Agência Brasil - O primeiro diabest canadian online casinoatividades autogestionadas no G20 Social, nesta quinta-feira (14), teve como um dos destaques discussões sobre dois tiposbest canadian online casinoracismo: algoritmico – ligado às novas tecnologias – e ambiental, representado por descaso com as populações mais vulneráveis.
O G20 Social é um ambientebest canadian online casinoincentivo à participação da sociedade civil organizada que acontece até o próximo dia 16, às vésperas da reuniãobest canadian online casinocúpula do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo. Os debates promovidos por movimentos sociais e organizações não governamentais (ONG) acontecembest canadian online casinogalpões e armazéns na região portuária do Riobest canadian online casinoJaneiro.&nbsp;
Entre as cercabest canadian online casino270 atividades autogestionadas programadas, diversas se debruçam sobre temas ligados à desigualdade racial. Uma delas foi proposta pela ONG Instituto Internacional sobre Raça, Igualdade e Direitos Humanos, que levou às pessoas que acompanharam a mesa a preocupação sobre o viés racistabest canadian online casinonovas tecnologias.
A diretorabest canadian online casinoprogramas da Anistia Internacional Brasil, Alexandra Montgomery, levantou a questão sobre como a inteligência artificial (IA) tem impactado a vida das pessoas,best canadian online casinoespecial as negras e as que vivembest canadian online casinocomunidades mais vulnerabilizadas.
Segundo ela, algumas tecnologias têm sido apontadas como solução para problemas complexos, como a segurança pública, mas têm gerado, pelos vieses que estão inseridos nessas tecnologias, um impacto desproporcional.
“Esses algoritmos e tecnologiabest canadian online casinointeligência artificialbest canadian online casinoreconhecimento facial, especialmente com inteligência preditiva, têm vulnerabilizado ainda mais as pessoas negras, pois são tidas como suspeitas. Elas são identificadas ou mal identificadas, há muitos erros nessas tecnologias”, disse à Agência Brasil.
Inteligência artificial preditiva é a capazbest canadian online casinousar o aprendizadobest canadian online casinomáquina para identificar padrõesbest canadian online casinoeventos passados.&nbsp;
“A população negra já é a mais atingidabest canadian online casinonúmerobest canadian online casinomortos pelas polícias,best canadian online casinonúmerobest canadian online casinopessoas presas e detidas e, agora, com uso dessas tecnologias, a situação é ainda pior”, completa Alexandra.
Um estudo publicado na última quinta-feira (7) pela Redebest canadian online casinoObservatórios da Segurança mostra que quase 90% dos mortos por policiaisbest canadian online casino2023 eram negros.
<h3>Reconhecimento facial</h3>
O coordenador do Centrobest canadian online casinoEstudosbest canadian online casinoSegurança e Cidadania (CESeC) da Universidade Cândido Mendes, Pablo Nunes, aponta que sistemasbest canadian online casinoreconhecimento facial têm comportamentos racistas dentro e fora do Brasil.&nbsp;
“É muito mais provável que uma pessoa negra seja reconhecida equivocadamente por esses sistemas do que brancas. Isso aprofunda problemas e racismo estruturais que já existem na sociedade”, diz, acrescentando que “o uso da tecnologia, muitas vezes, não é transparente”.
Para ele, aqui no país os equívocos resultambest canadian online casinouma situação mais desafiadora para a população negra. “A gente tem uma tecnologia que falha mais para pessoas negras atrelada a uma segurança pública no Brasil que já coloca pessoas negras como os principais alvosbest canadian online casinoviolências e violaçõesbest canadian online casinodireitos”.&nbsp;
O pesquisador entende que erros nos sistemasbest canadian online casinoreconhecimento são alimentadas por diferentes fatores. Um deles é técnico, ou seja, algoritmos são desenhadosbest canadian online casinodeterminada maneira que não conseguem reconhecer eficientemente pessoas negras.&nbsp;
Outro elemento “é problema da diversidade dos timesbest canadian online casinodesenvolvimento desses sistemas”, aponta. Há ainda, segundo o pesquisador, “um problema da própria sociedade, que pensa que usar reconhecimento facial na segurança pública pode ser uma resposta simples a problemas complexos, colocandobest canadian online casinoxeque os direitos da população negra”.&nbsp;
<h3>Injustiça climática</h3>
Outra face do racismo denunciado no G20 Social é o ambiental, ligado à emergência climática, que torna mais frequentes eventos extremos como inundações, deslizamentos e ondasbest canadian online casinocalor. O tema ganhou voz com a ativista Luzia Camila, que representou o coletivo Confluência das Favelasbest canadian online casinouma das atividades autogestionadas. Ela veiobest canadian online casinoCapanema, no interior do Pará, para participar do evento.
