climático, o presidente criticou o não cumprimento das metas financeiras definidas no Acordobookmakers sportParis, que previa US$ 100 bilhões anuais. “Hoje, falamosbookmakers sporttrilhões. Esses trilhões existem, mas estão sendo desperdiçadosbookmakers sportarmamentos, enquanto o planeta agoniza”, alertou Lula, ressaltando que a próxima COP30,bookmakers sportBelém, será “a última chancebookmakers sportevitar uma ruptura irreversível no sistema climático".
Propostabookmakers sportgovernança climática global - Lula propôs a criaçãobookmakers sportum Conselhobookmakers sportMudanças do Clima na ONU, para integrar e acelerar a implementação do Acordobookmakers sportParis, sugerindo que um mecanismo global mais forte é essencial para enfrentar a crise climática. “Enquanto estamos aqui, nossos representantes estãobookmakers sportBaku negociando uma nova metabookmakers sportfinanciamento climático. Não faz sentido negociar novos compromissos se não temos um mecanismo eficaz para acelerar a implementação do Acordobookmakers sportParis”, concluiu o presidente, chamando os líderes globais à ação imediata. &nbsp;
Leia o discurso do presidente Lula na íntegra:&nbsp;
Foi no Riobookmakers sportJaneiro que nasceram as três Convenções-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima, Biodiversidade e Desertificação.
Poucosbookmakers sportnós imaginavam que, três décadas depois, estaríamos vivendo o ano mais quente da história, com enchentes, incêndios, secas e furacões cada vez mais intensos e frequentes.
Os esforços empreendidos desde então contribuíram para evitar um cenário pior.
Mas temos que fazer mais e melhor.
O Protocolobookmakers sportQuioto se tornou referênciabookmakers sportfrustração na ação coletiva.
A COP15,bookmakers sportCopenhague, foi um trauma que quase descarrilhou o regime climático.
O Acordobookmakers sportParis está chegando a Belém com dez anos e seus resultados ainda estão muito aquém do necessário.
Não há mais tempo a perder.
O G20 é responsável por 80% das emissõesbookmakers sportgases do efeito estufa.
Por reconhecer o papel crucial do G20, a presidência brasileira lançou a Força-Tarefa para a Mobilização Global contra a Mudança do Clima.
Reunimos, pela primeira vez, ministrosbookmakers sportFinanças, Meio Ambiente e Clima, Relações Exteriores e presidentesbookmakers sportBancos Centrais para discutir como enfrentar o desafio climático.
Agora, ao lado do Secretário-Geral António Guterres, peço o engajamento do G20 na Mobilização Global Conjunta Brasil-ONU para elevar o nívelbookmakers sportambição da próxima rodadabookmakers sportContribuições Nacionalmente Determinadas (as “NDCs”).
É fundamental que as novas NDCs estejam alinhadas à metabookmakers sportlimitar o aumento da temperatura global a um grau e meio.
Nossa bússola continua sendo o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Esse é um imperativo da justiça climática.
Mesmo que não caminhemos na mesma velocidade, todos podemos dar um passo a mais.
Aos membros desenvolvidos do G20, proponho que antecipem suas metasbookmakers sportneutralidade climáticabookmakers sport2050 para 2040 ou até 2045.
Sem assumir suas responsabilidades históricas, as nações ricas não terão credibilidade para exigir ambição dos demais.
Aos paísesbookmakers sportdesenvolvimento, faço um chamado para que suas NDCs cubram toda a economia e todos os gasesbookmakers sportefeito estufa.
