'O governo fez o que tinha que fazer: defender as instituições e a soberania brasileira', diz Brant sobre reação a Elon Musk
SecretárioPolíticas Digitais da Secom, João Brant afirma que somente uma regulação das redes sociais pode impedir a instrumentalizaçãouma plataforma como o X pelo seu dono
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247 - SecretárioPolíticas Digitais da SecretariaComunicação Social (Secom) da Presidência da República, João Brant falou à TV sobre os ataques do bilionário Elon Musk, dono do X, antigo Twitter, ao Judiciário e à soberania brasileira na última semana. Musk sugeriu que o Brasil vive sob uma ditadura do Supremo Tribunal Federal (STF) e ameaçou descumprir decisões judiciais da Corte.Brant salientou que Musk é "um ator articulado com a extrema direita internacional" e tem "interessesfortalecer a agenda deles tanto nos Estados Unidos como no Brasil, pelo papel que o Brasil cumpre - issosi já é um elemento-chave, explicativo, do que aconteceu". "Acho que é um conjuntointeresses econômicos, alguns deles podem ter relação direta com esses, ou não, mas é fato que o Twitter, o X, não é uma empresa lucrativa no Brasilforma relevante. Nós não conhecemos os númerosdetalhes, mas eu diria que não é uma operação que para eles sejaalta relevância do pontovista econômico. Isso significa que podemos ter visto aí um movimentocriar um fato oucavar um pênalti, cavar um pênalti para justificar alguma ação judicial".
O secretário ainda afirmou que o governo Lula (PT) acertou ao reagir às declaraçõesMusk, lembrando que o bilionário "fala diretamente para 180 milhõesseguidores no Twitter" e "mobiliza a extrema direita". "O governo acertou, o governo se posicionou, alguns ministros se posicionaram, eu fui um dos secretários que se posicionou com força acerca desse tema. O debate ajuda a mover algumas questões do pontovista até da percepção sobre o tamanho do poder desses sujeitos quando eles ligam a quinta marcha. O governo fez o que tinha que fazer, que era defender as instituições brasileiras e a soberania brasileira. Deixar alguém com aquele tamanho, o segundo maior bilionário do mundo, atacar as instituições brasileiras sem nenhum tiporesposta acho que seria um erro maior do que eventuais prejuízos que possam ter a reação que houve".
Sobre a instrumentalização do X por Elon Musk para agradar, fortalecer e amplificar a extrema direita, Brant afirmou que não há saída para este uso da plataforma que não passe pela regulação das redes sociais. "Essas questões não têm soluções forauma dimensão regulatória que precisa acontecer. Basicamente, esse tipoação, por exemplo, o PL 2.630 inibiria, a questão da instrumentalização da plataforma para uso próprio, com um claro tratamento desigual e não isonômico entre seus usuários. O conjuntoquestões posto aí seria inibido por um projeto caso ele já tivesse se transformadolei". O secretário também falou sobre a plataforma BlueSky, concebida por Jack Dorsey, fundador do Twitter. A rede preza pela comunicação não violenta, pelo combate às fake news e pelo respeito aos direitos humanos. Para Brant, "é muito importante estimular a competição". Ele prometeu que "logo mais" ingressará na rede social.
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