Lava Jato: IPL 01/2017, o caminho para chegar nas ilegalidades
"O medo dos operadores da Lava Jato ainda ébetpix365 bonus cadastroque a confirmação da escuta ilegal na celabetpix365 bonus cadastroAlberto Youssef comprometa toda a operação", escreve Marcelo Auler
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O pedidobetpix365 bonus cadastroinformações que o Corregedor Geral da Justiça, ministro Luiz Felipe Salomão, encaminhou ao juízo da 13ª Vara Federalbetpix365 bonus cadastroCuritibabetpix365 bonus cadastrobuscabetpix365 bonus cadastrodetalhes que permitam ao Conselho Nacionalbetpix365 bonus cadastroJustiça (CNJ) apurar irregularidades cometidas no âmbito da Operação Lava Jato, entre as quais uma escuta ilegal na celabetpix365 bonus cadastroque os doleiros ficaram recolhidos, pode não atender à expectativa do corregedor. Comandada pelo ex- juiz Sérgio Moro, a 13ª Vara foi onde tramitou toda a operação.O Ofício do corregedor atende a uma solicitação da advogada Elioena Asckar, ajuizadabetpix365 bonus cadastro2023. Ela, na defesa do marido, o delegado Mario Renato Fanton, quer “que o CNJ apure alegadas irregularidades ocorridas na 13ª Vara Federalbetpix365 bonus cadastroCuritiba envolvendo suposta escuta ilegal, que teria sido encontrada na celabetpix365 bonus cadastroAlberto Youssef, então preso pela Operação Lava Jato, localizada na carceragem da Polícia Federalbetpix365 bonus cadastroCuritiba”. Uma escuta que, como ficou comprovadabetpix365 bonus cadastro2015, captou maisbetpix365 bonus cadastro100 horasbetpix365 bonus cadastroconversa entre os doleiros detidos.
Responsável pela instalação,betpix365 bonus cadastromarçobetpix365 bonus cadastro2014, dessa escuta ilegal, o hoje agentebetpix365 bonus cadastroPolícia Federal aposentado Dalmey Fernando Werlang,betpix365 bonus cadastroentrevista ao Bom Dia da TVbetpix365 bonus cadastro, na quarta-feira (03/07), explicou que o ministro precisa ir além: analisar, por exemplo, o IPL 01/2017-COAIN/COGER (autos 5003191-72.2017.404.7000). Trata-sebetpix365 bonus cadastroum inquérito que deveria investigar a Operação Lava Jato, mas foi açodadamente arquivado pelos procuradores da Força Tarefabetpix365 bonus cadastroCuritiba. Os autos estão na 23ª Vara Cível, longe da Vara onde Moro atuou.
A escuta, como lembrou Werlang, lhe foi solicitada no dia da deflagração da operação (17/03/2014), pelos delegados Igor Romáriobetpix365 bonus cadastroPaula, responsável pela Delegacia Regionalbetpix365 bonus cadastroCombate ao Crime Organizado – DRCOR, na presença do superintendente do Departamentobetpix365 bonus cadastroPolícia Federal (DPF) no Paraná, Rosalvo Ferreira Franco, e do delegado que presidia a Lava Jato, Márcio Anselmo Adriano. Ou seja, a cúpula da Superintendência, motivo pelo qual Werlang jamais suspeitou que fosse algo ilegal. Essa ilegalidade só lhe foi revelada depois que os presos localizaram o aparelho instalado na cela, no final do mesmo mêsbetpix365 bonus cadastromarço.
O caso foi entregue ao delegado Fanton, originalmente lotadobetpix365 bonus cadastroBauru (SP), que estavabetpix365 bonus cadastroCuritibabetpix365 bonus cadastrooutro caso. Ao trabalharem no IPL 05/2015, Fanton e Werlang perceberam que a cúpula da Superintendência –betpix365 bonus cadastroespecial Romáriobetpix365 bonus cadastroPaula – tentava manipular a investigação. Receavam que as ilegalidades fossem descobertas elo delegadobetpix365 bonus cadastrofora. Os dois acabaram sendo afastado do caso, o que fez Werlang falar das ilegalidades e do grampo para o delegado, confessandobetpix365 bonus cadastroparticipação. Com o depoimento dele tomado a termo, Fanton denunciou a ilegalidade na Corregedoriabetpix365 bonus cadastroBrasília. Uma nova sindicância – 04/2015 – confirmou o grampo e localizou os áudios captados pela escuta, tal como informamosbetpix365 bonus cadastroSurgem os áudios da cela do Youssef: são maisbetpix365 bonus cadastro100 horas.
