"Negociata tenta legitimar privatização ilegal da Eletrobras", diz CNE
Eletricitários condenam tentativabets galeraacordo no STF para “legitimar todas as ilegalidades que circundaram a privatização da Eletrobras”
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247 - Em boletim publicado nesta quarta-feira (31), o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) critica a tentativabets galeraacordo no Supremo Tribunal Federal (STF) entre a direção da Eletrobras e a Câmarabets galeraMediação ebets galeraConciliação da Administração Pública Federal da Advocacia-Geral da União (CCAF/AGU) que busca "legitimar todas as ilegalidades que circundaram a privatização da Eletrobras". Leia na íntegra:No diabets galerahoje a direção da Eletrobras protocolou no STF o pedidobets galeramais um prazo (45 dias) para buscar na Câmarabets galeraMediação ebets galeraConciliação da Administração Pública Federal da Advocacia-Geral da União (CCAF/AGU) um acordo que possa legitimar todas as ilegalidades que circundaram a privatização da Eletrobras.
Nos bastidores, apesarbets galeratoda confidencialidade dita pelas partes, começam a vazar para a imprensa e no próprio comunicado ao mercado da Eletrobras detalhes daquele que pode ser um dos episódios mais vergonhosos da história do Brasil.
Para entender isso, é importante lembrar que a privatização da Eletrobras aconteceu no auge da pandemia da COVID-19, quando a ordem do governo Bolsonaro era passar a boiada enquanto o foco da sociedade brasileira estava nas 5 mil mortes por dia, aproximadamente. Era também no Congresso o início do orçamento secreto, conhecido inicialmente como tratoraço.
Além do governo não ter poderbets galeravoto na assembleia, também não possui cadeiras no Conselhobets galeraAdministração, no conselho fiscal, nos comitês estatutários e na diretoria executiva. É como se os acionistas minoritários 3G RADAR, LPAR Geração Futuro, SPX, Vinci Partners, Banco Clássico, Maliko, entre outros e com a conivência do governo Bolsonaro, tivessem sequestrado os poderes políticos do governo brasileiro, maior acionista da Eletrobras.
O direitobets galerapropriedade no Brasil foi aviltado por piratas. Criaram no Brasil com a privatização da Eletrobras uma classebets galeraações estéreis ou as ditas ações "nem/nem". O governo Brasileiro possui 33%bets galeraações da Eletrobras que nem são ordinárias porque não dão direito a voto, nem são ações preferenciais porque não dão preferência no recebimentobets galeradividendos. É um autêntico sequestrobets galeracapital do governo brasileiro. Um eletrogolpe!
A certezabets galeraque estamos lidando com uma ação criminosa como Lula denunciou se confirmou no parecer da Procuradoria Geral da República e se consolidou no movimentobets galeraLula retirando as ações remanescentes da Eletrobras do Programa Nacionalbets galeraDesestatização.
Por isso apoiamos firmemente ir até o fim na ADI 7385. Um acordo no STF não só legalizaria a "bandidagem" denunciada por Lula na privatização da Eletrobras. Pior! Geraria jurisprudência para golpes futurosbets galera"capitalismo sem risco". Onde piratas do capital, fundos abutre caçadoresbets galeradividendos usariam este modelobets galeraprivatização para mais uma vez sequestrar as ações do Estado sem colocar um centavo! E tudo para antecipar recebíveis, ter cadeiras no conselho que alémbets galeraminoritárias podem ter as decisões revisadasbets galeraassembleia e para onerar o governo brasileiro sozinho com a construçãobets galeraAngra 3. Isso só é bom para quem tomou a eletrobrasbets galeraassalto.
O Brasil não quer anistiar os crimes cometidos pelo governo Bolsonaro. É por isso que a Controladoria Geral da União investiga com firmeza a venda da refinaria RLAM (Petrobras) na Bahia. É nesse sentido que o Supremo Tribunal Federal vai fundo no inquérito da rachadinhabets galeraFlávio Bolsonaro. É nessa lógica que a Polícia Federal apura milimetricamente o escândalo das jóias vendidas por Bolsonaro. É por isso que o 08bets galeraJaneiro teve suas consequências.
O que nós esperamos do Governo Lula sobre a privatização da Eletrobras é uma profunda investigaçãobets galeraagentes públicos e privados que aproveitaram o desviobets galerafoco do auge da pandemia da COVID-19 para cometerem os maiores absurdos na privatização mais entreguista da história do Brasil. São muitas evidênciasbets galeradano ao erário ebets galeraimprobidade administrativa. Entregamos absolutamente tudo à Advocacia Geral da União. Agora basta vontade política para estar do lado certo da história.
É comum que muitos advogados digam que é melhor um médio acordo que um grande conflito. Mas ora, se temos tantos escândalos que circundam a privatização da Eletrobras, queremos ir até o fim. Que os Ministros do Supremo julguem. Temos argumentos fortes e precisamos focar no ponto fraco da privatização: a "bandidagem", o "crime", o limite da ilegalidade e da improbidade. Se perdermos essa oportunidade, cometeremos um erro histórico e provavelmente irreversível.
Nós não nos calaremos diante deste absurdo! Quem viver, verá!
