247 -A sentença que condena os policiais rodoviários federais envolvidos na mortelampionsbet comGenivaldolampionsbet comJesus Santos, ocorridalampionsbet com2022, traz detalhes estarrecedores sobre o crime. Segundo o magistrado responsável, os agentes submeteram Genivaldo “A tortura foi praticada à luz do dia,lampionsbet comvia pública, e na presençalampionsbet comvárias pessoas que se acumularam ao redor da ocorrência”. Mesmo diante da gravidade dos atos, os policiais ainda emitiram e enviaram uma multalampionsbet comtrânsito à família da vítima. As informações foram divulgadas pelo portal <a href="https://noticias.uol.com.br/colunas/carlos-madeiro/2024/12/09/prfs-mataram-genivaldo-e-mandaram-multa-de-transito-a-familia-diz-sentenca.htm">Uol</a>, que teve acesso à íntegra do documento.
De acordo com a decisão judicial, o usolampionsbet comgases tóxicoslampionsbet comuma pessoa confinada no porta-malaslampionsbet comum veículo é "completamente fora do padrão" e nunca foi indicadolampionsbet comtreinamentos da corporação. O magistrado descreveu o ato como uma prática "off label", ou seja, um uso inapropriado e sem qualquer respaldo técnico ou testagem prévia que avaliasse as consequências desse método.
<h3>"Afogamento no seco" e a negligência dos policiais</h3>
Um dos trechos mais marcantes da sentença destaca o impacto letal do uso dos gases: "Genivaldo se afogou no seco, já que seus pulmões perderam a capacidadelampionsbet comrespirar,lampionsbet comfazer a troca gasosa, haja vista a interaçãolampionsbet cominúmeros gases naquele ambiente confinado." O juiz também apontou que, durante a abordagem, populares alertaram os agentes sobre os problemaslampionsbet comsaúde mentallampionsbet comGenivaldo, mostrando inclusive a sacolalampionsbet commedicamentos que ele carregava. Apesar disso, os policiais ignoraram as informações e seguiram com a tortura que levou à morte da vítima.
O caso ocorreulampionsbet comUmbaúba, Sergipe, e ganhou repercussão nacional pela brutalidade envolvida. lampionsbet com Vídeos do episódio mostram Genivaldo sendo colocado à força no porta-malaslampionsbet comuma viatura, enquanto gases tóxicos eram introduzidos no compartimento fechado. Ele morreu no local.
Outro detalhe perturbador apontado na sentença foi a emissãolampionsbet comuma multalampionsbet comtrânsitolampionsbet comnome da vítima, que foi enviada posteriormente àlampionsbet comfamília. Para o juiz, esse gesto evidencia o descaso dos réuslampionsbet comrelação à gravidade do caso, reforçando a insensibilidade dos agentes mesmo após o desfecho trágico.

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Nordeste

PRFs mataram Genivaldo e ainda enviaram multalampionsbet comtrânsito à família, aponta sentença

