247 – A República Popular da China completa essa semana 75 anossua fundação, um marco celebrado mundialmente e revisitado por especialistas e historiadores como Valter Pomar, dirigente político e historiador. Em uma entrevista recente ao programa Contramola, da TV, Pomar destacou os profundos impactos das políticas implementadas pelo Partido Comunista Chinês, desde a revolução1949 até o desenvolvimento acelerado que transformou o paísuma das maiores potências globais. Segundo ele, “a revolução triunfou porque o campesinato abraçou a ideiavirar o mundoponta-cabeça”.
Em 1ºoutubro1949, Mao Tsé-Tung, líder do Partido Comunista Chinês, anunciou a fundação da República Popular da Chinaum discurso na Praça da Paz Celestial,Pequim. Pomar explicou que o processo revolucionário começou a trazer benefícios concretos ao povo chinês antes mesmoseu triunfo completo. A redistribuiçãoterras, uma demanda histórica do campesinato, e a emancipação das mulheres, foram os primeiros passosuma revolução que almejava não apenas a libertação política, mas uma transformação social profunda. De acordo com Pomar, a reforma agrária foi um dos pilares da revolução, sendo essencial para a melhoria das condiçõesvida nas zonas rurais. “Era uma demanda histórica do campesinato chinês”, reforçou ele, lembrando que as mudanças começaram a ser implementadas nas áreas libertadas durante o processo revolucionário. Além da redistribuiçãoterras, a revolução introduziu a libertação das mulheres, que tiveram seu status elevado com a supressãocostumes patriarcais e feudais. “As mulheres foram as primeiras a serem beneficiadas pelas decisões da República Popular”, destacou Pomar.
O apoio camponês e as diferenças com a Revolução Russa
Pomar também ressaltou o papel decisivo do campesinato para o sucesso da Revolução Chinesa. Em contraste com a Revolução Russa, que foi majoritariamente proletária, a revolução na China só foi vitoriosa porque contou com o apoio da massa camponesa, que compunha mais80% da população. “O campesinato chinês tinha uma longa tradiçãolevantes e revoltas, o que facilitouadesão à causa revolucionária”, explicou Pomar, destacando a diferença fundamental entre os contextos russo e chinês.
Em 1934, a estratégia do Partido Comunista Chinês mudou para dar mais ênfase ao campo. “As cidades seriam cercadas pelo campo”, explicou Pomar, referindo-se à famosa estratégiaMao. Esse foi um pontovirada, pois a direção política do partido, composta por líderes camponeses e proletários, conseguiu mobilizar a massa ruralprol da revolução, ao contrário da experiência russa, onde o partido bolchevique não tinha uma base sólida no campo.
Reformas78: o impacto e a continuidade
Valter Pomar também destacou o papel das reformas econômicas1978, que marcaram uma virada na história da China. “A Chinahoje só existe porque ocorreram as reformas78, mas essas reformas só foram possíveis porque houve o períodoconstrução socialista iniciado1949”, afirmou Pomar, evidenciando a continuidade histórica entre a revolução e o crescimento econômico que transformou a China na potência global contemporânea.&nbsp;
O grande salto adiante e a Revolução Cultural
A tentativaacelerar o processoindustrialização na década1950, conhecida como o “Grande Salto Adiante”, foi outro tema abordado por Pomar. Essa política buscava elevar a produção industrial da China, especialmente no setor siderúrgico, com o objetivoalcançar os países capitalistastermosdesenvolvimento. No entanto, a política não foi bem-sucedida e causou um desequilíbrio na produção agrícola, o que gerou uma crise alimentar no país. “O Partido Comunista Chinês corrigiu os erros do Grande Salto Adiante, mas isso não foi sem um custo alto”, refletiu Pomar. A Revolução Cultural, que veio logo depois do Grande Salto acabou gerando um caos político e social que perdurou por uma década.
O papel da mulher e as conquistas sociais&nbsp;
Outra questão levantada por Pomar foi a transformação no papel das mulheres após a revolução. “As mulheres passaram a ter direitospropriedade, políticos e educacionais iguais aos dos homens”, disse ele, reforçando o impacto social profundo que a revolução trouxe para a igualdadegênero. Direitos matrimoniais foram ampliados, e o acesso à educação foi universalizado, fazendo com que as mulheres desempenhassem um papel até então impensável na construção da nova China. Desafios atuais e legado da revolução 75 anos depois, o Partido Comunista Chinês continua a exercer um papel dominante na política do país. Mas os desafios que a China enfrenta hoje, incluindo questões ambientais, tecnológicas e geopolíticas, são mais complexos. No entanto, o legado da revolução1949 permanece como um símbolomudança estrutural esoberania para o povo chinês. “A China só existe como potência por causa da revolução”, concluiu Valter Pomar, reforçando a importância históricaum evento que continua a influenciar os rumos globais até os dias atuais. Assista:&nbsp;
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Dafne Ashton

