247 - Uma descoberta recente da Polícia Federal (PF) revelou que Mosart Aragão Pereira, ex-assessor especial do gabineteJair Bolsonaro (PL), instruiu Alexandre Ramagem, na época diretor-geral da Agência BrasileiraInteligência (Abin), a investigar um veículo observadoum jantar envolvendo Rodrigo Maia e Joice Hasselmann, informa o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2024/07/26/abin-paralela-ex-assessor-de-bolsonaro-orientou-ramagem-em-acao-que-envolveu-maia-e-joice-indica-mensagem.ghtml">O Globo</a>.
Em fevereiro2020, Pereira enviou uma mensagem a Ramagem com detalhes sobre um carro, enfatizando a necessidadeidentificar seu proprietário. Na mensagem, ele relatava: "Precisamos saber a quem pertence para saber quem anda nele. Jantar no Rueda ontem entre o próprio, Joice e Rodrigo Maia. Sendo que essa Pajero chegou com um cidadão com pastadocumento na mão...ficou 29 min e saiu".
Ramagem prontamente respondeu: "Ciente. Vou verificar." Posteriormente, ele encaminhou a mensagem a outra pessoa, cuja conversa foi encontrada impressaposseFelipe Arlotta, agente da PF que trabalhava na Abin durante a gestãoRamagem.
Interrogado na semana passada, no âmbito da investigação sobre a 'Abin paralela', Ramagem declarou que a operação não visava Maia, Hasselmann ou Antônio Rueda, dirigente do PSL na época. Segundo ele, o objetivo era identificar o usuário do veículo, que pertenceria à União.
No depoimento, Ramagem esclareceu que descobriram posteriormente que o carro estava sendo utilizado por Anderson Torres, então secretárioSegurança do Distrito Federal e, posteriormente, ministro da JustiçaBolsonaro. Ele afirmou que, ao confirmar que o veículo estava sendo utilizado por um agente público, a diligência foi encerrada por não haver irregularidades.
Ramagem também foi questionado sobrerelação com Pereira e respondeu que ele era um assessor da Presidência com quem tinha contato esporádico durante visitas ao local. Mosart, considerado um homemconfiançaBolsonaro, permaneceu no gabinete presidencial durante a maior parte do governo, deixando o cargo apenas para concorrer nas eleições2022. Ele tentou se eleger deputado federal por São Paulo, mas ficou como suplente.

Jair Bolsonaro (à esq.) e Alexandra Ramagem

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AssessorBolsonaro pediu a Ramagem espionagemRodrigo Maia e Joice Hasselmann

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