Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein - Uma pesquisa feita por cientistas da Universidadeentrar blaze apostasSão Paulo (USP) e do Hospital Israelita Albert Einstein conseguiu reduzir a inflamação no tecido intestinalentrar blaze apostasanimaisentrar blaze apostasmaneira inédita: um pedaçoentrar blaze apostasuma proteína com propriedade anti-inflamatória inseridoentrar blaze apostasuma micropartícula foi direcionado,entrar blaze apostasmaneira segura e bem-sucedida, até o local esperadoentrar blaze apostassua ação. Os resultados abrem caminho para o desenvolvimentoentrar blaze apostasnovos medicamentos orais contra doenças como aentrar blaze apostasCrohn e a retocolite ulcerativa. O artigo foi publicado no <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/38638365/">International Journal of Nanomedicine</a>.
As doenças inflamatórias intestinais afetam, principalmente, o intestino grosso e causam sintomas como diarreia, sangue nas fezes e perdaentrar blaze apostaspeso, alémentrar blaze apostasaumentarem o riscoentrar blaze apostascâncer colorretal. Costumam acometer jovens, que precisam conviver com a doença ao longo da vida. Embora a causa não seja bem conhecida, sabe-se que há fatores genéticos e ambientais envolvidos, como hábitos que alteram a microbiota intestinal. Não há cura para esses transtornos e os medicamentos utilizados apenas controlam a inflamação. 
O objetivo dos autores era testar a possibilidadeentrar blaze apostasadministrar medicamentos via oral, já que atualmente os mais efetivos são injetáveis e, alémentrar blaze apostascaros, muitos pacientes não respondem bem ao tratamento. “Queremos otimizar a entregaentrar blaze apostasmedicamento para esses pacientes que são muito debilitados”, diz a biomédica Milena Broering, autora da teseentrar blaze apostasdoutorado que originou a pesquisa. “Nossa proposta era buscar uma tecnologia barata, acessível e capazentrar blaze apostasser administrada por uma via não invasiva”, conta a farmacêutica Sandra Farsky, professora da Faculdadeentrar blaze apostasCiências Farmacêuticas da USP (FCF-USP) e orientadora da teseentrar blaze apostasdoutorado.
Para isso, os pesquisadores escolheram uma proteína produzida pelo organismo, a anexina A1, que tem efeitos anti-inflamatórios conhecidos e que também consegue induzir a reparação dos tecidos. Um peptídeo (isto é, um pedaço da proteína) responsável por ativar essas reações foi colocado dentroentrar blaze apostasuma micropartícula, uma espécieentrar blaze apostascápsula capazentrar blaze apostascarregá-la intacta por todo o trajeto até o local da ação, sem ser degradada no processo. 
“Nessa etapa tivemos a colaboração fundamental do professor Marco Antonio Stephano, da FCF-USP, e dos docentes do Institutoentrar blaze apostasFísica da USP, coordenados pela professora Márcia Fantini, que sintetizaram a micropartícula e caracterizaram a incorporação do peptídeo”, explica Farsky. Para reforçar a proteção, o dispositivo ainda foi revestido por um polímero, material que atua como se fosse um escudo.
A micropartícula contendo a proteína foi administrada durante quatro diasentrar blaze apostascamundongos que tiveram a doença inflamatória intestinal induzida. Nesse período, os cientistas monitoraram sintomas como perdaentrar blaze apostaspeso, sangue e consistência das fezes para avaliar o efeito do tratamento. “Já no primeiro dia vimos uma redução dos sintomas e dos sinais clínicos da doença”, conta Broering.
Para verificar se a nanocápsula estava chegando ao local correto, foi feito um monitoramento do trajeto pelo grupoentrar blaze apostasnanobiotecnologia do Hospital Israelita Albert Einstein com auxílioentrar blaze apostasum tomógrafoentrar blaze apostasfluorescência IVIS. “Esse equipamento permite ver a biodistribuição do material e conseguimos observar que o fármaco chegou ao local adequado no tempo certo”, relata o pesquisador Lionel Gamarra, do Einstein. “A pesquisa abre possibilidadeentrar blaze apostasadministraçãoentrar blaze apostasremédios por vias não invasivas.”
Por fim, uma análiseentrar blaze apostasamostras do intestino dos animais revelou que a nanopartícula carregando o peptídeo controlou a resposta inflamatória e induziu a regeneração dos tecidos. 
O desenvolvimentoentrar blaze apostasum medicamento é um processo longo, com muitas fases, inclusive com ensaios clínicosentrar blaze apostashumanos, e pode levar décadas. “Esse é um passo inicial que abre boas perspectivas,entrar blaze apostasespecial por mostrar que a nanopartícula levou o peptídeo até o local da inflamação por via oral”, diz Sandra Farsky. “A possibilidadeentrar blaze apostastratamentos não invasivos, como pela via oral, é desejável para o tratamentoentrar blaze apostasdoenças crônicas com morbidades graves, como as causadas pelas doenças inflamatórias intestinais.”

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Saúde

Brasileiros testam micropartícula para reduzir inflamação intestinal

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