"A guerra contra o crime é publicitária, não combate o crimeáposta ganhaverdade", diz Jacqueline Muniz
Especialista critica operações policiais midiáticas e expõe a fragilidade da segurança pública no Brasiláposta ganhaentrevista ao Boa Noiteáposta ganha
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Em entrevista ao programa Boa Noiteáposta ganha, Jacqueline Muniz, cientista política e especialistaáposta ganhasegurança pública, analisou o caos gerado por operações policiais no Brasil, particularmente no Rioáposta ganhaJaneiro. Para Muniz, o que estááposta ganhaprática não é segurança, mas "produçãoáposta ganhainsegurança". Ela explica que o fenômeno é impulsionado por uma "polícia ostentação", criada para exibir força sem resolver o problema. "Aquilo foi uma lambança, não passa no testeáposta ganhaoperações policiais", afirmou sobre uma recente operação no Rio.Muniz destacou que essa lógicaáposta ganha"guerra ao crime" é repetidaáposta ganhaoutros estados, como São Paulo, Bahia e Ceará, mas não traz resultados práticos: "A guerra ao crime se tornou uma ferramenta publicitária". Ela apontou que a banalização das operações aumenta a sensaçãoáposta ganhainsegurança, com a polícia sendo incapazáposta ganharealizar um policiamento contínuo e efetivo. O resultado, segundo a especialista, é uma "governabilidade criminosa" que se consolida no país, com o crime controlando territórios e a população.
Muniz enfatizou ainda que o verdadeiro problema é político, e não técnico. "Governantes são reféns das espadas, ou seja, do poder policial que governa com pouca supervisão democrática", disse. Para ela, a solução passa pelo controle sobre o uso da força e a criaçãoáposta ganhamecanismosáposta ganharesponsabilização. No entanto, o atual modeloáposta ganhaatuação, baseado no medo e no espetáculo, segue rendendo dividendos eleitorais e perpetuando um cicloáposta ganhaviolência nas periferias.
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