Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil
Cinco anos após perder o certificadomr jack saqueeliminação do sarampo,mr jack saque2019, o Brasil voltou a receber da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o statusmr jack saquepaís livre da doença. O último registromr jack saquesarampo no Brasil,mr jack saqueacordo com o Ministério da Saúde, aconteceumr jack saquejunhomr jack saque2022, no Amapá.
Durante cerimôniamr jack saqueBrasília nesta terça-feira (12), o diretor da Opas, Jarbas Barbosa, avaliou que, quando se consegue reunir capacidade técnica e liderança política comprometida com a causa, “as coisas acontecem”. “Ver um presidente liderando uma retomada do programamr jack saqueimunização, usando broche do Zé Gotinha, sendo vacinado e dizendo às pessoas que se vacinem faz uma diferença tremenda”.
Antes do evento, Jarbas Barbosa se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, e entregou o certificado pessoalmente a Lula. “Esse diploma é resultado da força da retomada e da competência do sistemamr jack saquevacinação brasileiro”, destacou o presidentemr jack saquecomunicado.
“É muito importante que se reconheça isso, até para que sirvamr jack saqueexemplo a outros chefesmr jack saqueEstado da região para terem o mesmo compromisso e darem o impulso que os programamr jack saqueimunização precisam”, disse presidente da Opas.
Em seu discurso, Jarbas lembrou que as Américas figuram, atualmente, como a região do mundo que mais recuperou a cobertura vacinal após a pandemiamr jack saquecovid-19. “Isso é importante porque a pandemia foi um golpe. A gente estima que 23% ou 24% das crianças deixarammr jack saquese vacinar durante a pandemia”.
“Mas a verdade é que, nas Américas, por vários fatores, desde 2015, as coberturas vacinais já vinham num processomr jack saquedeclínio – lento, mas extremamente preocupante. Então, o fatomr jack saqueter não só recuperado [coberturas vacinais], mas ter sido a região que recuperou com mais força nos dá um alento muito grande. Em breve, estaremos com os 95% [de cobertura vacinal] que a gente precisa.”
“Não nos esqueçamosmr jack saqueque o sarampo continua a existir no mundo – na Europa, na Ásia, na África,mr jack saquetodos os outros continentes. Teremos casos importadosmr jack saquesarampo. O preocupante é quando não tivermos esses casos – provavelmente porque a vigilância não teve capacidademr jack saquedetectar. Precisamos manter o binômio vacinação elevada e homogênea e vigilância sensível.”
Ao receber o certificado, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, classificou o statusmr jack saquepaís livre do sarampo como uma conquista importante. “Uma conquista que vem do compromisso da capacidade técnica, sem dúvida, mas essa capacidade está no nosso país. Ela precisava ser mobilizada junto com a sociedade, com a excelente cooperação com a Opas”.
“É um movimento que se traduzmr jack saqueum movimento nacional,mr jack saquegestores, da comunidade científica, da comunidademr jack saquevigilância, do Parlamento”, disse. “É uma conquista, mas não podemos descansar. A luta continua”, completou.
Para o presidente da Câmara Técnica Nacionalmr jack saqueEspecialistas, Renato Kfouri, a recertificação brasileira é resultado da retomada dos investimentosmr jack saquevacinação e na vigilância epidemiológica. “Tive a oportunidademr jack saquepresidir essa câmara técnica e vi um trabalho sendo feito neste Brasil afora com propósito e compromisso – duas palavras que têm todo significado nesse diamr jack saquehoje”.
Análise - Em nota, a presidente da Sociedade Brasileiramr jack saqueImunizações (SBIm), Mônica Levi, comemorou a recertificação, mas alertou que a manutenção do status dependemr jack saquemobilização constante, já que o vírus continua a circular. Dados da Organização Mundialmr jack saqueSaúde (OMS) indicam que,mr jack saque2023, maismr jack saque320 mil casos foram confirmadosmr jack saquetodo o planeta.
“Perder o certificado, algo que o histórico recente mostra não ser impossível, seria um grande retrocesso. Estamos no caminho certo, mas precisamos estar atentos e redobrar os nossos esforços, até porque o sarampo não é a única doença com a qual devemos nos preocupar”, disse. “Evoluímos bastante, mas boa parte das vacinas, a exemplo da que previne a pólio, permanece com a cobertura aquém do desejado.”
Linha do tempo - Após o registro dos últimos casosmr jack saquesarampo no anomr jack saque2015, o Brasil recebeu,mr jack saque2016, a certificação da eliminação do vírus. Nos anosmr jack saque2016 e 2017, não foram confirmados casos da doença no país. Em 2018, entretanto, com o grande fluxo migratório associado às baixas coberturas vacinais, o vírus voltou a circular e,mr jack saque2019, após um anomr jack saquefranca circulação do sarampo por maismr jack saque12 meses, o Brasil perdeu o status.
Dados do ministério indica que, entre 2018 a 2022, foram confirmados 9.329, 21.704, 8.035, 670 e 41 casosmr jack saquesarampo, respectivamente. Em 2022, os estados que confirmaram casos foram: Riomr jack saqueJaneiro, Pará, São Paulo e Amapá, sendo que o último caso confirmado foi registrado no Amapá, com datamr jack saqueinício do exantema (erupções cutâneas)mr jack saque05mr jack saquejunho.
Em 2024, o Brasil chegou a registrar dois casos confirmados, mas importados, sendo ummr jack saquejaneiro, no Rio Grande do Sul, proveniente do Paquistão; e ummr jack saqueagosto,mr jack saqueMinas Gerais, proveniente da Inglaterra.
Sarampo - A pasta define o sarampo como uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente crianças e pode causar complicações graves, como diarreias intensas, cegueira, pneumonia e encefalite (inflamação do cérebro). “A maneira mais efetivamr jack saqueevitar o sarampo é por meio da vacinação”, ressaltou o ministério.

