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    Justiça climática: no G20, Lula defende "responsabilidades comuns, porém diferenciadas"

    'Proponho que países ricos antecipem metas climáticas. Sem assumir suas responsabilidades, não terão credibilidade para exigir ambição', disse Lula

    19.11.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a 3ª sessão da Reuniãodono da novibetLíderes do G20: Desenvolvimento Sustentável e Transição Energética. Riodono da novibetJaneiro - RJ (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
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    247 - O presidente Lula (PT) fez um contundente apelo por justiça climática durante a 3ª Sessão da Reuniãodono da novibetLíderes do G20 nesta terça-feira (19). Em seu discurso, Lula reafirmou o compromisso do Brasil com a sustentabilidade e desafiou as nações desenvolvidas a assumirem metas climáticas mais ambiciosas. O líder brasileiro enfatizou que o princípio das “responsabilidades comuns, porém diferenciadas” deve guiar a ação global contra as mudanças climáticas.  

    “Aos membros desenvolvidos do G20, proponho que antecipem suas metasdono da novibetneutralidade climáticadono da novibet2050 para 2040 ou até 2045. Sem assumir suas responsabilidades históricas, as nações ricas não terão credibilidade para exigir ambição dos demais”, declarou Lula.  

    Ele também fez um chamado aos paísesdono da novibetdesenvolvimento para que suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) cubram toda a economia e todos os gasesdono da novibetefeito estufa, adotando metas absolutasdono da novibetreduçãodono da novibetemissões. O Brasil, destacou o presidente, já assumiu um papeldono da novibetliderança nesse aspecto, apresentando, na COP29dono da novibetBaku, Azerbaijão, uma NDC que prevê reduçãodono da novibet59% a 67% das emissões até 2035,dono da novibetcomparação aos níveisdono da novibet2005.  

    Desmatamento e bioeconomiadono da novibetfoco - Lula apontou a redução do desmatamento como a principal estratégia brasileira para cortar emissões, com uma quedadono da novibet45% nos últimos dois anos. Ele garantiu que o desmatamento será erradicado até 2030 e ressaltou a valorização das florestas e dos povos indígenas. “Queremos que o mundo reconheça o papel desempenhado pelas florestas e que valorizem a contribuição dos povos indígenas e comunidades tradicionais".

    Leia o discurso do presidente Lula na íntegra: 

    Foi no Riodono da novibetJaneiro que nasceram as três Convenções-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima, Biodiversidade e Desertificação.

    Poucosdono da novibetnós imaginavam que, três décadas depois, estaríamos vivendo o ano mais quente da história, com enchentes, incêndios, secas e furacões cada vez mais intensos e frequentes.

    Os esforços empreendidos desde então contribuíram para evitar um cenário pior.

    Não há mais tempo a perder.

    O G20 é responsável por 80% das emissõesdono da novibetgases do efeito estufa.

    Por reconhecer o papel crucial do G20, a presidência brasileira lançou a Força-Tarefa para a Mobilização Global contra a Mudança do Clima.

    Reunimos, pela primeira vez, ministrosdono da novibetFinanças, Meio Ambiente e Clima, Relações Exteriores e presidentesdono da novibetBancos Centrais para discutir como enfrentar o desafio climático.

    Aos membros desenvolvidos do G20, proponho que antecipem suas metasdono da novibetneutralidade climáticadono da novibet2050 para 2040 ou até 2045.

    Sem assumir suas responsabilidades históricas, as nações ricas não terão credibilidade para exigir ambição dos demais.

    Aos paísesdono da novibetdesenvolvimento, faço um chamado para que suas NDCs cubram toda a economia e todos os gasesdono da novibetefeito estufa.

    É essencial que considerem adotar metas absolutasdono da novibetreduçãodono da novibetemissões.

    O Brasil apresentoudono da novibetBakudono da novibetnova NDC, que abrange todos os gasesdono da novibetefeito estufa e setores econômicos.

    Assumimos a meta absoluta ambiciosa para 2035dono da novibetreduzir emissõesdono da novibet59 a 67%, comparado a 2005.

    Já temos uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com 90%dono da novibeteletricidade provenientedono da novibetfontes renováveis.

    Somos campeõesdono da novibetbiocombustíveis, avançamos na geração eólica e solar edono da novibethidrogênio verde.

    A maior parte da redução das nossas emissões virá da queda no desmatamento, que diminuiu 45% nos últimos dois anos.

    Não transigiremos com os ilícitos ambientais. O desmatamento será erradicado até 2030.

    Queremos que o mundo reconheça o papel desempenhado pelas florestas e que valorize a contribuição dos povos indígenas e comunidades tradicionais.

    O Brasil agradece a colaboração do G20 no desenho do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que vai remunerar paísesdono da novibetdesenvolvimento que mantêm suas florestasdono da novibetpé.

    Também saudamos a aprovação dos Princípios sobre Bioeconomia do G20, que lançam as bases para um novo modelodono da novibetdesenvolvimento.

    Mas esse esforço será inócuo se a comunidade internacional não se unir para fazer adono da novibetparte.

    Mesmo que não derrubemos mais nenhuma árvore, a Amazônia continuará ameaçada se o resto do mundo não cumprir a missãodono da novibetconter o aquecimento global.

    Os oceanos são outro importante regulador climático e fonte potencialdono da novibetsoluções.

    Eles também devem ser objeto prioritário das nossas preocupações.

    Na luta pela sobrevivência, não há espaço para o negacionismo e a desinformação.

    O Brasil seguirá trabalhando com a ONU e com a UNESCO na Iniciativa Global pela Integridade das Informações sobre a Mudança do Clima.

    Enquanto estamos aqui, nossos representantes estãodono da novibetBaku negociando uma nova metadono da novibetfinanciamento climático.

    Não há ambição que se sustente sem meiosdono da novibetimplementação.

    Em Paris, falávamosdono da novibetuma centenadono da novibetbilhõesdono da novibetdólares por ano, que o mundo desenvolvido não cumpriu. Hoje, falamosdono da novibettrilhões.

    Esses trilhões existem, mas estão sendo desperdiçadosdono da novibetarmamentos, enquanto o planeta agoniza.

    Não podemos adiar para Belém a tarefadono da novibetBaku.

    A COP30 será nossa última chancedono da novibetevitar uma ruptura irreversível no sistema climático.

    Conto com todos para fazerdono da novibetBelém a COP da virada.

    Senhoras e senhores,

    Precisamosdono da novibetuma governança climática mais forte.

    Não faz sentido negociar novos compromissos se não temos um mecanismo eficaz para acelerar a implementação do Acordodono da novibetParis.

    O Brasil convida a comunidade internacional a considerar a criaçãodono da novibetum Conselhodono da novibetMudança do Clima na ONU, que articule diferentes atores, processos e mecanismos que hoje se encontram fragmentados.

    A esperança renasce a cada compromisso e atodono da novibetcoragemdono da novibetdefesa da vida e da preservação das condiçõesdono da novibetque ela nos foi dada.

    ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entredono da novibetcontato com redacao@brasil247.com.br.

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