247 – Pesquisadores identificaram 303 novos geoglifos feitos pela civilização Nazca, localizada no atual território do Peru, com o auxíliobet 365 hojeinteligência artificial e drones. A descoberta, <a href="https://www.nytimes.com/2024/11/23/science/nazca-lines-peru-ai.html">publicada pelo The New York Times</a>, praticamente dobrou o númerobet 365 hojefiguras conhecidasbet 365 hojeapenas alguns meses, ampliando nossa compreensão sobre esse enigma arqueológico que remonta a 200 a.C. e 700 d.C.
As Linhasbet 365 hojeNazca, marcadas no solo árido da costa sul do Peru, já eram conhecidas por suas formas geométricas e representaçõesbet 365 hojeanimais, visíveis apenas do alto. Entre as novas descobertas, há representações intrigantes, incluindo um gato com caudabet 365 hojepeixe, que reforçam o caráter artístico e simbólico dessas criações. “Levou quase um século para descobrir um totalbet 365 hoje430 geoglifos figurativos”, afirmou Masato Sakai, arqueólogo da Universidadebet 365 hojeYamagata, no Japão, que estuda as linhas há 30 anos.
<h3>Tecnologia a serviço da arqueologia</h3>
A equipebet 365 hojepesquisadores utilizou drones para mapear o terreno e inteligência artificial para identificar padrões no solo. Essas tecnologias permitiram superar as dificuldadesbet 365 hojelocalização, já que os geoglifos frequentemente cruzam terrenos acidentados, como penhascos e ravinas, sem perder a precisãobet 365 hojesuas linhas.
Segundo Sakai, a complexidade e a escala das linhas sugerem que elas possuíam múltiplas funções, desde rituais religiosos até demarcações territoriais. Algumas das marcas têm maisbet 365 hoje24 quilômetrosbet 365 hojeextensão, traçadas com precisão impressionante.
<h3>História das Linhasbet 365 hojeNazca</h3>
Embora os geoglifos tenham sido revelados ao mundo nos anos 1920, quando um cientista peruano os avistou nas colinasbet 365 hojeNazca, foi apenas na década seguinte que pilotos comerciais confirmaram a extensão monumental dessas obras. Desde então, as linhas têm intrigado cientistas e alimentado teorias, que vão desde pistasbet 365 hojeaterrissagem para alienígenas até símbolos astronômicos.
Com as novas descobertas, cresce o interessebet 365 hojeproteger essa herança cultural da degradação causada por atividades humanas e mudanças climáticas. O desafio é equilibrar o turismo, que sustenta as comunidades locais, com a conservação do sítio arqueológico.

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bet 365 hoje Mais 300 linhasbet 365 hojeNazca são descobertas no deserto peruano

247 - Na remota região sudoeste da Amazônia, Antonia Barbosa trava uma batalha árdua para preservar descobertas arqueológicasbet 365 hojeuma civilização antiga. No entanto, o crescente agronegócio brasileiro, avaliadobet 365 hojeUS$ 523 bilhões, coloca essas preciosidades históricasbet 365 hojerisco, com os geoglifos — antigos desenhos geométricos esculpidos na terra — sendo destruídos à medida que fazendeiros expandem suas áreasbet 365 hojecultivo, informa a <a href="https://www.bloomberg.com/graphics/2024-brazil-amazon-deforestation-ancient-civilization/">Bloomberg</a>. Ao menos nove dos mais emblemáticos sítios arqueológicos, que datambet 365 hojemaisbet 365 hojedois mil anos, já foram destruídos. Essas formações, algumas com maisbet 365 hoje385 metrosbet 365 hojediâmetro, representavam uma civilização que floresceu na mesma época que a Grécia antiga.
De acordo com Barbosa, a única arqueóloga do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no estado do Acre, a situação é alarmante. Ela compara os sítios arqueológicos na Amazônia às pirâmides do Egitobet 365 hojegraubet 365 hojeimportância.&nbsp;
O avanço do agronegócio, responsável por 24% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, torna a preservação dessas relíquias históricas quase impossível. No Acre, a produçãobet 365 hojesoja triplicou nos últimos dois anos, com as fazendas se espalhando por maisbet 365 hoje43 mil hectares. As multas aplicadas pelo Iphan por destruiçãobet 365 hojesítios arqueológicos são ineficazes diante do poder econômico dos grandes proprietários rurais. Um proprietário destrói um sítio arqueológico porque acredita que será mais lucrativo pagar a multa e usar a terra.&nbsp;
A destruição dos geoglifos não é um caso isolado; faz partebet 365 hojeum problema maior: o desmatamento da Amazônia para abrir espaço para o cultivobet 365 hojecommodities como soja e milho. Isso não apenas ameaça o patrimônio arqueológico, mas também o equilíbrio climático global, uma vez que a floresta amazônica armazena cercabet 365 hoje20% do carbono vegetal do planeta. Se o desmatamento continuar nesse ritmo, a Amazônia pode se tornar uma fonte líquidabet 365 hojeemissõesbet 365 hojecarbono, agravando as mudanças climáticas.
O valor econômico das terras onde estão localizados os geoglifos é visto como uma barreira parabet 365 hojepreservação. Um hectarebet 365 hojesoja gera cercabet 365 hojeUS$ 2 milbet 365 hojereceita, enquanto os geoglifos, com uma médiabet 365 hojedois hectares, renderiam apenas cercabet 365 hojeUS$ 4 milhões por ano, um valor irrisório para o agronegócio.
Apesar da importância histórica dos geoglifos, muitos deles são ignorados pelos fazendeiros da região, que veem maior valor econômico no uso das terras para produção agrícola. Em um caso emblemático, a Fazenda Crichá, onde estavam cinco formações antigas, teve suas estruturas destruídasbet 365 hojepoucos diasbet 365 hoje2019. O proprietário, Assuero Doca Veronez, presidente da Federação da Agricultura do Acre, afirmou que a destruição foi um "acidente" causado por um gerentebet 365 hojefazenda. O Ministério Público Federal do Acre está processando Veronez por R$ 200 mil e exige a restauração dos geoglifos, o que custaria cercabet 365 hojeR$ 2 milhões.
O Acre, embora tenha um rico potencial turístico por conta dos geoglifos, ainda não consegue aproveitar essa oportunidade. A maior parte dos visitantes que chegam à região busca experiências com a bebida ayahuasca, usada por comunidades indígenasbet 365 hojerituais, como aponta Ezequielbet 365 hojeOliveira Bino, secretário municipalbet 365 hojedesenvolvimento econômico e turismobet 365 hojeRio Branco.
Enquanto isso, arqueólogos como Barbosa continuam lutando contra o tempo e o poder econômico do agronegócio. A destruição dessas formações milenares colocabet 365 hojexeque não só o patrimônio cultural do Brasil, mas também o futurobet 365 hojedescobertas arqueológicas que ainda aguardam ser reveladas nas vastas extensões da floresta amazônica.

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Bloomberg: fazendeiros do Brasil destroem sítios arqueológicos na Amazônia