É essencial que considerem adotar metas absolutasbookmakers sportreduçãobookmakers sportemissões.
O Brasil apresentoubookmakers sportBakubookmakers sportnova NDC, que abrange todos os gasesbookmakers sportefeito estufa e setores econômicos.
Assumimos a meta absoluta ambiciosa para 2035bookmakers sportreduzir emissõesbookmakers sport59 a 67%, comparado a 2005.
Já temos uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com 90%bookmakers sporteletricidade provenientebookmakers sportfontes renováveis.
Somos campeõesbookmakers sportbiocombustíveis, avançamos na geração eólica e solar ebookmakers sporthidrogênio verde.
A maior parte da redução das nossas emissões virá da queda no desmatamento, que diminuiu 45% nos últimos dois anos.
Não transigiremos com os ilícitos ambientais. O desmatamento será erradicado até 2030.
Queremos que o mundo reconheça o papel desempenhado pelas florestas e que valorize a contribuição dos povos indígenas e comunidades tradicionais.
O Brasil agradece a colaboração do G20 no desenho do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que vai remunerar paísesbookmakers sportdesenvolvimento que mantêm suas florestasbookmakers sportpé.
Também saudamos a aprovação dos Princípios sobre Bioeconomia do G20, que lançam as bases para um novo modelobookmakers sportdesenvolvimento.
Mas esse esforço será inócuo se a comunidade internacional não se unir para fazer abookmakers sportparte.
Mesmo que não derrubemos mais nenhuma árvore, a Amazônia continuará ameaçada se o resto do mundo não cumprir a missãobookmakers sportconter o aquecimento global.
Os oceanos são outro importante regulador climático e fonte potencialbookmakers sportsoluções.
Eles também devem ser objeto prioritário das nossas preocupações.
Na luta pela sobrevivência, não há espaço para o negacionismo e a desinformação.
O Brasil seguirá trabalhando com a ONU e com a UNESCO na Iniciativa Global pela Integridade das Informações sobre a Mudança do Clima.
Enquanto estamos aqui, nossos representantes estãobookmakers sportBaku negociando uma nova metabookmakers sportfinanciamento climático.
Não há ambição que se sustente sem meiosbookmakers sportimplementação.
Em Paris, falávamosbookmakers sportuma centenabookmakers sportbilhõesbookmakers sportdólares por ano, que o mundo desenvolvido não cumpriu. Hoje, falamosbookmakers sporttrilhões.
Esses trilhões existem, mas estão sendo desperdiçadosbookmakers sportarmamentos, enquanto o planeta agoniza.
Não podemos adiar para Belém a tarefabookmakers sportBaku.
A COP30 será nossa última chancebookmakers sportevitar uma ruptura irreversível no sistema climático.
Conto com todos para fazerbookmakers sportBelém a COP da virada.
Senhoras e senhores,
Precisamosbookmakers sportuma governança climática mais forte.
Não faz sentido negociar novos compromissos se não temos um mecanismo eficaz para acelerar a implementação do Acordobookmakers sportParis.
O Brasil convida a comunidade internacional a considerar a criaçãobookmakers sportum Conselhobookmakers sportMudança do Clima na ONU, que articule diferentes atores, processos e mecanismos que hoje se encontram fragmentados.
A esperança renasce a cada compromisso e atobookmakers sportcoragembookmakers sportdefesa da vida e da preservação das condiçõesbookmakers sportque ela nos foi dada.