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Entrevistas

"Revolução comunista na China foi um grande triunfo da humanidade", diz Valter Pomar

247, com informações da Xinhua – A Terceira Sessão Plenária do 20º Comitê Central do Partido Comunista da China foi concluídaPequim, destacando os esforços contínuos do país na reforma e modernização. Sob a liderança do Secretário-Geral Xi Jinping, o comitê aprovou uma resolução para aprofundar as reformasmaneira abrangente para avançar na modernização chinesa. Conheça os eixos principaisreforma: 

Desenvolvimento Econômico: O comitê enfatizou a construçãouma economiamercado socialistaalto padrão, buscando eficiência na alocaçãorecursos e equidade no mercado.
Democracia e Governança: A reforma política visa aprimorar a democracia socialista, com ênfase na participação do povotodo o processo político e na modernização da capacidade governamental da China.
Inovação e Tecnologia: A modernização da defesa e das forças armadas também será uma área chave, utilizando a reforma para fortalecer a inovação e o desenvolvimento tecnológico.
Desenvolvimento Sustentável: As reformas ambientais buscarão harmonizar o desenvolvimento econômico com a conservação ecológica, promovendo o desenvolvimento verde e baixocarbono.
Objetivos futuros
Até 2035, a China planeja ter modernizado seu sistema e capacidadegovernança, com reformas que incluem a economia, a democracia, a cultura, e o bem-estar social, visando estabelecer uma base sólida para transformar a Chinaum país socialista modernotodos os aspectos até meados do século.
O comitê reafirmou a importância da segurança nacional no processomodernização e destacou a política externadesenvolvimento pacífico, mantendo um compromisso com a políticaabrir o país para o exterior e reformar o sistemagovernança global.
A sessão concluiu com um apelo para que todo o partido, o exército e o povotodas as etnias se unamtorno das diretrizes do comitê, com foco na reforma e na abertura para realizar o rejuvenescimento nacional por meio da modernização chinesa.

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Mundo

China delineia planosreforma e modernizaçãosessão plenária do Partido Comunista

247 - O presidente da China, Xi Jinping, anunciou nesta sexta-feira (28) que a segunda maior economia do mundo está "planejando e implementando medidas importantes para aprofundar ainda mais a reformamaneira abrangente".
"Formaremos um ambientenegócios mais orientado para o mercado, legal e internacional", disse Xium discurso que marcou o 70º aniversárioalguns dos princípios diplomáticos fundamentais da China, os chamados "Cinco PrincípiosCoexistência Pacífica".&nbsp;
"A porta da China só se abrirá mais e mais, e nunca será fechada", afirmou Xi no discurso proferido no Grande Salão do PovoPequim.&nbsp;
Os Cinco PrincípiosCoexistência Pacífica incluem respeito mútuo pela integridade territorial, não agressão mútua, não interferência mútua nos assuntos internos, igualdade e cooperação para benefício mútuo e coexistência pacífica.
As declarações vêm após o anúncioque o Terceiro Plenário, que dará sinais sobre a direção da política econômica, ocorreráPequimmeadosjulho. Este importante encontroaltos funcionários é amplamente esperado e gera grande expectativa.
No discurso, Xi exaltou a China como uma força pela paz global, dizendo que Pequim continuará a desempenhar "papéis construtivos"conflitos internacionais como Israel-Gaza e Rússia-Ucrânia.
Ele também criticou as "práticasdesacoplamento" no comércio internacional. "Isso só prejudicará os interesses comuns da comunidade internacional", disse.&nbsp;
Os laços comerciais da China com os países ocidentais ficaram sob tensão após a imposiçãotarifas adicionais sobre veículos eléctricos fabricados na China, abrindo potencialmente uma nova frente na guerra tarifária, que começou2018.
O presidente ainda pediu uma maior cooperação entre a China e os paísesdesenvolvimento e anunciou oito medidas para apoiar a cooperação do Sul Global, que abrangem áreasformação, intercâmbiojovens, desenvolvimento económico, comércio livre, cooperação agrícola, economia digital, desenvolvimento verde e conservação ecológica. (Com agências).&nbsp;

O presidente chinês, Xi Jinping, participa da conferência que marca o 70º aniversário dos Cinco PrincípiosCoexistência Pacífica

Xi Jinping critica desintegração do comércio internacional e promete reformas para maior abertura

