Agência Brasil - O Conselho Federalestrela bet bonus cassinoMedicina (CFM) ingressou com uma ação civil pública contra a Empresa Brasileiraestrela bet bonus cassinoServiços Hospitalares (Ebserh) por causa da reservaestrela bet bonus cassino30% das vagas (cotas) para grupos populacionais vulnerabilizados - como pessoas com deficiência, indígenas, negros e residentesestrela bet bonus cassinoquilombos - na distribuiçãoestrela bet bonus cassinovagas dos aprovados no Exame Nacionalestrela bet bonus cassinoResidência (Enare). A ação corre na 3ª Vara Cívelestrela bet bonus cassinoBrasília, no Tribunalestrela bet bonus cassinoJustiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
O concurso do Enare foi realizado no dia 20estrela bet bonus cassinooutubroestrela bet bonus cassino60 cidades, oferecendo 4.854 vagasestrela bet bonus cassinoresidência médica e mais 3.789 vagasestrela bet bonus cassinoresidência multiprofissionalestrela bet bonus cassinohospitais e outras áreas profissionais da saúde. As vagas serão abertasestrela bet bonus cassino163 instituiçõesestrela bet bonus cassinotodo o país. Dos 89 mil candidatos inscritos, aproximadamente 80 mil compareceram aos locais da prova.
Em nota, o CFM descreve que as cotas vão fomentar “a ideiaestrela bet bonus cassinovantagens injustificáveis dentro da classe médica” e que “esse mecanismo vai criar discriminação reversa.” O conselho defende que a seleção para residência médica seja baseada “no mérito acadêmicoestrela bet bonus cassinoconhecimento.” Apesar das críticas o CFM “reconhece a importância das políticas afirmativas para a concretização do princípioestrela bet bonus cassinoequidade.”
A Associação Médica Brasileira (AMB) também manifestou contrariedadeestrela bet bonus cassinorelação ao critérioestrela bet bonus cassinocotas para a residência médica. “É preciso o entendimentoestrela bet bonus cassinoque todos que farão a provaestrela bet bonus cassinoespecialista já se encontram graduados no cursoestrela bet bonus cassinomedicina,estrela bet bonus cassinoforma igualitária, avalia a associação.
<h3>Discordância</h3>
Em resposta, a Ebserh “manifesta profunda discordânciaestrela bet bonus cassinorelação a notas publicadas que questionam a inclusãoestrela bet bonus cassinopolíticas afirmativas nos editais do Enare.” A empresa lembra que as reservasestrela bet bonus cassinovagas, como feita no Enare, estão previstasestrela bet bonus cassinolei e há respaldo do Supremo Tribunal Federal (STF) ao “critério étnico-racial na seleção para ingresso no ensino superior público.”
A Ebserh, criadaestrela bet bonus cassino2011, é uma empresa estatal vinculada ao Ministério da Educação, que administra 45 hospitais universitários federais. Segundo a estatal, as regras do Enare visam “garantir que o acesso aos programasestrela bet bonus cassinoresidência reflita a diversidade demográfica do Brasil e contribua para um sistemaestrela bet bonus cassinosaúde mais inclusivo e equitativo.”
O Conselho Deliberativo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) manifestou apoio aos critérios do Enare que observam as ações afirmativas. “O acesso às diferentes modalidadesestrela bet bonus cassinopós-graduação, inclusive às residênciasestrela bet bonus cassinosaúde, ainda é extremamente desigual, com sub-representação das pessoas negras (pretas e pardas), indígenas e pessoas com deficiência”, assinala a nota
<h3>Pontuação alcançada</h3>
Na seleção do Enare para a área médica, o participante indica a especialidadeestrela bet bonus cassinoque deseja fazer residência e após prova, escolhe o hospital que deseja trabalhar conforme pontuação alcançada – sistema semelhante ao do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Sistemaestrela bet bonus cassinoSeleção Unificada (Sisu).
Para as vagasestrela bet bonus cassinoresidência multiprofissionalestrela bet bonus cassinohospitais e outras áreas profissionais da saúde, o participante indica a profissão pela qual concorre no ato da inscrição e após os resultados da prova, aponta onde quer trabalhar, também conforme pontuação alcançada.
Os resultados do exame escrito do Enare serão divulgados no dia 20estrela bet bonus cassinodezembro. Em 7estrela bet bonus cassinojaneiro do próximo ano será publicado o resultado da análise curricular. As notas definem quem ocupará as vagas disponíveis. A partirestrela bet bonus cassino21estrela bet bonus cassinojaneiro, tem início as convocações. Estão previstas três chamadas. Nesta página está a área do candidato com os gabaritos da prova objetiva e a plataforma para apresentar recursos contra as questões da avaliação.

