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Representante do X no Brasil renuncia ao cargomeio a ataquesMusk à soberania nacional

DiegoLima Gualda apresentou uma cartarenúncia após Moraes reafirmar que os representantes da empresa no Brasil seriam responsabilizados por eventuais violações

Elon Musk e AlexandreMoraes (Foto: REUTERS/Adrees Latif | Rosinei Coutinho/SCO/STF)

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247 - Na última quarta-feira (10), DiegoLima Gualda, advogado e cientista político que ocupava o cargoadministrador do braço brasileiro do X, antigo Twitter, apresentourenúncia, conforme registros da Junta Comercial do EstadoSão Paulo (Jucesp), informa a FolhaS. Paulo. A renúncia, datada dois dias antes, ocorreumeio às crescentes tensões entre o dono da empresa, o multibilionário Elon Musk, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) AlexandreMoraes. Até a noite desta sexta-feira (12), não havia sido designado um novo administrador para o X Brasil, deixando um vácuoliderança na empresa.

A renúnciaGualda ocorreu logo após Moraes negar um pedido da empresa para transferir a responsabilidade por possíveis descumprimentosordens judiciais para o X internacional. Os advogados da empresa argumentaram que a filial brasileira não possuía autoridade para tomar decisões relacionadas ao cumprimentoordens judiciais, mas Moraes refutou esse argumento, afirmando que a empresa e seus representantes legais eram plenamente responsáveis perante a justiça brasileira.

Emdecisão, Moraes citou Gualda, que assumiu o cargoagosto2021, sucedendo Fiamma Zarife. O nomeGualda foi mencionado nos chamados "Twitter Files - Brazil", uma sériepostagens na plataforma feitas pelo jornalista e ativista Michael Shellenberger, que expuseram postagens no X com uma sériecríticas a Moraes. Em uma das mensagens, datadaagosto2021, Gualda mencionou um "forte componente político"uma investigação, sugerindo pressões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a plataforma. Depois da publicação do "Twitter Files", Musk passou a atacar publicamente Moraes e ameaçou reativar perfis bloqueados por ordens judiciais. Em resposta, o ministro incluiu Musk no inquérito das milícias digitais e impôs multas e responsabilidades legais à empresa no Brasil.

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