<a href="https://www.conjur.com.br/2024-jul-19/para-advogados-sumico-de-grampo-contra-youssef-e-criminosa-exclusao-de-provas/">Conjur </a>- Advogados consultados pela revista eletrônica Consultor Jurídico afirmaram que o sumiçoaposta bet365 como funcionaparte do conteúdo do grampo ilegal na cela do doleiro Alberto Youssef não é apenas um casoaposta bet365 como funcionaquebra da cadeiaaposta bet365 como funcionacustódia que pode levar a nulidades, mas uma “criminosa exclusãoaposta bet365 como funcionaprovas”.
Conforme noticiou a ConJur nesta quinta-feira (18/7), o HD com o conteúdo do grampo ilegal instalado na celaaposta bet365 como funcionaYoussef estava escondido na 13ª Vara Federalaposta bet365 como funcionaCuritiba e cercaaposta bet365 como funcionaum terço do material foi apagado.
No começo do mês, o juiz Guilherme Roman Borges, substituto na 13ª Vara Federal, deu à defesaaposta bet365 como funcionaYoussef acesso às escutas clandestinas. Na decisão, ele oficiou o Ministério Público Federal — que, descobriu-se, tinha desde 2017 uma cópia do grampo — e a Polícia Federal para que entregassem todo o material.
Quando era titular da 13ª Vara, o juiz Eduardo Appio também oficiou a PFaposta bet365 como funcionaBrasília por diversas vezes requisitando as gravações. Ele, no entanto, nunca foi informado sobre o fatoaposta bet365 como funcionao HD estar na própria 13ª Vara, nem sobre a cópia que estava com o MPF. Pelo contrário, os servidores mais antigos da vara afirmavam que o único HD com as informações estava com a PF, ao passo que esta e o MPF nunca enviaram o conteúdo das escutas.
A defesa só tomou conhecimentoaposta bet365 como funcionaque o grampo estava na 13ª Vara após o corregedor nacionalaposta bet365 como funcionaJustiça, ministro Luis Felipe Salomão, cobrar providências sobre o material e o juiz substituto ordenar que PF e MPF liberassem as escutas para os advogadosaposta bet365 como funcionaYoussef.
Eles, então, tiveram acesso às gravações e constataram que 26 dos 64 áudios registrados clandestinamente foram apagados. A exclusão constaaposta bet365 como funcionaperícia da própria PF. Um pendrive com informações também teve seu conteúdo totalmente excluído.
As gravações na celaaposta bet365 como funcionaYoussef começaram já no dia daaposta bet365 como funcionaprisão,aposta bet365 como funciona17aposta bet365 como funcionamarçoaposta bet365 como funciona2014, e só pararam no mês seguinte, quando o próprio doleiro encontrou o grampo ilegal, segundo apurou a ConJur.
‘Colocam a mão e o processo vira pó’ - Para o constitucionalista Lenio Streck, a exclusão dos áudios leva à nulidade das provas contra Youssef e é mais uma “prova do malefício que o lavajatismo provocou”.
“Quando o ministro Dias Toffoli anula processos da ‘lava jato’, muitas pessoas, inclusive do Direito, lançam críticas. Mas a cada dia se vê que ele tem razão. Ocorre que a turma da ‘lava jato’ conseguiu fazer tantas ilegalidades e nulidades que até mesmo provas contra o doleiro Youssef são nulas”, comentou ele.
“Essa última sobre Youssef é a prova do malefício que o lavajatismo provocou. Juízes e procuradores da ‘lava jato’ são os novos ‘antimidas’: colocam a mão e o processo vira pó. Aplicando nisso tudo a tese dos frutos da árvore envenenada, há tanta nulidade que temo que a cartaaposta bet365 como funcionaPero Vazaposta bet365 como funcionaCaminha possa ser nula. Bastaria que tivesse passado pela ‘lava jato’”, ironizou Streck.
Exclusão criminosa - Conforme destaca Fernando Augusto Fernandes, o caso revela o apagamento criminosoaposta bet365 como funcionaprovas por parteaposta bet365 como funcionaservidores públicos. Ele afirmou que o episódio deve ser apurado e tratado com rigor.
“Não me parece que se esteja dianteaposta bet365 como funcionauma quebraaposta bet365 como funcionacadeiaaposta bet365 como funcionacustódia da prova, masaposta bet365 como funcionacriminoso apagamentoaposta bet365 como funcionaprovas por parteaposta bet365 como funcionaservidores públicos. O fato merece rigorosa apuração. Transparece mais uma blindagem da caixa preta que virou a ‘lava jato’.”