Fachada do Conselho Federalestrela bet bonus cassinoMedicina

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Brasil

CFM entra na Justiça contra cotas na residência médica

247 - O Conselho Federalestrela bet bonus cassinoMedicina (CFM) anunciou seus novos conselheiros para os próximos cinco anos. Entre os novos integrantes estão médicos contrários ao aborto, que defenderam o uso da cloroquina como tratamento durante a pandemiaestrela bet bonus cassinoCovid-19 e até participantes dos atos golpistasestrela bet bonus cassino8estrela bet bonus cassinojaneiroestrela bet bonus cassino2023.
A eleição aconteceestrela bet bonus cassinomeio a debates acalorados sobre o aborto. Em abril, o CFM proibiu a realização da assistolia fetal, procedimento recomendado pela OMSestrela bet bonus cassinocasosestrela bet bonus cassinoaborto legal após 22 semanas, criando barreiras adicionais para vítimasestrela bet bonus cassinoestupro. A decisão gerou insegurança entre médicos, que enfrentam riscos como a perdaestrela bet bonus cassinoregistro profissional.
Segundo o <a href="https://g1.globo.com/saude/noticia/2024/08/08/nova-gestao-do-cfm-tem-medicos-contrarios-ao-aborto-defensores-da-cloroquina-e-presentes-nos-atos-de-81.ghtml">g1</a>, entre os 27 conselheiros eleitos, nove se manifestaram contra o aborto, defendendo "a vida desde a concepção". Raphael Câmara Parente, eleito pelo Rioestrela bet bonus cassinoJaneiro, foi relator da norma do CFM. Em São Paulo, Francisco Eduardo Cardoso Alves, defensor da cloroquina, foi eleito apesar da faltaestrela bet bonus cassinoeficácia comprovada do tratamento contra a Covid-19. A chapa, autointitulada a "única chapaestrela bet bonus cassinodireita para o CFM", teve 37,97% dos votos válidos
No Distrito Federal, Rosylane Rocha, investigada por participação nos atos golpistasestrela bet bonus cassino8estrela bet bonus cassinojaneiro, foi eleita. No Mato Grosso do Sul, Mauro Luizestrela bet bonus cassinoBritto Ribeiro, ex-presidente do CFM, criticado durante a pandemia porestrela bet bonus cassinoposição sobre o 'kit Covid', assume como novo conselheiro. 
Os conselheiros eleitos tomarão posseestrela bet bonus cassinooutubro, quando escolherão o novo presidente do CFM.

CFM elege nova gestão com defensores da cloroquina, contrários ao aborto e que participaram dos atos golpistas do 8/1

