<p><b>Por Beatriz Bevilaqua,aposta arena esportiva - </b>A crise climática não é apenas um desafio ambiental, mas uma questão fundamentalaposta arena esportivajustiça social e direitos humanos. À medida que os extremos climáticos se intensificam, são as comunidades vulneráveis que enfrentam os impactos mais severos, como as secas extremas no Nordeste, as queimadas no Pantanal ou as inundações devastadoras como as que vimos no Rio Grande do Sul.</p>
<p>Neste episódio discutimos justiça climática com Naira Wayand, fundadora do Instituto DuClima, organização da sociedade civil que trabalha no enfrentamento efetivo do racismo ambiental com foco nos direitos humanos dos grupos mais vulnerabilizados pela crise climática como a comunidade negra, mulheres, indígenas, crianças, quilombolas e as pessoasaposta arena esportivavulnerabilidade social. Por meio da educação, produçãoaposta arena esportivadados, articulação intersetorial, ações territoriais, litigância climática e incidência política com formulaçãoaposta arena esportivapolíticas públicas. </p>
<p>Além disso, Naira é uma deslocada climática do evento extremoaposta arena esportivaPetrópolis (de 2022), onde morreram maisaposta arena esportiva230 pessoas, alémaposta arena esportivaquatro mil desabrigados e algumas centenasaposta arena esportivadeslocados climáticos. Ela também é redatora do Projetoaposta arena esportivaLei 1594/2024 com focoaposta arena esportivaDeslocamento Climático.</p>
<p>“Quando você vivencia algo assim, isso acende um alertaaposta arena esportivaurgênciaaposta arena esportivarelação à temática que estamos enfrentando. Após passar por essa experiência com a minha família e ser forçada a migrar, sinto uma necessidade profundaaposta arena esportivaentender realmente essa questão. Não quero estar do outro lado como vítima; por isso tenho trabalhado na criaçãoaposta arena esportivasoluções para que outras pessoas não enfrentem a mesma situação que eu vivi. Esse trauma e o desencadeamento desse sentimento me impulsionam a agir”, explicou.</p>
<p>Ela alerta para a “síndrome do céu azul”, que reflete a faltaaposta arena esportivaconscientização sobre riscos e problemas iminentes que estão ocorrendo no Brasil e no mundo. “Quando acontece algo extremo, num primeiro momento há toda atenção midiática, mas pouco tempo depois as pessoas são invisibilizadas. Tenho trabalhado intensamente para desenvolver uma agenda efetiva que dê visibilidade a essas vozes. São centenasaposta arena esportivamilharesaposta arena esportivadeslocados climáticos no país e um exemplo recente é o Rio Grande do Sul, onde muitas pessoas ainda estãoaposta arena esportivaabrigos ou cidades temporárias e completamente desamparadasaposta arena esportivadireitos humanos”, avaliou.</p>
<p>Ela mencionou a fraseaposta arena esportivaum ativista brasileiro que diz: “Prefira mil vezes ouvir quem foi pra guerra, do que quem fala sobre a guerra e nunca esteve lá”. Para Naira, precisamos legitimar as vozes dos deslocados climáticos, para que as pessoas mais afetadas estejam não somente no centro do debate, mas também dialogando com os diferentes atores que compõem essa agenda e que éaposta arena esportivatodos nós. "A crise do clima não reconhece fronteiras e nem escolhe territórios, precisamos deste diálogo multissetorial”, enfatiza.</p>
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Brasil Sustentável

"Não quero estar do outro lado como vítima; por isso trabalho por soluções para a justiça climática", diz fundadora do DuClima

Tag: racismo-ambiental

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