12.11.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante durante reunião com o Diretor da OPAS e Diretor Regional da OMS para as Américas, Jarbas Barbosa, e ministra da Saúde, Nísia Trindade, no Palácio do Planalto,mr jack saqueBrasília - DF.

original

1250x600

610x380

1280x490

300x400

500x240

321x200

square

360x640

320x320

thumbnail

viewImage

Saúde

Após cinco anos, Brasil recupera certificadomr jack saqueeliminação do sarampo

247 - Nesta quarta-feira (18), durante a 26ª Jornada Nacionalmr jack saqueImunizações, realizadamr jack saqueRecife, foram apresentados dados alarmantes sobre a situação do sarampo no Brasil. Segundo o levantamento, 86% dos municípios brasileiros estão classificados como áreasmr jack saquerisco alto ou muito alto para a doença, informa a <a href="https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2024/09/oito-em-cada-dez-municipios-tem-risco-alto-ou-muito-alto-para-sarampo.shtml">Folhamr jack saqueS. Paulo</a>. Ao todo, 4.587 cidades foram identificadas comomr jack saquerisco alto e outras 225 comomr jack saquerisco muito alto. Apenas quatro municípios registraram risco baixo para a doença.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) destacou a gravidade do cenário. A coordenadoramr jack saqueImunização da entidade, Flávia Cardoso, ressaltou que o Brasil havia conquistado,mr jack saque2016, o certificadomr jack saquepaís livre do sarampo. No entanto,mr jack saque2019, perdeu o status após registrar casos da doença por um período superior a 12 meses. “Em 2022, o Brasil estava endêmico para sarampo e,mr jack saque2023, passou para o statusmr jack saquepaís pendentemr jack saquereverificação”, explicou Flávia, trazendo à tona a necessidademr jack saquerever as estratégiasmr jack saquecombate ao vírus.
Em maio deste ano, a Comissão Regionalmr jack saqueMonitoramento e Reverificação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita nas Américas visitou o país, emitindo uma sériemr jack saquerecomendações. Entre elas, foi destacada a urgênciamr jack saqueampliar a sensibilidade na definiçãomr jack saquecasos suspeitos e reforçar o sistemamr jack saquevigilância epidemiológica. A comissão também recomendou ao governo brasileiro a padronizaçãomr jack saqueum fluxogramamr jack saqueresposta rápida a possíveis casosmr jack saquesarampo, tomando como exemplo o caso detectado no Rio Grande do Sul, que teve origem no Paquistão.
Flávia alertou que, apesarmr jack saquehaver melhorias na cobertura vacinal contra o sarampo e a rubéola, essas melhorias não foram uniformesmr jack saquetodas as regiões do país. Estados como Riomr jack saqueJaneiro, Amapá, Pará e Roraima foram citados como áreasmr jack saquegrande preocupação para a manutenção do controle dessas doenças. “Foi feita ainda a recomendaçãomr jack saquebuscas ativas integradasmr jack saquecasosmr jack saquesarampo e rubéola com poliomielite e paralisia flácidamr jack saquemenoresmr jack saque15 anos”, completou Flávia, ressaltando a importânciamr jack saquefortalecer a vigilância a nível municipal.
Entre as sugestões da comissão, está a articulação com o Ministério do Esporte para garantir a vacinaçãomr jack saqueatletas brasileiros, como foi feito antes dos Jogos Olímpicosmr jack saqueParis. Essa estratégia visa proteger não apenas os atletas, mas também evitar a disseminação do vírusmr jack saquegrandes eventos esportivos.
Embora o Brasil tenha completado dois anos sem registrar casos autóctones – quando a transmissão ocorre dentro do território nacional –mr jack saquesarampo, o retorno da certificaçãomr jack saquepaís livre da doença dependemr jack saqueuma sériemr jack saquefatores, incluindo o aumento da cobertura vacinal e a detecção rápidamr jack saquecasos suspeitos. Para tanto, a colaboração entre governos estaduais e municipais será essencial para garantir o sucesso das ações recomendadas.
A situação atual acende um alerta importante para a população brasileira. Com a baixa adesão às campanhasmr jack saquevacinaçãomr jack saquealgumas regiões, o riscomr jack saquenovos surtosmr jack saquesarampo é uma realidade que exige atenção imediatamr jack saqueautoridadesmr jack saquesaúde e da sociedade como um todo.

Dia Dmr jack saquemobilização da Campanha Nacionalmr jack saqueVacinação contra a Poliomielite e Sarampo.

Tag: sarampo

Após cinco anos, Brasil recupera certificadomr jack saqueeliminação do sarampo

Sarampo ameaça 86% dos municípios brasileiros, revela relatório