247 - O ginecologista e obstetra Olímpio Moraes, diretor médico da Universidadeestrela bet bonus cassinoPernambuco e referência na luta pela democratização do aborto legal no Brasil, qualificou como “absurda” a declaração do presidente do Conselho Federalestrela bet bonus cassinoMedicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo,estrela bet bonus cassinoque o métodoestrela bet bonus cassinoassistolia fetal é uma “crueldade”. Gallo sugere que a mulher que engravidarestrela bet bonus cassinodecorrênciaestrela bet bonus cassinoum estupro pode induzir o parto “de forma segura” e entregar o bebê à adoção.
“É um absurdoestrela bet bonus cassinotodos os aspectos. Atéestrela bet bonus cassinotermosestrela bet bonus cassinosaúde pública. Não tem UTI (Unidadeestrela bet bonus cassinoTerapia Intensiva). Somente aquiestrela bet bonus cassinoPernambuco, há duas semanas atrás, havia uma filaestrela bet bonus cassinocercaestrela bet bonus cassino80 crianças à esperaestrela bet bonus cassinoUTIs devido a infecções respiratórias. O custo para a saúde pública é elevado”, disse Moraes ao Brasilestrela bet bonus cassino. 
“A grande maioria das interrupçõesestrela bet bonus cassinogravidez acimaestrela bet bonus cassino22 semanas ocorre entre 23 e 24 semanas. Aqui no Cisam (Centro Integradoestrela bet bonus cassinoSaúde Amauryestrela bet bonus cassinoMedeiros) éestrela bet bonus cassino26 semanas. Existe uma zona cinzenta neste espaçoestrela bet bonus cassinotempo”, disse o médicoestrela bet bonus cassinoreferência ao Projetoestrela bet bonus cassinoLei (PL) que equipara o aborto após 22 semanasestrela bet bonus cassinogestaçao ao crimeestrela bet bonus cassinohomicídio. 
Ainda segundo ele, as crianças nascidas prematuramente enfrentam “sequelas graves, como problemas cognitivos, cegueira, surdez, pulmões imaturos, cardiopatias, entre outras complicações”. “O sofrimento é enorme. Uma mulher estuprada não quer ter este filho. Será que o presidente do CFM ou os médicos que são contrários ao aborto legal vão adotar?”, questionou o especialistaestrela bet bonus cassinoseguida. 
“No Estado Democráticoestrela bet bonus cassinoDireito os direitos devem ser respeitados. Se uma mulher for estuprada e por motivos religiosos quiser manter a gravidez, é um direito. Mas também se não quiser, também é um direito. Não pode haver supressãoestrela bet bonus cassinodireitos”, destacou. 
Olímpio Moraes observou, ainda, que o avanço das pautas conservadoras eestrela bet bonus cassinocunho religioso sobre os profissionais da áreaestrela bet bonus cassinosaúde está ligada ao crescimento da extrema direita no Brasil nos últimos anos. "O médico é um ser humano inserido dentro do contexto econômico, político e social. Nesse sentido, o avanço da extrema direita contribuiu para esta visão”. 
O especialista, porém, acredita que este posicionamento poderá ser revertido. “Acho que é possível reverter este tipoestrela bet bonus cassinoposição atéestrela bet bonus cassinocurto prazo. O CFM terá uma nova eleiçãoestrela bet bonus cassinoagosto, onde serão escolhidos os novos membros da diretoria, do conselho. Então, sim, existe uma possibilidadeestrela bet bonus cassinoque isso aconteça”. 
A posição contrária ao procedimento da assistolia fetal foi defendida pelo presidente do CFM durante uma audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira (19). Na ocaisão, Gallo defendeu que uma mulher vítimaestrela bet bonus cassinoestupro pode dar à luz a criançaestrela bet bonus cassinomaneira prematura e entregá-la à adoção. “A mulher vai ser induzida ao parto, uma criança com 22 semanas, com alta tecnologia, vai sobreviver. Está pronta”, disse na ocasião, segundo o jornal <a href="https://www.estadao.com.br/politica/presidente-do-cfm-defende-parto-prematuro-no-lugar-do-aborto-em-gestacoes-com-mais-de-22-semanas-nprp/">O Estadoestrela bet bonus cassinoS. Paulo</a>. 
A audiência no STF ocorreu um dia após ele afirmar,estrela bet bonus cassinouma sessão no Senado, que deve existir “limite para a autonomia da mulher”. “A autonomia da mulher esbarra, sem dúvida, no dever constitucional imposto a todos nós,estrela bet bonus cassinoproteger a vidaestrela bet bonus cassinoqualquer um, mesmo ser humano formado por 22 semanas”, disse Gallo.

Saúde

'Absurdo', diz ginecologista sobre proposta do presidente do CFMestrela bet bonus cassinotrocar aborto por parto prematuro

247 - A Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou que o Conselho Federalestrela bet bonus cassinoMedicina (CFM) praticou abusoestrela bet bonus cassinopoder e tentou promover "a manutenção da gravidez resultanteestrela bet bonus cassinoestupro", ao editar uma resolução que restringia o acesso ao aborto legal no país. A informação foi publicada na <a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2024/06/agu-diz-ao-stf-que-conselho-federal-de-medicina-cometeu-abuso-ao-restringir-aborto.shtml">colunaestrela bet bonus cassinoMonica Bergamo</a>. 
Comandada pelo ministro Jorge Messias, a AGU disse que a norma do CMF proibia assistolia fetal acima das 22 semanasestrela bet bonus cassinogestação. "Tal limitação somente seria possível por meioestrela bet bonus cassinolei formal. E essa é uma atribuição do Congresso Nacional, nuncaestrela bet bonus cassinoum conselho profissional", diz a AGU.
"Conselhos profissionais poderão, abusando do poderestrela bet bonus cassinoregulamentar a profissão, que lhes é legalmente confiado, criar embaraços e tentar impedir políticas públicas previstasestrela bet bonus cassinolei ou, pior, formular e propor novas políticas públicas sem previsãoestrela bet bonus cassinolei", disse a peça enviada ao Supremo.
O posicionamento da AGU foi emitidoestrela bet bonus cassinoum contextoestrela bet bonus cassinoaprovação do regiemestrela bet bonus cassinourgência do Projetoestrela bet bonus cassinoLei 1904/2024, conhecido como PL do Aborto. Após a repercussão negativa, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, anunciou que haverá uma pausa na análise do tema, para decidir,estrela bet bonus cassinooutro momento, como serão feitos mais estudos da proposta e se ela vai ser votada.

