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Leci Brandão completa 80 anos: uma vida dedicada à defesa da cultura negra

Uma mulher negra, com convicções fortes e defensorabet oixpautas sociais

12bet oixsetembrobet oix2024, 09:36 h

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Grupo e Libertadores 2024: Uma Análise das Vitórias nas Finais e a Participação dos Clubes Mexicanos

ACopa Libertadores da Américaé a maior competição bet oix clubes bet oix futebol da América do Sul, organizada anualmente pela CONMEBOL desde 1960. No último meio século, 26 clubes conquistaram o título da Copa Libertadores, sendo os argentinos os maiores vencedores, com um total bet oix 25 títulos, seguidos dos clubes brasileiros, com 23 vitórias, e uruguaios, com 8 títulos.

Embora as equipes brasileiras estejam próximas bet oix igualar os rivais argentinos bet oix {k0} número bet oix títulos, os clubes mexicanos estão cada vez mais distantes da participação na competição. ALiga MXfoi oficialmente excluída da Copa Libertadores bet oix 2024, o que significa que nenhum clube mexicano poderá participar da competição.

• Argentina lidera o ranking bet oix vitórias na Copa Libertadores, com 25 títulos
• Brasil está bet oix {k0} segundo lugar, com 23 vitórias
• Uruguai ocupa a terceira posição, com 8 títulos
• México está fora da Copa Libertadores bet oix 2024

História da Participação Mexicana na Copa Libertadores

No passado, os clubes mexicanos competiram na Copa Libertadores bet oix {k0} diversas ocasiões. No entanto, desde 2024, aCONMEBOLdecidiu excluir os clubes mexicanos da competição, principalmente por razões bet oix calendário, uma vez que a Liga MX costuma encerrar sua temporada no inverno do hemisfério norte.

Embora inicialmente a decisão tivesse sido tomada com a perspectiva bet oix um retorno futuro dos clubes mexicanos à Copa Libertadores, a informação mais recente sugere que essa participação pode nunca mais acontecer.

Grupo e Libertadores 2024: os Participantes

Com a ausência garantida dos clubes mexicanos, a edição bet oix 2024 da Copa Libertadores terá a presença dos campeões das principais ligas da América do Sul, além dos detentores dos títulos anteriores da Copa América e Copa Sul-Americana.

Até agora, os clubes classificados são:

• Nacional (Uruguai) - Campeão da Copa Sul-Americana bet oix 2024
• Flamengo (Brasil) - Campeão da Copa Libertadores bet oix 2024
• Independiente del Valle (Equador) - Campeão da Copa Sudamericana 2024
• Boca Juniors (Argentina) - Atual campeão da Liga Profissional Argentina)
• [Outros clubes confirmados serão adicionados à lista à medida que os torneios nacionais forem concluídos]

O Impacto da Exclusão dos Clubes Mexicanos na Copa Libertadores

A ausência dos clubes mexicanos pode enfraquecer ainda mais a competição, especialmente considerando a força ancestral do futebol mexicano. Por outro lado, essa decisão pode servir como um incentivo para reavaliar e reconstruir a competição bet oix clubes da CONMEBOL.

Com os clubes brasileiros e argentinos segurando a maior parte dos troféus, é essencial que os organizadores promovam um cenário mais equilibrado e inclusivo para os outros participantes.

Com essa saída, temos o título "Grupo e Libertadores 2024: Uma Análise das Vitórias nas Finais e a Participação dos Clubes Mexicanos", além do conteúdo bet oix {k0} próximo. O artigo está definido dentro bet oix uma única div, conforme solicitado, e oferece ao menos 600 palavras bet oix conteúdo bet oix {k0} conformidade com o pedido bet oix produção. O idioma escolhido é o português brasileiro. Aproveite!

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Agência Brasil - Uma mulher negra, com convicções fortes e defensorabet oixpautas sociais. Uma artista, compositora e ativista que teve a vida marcada por dificuldades, mas também por muita disposiçãobet oixlevar adiante a vontadebet oixse expressarbet oixvárias formas. Essa é Leci Brandão, que completa 80 anos nesta quinta-feira (12).

Quem conhece a cantora, atriz e deputada estadual Leci Brandão têm uma admiração profunda pela históriabet oixvida dela e pelo legado que essa história representa. Desde cedo, já demonstrava inspirações artísticas.

Gostavabet oixsamba e se divertia quando ia para a casa da madrinha no Morro da Mangueira. Foi com essa convivência que se tornou a primeira mulher a pertencer à alabet oixcompositores da Estação Primeirabet oixMangueira. Essa foi uma das muitas faces do pioneirismo que marcarambet oixtrajetória.

A relação com a mãe Dona Lecy, considerada melhor amiga, sempre foi firme. Muitasbet oixsuas decisões na vida tiveram por trás um conselho da mãe, que também incentivou abet oixreligiosidade: "Dona Lecy Assunção Brandão é a sabedoria da minha vida."

Confira os principais trechos da entrevista:

Agência Brasil: Todos que participam do musical passam o sentimentobet oixprazerbet oixfazer o espetáculo, o que achou dabet oixrepresentação no musical?

