<a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/09/20/relatorio-aponta-falhas-nas-investigacoes-da-operacao-escudo">Brasilpoker boyaaFato -</a> Um relatório do Grupopoker boyaaEstudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (GENI/UFF),poker boyaaparceria com a Defensoria Pública do Estadopoker boyaaSão Paulo, aponta falhas graves na atuação da Polícia Militar durante as operações Escudo e Verão, realizadaspoker boyaa2023 e 2024, na Baixada Santista e na condução das investigações conduzidas sobre as mortes nas operações. Segundo o estudo, a força policial usada na Operação Escudo foi desproporcional, com média superior dez mortespoker boyaacivis para um policial morto ou ferido. O relatório diz quepoker boyaa22 casos analisados, 20 civis foram mortos e dois feridos gravemente por disparospoker boyaaarmapoker boyaafogo. Em contrapartida, nenhum dos 64 policiais foi morto e apenas um foi ferido. Ao todo, a Operação Escudo deixou 28 mortos. Evandro da Silva, um dos sobreviventes, disse à TV Brasilpoker boyaanovembro do ano passado, que foi alvejado por tiros nas pernas, braços e costas. Na época, ele relatou ter sobrevivido por ter conseguido falar com os paramédicos do SAMU que o retiraram do local.
O relatório traçou o perfil dos mortos e feridos: homens jovens, com médiapoker boyaa29 anos, a maioria (65%) negros e pobres, dos quais 56% foram atingidos nas comunidadespoker boyaaque moravam. De acordo com o estudo, quatro eram usuáriospoker boyaadrogas, condição que não condiz com a acusaçãopoker boyaatráficopoker boyaadrogas.
Retiradapoker boyaacorpos
O estudo indica que houve retiradapoker boyaacorpos das cenas do crime que atrapalharam as <a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/07/29/um-ano-depois-operacao-escudo-elevou-letalidade-da-pm-de-sp-e-nao-reduziu-indices-de-violencia">investigações </a>Em 45% dos casos, a informação é que a vítima chegou morta ao atendimento médico. Conforme o GENI/UFF, 55% dos casos apresentaram baixa preservação do local do crime e que "não foram realizadas medições precisas que fornecessem a posição dos elementos encontrados (como estojospoker boyaamunição, rastrospoker boyaasangue ou substâncias entorpecentes) no ambiente epoker boyaarelação aos demais vestígios/corpo encontrados, impossibilitando uma reconstrução precisa dos fatos. Ainda, as fotografias dos locais das ocorrências e dos objetos apreendidos foram limitadas, o que compromete a qualidade das investigações. que não foram usados com examespoker boyaalocal".
Em relação à produçãopoker boyaaprovas, o estudo diz que não houve uso das câmeras corporais. Em 67% dos casos, não há imagens captadas, inclusivepoker boyaacâmeras ambientais.
A ausênciapoker boyaagravações, segundo a polícia, decorre da faltapoker boyaaequipamentos no batalhão ou pela faltapoker boyaacarga nas câmeras na hora do confronto.
O relatório cita ainda a subutilizaçãopoker boyaatécnicas periciais avançadas, como a reprodução simulada dos confrontos, análise detalhadas das roupas e pertences das vítimas, como mochilas, falhas que já haviam sido apontadas por entidadespoker boyaadireitos humanos, como a Human Rights Watch,poker boyaaoutubro do ano passado. "Esses procedimentos poderiam fornecer dados mais robustos sobre a trajetória dos disparos e as circunstâncias dos confrontos, especialmentepoker boyaaum contexto onde os relatos dependem fortemente da versão dos policiais envolvidos", aponta o estudo.&nbsp;
Testemunhas ignoradas
De acordo com os pesquisadores, o principal elementopoker boyaaprova nas investigações tem sido o depoimento dos policiais,poker boyaadetrimento dos depoimentospoker boyaatestemunhas e familiares, quepoker boyaaquase 80% dos casos foram desconsiderados ou considerados parcialmente, conforme o relatório.
Há relatospoker boyaatentativapoker boyaacoação e ameaças aos familiares das vítimas, o que levou parte das testemunhas a deixarpoker boyaaprestar depoimentos.
Uma das famílias, inclusive, está sob medida protetiva. "A organização das provas orais é desequilibrada, desigual, pois a palavra dos policiais é não apenas sempre aceita, como acaba por formular as hipóteses para produção das provas materiais. Isso tudo compromete a equidade e isenção da investigação", dissepoker boyaanota a pesquisadora do GENI/UFF, Luciana Fernandes.
Em entrevista à Agência Brasil, a defensora pública Fernanda Balera disse que o estudo será usado para basear mudanças no controle do policiamento. "De um lado, temos dados sobre o uso excessivo da força, não preservação do local dos fatos, baixa utilização das COPS [câmeras corporais]. De outro, temos a não realizaçãopoker boyaaperícias complementares e a supervalorização da palavra dos policiais, próprios investigados, como eixo condutor das investigações. O que esperamos é, como diz o relatório, &nbsp;que a pesquisa possa subsidiar a tomadapoker boyaadecisões baseadaspoker boyaadados e evidências científicas que promovam transformações nas práticaspoker boyaacontrole do policiamento correntemente adotadas, assim como possa apoiar futuras medidaspoker boyaaresponsabilização e apoio dos familiares das vítimas cujas histórias foram violentamente interrompidas nas duas operações".
O defensoria pretende usar o estudo como argumento para solicitar o desarquivamento da mortepoker boyaaseis pessoas na primeira fase das operações.
Das 27 investigaçõespoker boyaamortes na Operação Escudo, 23 foram arquivadas e quatro seguempoker boyaaandamento. Oito policiais militares foram denunciados pelo Ministério Público. O Tribunalpoker boyaaJustiça do estado ainda não decidiu se outros dois policiais serão réus nos casospoker boyaainvestigação. Todos os processos estãopoker boyaasegredopoker boyaaJustiça.
Posicionamentos
Em nota à TV Brasil, a Secretariapoker boyaaSegurança Públicapoker boyaaSão Paulo defendeu as operações e informou que "todas as ocorrênciaspoker boyaamorte durante a operação são rigorosamente investigadas pelas polícias Civil (Deicpoker boyaaSantos) e Militar, com o acompanhamento das respectivas corregedorias, do Ministério Público e do Poder Judiciário. Todo o conjunto probatório apurado no curso das investigações, incluindo as imagens das câmeras corporais, foi compartilhado com esses órgãos e o trabalho policial seguepoker boyaasegredopoker boyaaJustiça".
Procurada pela reportagem, a Ouvidoria da Polícia não se manifestou até o momento.
Edição: Carolina Pimentel

