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Em seis meses, governo Milei desmantela políticasgênero na Argentina

Fechamentoministérios e cortesprogramas acendem alertasorganizaçõesdireitos humanos

(Foto: La Vanguardia)

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247 - Nos primeiros seis meses do governoJavier Milei, a Argentina testemunhou o desmantelamentodécadaspolíticas feministas egênero, gerando preocupações locais e internacionais. Entre as medidas mais impactantes estão o fechamento do Ministério das Mulheres, Gêneros e Diversidade e a eliminaçãoprogramasproteção e apoio às mulheres, destaca o jornal O Globo.

A Argentina, onde um feminicídio ocorre a cada 35 horas, registrou 272 mortesmulheres vítimasviolênciagênero no último ano. No entanto, a administração ultradireitistaMilei avançou com cortes significativos nos programas destinados a combater essa violência. Em uma decisão controversa, Milei determinou que o Ministério das Mulheres fosse reduzido a uma subsecretaria, que foi fechadamenos180 dias.

Organizações feministas edireitos humanos criticaram duramente essas ações. A Anistia Internacional, o CentroEstudos Legais e Sociais, e outras entidades destacaram que “as políticas públicas para casosviolênciagênero são parteum compromisso histórico do Estado argentino” e exigiram uma resposta adequada do governo. A comissãoespecialistas da OEA também manifestou preocupação, alertando que o fechamento da subsecretaria compromete as obrigações do Estadoproteger as mulheres.

Elizabeth Gómez Alcorta, ex-ministra das Mulheres, enfatizou que a ausênciapolíticas específicasgênero resultará na faltaprojetosprevenção, assistência e acompanhamentovítimas. Ela criticou o governo Milei por promover uma “restauração conservadora muito feroz”, comparando a situação com os tempos da ditadura militar.

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