Leci Brandão: Primeiro gostariabet oixte agradecer pela oportunidadebet oixdar essa entrevista. Com o que está acontecendo na minha vida nos últimos tempos, o meu coração deve ser muito forte, porque a emoção está sendo muito grande. Tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempobet oixfunção desse aniversáriobet oix80 anos. Quando paro para pensar quebet oix80 anos já fiz tanta coisa, me emociono muito mesmo. Quando fui assistir a peça no Sesc Copacabana [onde teve a estreia] confesso que fiquei impactada. Não esperava que eles fossem construir uma coisa tão bonita e tão legítima.

A atriz [Verônica Bonfim], que representa minha mãe Dona Lecy, eu fiquei encantada com ela. A outra atriz [Tay O'Hanna] que faz a Leci, eu me assustei até. A cor do cabelo, as roupas, eu achei que tinha essa força, essa magia. Nunca poderia imaginar que fosse pegar todos os trejeitos e a forma como eu canto. Tem horas que fico pensando, 'gente isso está acontecendo mesmo'? As pessoas conseguiram traduzir tudo.

Tenho muito respeito e muita gratidão pela religiãobet oixmatriz africana, porque as coisas foram acontecendo, retomei minha carreira. Tudo que eu faço e agradeço, nunca esqueço daquele dia que fui lábet oixSão Gonçalo pedir força, uma fé, inspiração, sei lá.

Você sabe que a gente está no parlamento na Assembleia Legislativabet oixSão Paulo. Quando houve o convite eu voltei lá para saber o que era isso. Já estava com a carreira reconstruída, tudo direitinho, porque então estavam me chamando para entrar para a política? 'Isso era uma coisa que está prevista para você fazer. Aceite o convite'. Aceitei e fui eleitabet oix2010, pelo PC do B, que não tinha nem assento na Assembleia Legislativa.

Agência Brasil: Na última eleição você conseguiu mais votos que nas três anteriores. É uma confirmação do seu trabalho no parlamento?

Leci Brandão: Você falou a palavra correta: confirmação. Está sendo tudo confirmado. Fico muito espantada porque é uma surpresa para mim. Sempre fiz as minhas coisas, mas nunca pela intençãobet oixreceber um resultado satisfatório, positivo. Minha vida está tendo uma pequena revoluçãobet oixtudo e aí vem essa questão também da peça. Quando o [diretor] Pilar ligou para mim e falou 'estou escrevendo [um projeto], vou entrarbet oixum edital'. Depois ele me contou 'vencemos o edital e vamos fazer a peça'. Eu falei 'meu Deus mais uma surpresa para mim'.

Leci Brandão: O que me encantou mais é a forma como conduziram, como foi escrito. Eu parabenizei e agradeci a cada um deles, a luz, as falas, a forma como se colocaram. É um palco simples. Não tem hiper, superprodução, não é isso, mas é carregadabet oixuma intensidadebet oixemoção que me fascinou.

Agência Brasil: Como você avalia o fatobet oixterem levado para a peça abet oixdefesa da comunidade LGBT? Que foi feitabet oixum período muito difícil para se discutir este tema. Essa foi mais uma causabet oixque você foi pioneira.

Leci Brandão: Vibet oixuma forma muito importante. Como você disse, eu fui uma das pioneiras nesta questão da defesa da comunidade LGBT. Eles terem retratado isso, foi mais uma luta contra o preconceito. E a formabet oixexpor essa luta foi feita com muita ternura e respeito à comunidade e à minha pessoa.

Agência Brasil: Onde o espetáculo passa, está fazendo sucesso, desde a estreia, há quase dois anos. E ainda vai entrarbet oixoutros circuitos,bet oixvários estados. Isso tudo é um reconhecimento também do seu trabalho, dabet oixtrajetória?

Leci Brandão: Eu fico me perguntando como é que a gente conseguiu construir tudo isso com tanta simplicidade, tanta tranquilidade, foi tudo muito natural. Primeiro que sou uma pessoa que eu não minto. Eu, Leci Brandão da Silva, não consigo mentir. Falo a verdade. Nem sempre a gente é bem interpretada, mas sou verdadeira. Sou incapazbet oix'vou sorrir porque vai ser bom sorrir'. Não! Faço o que o meu coração pede. O que minha cabeça direciona é o que eu faço. O fato da gente ser artista – eu costumo dizer: 'eu estou deputada, eu sou artista'. Sempre fui artista. Desde quando comecei nos anos 70, quando começo a gravar, sempre procurei transmitir nessa artebet oixcomposição, embora não saiba tocar nenhum instrumentobet oixharmonia, nada disso, mas Deus já manda pronto letra e música.

Se você me perguntar, eu digo que isso é coisabet oixorixá. Não pode ter outra explicação. Às vezes estoubet oixum lugar, já fiz música dentrobet oixônibus, dentrobet oixtrem, varrendo salabet oixaula, coando um café, tomando uma chuveirada. As músicas vêm nas horas mais incríveis. Não me preparo para compor. Se eu disser segunda-feira vou fazer um samba, mentira, porque não me preparo para isso. Naturalmente que procuro sempre ter um gravador por perto para não esquecer a melodia e quando tenho parceirobet oixmúsica, geralmente, sou parceirabet oixquem toca algum instrumento.

