247 - Na remota região sudoeste da Amazônia, Antonia Barbosa trava uma batalha árdua para preservar descobertas arqueológicassportingbet bet365 apostauma civilização antiga. No entanto, o crescente agronegócio brasileiro, avaliadosportingbet bet365 apostaUS$ 523 bilhões, coloca essas preciosidades históricassportingbet bet365 apostarisco, com os geoglifos — antigos desenhos geométricos esculpidos na terra — sendo destruídos à medida que fazendeiros expandem suas áreassportingbet bet365 apostacultivo, informa a <a href="https://www.bloomberg.com/graphics/2024-brazil-amazon-deforestation-ancient-civilization/">Bloomberg</a>. Ao menos nove dos mais emblemáticos sítios arqueológicos, que datamsportingbet bet365 apostamaissportingbet bet365 apostadois mil anos, já foram destruídos. Essas formações, algumas com maissportingbet bet365 aposta385 metrossportingbet bet365 apostadiâmetro, representavam uma civilização que floresceu na mesma época que a Grécia antiga.
De acordo com Barbosa, a única arqueóloga do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no estado do Acre, a situação é alarmante. Ela compara os sítios arqueológicos na Amazônia às pirâmides do Egitosportingbet bet365 apostagrausportingbet bet365 apostaimportância.&nbsp;
O avanço do agronegócio, responsável por 24% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, torna a preservação dessas relíquias históricas quase impossível. No Acre, a produçãosportingbet bet365 apostasoja triplicou nos últimos dois anos, com as fazendas se espalhando por maissportingbet bet365 aposta43 mil hectares. As multas aplicadas pelo Iphan por destruiçãosportingbet bet365 apostasítios arqueológicos são ineficazes diante do poder econômico dos grandes proprietários rurais. Um proprietário destrói um sítio arqueológico porque acredita que será mais lucrativo pagar a multa e usar a terra.&nbsp;
A destruição dos geoglifos não é um caso isolado; faz partesportingbet bet365 apostaum problema maior: o desmatamento da Amazônia para abrir espaço para o cultivosportingbet bet365 apostacommodities como soja e milho. Isso não apenas ameaça o patrimônio arqueológico, mas também o equilíbrio climático global, uma vez que a floresta amazônica armazena cercasportingbet bet365 aposta20% do carbono vegetal do planeta. Se o desmatamento continuar nesse ritmo, a Amazônia pode se tornar uma fonte líquidasportingbet bet365 apostaemissõessportingbet bet365 apostacarbono, agravando as mudanças climáticas.
O valor econômico das terras onde estão localizados os geoglifos é visto como uma barreira parasportingbet bet365 apostapreservação. Um hectaresportingbet bet365 apostasoja gera cercasportingbet bet365 apostaUS$ 2 milsportingbet bet365 apostareceita, enquanto os geoglifos, com uma médiasportingbet bet365 apostadois hectares, renderiam apenas cercasportingbet bet365 apostaUS$ 4 milhões por ano, um valor irrisório para o agronegócio.
Apesar da importância histórica dos geoglifos, muitos deles são ignorados pelos fazendeiros da região, que veem maior valor econômico no uso das terras para produção agrícola. Em um caso emblemático, a Fazenda Crichá, onde estavam cinco formações antigas, teve suas estruturas destruídassportingbet bet365 apostapoucos diassportingbet bet365 aposta2019. O proprietário, Assuero Doca Veronez, presidente da Federação da Agricultura do Acre, afirmou que a destruição foi um "acidente" causado por um gerentesportingbet bet365 apostafazenda. O Ministério Público Federal do Acre está processando Veronez por R$ 200 mil e exige a restauração dos geoglifos, o que custaria cercasportingbet bet365 apostaR$ 2 milhões.
O Acre, embora tenha um rico potencial turístico por conta dos geoglifos, ainda não consegue aproveitar essa oportunidade. A maior parte dos visitantes que chegam à região busca experiências com a bebida ayahuasca, usada por comunidades indígenassportingbet bet365 apostarituais, como aponta Ezequielsportingbet bet365 apostaOliveira Bino, secretário municipalsportingbet bet365 apostadesenvolvimento econômico e turismosportingbet bet365 apostaRio Branco.
Enquanto isso, arqueólogos como Barbosa continuam lutando contra o tempo e o poder econômico do agronegócio. A destruição dessas formações milenares colocasportingbet bet365 apostaxeque não só o patrimônio cultural do Brasil, mas também o futurosportingbet bet365 apostadescobertas arqueológicas que ainda aguardam ser reveladas nas vastas extensões da floresta amazônica.

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Bloomberg: fazendeiros do Brasil destroem sítios arqueológicos na Amazônia

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