247 - Taiwan preservará o status quo no Estreito, enquanto espera substituir a confrontação com a China continental por um diálogo, disse o novo chefe da administraçãoTaiwan, Lai Ching-te, nesta segunda-feira (20).&nbsp;
“Nossos governo manterá os Quatro Compromissos, não cederá nem provocará, e manterá o status quo [no EstreitoTaiwan]”, disse Lai na cerimôniaposse, conforme citado pela agência Sputnik.&nbsp;
As relações futuras entre Taiwan e China terão um impacto decisivo na situação global do mundo, acrescentou.
O político apelou a Pequim para manter a paz e a estabilidade no EstreitoTaiwan, bem como expressou a esperançaque a China olhasse objetivamente para a existênciaTaiwan, respeitando a escolha do povo da ilha e cooperando com o governo legal e democraticamente eleitoTaiwan, com base nos princípios da reciprocidade.
Lai instou a China a substituir a confrontação pelo diálogo e a dissuasão pela interação, propondo restaurar o turismo bilateral e permitir que estudantes da China continental estudemTaiwan, a fim“buscar a paz e a prosperidade mútua.”
Enquanto isso, diante das várias ameaças vindas da China continental, Taiwan deve demonstrar determinação para se defender e fortalecer suas capacidadesdefesa, disse o político.
Em janeiro, Taiwan realizou uma eleição geral na qual o candidato pró-independência Lai, do partido governante DPP, venceu com 40,05% dos votos para chefiar a administração da ilha. Enquanto isso, o próprio DPP perdeu 11 assentos no parlamento da ilha.
RESPOSTA DE PEQUIM - As atividades separatistas na ilhaTaiwan estão "fadadas ao fracasso", pois a China inevitavelmente se reunificará, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, nesta segunda-feira.
Na segunda-feira, o novo chefe da administraçãoTaiwan, Lai Ching-te, expressou a esperançaseu discursoposseque a China continental "reconheça a realidade da existência da República da China, respeite as escolhas do povoTaiwan" e coopere com "o governo legal escolhido pelo povoTaiwan." Ele acrescentou que Taiwan deve demonstrar determinação para "defender nossa nação" e aumentar a "consciênciadefesa" diante das "ameaças e tentativasinfiltração da China."
"A tentativapromover atividades separatistas pela independênciaTaiwan sob qualquer bandeira está fadada ao fracasso", disse Wanguma coletivaimprensa.
O diplomata também afirmou que, no final, a China inevitavelmente se reunificará e nenhuma força poderia impedir isso. Ele acrescentou que Taiwan era uma parte integrante da China e que o governo chinês era o único governo legal que representava todo o país.
"Não importa como a situação política mude na ilhaTaiwan, não pode mudar o fato histórico e legalque ambos os lados do EstreitoTaiwan pertencem a uma única China", disse Wang.
Taiwan tem sido governadoforma independente da China continental desde 1949. Pequim vê a ilha comoprovíncia, enquanto Taiwan — um território com seu próprio governo eleito — mantém que é um país autônomo, mas não chega a declarar independência. Pequim se opõe a quaisquer contatos oficiaisestados estrangeiros com Taipei e considera a soberania chinesa sobre a ilha indiscutível.

Tensões entre Pequim e Taiwan se intensificam após novo presidente tomar posse

247 - A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, esteve nesta quarta-feira (10) com o secretário do Partido Comunista da China, Li Xi, com quem discutiu as relações entre Brasil e China também &nbsp;entre os partidos.&nbsp;
A dirigente expressousatisfação pelo encontroPequim e afirmou que o PT está disposta a aprofundar parcerias com o PC Chinês.
"Hoje, 10abril, estive com a delegação do PTPequim, onde fomos recebidos por Li Xi, secretário do Partido Comunista da China. &nbsp;&nbsp;Marcando os 50 anos das relações diplomáticas entre nossos países, Li reafirmou o compromisso da Chinacooperar com o Brasil, promovendo intercâmbios e parceriasdiversas áreas e níveis, ampliando os laçosconfiança entre os países. Com a celebração40 anos da relação entre o PT e o PCCh, nos comprometamos a aprofundar as parcerias entre os partidos. Estamos dispostos à colaborar para fortalecer intercâmbiosexperiências na construção partidária e governança, consolidar a relação política entre nossos países, fortalecer parcerias, o desenvolvimento sustentáveldiversas áreas e,maneira conjunta, superar os desafios globais que estamos enfrentando", escreveu a presidente do PTpostagem na rede social X (antigo Twitter).&nbsp;
Na terça-feira (9), Gleisi, acompanhada por uma delegação da legenda, participou do<a href="http://vroly.com/mundo/em-pequim-evento-reafirma-cooperacao-politica-entre-pt-e-pcch"> VII Seminário Teórico entre o PT e o PC Chinês</a>,Pequim. A visita da delegação brasileira ao país se estenderá até o dia 20abril. Essa viagem fortalece a cooperação política e reafirma a parceria entre o PT e o Partido Comunista Chinês. A relação entre as duas siglas completa quatro décadas neste ano.

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PT e Partido Comunista da China concordamaprofundar parcerias