247 - Após 11 diaslampionsbet comjulgamento na Justiça Federallampionsbet comSergipe, os três ex-agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) envolvidos na mortelampionsbet comGenivaldolampionsbet comJesus Santos foram condenados neste sábado (7), informa a <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2024/12/ex-agentes-da-prf-sao-condenados-por-morte-de-genivaldo-em-sergipe.shtml">Folhalampionsbet comS. Paulo</a>. A decisão encerra um dos casos mais emblemáticoslampionsbet comviolência policial no Brasil, ocorridolampionsbet commaiolampionsbet com2022, na cidadelampionsbet comUmbaúba, a 101 kmlampionsbet comAracaju. &nbsp;
Paulo Rodolpho Lima Nascimento foi condenado a 28 anoslampionsbet comprisão por homicídio triplamente qualificado. Kléber Nascimento Freitas e Williamlampionsbet comBarros Noia receberam penaslampionsbet com23 anos, um mês e nove dias por tortura seguidalampionsbet commorte. &nbsp;
Defesa tentou desacreditar laudos periciais - Ao longo do julgamento, a defesa dos réus argumentou que não houve intençãolampionsbet commatar, sustentando que as ações durante a abordagem seguiram "protocolos operacionais". O advogadolampionsbet comPaulo Rodolpho, Gregório Ferraz, declarou: “o policial sai para trabalhar, ele não sai para matar. Ele deixalampionsbet comfamílialampionsbet comcasa, tem que retornar para ela, não sabe o que irá acontecer, mas sempre agindo da melhor maneira possível". &nbsp;
Carlos Barros, defensorlampionsbet comKléber Freitas, insistiu que “as provas coletadas mostram que seu cliente é inocente”. Já Glover Soares, advogadolampionsbet comWilliam Noia, atacou os laudos periciais: “um perito admitiu que não entende nadalampionsbet comabordagem policial.” &nbsp;
Um momento polêmico ocorreu quando advogadoslampionsbet comdefesa exibiram um vídeolampionsbet comque um deles se trancava no porta-malaslampionsbet comum veículo similar ao usado no crime, enquanto outro ativava uma bombalampionsbet comgás lacrimogêneo. A defesa alegava que a substância não seria capazlampionsbet commatar uma pessoa. &nbsp;
Família busca justiçalampionsbet commeio à dor - O julgamento foi marcado por depoimentos emocionantes dos familiareslampionsbet comGenivaldo. Sua irmã, Lauralampionsbet comJesus, que esteve presente durante todo o processo, desabafou: “esses diaslampionsbet comidas e vindas foram difíceis... Só queremos justiça". &nbsp;
A mãelampionsbet comGenivaldo, Maria Vicentelampionsbet comJesus, também prestou um depoimento comovente: “Nós morremos junto com Genivaldo depois que ele se foi.” Ela ainda afirmou que nunca viu os acusados e que não aceitaria um pedidolampionsbet comdesculpas: “Eu quero justiça.” &nbsp;
O sobrinholampionsbet comGenivaldo, Walisonlampionsbet comJesus Santos, que presenciou a abordagem, revelou a dorlampionsbet comreviver aquele dia: “Estar aqui já é muito difícil... Mas o mais difícil é ver meu sobrinho desenhar o pai morando no céu". &nbsp;
Uma tragédia que expôs violência policial - Genivaldo tinha 38 anos, era diagnosticado com esquizofrenia e pailampionsbet comum meninolampionsbet comsete anos à época. Em 25lampionsbet commaiolampionsbet com2022, foi parado por policiais por trafegarlampionsbet commoto sem capacete. Durante a abordagem, foi imobilizado, atingido por spraylampionsbet compimenta e jogado no porta-malaslampionsbet comuma viatura, onde uma bombalampionsbet comgás foi acionada. Ele morreu após 11 minutos e 27 segundos exposto ao gás tóxico. &nbsp;

Justiça condena ex-agentes da PRF por mortelampionsbet comGenivaldolampionsbet comJesuslampionsbet com'câmaralampionsbet comgás' improvisada