19.11.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a 3ª sessão da Reuniãobookmakers sportLíderes do G20: Desenvolvimento Sustentável e Transição Energética. Riobookmakers sportJaneiro - RJ

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Brasil Sustentável

Justiça climática: no G20, Lula defende "responsabilidades comuns, porém diferenciadas"

<a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/09/19/combate-a-queimadas-flavio-dino-recebe-representantes-de-dez-governos-estaduais-em-audiencia-nesta-quinta-19" target="_blank">Queimadas</a>, fogo, <a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/09/18/seca-severa-gerou-mudanca-em-metodo-de-grilagem-de-terra-analisa-especialista-tacar-fogo-e-mais-simples" target="_blank">desmatamento</a>, poluição fazem parte do cenário apocalíptico que assustou os paulistas nas últimas semanas. Movimentos populares chamam atenção para a ação humana e criminosa nesses ataques ao meio ambiente.&nbsp;
Como formabookmakers sportalerta para a população e cobrança pela punição dos responsáveis por essas ações, as organizações promovem atos por <a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/09/19/o-clima-mudou-o-congresso-nacional-tambem-precisa-mudar-afirma-diretora-da-sos-mata-atlantica" target="_blank">justiça climática</a>bookmakers sportdiversas cidades paulistas nos próximos dias (confira o calendário abaixo). Neste domingo (22), a concentração serábookmakers sportfrente ao Museubookmakers sportArtebookmakers sportSão Paulo (Masp), na Avenida Paulista, às 14h.
“Não podemos seguir na marcha suicida do sistema capitalista, que visa o aumentobookmakers sportlucro ebookmakers sportacumulaçãobookmakers sportriqueza infinitabookmakers sportum planeta com recursos naturais limitados”, aponta,bookmakers sportnota, Solange Ribeiro, secretáriabookmakers sportMeio Ambiente da Central Única dos Trabalhadores (CUT)bookmakers sportSão Paulo.
A <a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/09/16/pf-abre-inquerito-para-investigar-incendio-em-brasilia" target="_blank">investigação</a> e a punição dos responsáveis e mandantes dos incêndios criminosos, com expropriação e proibiçãobookmakers sport<a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/09/12/queimadas-o-agronegocio-acende-o-fosforo" target="_blank">atividades agropecuárias</a>bookmakers sportterras desmatadas ou queimadas ilegais é uma das bandeiras que serão levadas às ruas nesses atos.&nbsp;
Os movimentos pedem ainda investimentos nos órgãosbookmakers sportdefesa do meio ambiente, com contratações emergenciais e concursos públicos para o Instituto Chico Mendesbookmakers sportConservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e demais órgãos ambientais federais, estaduais e municipais.&nbsp;
Também há reivindicações que buscam a proteção do modobookmakers sportvida das comunidades tradicionais. Eles pedem respeito à Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), demarcação das terras indígenas, titulação das terras quilombolas, reforma agrária popular e investimentos na agricultura familiar.&nbsp;
Outras propostas pedem: reorganização do Plano Safra; proteção da saúde dos trabalhadoresbookmakers sportdiasbookmakers sportgrande poluição; criaçãobookmakers sportum Programabookmakers sportEmpregosbookmakers sportInteresse Público-Comunitário; investimentos para a induçãobookmakers sportcadeias produtivasbookmakers sportbaixo impacto ambiental; criaçãobookmakers sportum Programabookmakers sportRestauraçãobookmakers sportBiomas e exclusão dos investimentosbookmakers sportmitigação e adaptação às emergências climáticas dos limites impostos pelo Novo Arcabouço Fiscal.
Confira a agenda dos atos por justiça climáticabookmakers sportSão Paulo:
20bookmakers sportsetembro (sexta-feira) 
Piracaia, às 16h, na Praça do Rosário 
Campinas, às 16h30, no Largo do Rosário 
Bauru, às 17h, na frente da Câmara Municipal
21bookmakers sportsetembro (sábado) 
Ribeirão Preto, às 9h,bookmakers sportfrente ao Theatro Pedro II
22bookmakers sportsetembro (domingo) 
São Paulo, às 14h, na Avenida Paulista,bookmakers sportfrente ao Masp 
Limeira, às 15h, na Praça Toledobookmakers sportBarros 
Piracicaba, às 16h, na Praça da Boyes 
Sorocaba, às 16h, na Praça da Bandeira
4bookmakers sportoutubro (sexta-feira) 
São Roque, às 15h, na Praça da Matriz
Edição: Nathallia Fonseca

Queimada e desmatamentobookmakers sportáreabookmakers sportcriaçãobookmakers sportgadobookmakers sportSão Félix do Xingu (PA)

Meio Ambiente

Movimentos populares convocam atos por justiça climáticabookmakers sportSão Paulo

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Justiça climática: no G20, Lula defende "responsabilidades comuns, porém diferenciadas"

Movimentos populares convocam atos por justiça climáticabookmakers sportSão Paulo