Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein 
A doença renal crônica vem se tornando uma epidemia silenciosa e deve se tornar a quinta causaminijogosmorte no mundominijogos2040, revela um artigo recém-publicado na <a href="https://www.nature.com/articles/d41586-024-00961-5">Nature</a>. A doença ficaria atrás no númerominijogosóbitos apenas da doença isquêmica do coração, do Acidente Vascular Cerebral (AVC),minijogosinfecções respiratórias e da doença pulmonar obstrutiva crônica. A incidência da doença renal crônica cresceu 30% nas últimas três décadas e, segundo os especialistas, ainda há enormes desafios na prevenção e no diagnóstico precoce no mundo todo. 
No Brasil, faltam dados precisos, mas estima-se que a doença afete cercaminijogos11% da população, sendo que há 144 mil pacientesminijogosdiálise, o procedimentominijogosque uma máquina limpa e filtra o sangue do paciente quando o rim não consegue funcionar normalmente. Um painelminijogosespecialistas acabaminijogospublicar um <a href="https://karger.com/kdd/article/doi/10.1159/000538068/896263/Chronic-Kidney-Disease-in-Brazil-Current-Status?searchresult=1">artigo no periódico científico Kidney Diseases</a> que traz um retrato da situação da doença no país e recomendações para mudar o cenário.
“Cercaminijogos70% dos casos da doença renal crônica se devem a diabetes e hipertensão, e esses problemas estão muito associados à obesidade”, diz o nefrologista Marcelo Costa Batista, do Hospital Israelita Albert Einstein, um dos autores do trabalho brasileiro. Histórico familiar, tabagismo e idade acimaminijogos60 anos, entre outros, também são fatoresminijogosrisco. 
A doença renal crônica é caracterizada pela perda progressiva e irreversível da função dos rins ao longominijogosmeses e anos. Esses pacientes têm maior riscominijogosmorte por todas as causas. “A doença renal crônica também aumentaminijogosoito a dez vezes o risco cardiovascular. São doenças que andam juntas”, explica o médico.
Nos estágios iniciais, é possível fazer o controle com medicamentos e mudançasminijogosestilominijogosvida. Nos mais avançados, a pessoa precisa fazer diálise ou transplanteminijogosrim. O médico explica que por isso são importantes a prevenção e o diagnóstico precoce, além do tratamento correto para evitar a progressão da doença. 
Esses pacientes também têm uma sérieminijogoscomplicações, pois a doença provoca anemia, desnutrição, problemas neurológicos e metabólicos, incluindo alterações nos níveisminijogospotássio, que devem ser corretamente identificadas e tratadas. 
O diagnóstico no Brasil é tardio
minijogos Maisminijogos44% dos casos aqui são diagnosticadosminijogosestágios mais avançados. “Precisamos melhorar a identificação desses pacientes, alémminijogosmais médicos capacitados para lidar com a doençaminijogosacordo com as diretrizes.” 
Como ela não dá sintomas no início, é necessário mapear quem tem mais chanceminijogosdesenvolvê-la e fazer a avaliação da função renal por meio da dosagemminijogosalbumina na urina eminijogoscreatinina no sangue. Dependendo do resultado, a pessoa precisa ser monitoradaminijogosforma mais próxima e mudar hábitos para prevenir o desenvolvimento ou a progressão da doença. 
Pacientesminijogosrisco também devem ser orientados sobre os cuidados com certas medicações que são nefrotóxicas, como alguns anti-inflamatórios e contrastes usadosminijogosexames. 
No entanto, uma pesquisa citada no artigo, feita com médicos paulistas, mostra que menos da metade deles, 42,5%, tinha recebido treinamento no cuidado com esses pacientes, 56% solicitam examesminijogosurina para diagnóstico e 64,6% tinham conhecimento da classificação da doença, todos números que denotam a necessidademinijogosmaior atualização e capacitação dos profissionaisminijogossaúde.

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Saúde

Doença renal crônica deve se tornar a quinta causaminijogosmorte no mundo

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