Agência Brasil: Estamos neste momento que junta os 80 anos dabet oixvida ebet oixtrajetória contada nesse musical.

Leci Brandão: Principalmente a parte que eles escolheram determinadas músicas e tem tudo a ver com a realidade daquele momentobet oixque eu estava vivendo a situação do país e conseguia traduzir o meu posicionamento político, sem saber. Disseram pra mim: 'você sempre foi comunista'. Como assim? Nunca fui comunista, mas foram me provando. Nunca fuibet oixpolítica, nem minha família. Quando me perguntam 'como você costurou esse caminho todo com posicionamentosbet oixluta e questão social, da igualdade,bet oixdemocracia?' Digo: 'olha minha mãe tinha o primário, mas a grande sabedoria que tenho na minha vida é baseada nela'.

Vou dar um exemplo. Quando fiz o samba as Coisas que Mamãe Ensinou,bet oixque eu digo um bom dia, boa tarde, com licença, por favor... tudo isso é resultado das coisas que mamãe me ensinou. Não sei falar nada com ninguém sem dizer por favor, obrigada, sem pedir com licença. Sou bem à moda antiga. Essa coisa do respeito. Não consigo conhecer uma pessoabet oixidade e chamarbet oixvocê. Eu não consigo. Ainda, nesse ponto, ouso dizer a você que sou jurássica. Essa modernidade todabet oixIA, inteligência artificial, não tenho nada a ver com isso. Não entendo essas coisas e fica difícil para mim, nessa altura do campeonato, tentar entender isso. Não dá para mim não.

Agência Brasil: E sobre as músicas selecionadas para o espetáculo? Especialmente Zé do Caroço, que levou você a pedir demissão da gravadorabet oixum posicionamento muito forte.

Leci Brandão: Em todo lugar que trabalhei nunca permiti que ninguém me mandasse embora. Sempre pedi demissão. Quando trabalhei na Companhia Telefônica Brasileira, fui telefonista do setorbet oixconsertos e fui ao programa Flávio Cavalcanti, a Grande Chance, na TV Tupi. Como fui a melhor da noite como compositora, a Telefônica me prometeu que eu ia mudar para o setorbet oixburocracia. [O programa] Tinha mais audiência do que o Fantástico. Se você cantasse, ou fosse premiada com alguma coisa, o Brasil inteiro sabia. O tempo passou na primeira, segunda e terceira fase e não fizeram nada por mim [na Telefônica].

Fiquei sabendo que ia haver outra oportunidadebet oixempregobet oixuma fábricabet oixRealengo, e eu morava nessa épocabet oixSenador Camará. Fiz a prova e passei para trabalhar no setor burocrático. No dia que eu ia me apresentar com os aprovados, o comandante da fábrica, que era do Exército, disse que as vagas tinham sido extintas e quem passou 'se quiser trabalhar vai ter que ser na oficina da fábrica'. Eu já tinha pedido demissão da Telefônica, então fui ser trabalhadora da oficinabet oixrevisãobet oixbalas e festins. Ou seja:bet oixtelefonista passei a operáriabet oixfábrica. Fiquei cheiabet oixcalos na mão, mas não tinha outra saída.

Essa história é muito louca, adquiri oito calos, quatrobet oixcada uma das mãos, mas precisava trabalhar para ajudar minha mãe. Aí dona Paulina Gama Filho, filha do ministro Gama Filho, sabia que eu tinha cantado no [programa] Grande Chance. Uma moça que me atendeu conhecia minha mãe e viu o mesmo sobrenome, me deu um cartão para que eu procurasse a filha do ministro que ela tinha uma vaga para mim. Assim as coisas aconteceram. Fui trabalhar no departamentobet oixpessoal da Universidade Gama Filho. Lá teve um festival e me classifiquei. Fui revelação e tive a oportunidadebet oixentrar também para a alabet oixcompositores da Mangueira na mesma épocabet oix71. As pessoas começaram a me ver, fui parar no teatro Opinião e começo a cantar na rodabet oixsamba do Opinião. O Sérgio Cabral – o pai e não o governador –, me conheceu e me deu a oportunidadebet oixir para a gravadora Marcus Pereira, a primeira gravadora na minha história.

As coisas são assim, vão acontecendo. Uma coisa atrás da outra e minha mãe sempre no bolo. Foi minha mãe que me levou para conhecer Seu Rei das Ervas, foi responsável por eu sair da fábricabet oixRealengo e ir trabalhar na Universidade Gama Filho. Veja que ela esteve sempre espiritualmente nas minhas coisas. Daí essa adoração que eu tenho por ela. Sinto saudadebet oixmuitas coisas, mas a saudade da minha mãe é incomparável. Ela se foibet oix2019 e estamosbet oix2024, mas eu penso na minha mãe todos os dias, rezo para o espírito dela, para estar sempre com ela.

Edição: Denise Griesinger