Desde então delegado e agente foram perseguidos internamente. Só Fanton respondeu a maisbetpix365 bonus cadastro12 procedimentos. Foi vitoriosobetpix365 bonus cadastrotodos. Aindabetpix365 bonus cadastro2015, após confirmarbetpix365 bonus cadastroparticipação no grampobetpix365 bonus cadastrodepoimento na CPI da Petrobras da Câmara dos Deputados, Werlang foi interrogado por Moro, na presençabetpix365 bonus cadastroFigueiredo Basto. Ali ficou evidente a preocupação do advogadobetpix365 bonus cadastroYoussefbetpix365 bonus cadastrodesmontar a versão do grampo ilegal, como o próprio Werlang revelou na entrevista ao Bom Dia da TVbetpix365 bonus cadastro:
“Eu senti que havia isso nas perguntas…, foram perguntas que tentavam me deixar meio constrangido ali perante aos demais que tinham me convocado, os advogadosbetpix365 bonus cadastroempreiteiras… Então realmente tudo indicava que havia o conluio para que tudo fosse abafado”.
Defesabetpix365 bonus cadastroYoussef só recentemente reclamou do grampo - Como lembrado na entrevista, Figueiredo Basto, após se beneficiar conquistando novos clientes com a delação premiada, com o passar do tempo, as denúncias da Vaza Jatobetpix365 bonus cadastroo início da derrocada da Força Tarefabetpix365 bonus cadastroCuritiba, mudoubetpix365 bonus cadastroposição. Hoje alardeia que sempre denunciou e cobrou as gravações ilegais. Não foi assim.
Se a defesabetpix365 bonus cadastroYoussef hoje pretende usar o grampo ilegal para anularbetpix365 bonus cadastrodelação premiada e suas penas, a advogada Elioena, seu marido Fanton e o próprio Werlang continuam decididos a esclarece o caso todo. Querem ver toda a história do grampo apurada e seus responsáveis identificados, ainda que os crimes possam estar prescritos. Fanton até briga por uma indenização por parte da União,betpix365 bonus cadastroação que move na Justiça Federalbetpix365 bonus cadastroBauru (SP). Por isso é quebetpix365 bonus cadastroadvogada recorreu ao CNJ, levando o ministro Salomão a encaminhar o pedindobetpix365 bonus cadastroinformações à Varabetpix365 bonus cadastroCuritiba.
Moro e MPF barraram as investigações da Polícia Federal - A investigaçãobetpix365 bonus cadastrotorno das ilegalidades da Lava Jatobetpix365 bonus cadastroCuritiba chegou a ser iniciada, aindabetpix365 bonus cadastro2017, após a segunda sindicância – 04/2015 – confirmar o grampo e localizar os diálogos gravados por Werlang. Na ocasião, a Corregedoria Geral da Policia Federal (COGER/DPF), por meio dabetpix365 bonus cadastroCoordenadoriabetpix365 bonus cadastroAssuntos Internos (Coain), instaurou o inquérito IPL 01/2017. Teoricamente ele apuraria as responsabilidades criminaisbetpix365 bonus cadastroWerlang, a partir dabetpix365 bonus cadastroprópria confissão. Na realidade, presidido pelo delegado Marcio Magno Xavier, a investigação iria além.
A ideia era verificar o possível envolvimento dos delegadosbetpix365 bonus cadastroCuritiba no grampo ilegal, alémbetpix365 bonus cadastrooutras irregularidades, como as relações heterodoxas com a informante Meire Poza, ex-contadorabetpix365 bonus cadastroYoussef. Tanto assim que Xavier requisitou autorização judicial para fazer busca e apreensão nos gabinetes dos policiais federais da Força Tarefa. Não conseguiu e atraiu a irabetpix365 bonus cadastroMoro e dos procuradores da República.
Como resumiu Werlang na entrevista à TVbetpix365 bonus cadastro, ao perceber que o delegado poderia descobrir “a farsa montada” no início da operação, o procurador regional da República Januário Paludo, “com um parecer esdrúxulo”, correu para arquivar a investigação:
