Por Regina Célia Pereira, da Agência Einstein - Se há algumas décadas o ovo era visto como vilão do cardápio, atualmente ele desponta como um dos alimentos mais completos e destaca-seestudos pelas vantagens à saúde. Um dos trabalhos mais recentes, publicadoagosto no<a href="https://www.mdpi.com/2072-6643/16/16/2765"> periódico Nutrients</a>, mostra que o ovo está por trásimpactos positivos na memória, especialmente entre mulheres.
Pesquisadores da Universidade da CalifórniaSan Diego, nos Estados Unidos, avaliaram dadosum grupo890 indivíduos, sendo 357 homens e 533 mulheres. Os hábitos alimentares dos participantes foram esmiuçados e eles passaram por testes cognitivos.&nbsp;
Entre os resultados do trabalho, observou-se um menor declínio na fluência verbal ao longo dos anos entre as mulheres que consumiam ovo. Elas tinham melhor capacidadenomear categoriasitens, como animais,comparação com as que não apreciavam o ingrediente.&nbsp;
Efeitos similares foram observadosoutros artigos. “Embora os próprios estudiosos enfatizem a necessidademais pesquisas para confirmar tais achados, algumas substâncias encontradas no alimento têm sido associadas a efeitos benéficos ao cérebro”, diz a nutricionista Serena del Favero, do Hospital Israelita Albert Einstein. &nbsp;
A primeira que merece menção é a colina. Trata-seuma das vitaminas do complexo B. Presente na gema, é essencial para a sínteseum neurotransmissor conhecido como acetilcolina, que, entre outras funções, está envolvido na regulação da aprendizagem e da memória.
Há ainda a luteína e a zeaxantina, integrantes dos carotenoides, grupopigmentospotente ação antioxidante. “Essas substâncias atuam na proteção contra o estresse oxidativo e a inflamação no cérebro”, comenta a nutricionista. Seriam, portanto, guardiãs dos neurônios e demais estruturas cerebrais.&nbsp;
Colina, luteína e zeaxantina fazem bonito pelas funções cognitivas, mas o ovo oferece ainda outras preciosidades. Seu conteúdo proteico tem sido dos mais badalados. Ainda que a gema contenha uma pequena parcela, a clara é uma verdadeira “sopa”aminoácidos, pedacinhosproteína fabricados pela natureza com a funçãoproteger o embriãodesenvolvimento dentro do ovo.&nbsp;
No nosso organismo, o nutriente atua na constituiçãotecidos e órgãos, contribuindo para a integridadeunhas, cabelos e pele. Também é indispensável na construção e reparação muscular.&nbsp;
Por toda essa riqueza proteica, muita gente extrapola na ingestão. “É bastante comum, na prática clínica, encontrar pacientes que consomem ovosquantidades excessivas na tentativaaumentar o aporteproteína na dieta”, diz a especialista do Einstein.
Exageros, entretanto, não oferecem benefícios adicionais e podem trazer danos à saúde. “O corpo tem um limiteabsorçãoproteínas por refeição”, explica a nutricionista. A quantia deve ser determinadaacordo com o perfil e o estilovidacada um.
Sobre o colesterol
Se, atualmente, o ovo conta com uma legiãofãs,história nem sempre foi assim. Na década1970, foi banidomuitos cardápios por ter sido acusadoaumentar o risco cardiovascular, devido à alta concentraçãocolesterol.
Só nos anos 2000 é que estudos revelaram que apenas uma pequena parte dessa molécula gordurosa, e essencial ao corpo, provém da dieta – cerca70% é produzido no nosso fígado. “A ciência mostrou que, para a maioria das pessoas, o colesterol dietético tem pouco impacto no aumento dos níveis na circulação sanguínea”, diz Serena del Favero.
Hoje se sabe que o excesso no consumo das gorduras saturadas e trans – presentes nas carnes, no coco, nas bolachas recheadas, entre outros – é que pode elevar as taxasLDL, o colesterol ruim, e causar danos às artérias.&nbsp;
O ovo no dia a dia
Agora que o alimento está livre das acusações e diantetantos benefícios, confira algumas sugestões da nutricionista para incluí-lo – sem exagerar, por favor! – no cotidiano:
<ul>
 <li>No café da manhã: Seja mexido, cozido ou na omelete. “Pode ser combinado com vegetais, como espinafre ou tomate, para aumentar a ingestãofibras”, indica.</li>
 <li>Nos lanches: emversão cozida é uma opção prática, fácilser transportada e, claro, muito nutritiva.</li>
 <li>Em saladas: “Adicionar ovos cozidossaladas é uma maneiraaumentar o teor proteico da refeição e, assim, prolongar a sensaçãosaciedade”, sugere.</li>
 <li>Como alternativa às carnes: “Pode entrar como fonteproteína, especialmenterefeições vegetarianas”, recomenda.</li>
 <li>Em preparações culinárias: Receitaspanquecas, bolos, suflês, entre tantas, ganham mais nutrientes quando ele aparece na listaingredientes.Um cuidado é ocozinhá-lo bem, evitando a gema mole. Assim se afastam riscos relacionados à salmonella, bactéria por trásdiarreia e outros distúrbios, e que não resiste ao calor. Vale ainda conhecer a procedência e se atentar para a presençaselosgarantia.</li>
</ul>
À exceção dos alérgicos, e sempre dentro do contexto do equilíbrio, o ovo é muito bem-vindo. A ciência garante.

Vendedora segura ovosum mercadorua no RioJaneiro, Brasil

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Saúde

Consumoovo pode ajudar a melhorar a memória, indica pesquisa

247 - O Ministério da Saúde, chefiado por Nísia Trindade, inclui a partir desta quarta-feira (10) remédios para o tratamentocolesterol alto, doençaParkinson, glaucoma e rinite entre os que podem ser retiradosgraça pela população. A expectativa é que cerca3 milhõespessoas que participam do programa sejam impactadas pela decisão. A medida deve gerar uma economia para os usuáriosaté R$ 400 por ano.
Com os novos remédios, a pasta da Saúde vai passar a oferecer 95% dos medicamentos e insumosforma gratuita,acordo com informações publicadas nesta terça-feira (9) na <a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2024/07/farmacia-popular-tera-remedios-para-parkinson-colesterol-alto-e-rinite-gratuitos.shtml">coluna Painel</a>.
Integrantes da Saúde também anunciaram um <a href="http://vroly.com/saude/novo-pac-ministerio-da-saude-anuncia-pacote-bilionario-para-a-construcao-de-maternidades-em-21-estados">pacote bilionário para a construçãomaternidades</a>21 estados. As obras serão financiadas pelo Eixo Saúde, do PlanoAceleração do Crescimento. O Novo PAC, lançadoagosto do ano passado, investirá R$ 1,7 trilhãotodos os estados do Brasil.&nbsp;

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Farmácia Popular terá medicamentos para Parkinson, colesterol alto e rinite gratuitos

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