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AGU diz ao STF que o Conselho Federalestrela bet bonus cassinoMedicina cometeu abuso ao restringir aborto

247 - A Federação Internacionalestrela bet bonus cassinoGinecologia e Obstetrícia (Figo) divulgou um comunicado nesta segunda-feira (17), criticando duramente a recente resolução do Conselho Federalestrela bet bonus cassinoMedicina (CFM) que proíbe a realização da assistolia fetalestrela bet bonus cassinoabortos induzidos legalmenteestrela bet bonus cassinogestações avançadas no Brasil. Segundo a <a href="https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2024/06/orgao-internacional-de-ginecologia-diz-que-resolucao-do-cfm-sobre-aborto-e-antietica.shtml">Folhaestrela bet bonus cassinoS.Paulo</a>, o comunicado da organização destaca que a medida é antiética, contraditória às evidências médicas e prejudicial para as mulheres mais vulneráveis, exacerbando disparidades e injustiças sociais.
A resolução do CFM está atualmente sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF) e inspirou a criação do Projetoestrela bet bonus cassinoLei que equipara o aborto após 22 semanasestrela bet bonus cassinogestação ao crimeestrela bet bonus cassinohomicídio e que estáestrela bet bonus cassinotramitação na Câmara dos Deputados. De acordo com a Figo, a assistolia fetal é fundamental para prevenir sinaisestrela bet bonus cassinovida durante o aborto medicamentoso ou a expulsão fetal após a preparação cervicalestrela bet bonus cassinoprocedimentos realizados após 20 semanasestrela bet bonus cassinogestação. A federação defende que a indução da assistolia fetal deve ser sempre uma opção para garantir o resultado pretendido do aborto, que nunca deve resultarestrela bet bonus cassinoum nascimento vivo.
A Figo alerta, ainda, que a proibição da assistolia fetal impede o acesso a cuidadosestrela bet bonus cassinoabortoestrela bet bonus cassinoqualidade para mulheres com gestações avançadas, aumentando os riscosestrela bet bonus cassinocomplicações graves e mortalidade. A organização destaca que leis restritivas e a escassezestrela bet bonus cassinoprofissionais qualificados intensificam ainda mais as injustiças contra essas mulheres, especialmente as mais vulneráveis, que enfrentam estigmas, perseguições e riscosestrela bet bonus cassinosaúde quando recorrem a práticasestrela bet bonus cassinoaborto inseguras.
A federação enfatiza que a proibição impede os obstetras e ginecologistasestrela bet bonus cassinoaderirem ao princípio ético da beneficência, pois está bem estabelecido que o aborto seguro é mais seguro que o parto, mesmoestrela bet bonus cassinoidades gestacionais avançadas. A interrupção da gravidez sem a induçãoestrela bet bonus cassinoassistolia fetal pode resultarestrela bet bonus cassinosinais transitóriosestrela bet bonus cassinovida ou mesmoestrela bet bonus cassinosobrevivência do recém-nascido, trazendo complicações associadas à prematuridade.
&nbsp;Além disso, a federação argumenta que a proibição contraria o princípio ético da não maleficência e viola o direito das mulheresestrela bet bonus cassinoacessar tecnologias científicas modernas para um aborto seguro.
A federação refuta a aplicação do conceitoestrela bet bonus cassinoviabilidade, utilizado na resolução do CFM, aos fetos abortados, destacando que este conceito é relevante apenas para cuidados neonataisestrela bet bonus cassinocasosestrela bet bonus cassinoparto prematuro espontâneo ou por indicação médica, e não para abortos induzidos. A Figo considera que a má interpretação desse conceito banaliza os riscos da prematuridade e prejudica a saúde pública.

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