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Sudeste

Abusopoker boyaaforça policial: relatório aponta falhas nas investigações da Operação Escudo

247 - No primeiro semestrepoker boyaa2024, o númeropoker boyaamortes provocadas por policiais militares (PMs) no estadopoker boyaaSão Paulo cresceu 71%poker boyaacomparação ao mesmo período do ano anterior,poker boyaaacordo com dados do Grupopoker boyaaAtuação Especial da Segurança Pública do Ministério Públicopoker boyaaSão Paulo (MPSP). Entre janeiro e junhopoker boyaa2023, foram registradas 201 mortes causadas por PMs,poker boyaaserviço e fora dele. Já nos primeiros seis meses deste ano, o número subiu para 344, revela reportagem do <a href="https://www.metropoles.com/sao-paulo/pm-tarcisio-matou-92-a-mais-1-semestre">Metrópoles</a>.
Considerando apenas as mortes causadas por PMspoker boyaaserviço, o aumento foipoker boyaa92%, passandopoker boyaa154 óbitos no primeiro semestrepoker boyaa2023 para 296 no mesmo períodopoker boyaa2024. Na capital paulista, foram contabilizadas 92 mortes por policiais nos primeiros seis meses deste ano, 70 das quais por PMspoker boyaaserviço. No ano anterior, o total foipoker boyaa73, com 49 ocorrendo durante o serviço.
A região da Baixada Santista, palco da 3ª Fase da Operação Escudo, que mudoupoker boyaanome para Verão, &nbsp;registrou o maior aumento no númeropoker boyaamortes causadas por policiais militares. Em Santos, o número saltoupoker boyaasete, nos primeiros seis mesespoker boyaa2023, para 33 no mesmo períodopoker boyaa2024.
A Operação Verão, iniciada após a mortepoker boyaaum soldado das Rondas Ostensivas Tobiaspoker boyaaAguiarpoker boyaaSantos, mobilizou batalhõespoker boyaaelite da PM para incursõespoker boyaacomunidades locais durante cercapoker boyaadois meses.&nbsp;
A operação foi alvopoker boyaacríticas severas e levou a Ouvidoria das Polícias e entidadespoker boyaadireitos humanos a apresentarem relatórios ao MPSP, denunciando práticaspoker boyaatortura e execuçõespoker boyaacomunidades pobres da Baixada Santista. Tarcísio reagiu às críticas com indiferença, afirmandopoker boyaa8poker boyaamarço que não se importava com a possibilidadepoker boyaaser denunciado à Comissãopoker boyaaDireitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) devido às ações policiais. "Sinceramente, nós temos muita tranquilidadepoker boyaarelação ao que está sendo feito. E aí, o pessoal pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta, e eu não estou nem aí", declarou.

PMpoker boyaaSão Paulo e Tarcísiopoker boyaaFreitas

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Polícia Militarpoker boyaaTarcisio registrou aumentopoker boyaa92%poker boyaamortes no primeiro semestrepoker boyaa2024