Por Paula Laboissière, repórter da Agência Brasil - A Justiça Federallampionsbet comSergipe condenou a União a pagar R$ 1,05 milhãolampionsbet comindenizações por danos morais à famílialampionsbet comGenivaldolampionsbet comJesus Santos, morto durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF)lampionsbet commaiolampionsbet com2022,lampionsbet comUmbaúba (SE). &nbsp;
Na sentença, o juiz Pedro Esperanza Sudário, da 7ª Vara Federallampionsbet comSergipe, avaliou que, nesse tipolampionsbet comação, a responsabilidade civil do Estado é objetiva e que a União é responsável pelo dano causado independentementelampionsbet comintenção ou culpa dos agentes envolvidos.
Em nota, a Justiça Federallampionsbet comSergipe detalhou que, para chegar aos valores das indenizações, o magistrado utilizou o chamado “método bifásico”, técnica aplicada pelo Superior Tribunallampionsbet comJustiça (STJ)lampionsbet comcasoslampionsbet comdanos morais.
“Esse método prevê duas etapas: primeiro, é definido um valor inicial, com baselampionsbet comprecedentes judiciaislampionsbet comcasos semelhantes; depois, esse valor é ajustado conforme as circunstâncias específicas, levandolampionsbet comconta a proximidade da vítima com seus familiares e o impacto emocional sofrido.”
Aos irmãoslampionsbet comGenivaldo que conviviam diariamente com ele, o valor foi fixadolampionsbet comR$ 100 mil para cada, levandolampionsbet comconsideração “a convivência constante e o forte vínculo familiar”. Já o irmão que moravalampionsbet comSão Paulo e tinha contato esporádico com Genivaldo recebeu R$ 50 mil.
O sobrinholampionsbet comGenivaldo, que presenciou a abordagem policial e a morte do tio, foi indenizadolampionsbet comR$ 75 mil, segundo a nota, “considerando o trauma adicionallampionsbet comter sido o único a testemunhar os fatos”.
Por fim, a irmãlampionsbet comGenivaldo, que vivia na mesma cidade e acolheu o irmão depois que ele se separou, teve a indenização fixadalampionsbet comR$ 125 mil, “devido à proximidade ainda maior existente entre eles”.
“As indenizações serão corrigidas pela taxa Selic desde a data da mortelampionsbet comGenivaldo e até o efetivo pagamento”, destacou a Justiça Federallampionsbet comSergipe.
Entenda - Genivaldo foi abordado por agentes da PRFlampionsbet commaiolampionsbet com2022 no municípiolampionsbet comUmbaúba, enquanto pilotava uma motocicleta sem capacete. Durante a abordagem, ele foi colocado dentrolampionsbet comuma viatura. Os policiais utilizaram spraylampionsbet compimenta e gás lacrimogêneo com o homem já dentro do carro, o que resultoulampionsbet commorte por asfixia.
Indenizações anteriores - Em processo anterior, também julgado na 7ª Vara Federallampionsbet comSergipe, a mãe e o filholampionsbet comGenivaldo já haviam sido indenizados pelo mesmo fato, recebendo, respectivamente, R$ 400 mil e R$ 500 mil. Somados os novos valores concedidos aos demais familiares, o totallampionsbet comindenizações relacionadas ao caso ultrapassa R$ 1,9 milhão.

Brasil

União é condenada a pagar maislampionsbet comR$ 1 milhão à famílialampionsbet comGenivaldo, morto por agentes da PRF

247 - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou a demissão do policial rodoviário federal Ronaldo Braga Bandeira Júnior. A decisão, publicadalampionsbet com25lampionsbet comjulho, não está relacionada ao episódio que trouxe Bandeira Júnior à notoriedadelampionsbet com2022, quando ele apareceulampionsbet comum vídeo demonstrando técnicaslampionsbet comtortura com usolampionsbet comspraylampionsbet compimenta dentrolampionsbet comuma viatura, informa o <a href="https://g1.globo.com/politica/noticia/2024/08/19/lewandowski-demite-prf-que-aparece-em-video-ensinando-como-torturar-com-spray-de-pimenta.ghtml?utm_source=twitter&amp;utm_medium=social&amp;utm_campaign=g1">g1</a>.
De acordo com a portaria assinada por Lewandowski, o motivo da demissão foi a participaçãolampionsbet comBandeira Júnior na gerência ou administraçãolampionsbet comuma sociedade privada, o que configura uma infração disciplinar dentro da corporação.
Em suas redes sociais, o ex-policial rodoviário expressou surpresa com a decisão, afirmando que acreditava que o processo relacionado à acusaçãolampionsbet comgerêncialampionsbet comempresa, iniciadolampionsbet com2017, já havia sido encerrado. Ele relatou que, mesmo após ter sido absolvido, a reabertura do caso levou àlampionsbet comdemissão.
Três meses antes da demissão, o Ministério da Justiça havia imposto uma suspensãolampionsbet com90 dias a Bandeira Júniorlampionsbet comdecorrência do polêmico vídeolampionsbet com2022. Na ocasião, apesar da recomendação da corregedoria da PRF pela demissão, Lewandowski optou por uma punição menos severa, decisão que Bandeira Júnior comemorou publicamente.
O vídeo, que foi gravadolampionsbet com2016 durante uma aula ministrada por Bandeira Júnior, veio à tona logo após a mortelampionsbet comGenivaldolampionsbet comJesus Santos,lampionsbet commaiolampionsbet com2022, durante uma operação da PRFlampionsbet comSergipe. Apesar da proximidade temporal, Bandeira Júnior não teve envolvimento direto com o caso que resultou na mortelampionsbet comGenivaldo. A PRF ainda não se pronunciou sobre a demissão do ex-policial.

Lewandowski demite PRF que ensinava como fazer 'câmaralampionsbet comgás improvisada'

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