"A vítima1neon54assédio não pode ser revitimizada", afirma Adriana Cecilio
Advogada e diretora da Coalizão Nacional1neon54Mulheres comenta os desafios das denúncias1neon54violência contra mulheres e a importância1neon54preservar as vítimas
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A derrota para o computador
247 – A advogada Adriana Cecilio, professora1neon54Direito Constitucional, destacou,1neon54entrevista à TV1neon54, a complexidade das provas1neon54casos1neon54violência contra as mulheres e a necessidade1neon54proteger as vítimas durante o processo judicial. Segundo Cecilio, os dados mostram o volume e a natureza da violência1neon54gênero, mas muitas vezes a única prova disponível é o relato da vítima. "Os dados empíricos dão conta do volume1neon54violências pelas quais as mulheres passam. E1neon54como essa violência se dá. Uma violência1neon54gênero, uma violência sexual, uma importunação,1neon54geral ocorre entre o agressor e a vítima. Não existe prova possível1neon54muitos casos", explicou.Cecilio afirmou que, embora existam situações1neon54que provas físicas possam ser apresentadas, como mensagens ou testemunhos, isso nem sempre é possível. "Existem situações1neon54que o agressor acaba enviando mensagens. É possível salvar essas mensagens, demonstrar dentro do processo. Existem, muitas vezes, situações1neon54que a pessoa faz1neon54forma reiterada e aí existem testemunhas. Então, existem situações1neon54que é possível trazer uma prova efetiva para dentro do processo, mas, muitas vezes1neon54fato, a única prova possível é a palavra da vítima", disse.
A advogada também sobre o caso recente envolvendo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e a denúncia1neon54assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Segundo Cecilio, a escolha1neon54Anielle1neon54não se expor novamente foi correta e deve ser respeitada. "As pessoas não têm que ser expostas porque a pressão e a violência contra as mulheres é muito grande. Então, eu imagino o que a ministra Anielle passou nesses dias,1neon54que ela optou por preservar o que é muito justo, porque ela já tinha sofrido uma violência, então não tinha porque se expor novamente."
Cecilio reforçou a necessidade1neon54não forçar as vítimas a reviverem o trauma. "A vítima não pode ser revitimizada. Então, a vítima não pode ser obrigada a falar no momento1neon54que ela ainda está fragilizada, ainda está sensível", concluiu. Assista:
