“Força Nacional está protegendo mais os não indígenas do que nós”, diz liderança após ataque no MS
Investidaflak 365jagunços terminou com dez indígenas feridos no sábado (3); dois deles estão hospitalizadosflak 365estado grave
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Por Cristiane Sampaio, Brasilflak 365Fato - Uma liderança do povo Guarani-Kaiowá,flak 365Mato Grosso do Sul, disse ao Brasilflak 365Fato neste domingo (4) que a comunidade está se sentindo desprotegida pela equipe da Força Nacional destacada para cuidar da Terra Indígena (TI) Panambi-Lagoa Rica. A declaração vem um dia após uma nova investidaflak 365jagunços a indígenas que desde julho atuamflak 365uma retomada na região. Segundo as lideranças, esse foi o décimo segundo ataque à comunidade.“Eles estão protegendo mais os não indígenas do que nós. Estamos achando isso muito estranho. O que está acontecendo é muito grave e os ataques são sempre assim: os colonos usam armas letais e não tem nem como escapar porque eles atiram pra matar mesmo. Eles usam balaflak 365borracha às vezes só pra disfarçar [a gravidade da ação]. E agente da Força Nacional era pra atuar defendendo a nossa comunidade, mas eles não estão fazendo isso. Tudo isso é muito estranho. Parece uma enrolação”, queixa-se Celso Kaiowá.
O ataque terminou com dez indígenas feridos, sendo dois delesflak 365estado grave. Um deles foi atingido com uma bala na cabeça e outro levou um tiro no pescoço. Ambos estão internados no Hospital da Vida,flak 365Dourados (MS). “Eles estão na linha vermelha, correndo o riscoflak 365perderem a vida mesmo, por conta da gravidade do ataque”, diz Celso Kaiowá.
O caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público Federal (MPF), pela Defensoria Pública da União (DPU) e outras instituições, como o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que,flak 365nota divulgada no sábado (3), disse que os atosflak 365violência são “insuflados por políticos ruralistas e bolsonaristas locais”. A entidade também afirmou que o destacamento da Força Nacional que atua na TI teria se retirado do local e “dado liberdade” para a atuação dos jagunços.
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Outro ladoO Brasilflak 365Fato tentou ouvir neste domingo (4) o Ministério da Justiça, pasta à qual a Força Nacional está subordinada, para tratar das críticas feitas nesta reportagem. Em nota enviada após a publicação da matéria, a assessoriaflak 365imprensa da pasta informou que “a situaçãoflak 365ocorrênciaflak 365conflito na Terra Indígena (TI) Lagoa Panambi está sob controle”.
“A Força Nacionalflak 365Segurança Pública (FNSP) tem intensificado a presença na região desde o inícioflak 365julho, onde permanece até o momento. Desde sábado (3), a FNSP está com todo o efetivoflak 365Mato Grosso do Sul, auxiliando o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e o MPF, que estão intermediando os conflitos. Os integrantes dos acampamentos estão respeitando os limites estabelecidos pelo MPI e MPF. O confronto ocorreu no início da tarde, no momentoflak 365que a FN fazia o patrulhamentoflak 365outra área da mesma região”, argumentou o ministério.
Segundo a pasta, a FNSP teria chegado ao local “assim que acionada”, cessando o conflito, depois do qual a tropa acionou o MPI e o MPF. “Na noiteflak 365sábado (3), uma equipe com quatro viaturas e 12 agentes da Força Nacional fez o patrulhamento no trecho Panambi e Lagoa Rica,flak 365Douradina (MS), com quatro viaturas e 12 agentes da Força Nacional. Não houve ocorrências. Às 8 horas deste domingo (4), outra equipe, com seis viaturas e 18 agentes da Força Nacional, assumiu o trabalho. A região continua sem ocorrências”, emenda a nota.
O texto diz ainda que “o MPF intermediou os diálogos e o acordo entre os dois grupos. A situação foi controlada e cada grupo permaneceuflak 365seu acampamento, [sendo eles] orientados a não avançarem. A FNSP permanece atuando segundo o planejamento dos órgãos apoiados, com a finalidadeflak 365garantir a segurançaflak 365forma ininterrupta". Por fim, o Ministério da Justiça afirma que irá deslocar agentesflak 365outros estados para reforçar o efetivo que hoje patrulha a TI.
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