247 - O pacotebet apkajuste fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfrenta duras críticas do sociólogo Marcelo Medeiros, especialistabet apkdesigualdade e pesquisador associado à Universidade Columbia (EUA) e à Universidadebet apkBrasília (UnB). Para ele, o principal obstáculo para um ajuste fiscal justo não está nas limitações técnicas, mas na atuação do Congresso Nacional, que ele acusabet apkfuncionar como "um sindicato dos ricos".
“O Congresso protege interesses econômicos específicos ao invésbet apkpriorizar a justiça fiscal e a redução das desigualdades”, afirmou Medeirosbet apkentrevista à <a href="https://www.bbc.com/portuguese/articles/cj6z16y92pno">BBC News Brasil.</a> Segundo o sociólogo, ao insistir na manutençãobet apksubsídios fiscais bilionários para setores privilegiados, os parlamentares comprometem a sustentabilidade das contas públicas e perpetuam um sistema tributário regressivo.
De acordo com dados oficiais, o Brasil renunciou a R$ 581 bilhõesbet apkimpostosbet apk2022, o equivalente a maisbet apk5% do Produto Interno Bruto (PIB). Para Medeiros, essa políticabet apkisenções é injustificável e agrava a concentraçãobet apkrenda. “É uma conta que deveria ser paga pelos mais ricos, mas que acaba recaindo sobre a base da sociedade”, criticou.
Medeiros também condenou a decisão do governobet apklimitar o reajuste do salário mínimo a um tetobet apk2,5% ao ano, chamando a medidabet apk"imoral". “Desde o Plano Real, o salário mínimo tem sido o principal instrumentobet apkcombate à pobreza no Brasil, mais eficaz do que qualquer programa assistencial”, afirmou.
Além disso, ele considerou paliativa a isenção do Impostobet apkRenda para rendasbet apkaté R$ 5 mil, medida anunciada pelo governo como uma formabet apkaliviar a carga tributária sobre a classe média. “Isso é uma gota no oceano diante do que realmente deveria ser feito: uma reforma tributária robusta que elimine privilégios fiscais e aumente a tributação sobre grandes fortunas e rendimentosbet apkcapital.”
Segundo Medeiros, uma reforma tributária justa deveria acabar com regimes especiais como o Simples Nacional e o Lucro Presumido, alémbet apkrever os subsídios concedidos ao agronegócio e à indústria. “O sistema tributário brasileiro foi desenhado para proteger os mais ricos. É preciso reestruturar essa lógica urgentemente.”
Ele também alertou para os impactos sociais dos cortes anunciados. “Reduzir investimentosbet apksaúde e educação é agravar ainda mais as desigualdades no Brasil. O Estado precisa atuarbet apkmaneira incisiva para garantir acesso equitativo a esses direitos fundamentais.”
Com o recesso legislativo se aproximando, Medeiros destacou que as mudanças estruturais necessárias dependembet apkuma nova postura do Congresso. “Se o Brasil quer justiça social e equilíbrio fiscal, o Congresso precisa deixarbet apkser um obstáculo e assumir suas responsabilidades”, concluiu.

Camila França

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Economia

Especialista acusa Congressobet apkatuar como 'sindicato dos ricos' e critica pacote fiscal

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