Pedro Serrano, poraposta bet365 como funcionavez, afirmou que há fortes indíciosaposta bet365 como funciona“ilicitude grave” quanto ao apagamento das provas e sumiço do materialaposta bet365 como funcionaCuritiba.
“Há forte suspeitaaposta bet365 como funcionailicitude. É preciso que o Conselho Nacionalaposta bet365 como funcionaJustiça apure essa questão especificamente e trate com rigor todos os responsáveis.”
Anulação da delação - Segundo o procurador Celso Tres, o caso dos grampos ilegais possivelmente levará a uma discussão sobre a anulação da delação premiadaaposta bet365 como funcionaYoussef. Ela foi uma das primeiras feitas na “lava jato” e implicou grandes personalidades da República.
“É possível a advocacia discutir a anulação da delação. Além da má-fé do Estado, com a investigação clandestina, o delator sopesa o quanto o Estado sabeaposta bet365 como funcionaseus ilícitos — ou seja, qual o riscoaposta bet365 como funcionaser condenado! — para então negociar a delação; se o Estado soube por meios escusos, viciadoaposta bet365 como funcionaorigem o ato.”
Para ele, ao que tudo indica, não trata-seaposta bet365 como funcionacasoaposta bet365 como funcionainterceptação, masaposta bet365 como funcionaescuta ambiental clandestina. Por fim, o procurador projetou que a ocultação do material ao longo dos últimos dez anos deve ser investigada.
“A ocultação dessas gravações ao juiz Appio cabe investigação — ocultação tem caráter permanente, ocorre também com a Leiaposta bet365 como funcionaAbusoaposta bet365 como funcionaAutoridade,aposta bet365 como funcionaseu artigo 23.”
Defesa vai ao CNJ e ao STF - A defesaaposta bet365 como funcionaYoussef anunciou a intençãoaposta bet365 como funcionair ao Conselho Nacionalaposta bet365 como funcionaJustiça para informar sobre a exclusão do material e sobre o fatoaposta bet365 como funcionaque o HD com os áudios estava escondido na 13ª Vara, sem o conhecimento dos juízes que assumiram o posto após a saídaaposta bet365 como funcionaSergio Moro eaposta bet365 como funcionaLuiz Antonio Bonat.
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, relator do pedido para anular a delação premiadaaposta bet365 como funcionaYoussef, também será informado. A defesa do doleiro é feita pelo advogado Gustavo Rodrigues Flores.
“Com relação aos áudios apagados, isso demonstra que houve manipulação. Não se sabe o motivoaposta bet365 como funcionaterem sido apagados e como foram usados. Agora é esperar as perícias. As informações serão encaminhadas ao ministro Salomão, para que se saiba o que foi sonegado da defesa por todos esses anos, e também ao ministro Toffoli”, disse Flores.
Preocupação da ‘lava jato’ - Como mostrou a ConJuraposta bet365 como funcionamaio, integrantes da “lava jato” se mostraram, jáaposta bet365 como funciona2015, preocupados com a possibilidadeaposta bet365 como funcionaatos da autodenominada força-tarefa serem anulados após a revelaçãoaposta bet365 como funcionamétodos “pouco ortodoxos” adotados nas investigações.
Em conversas entre eles, os procuradores lavajatistas se referiram justamente às escutas encontradas por Youssef. Em um diálogo, eles torcem para que a perícia feitaaposta bet365 como funcionaum computadoraposta bet365 como funcionadelegados envolvidos no grampo não encontre nada.
“Sai na segunda a entrevista do Marco Aurélio (então ministro do STF, hoje aposentado) dizendo que as escutas podem anular a ‘lava jato’”, diz Deltanaposta bet365 como funcionaum trecho do diálogo. A conversa éaposta bet365 como funciona4aposta bet365 como funcionajulhoaposta bet365 como funciona2015 e é reproduzida emaposta bet365 como funcionagrafia original.
Em seguida, o coordenador da “lava jato” sugere se antecipar para que a teseaposta bet365 como funcionanulidade não ganhe corpo. A ideia era ouvir Youssef formalmente e pedir para o doleiro dizer que nunca foi confrontado com elementos obtidos nas escutas.
