247 - Um estudo da Universidade EstadualesportenetspCampinas (Unicamp) publicadoesportenetspjunho na RevistaesportenetspSaúde Pública revela que mulheres pretas têm quase o dobroesportenetspriscoesportenetspmorrer durante o parto ou no pós-partoesportenetspcomparação com mulheres brancas e pardas. A pesquisa analisou a taxaesportenetspmortalidade materna por cor da peleesportenetsp2017 a 2022, considerando também a causa da morte, região do país e faixa etária.
Os resultados mostram que,esportenetsptodos os anos analisados, mulheres pretas apresentaram índicesesportenetspmortalidade materna significativamente superiores aosesportenetspmulheres brancas e pardas, cujas taxas foram semelhantes entre si. A professoraesportenetspobstetrícia da Unicamp e coautora do estudo, Fernanda Garanhani Surita,esportenetspentrevista à <a href="https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2024/07/mortalidade-materna-de-mulheres-pretas-e-o-dobro-de-brancas-e-pardas-diz-estudo.shtml">Folha</a>, aponta o racismo como um problema estrutural que afeta o acesso e a qualidade do atendimentoesportenetspsaúde para mulheres pretas. "Não é que as pessoas pretas tenham mais problemasesportenetspsaúde, mas elas enfrentam dificuldadesesportenetspacesso eesportenetspcuidado qualificado", destaca Surita.
A mortalidade materna refere-se às mortes ocorridasesportenetspdecorrência da gravidez, durante o parto ou no pós-parto, sendo que cercaesportenetsp92% desses casos são evitáveis. As principais causas incluem hipertensão, hemorragia, infecções e abortos provocados. Entre 2017 e 2022, a taxaesportenetspmortalidade materna no Brasil foiesportenetsp67 mortes por 100 mil nascidos vivos. No entanto, enquanto a taxa entre mulheres brancas e pardas foiesportenetsp64 mortes, entre mulheres pretas o índice alcançou 125,8.
Os dados do estudo foram obtidos do DataSUS, sistemaesportenetspinformações do Ministério da Saúde, e as categoriasesportenetspraça seguiram a classificação do IBGE. A separação entre mulheres pretas e pardas foi feita para evitar a "invisibilização" das disparidades específicas enfrentadas por mulheres pretas. "Isso mostra que, mesmo dentroesportenetspgrupos vulneráveis, há mulheres expostas a mais vulnerabilidades", explica Surita.
A maior taxaesportenetspmortalidade materna entre mulheres pretas foi registrada na região Norte, com 186 mortes por 100 mil nascidos vivos. Nesta região, as taxasesportenetspmortalidade entre mulheres pretas e pardas não apresentaram diferença significativa.

Mulher grávida vistaesportenetspRecife. 29/01/2016 REUTERS/Ueslei Marcelino

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Saúde

Estudo revela que mortalidade maternaesportenetspmulheres pretas é o dobroesportenetsprelação à brancas e pardas

Agência Brasil – Julie-Pascale Moudouté, embaixatriz do Gabão no Brasil, falou que o filhoesportenetsp13 anos está traumatizado depois que ele e mais dois amigos, todos negros, foram abordadosesportenetspforma violenta por policiais militares no RioesportenetspJaneiro, na terça-feira (3). Os outros dois meninos também são filhosesportenetspdiplomatas, um do Canadá e o outroesportenetspBurkina Faso.
Moudouté vê claros sinaisesportenetspracismo no comportamento dos policiais. Outros dois amigos brancos que estavam com eles no momento da abordagem não teriam sofrido as mesmas agressões.
“O que a gente acha estranho é que só os três foram contra a parede. Que sãoesportenetspnacionalidades diferentes eesportenetspcor preta. A gente precisaesportenetspuma explicação também para isso. A gente acredita na Justiça brasileira. O trauma dos meninos não é sóesportenetspum dia. Vai permanecer e a gente vai ter que cuidar disso”, disse a embaixatriz,esportenetspentrevista à TV Brasil.
Um vídeo mostra os policiais chegando com armasesportenetsppunho e colocando os adolescentes contra a parede. Julie-Pascale Moudouté disse que, a princípio, o filho não falou muito sobre o episódio. Só depoisesportenetspterem acesso às conversas que ele trocou com o irmão mais velho tiveram a dimensão real das agressões e ficaramesportenetspchoque.
“Eles têm só 13 anos. Colocar uma arma na cabeçaesportenetspum menino, imagina como isso repercute para ele? Ele nunca viu uma arma, nemesportenetspbrinquedo. Porque na nossa casa, não oferecemos esse tipoesportenetspbrinquedo. Uma criançaesportenetsp13 anos ser abordada dessa forma tão violenta, contra uma parede? Ter que mostrar as partes genitais? Primeiramente, a abordagem tem que seresportenetspuma forma respeitosa. Perguntar pelos pais, porque eles são menoresesportenetspidade. E não sair da viatura já com arma”, diz a embaixatriz.
<h2>Investigações</h2>
A assessoriaesportenetspimprensa da Polícia Militar afirmou que os policiais envolvidos na ação portavam câmeras corporais e que as imagens serão analisadas para constatar se houve algum excesso por parte dos agentes.
“Em todos os cursosesportenetspformação, a SecretariaesportenetspEstadoesportenetspPolícia Militar insere nas grades curriculares como prioridade absoluta disciplinas como Direitos Humanos, Ética, Direito Constitucional e Leis Especiais para as praças e oficiais que integram o efetivo da Corporação”, diz nota divulgada pela PM.
A Polícia Civil informou que depois da veiculaçãoesportenetspnotícias sobre o ocorrido, a Delegacia EspecialesportenetspApoio ao Turismo (Deat) iniciou uma investigação. Agentes buscarão ouvir os adolescentes abordados.

Tag: racismo-estrutural

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Embaixatriz do Gabão falaesportenetspfilho traumatizado por abordagem da PM