Por Fabíola Sinimbú, repórter da Agência Brasil - Cercaapostas esportivas virtuais60% dos suspeitosapostas esportivas virtuaiscasosapostas esportivas virtuaismassacre no campo, ocorridos entre 1985 e 2019, foram levados ao Tribunal do Júri, responsável pelo julgamentoapostas esportivas virtuaiscrimes dolosos contra a vida. Desses, pouco maisapostas esportivas virtuais11% foram condenados.
Os dados foram apresentados no estudo Massacre no Campo, divulgado nesta quinta-feira (22)apostas esportivas virtuaisBrasília, que reúneapostas esportivas virtuaisforma inédita informações sobre a atuação do sistemaapostas esportivas virtuaisJustiça na apuração da responsabilidade criminalapostas esportivas virtuaismandantes e executores,apostas esportivas virtuaisum períodoapostas esportivas virtuais34 anos.
Ao todo, foram analisados 50 casosapostas esportivas virtuaisassassinatos coletivos, que resultaramapostas esportivas virtuais386 suspeitosapostas esportivas virtuaisparticipação como mandantes ou executores. A metodologia do estudo classifica como massacre os "casos nos quais um número igual ou superior a três pessoas são mortas na mesma data eapostas esportivas virtuaisuma mesma localidade, portanto, numa mesma ocorrênciaapostas esportivas virtuaisconflitos pela terra".&nbsp;
Do totalapostas esportivas virtuaissuspeitos, 30 não foram indiciados nos relatórios da Polícia Civil ou Militar. Dos suspeitos restantes (356), outros 10 não foram denunciados pelo Ministério Público e 345 tornaram-se réus.
Desse total, 238 foram levados ao Tribunal do Júri. Nesta etapa do processo, 43 foram condenados, 188 foram absolvidos e 7 não foram julgados por não terem sido localizados, ou por terem morrido antes do julgamento.
A partir das análises desses casos, a equipe formada por maisapostas esportivas virtuais30 pesquisadores do Institutoapostas esportivas virtuaisPesquisa, Direitos e Movimentos Sociais (IPDMS), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e da Universidadeapostas esportivas virtuaisBrasília (UnB) e outras universidades públicas chegou a conclusões diversas sobre a impunidade desses crimes.
Para os estudiosos, a impunidade nos casosapostas esportivas virtuaismassacres no campo está relacionada a fatores que se somam ao longoapostas esportivas virtuaistodo o processo judicial, como na etapaapostas esportivas virtuaisinstrução, quando são apresentadas as provas, colhidos os depoimentos e analisadas as evidências.
“Infelizmente, o Poder Judiciário e o Ministério Público ainda produzem muito pouca prova novaapostas esportivas virtuaisrelação àquilo que é produzido no inquérito policial. Então, a etapaapostas esportivas virtuaisinstrução acaba sendo só um momentoapostas esportivas virtuaisreproduzir as provas que já foram produzidas na fase do inquérito. Logo, se o inquérito foi mal instruído, a impunidade está praticamente garantida nas fases seguintes”, explica o pesquisador do IPDMS e um dos coordenadores do estudo, Diego Duel.
Segundo os estudiosos, também foram identificadas falhas na localização dos réus e na utilizaçãoapostas esportivas virtuaisrecursos judiciais, o que resultaapostas esportivas virtuaisuma tramitação lentaapostas esportivas virtuaisprocessos. Os pesquisadores concluíram que a ineficiência do sistema judicial está relacionada à fragilidade dos inquéritos e à não produçãoapostas esportivas virtuaisnovas provas durante a fase judicial.
“O Brasil não aderiu até hoje ao Protocoloapostas esportivas virtuaisMinnesota, das Nações Unidas, que é um protocolo relacionado à proteção da cena do crime e a procedimentos que devem ser adotados pelo Estado para poder apurar responsabilidades e coletar provas."
O estudo conclui que falta preparo do sistema judiciário brasileiro: "Enquanto o Brasil não se preparar e [preparar] o seu sistemaapostas esportivas virtuaisJustiça, suas autoridades, para uma ágil produçãoapostas esportivas virtuaisprovas, o que a gente vai ter são inquéritos e processos baseadosapostas esportivas virtuaisprovas frágeis, produçãoapostas esportivas virtuaisnulidades, o que acaba favorecendo os acusados”, diz Dihel.
Para ele, embora o sistema brasileiro tenha se modernizado, ainda há pouco interesseapostas esportivas virtuaisapurar a real responsabilidadeapostas esportivas virtuaismandantes e executores.
“Existe um processoapostas esportivas virtuaisapagamento dos fatos, tal como eles realmente aconteceram. A gente vê avanços na questãoapostas esportivas virtuaisfederalização da apuraçãoapostas esportivas virtuaiscertos casos. Então, por exemplo, o caso do massacreapostas esportivas virtuaisPau d'Arco, a gente teve a entrada da Polícia Federal o que mudou completamente a qualidade da apuração dos responsáveis do massacre. Mas, ainda assim, a gente sabe que a maior parte dos casos não são federalizados”, conclui.

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Pesquisa revela ineficiência da Justiçaapostas esportivas virtuaiscasosapostas esportivas virtuaismassacre no campo

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