O coletivo buscou informações relacionadas a justiça climáticabest canadian online casinoperiferias e comunidadesbest canadian online casinocinco capitais, Macapá, Manaus, Riobest canadian online casinoJaneiro, São Paulo e Recife. Com base nos relatos coletados, foi possível concluir, segundo ela, que a população negra é a mais afetada pelos eventos extremos, o que ela classifica como “injustiça climática”.
“Existe um direcionamento dessas injustiças e dessas crises. As periferias são territórios afetados, pois não recebem,best canadian online casinofato, as políticas públicasbest canadian online casinourbanização, adaptação climática e ambiental necessárias para a vivência e sobrevivência dessas populações”, disse à Agência Brasil.
De acordo com um suplemento do Censo 2022, divulgado na última sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileirobest canadian online casinoGeografia e Estatística (IBGE), pretos e pardos são 72,9% dos moradoresbest canadian online casinofavelas no país.
A ativista paraense enfatiza que a situaçãobest canadian online casinoracismo ambiental não é exclusivamente inerente às pessoas pretas. “Existe uma outra diversidade étnica, que envolve ribeirinhos, extrativistas, indígenas que também estão ocupando outros tiposbest canadian online casinoperiferias,best canadian online casinomarginalidades”.
Luiza Camila acredita que as discussões e articulações do G20 Social são uma formabest canadian online casinoevidenciar realidades e contextosbest canadian online casinoperiferias e favelas.
“A ideia é realmente mostrar esses dados, entender o espaço do G20 como um lugar ideal para que a gente possa pensar conjuntamente políticas públicas, açõesbest canadian online casinomobilização, açõesbest canadian online casinoformação para que a gente possa se virar para esses territórios, entender os conflitos e as necessidades desses lugares”, finaliza.
<h3>Participação social</h3>
Alémbest canadian online casinoorganizações da sociedade civil poderem expor e conduzir debates, o G20 Social permite o contato do público com assuntosbest canadian online casinointeresse. Carlos Robertobest canadian online casinoOliveira seguiubest canadian online casinoCampinas, interior paulista, para o Riobest canadian online casinoJaneiro apenas para presenciar o espaçobest canadian online casinoarticulação popular.
“Vim aqui para aprender”, disse à Agência Brasil, após assistir ao debate sobre novas tecnologias e racismo. Segundo ele, o conhecimento reforça a luta antirracista na cidadebest canadian online casinoque mora.&nbsp;
“É extremamente importante para a nossa defesa, para o enfrentamento que nós precisamos fazer, da luta antirracista, que não é uma luta só aqui no Brasil, mas é uma luta no mundo”, afirmou Oliveira, que atuabest canadian online casinoarticulação com comunidades tradicionaisbest canadian online casinoterreiros,best canadian online casinoCampinas, contra intolerância racial.
Para Alexandra Montgomery, da Anistia Internacional Brasil, informação e mobilização social são um dos caminhos para a buscabest canadian online casinoum mundo mais justo.
“É importantíssimo que a gente consiga fazer com que essas mensagens cheguem ao maior número possívelbest canadian online casinopessoas. É importante a gente ter um espaçobest canadian online casinotroca entre a sociedade civil ebest canadian online casinotroca com a populaçãobest canadian online casinogeral”, afirma.
<h3>Cúpulabest canadian online casinolíderes</h3>
Desde o fim do ano passado, o Brasil ocupa a presidência rotativa do G20. É a primeira vez que as reuniões do fórumbest canadian online casinopaíses são precedidas por uma agendabest canadian online casinoencontros entre a sociedade civil. A iniciativa é uma inovação da presidência brasileira. A África do Sul, próximo país a sediar o G20, já manifestou que seguirá com a iniciativabest canadian online casinoparticipação popular.
O ponto derradeiro da presidência brasileira será a reuniãobest canadian online casinocúpulabest canadian online casinochefesbest canadian online casinoEstado ebest canadian online casinogoverno, nos dias 18 e 19best canadian online casinonovembro, no Riobest canadian online casinoJaneiro. O presidente Lula se comprometeu a entregar aos líderes dos países os cadernosbest canadian online casinopropostas aprovadas por gruposbest canadian online casinoengajamento do G20 Social.
O G20 é composto por 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Europeia e da União Africana.
Os integrantes do grupo representam cercabest canadian online casino85% da economia mundial, maisbest canadian online casino75% do comércio global e cercabest canadian online casinodois terços da população do planeta.

G20 Social: racismos algorítmico e ambiental são destaque no 1º dia

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