“O que achamaposta bet365 como funcionaouvir Y (Youssef) formalmente (…) preventivamente, antes que eles desenvolvam a teseaposta bet365 como funcionanulidade? Arriscado?”
Um procurador identificado como “Orlando”, possivelmente Orlando Martello, diz que não adiantava ouvir o doleiro, porque eventual nulidade decorreria das informações obtidas ilegalmente por meio da escuta clandestina. Em seguida, diz que o que resta é torcer para “não ter nada” no computador periciado.
“É melhor não mexer e torcer para não ter nada naquele computador. Apreenderam os computadores dos dps também!”, fala o procurador.
Deltan responde: “Ich… Tomara que não achem os vazamentos dos DPs kkkk”. Os diálogos não indicamaposta bet365 como funcionaque tipoaposta bet365 como funcionavazamento os procuradores estão falando.
Na conversa, um procurador identificado apenas como “Diogo”, possivelmente Diogo Castor, afirma que eventual anulação da “lava jato” levaria a uma “revolução”.
“Quero ver ser macho para anular a ‘lava jato’. Se fizer isto vai ter revolução.”
“Quero ver ser macho pra devolver maisaposta bet365 como funcionaR$ 500 milhões para réus confessos”, completa Deltan.
Arquivamento - Três anos depois,aposta bet365 como funciona2018, o MPFaposta bet365 como funcionaCuritiba pediu o arquivamentoaposta bet365 como funcionauma sindicância que apurava o grampo instalado na celaaposta bet365 como funcionaYoussef sem autorização judicial.
Em parecer assinado pelos procuradores Januário Paludo e Antonio Carlos Welter, o MPF diz que não era possível concluir que conversasaposta bet365 como funcionaYoussef foram grampeadas e que os áudios do doleiro poderiam ter sido feitos por celulares que “existiriam” dentro da cela.
A defesaaposta bet365 como funcionaYoussef afirma que o MPF inventou a informaçãoaposta bet365 como funcionaque haveria celulares na cela para se manifestar pelo arquivamento da sindicância e que nunca teriam sido apreendidos aparelhos com o doleiro.
“Dessa forma (…) não é possível concluiraposta bet365 como funcionamaneira segura, diante das diligências realizadas, que os áudios foram captados pelo equipamento já existente no forro da cela, uma vez que tais áudios poderiam teraposta bet365 como funcionaorigem justamente nas conversas capturadas nesses telefones celulares”, diz trecho do parecer.
Em maioaposta bet365 como funciona2019, Bonat, sucessoraposta bet365 como funcionaMoro na 13ª Vara, arquivou a sindicância citando o argumento do MPFaposta bet365 como funcionaque as gravações poderiam ter sido feitas por celulares apreendidos na celaaposta bet365 como funcionaYoussef.

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Para advogados, sumiçoaposta bet365 como funcionagrampo contra Alberto Youssef é ‘criminosa exclusãoaposta bet365 como funcionaprovas’

247 - A defesa que representa o doleiro Alberto Youssef conseguiu ter acesso a um HD contendo 210 horasaposta bet365 como funcionaáudio gravadoaposta bet365 como funcionaum grampo ilegal quando ele estava preso na carceragem da Polícia Federal durante as investigações da Lava Jato,aposta bet365 como funciona2014. As apurações acerca da escuta clandestina podem resultar na anulação da principal delação premiada da operação lavajatista.&nbsp;
Youssef foi condenado a maisaposta bet365 como funciona100 anosaposta bet365 como funcionaprisão, mas, como assinou acordoaposta bet365 como funcionadelação premiada, passou três anos na cadeia, entre 2014 e 2017. Depois foi para a prisão domiciliar, com usoaposta bet365 como funcionatornozeleira eletrônica.
Informaçõesaposta bet365 como funcionaposse dos advogados desmentem os investigadores da operação, que negaram a existênciaaposta bet365 como funcionaescuta no local, apontaram relatos publicados nesta quarta-feira (17) por <a href="https://veja.abril.com.br/coluna/radar/defesa-de-yousseff-acessa-210-horas-de-gravacao-de-grampo-ilegal-em-cela">Veja</a>.&nbsp;
Há duas semanas, o juiz substituto da 13ª Vara Federalaposta bet365 como funcionaCuritiba, Guilherme Roman Borges, autorizou a defesa a ter acesso ao material. Aos advogadosaposta bet365 como funcionaYoussef, o magistrado foi quem liberou os dados do processo que investiga a escuta clandestina.&nbsp;

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