Por Camila Boehm, repórter da Agência Brasil - Os corpospoker boyaaseis pessoas foram encontrados no Guarujá (SP), neste mês, durante buscas por um soldado da Polícia Militar (PM) que está desaparecido desde o último dia 14. O primeiro cadáver foi localizado no dia 16, outras duas ossadas no dia 22 e outros três corpos na tardepoker boyaaquarta-feira (24).
As informações foram confirmadas pela Secretariapoker boyaaSegurança Públicapoker boyaaSão Paulo. O desaparecimento do policial militar seguepoker boyaainvestigação pela Polícia Civil. As ações conjuntas para localização incluem também o Corpopoker boyaaBombeiros.
Na tardepoker boyaaontem (24), policiais da 3ª Delegaciapoker boyaaHomicídios (Deinter 6) localizaram um barraco na rua Argentina, no Guarujá, onde o soldado teria sido mantido. Segundo a Secretariapoker boyaaSegurança Pública (SSP), diligências prosseguem para esclarecer os fatos e localizar o policial.
Na ocasião do desaparecimento do soldado Luca Romano, a PM deflagrou uma operação na região para identificar e prender os envolvidos. “Cercapoker boyaa250 policiais foram deslocados para reforçar o policiamento, restabelecer a segurança e auxiliar nas buscas pelo soldado. Um homempoker boyaa36 anos foi preso, suspeitopoker boyaaparticipação no desaparecimento”, informou a SSP na época.
OPERAÇÕES POLICIAIS - O municípiopoker boyaaGuarujá, na Baixada Santista, foi um dos alvos das Operações Escudo, no ano passado, e Verão, no início deste ano, realizadas pela PM. Com a justificativapoker boyaacombate ao crime organizado, o governo do estado deflagrou essas grandes operações após policiais militares serem mortos na região.
A Operação Escudo - deflagrada após a morte do policial militar Patrick Bastos Reis, baleado e morto no Guarujá, no dia 27poker boyaajulhopoker boyaa2023 - matou 28 pessoas no períodopoker boyaa40 dias, na Baixada Santista. Uma segunda Operação Escudo foi decretadapoker boyaaSão Vicente,poker boyaa8poker boyaasetembro, resultandopoker boyaamais oito mortes, segundo divulgação do Instituto Sou da Paz.
Neste ano, quando as ações passaram a ser nomeadaspoker boyaaOperação Verão, 56 pessoas foram mortas por policiais militares na região, segundo nota da SSP. As mortes ocorrerampoker boyaasupostos confrontos com a polícia desde o dia 2poker boyaafevereiro, quando o policial militar Samuel Wesley Cosmo foi mortopoker boyaaSantos, durante patrulhamento. Na ocasião, SSP informou que as polícias civil e militar se mobilizaram para localizar e prender os envolvidos na mortepoker boyaaCosmo.
RESULTADOS - Levantamento realizado pelo Instituto Sou da Paz, a partir da análisepoker boyaadados da SSP, mostrou que as operações deflagradas pela Polícia Militar na Baixada Santista, no ano passado, não resultarampoker boyaaavanços na redução da criminalidade violenta e colocaram a vidapoker boyaapoliciaispoker boyaarisco, alémpoker boyaaviolar direitos das populações periféricas da região.
Com base nos indicadores criminais da regiãopoker boyaaagosto e setembropoker boyaa2023, os dados demonstraram que as operações foram marcadas pela baixa eficiência, alta letalidade policial, crescimentopoker boyaainfrações ligadas ao crime organizado, como roubopoker boyaacargas, e a incapacidade do policiamento nas ruas para evitar crimes como furtos, roubos e agressões.
*Colaborou Márcio Garoni, da TV Brasil

Operação Escudo: Seis corpos são encontrados no Guarujá durante buscas por PM

247 – A Justiçapoker boyaaSão Paulo tornou réus dois policiais militares das Rondas Ostensivas Tobiaspoker boyaaAguiar (Rota) por matar um homem e plantar arma na cena do crime, simulando que a vítima estaria armada. O assassinato ocorreu no ano passado, durante a Operação Escudo na Baixada Santista.
Segundo a denúncia do Ministério Públicopoker boyaaSão Paulo (MP-SP),poker boyaa29poker boyaajulhopoker boyaa2023, os agentes Rafael Perestrelo Trogillo e Rubem Pinto Santos teriam matado Jefferson Junio Ramos Diogopoker boyaauma favela situada na Rua Quatro, no Guarujá.&nbsp;
Os PMs alegaram que Jefferson teria apontado uma arma para eles e que, por isso, dispararam onze vezes contra a vítima e o atingiram. Mesmo ferido, os PMs afirmaram que Jefferson conseguiu escapar e, ao ser encontrado novamente, ainda estaria com a arma. Nesse momento, um dos policiais efetuou mais quatro disparos.
O laudo necroscópico revelou que Jefferson foi atingido quatro vezes, com um tiro no queixo, um na coxa esquerda, um no braço direito e um nas costas. Na época do incidente, pessoas próximas a vítima afirmaram que ele era dependente químico e viviapoker boyaasituaçãopoker boyaarua.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP)poker boyaaSão Paulo declarou que os dois policiais militares foram afastados das atividades operacionais e remanejados para funções administrativas, conforme decisão judicial. Este é o segundo casopoker boyaadenúncia envolvendo ações da polícia durante a Operação Escudo. (Com informações do <a href="https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2024/04/24/2-policiais-da-rota-viram-reus-por-homicidio-na-operacao-escudo-pms-forjaram-que-vitima-tinha-arma-diz-mp.ghtml">g1</a>).

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Abusopoker boyaaforça policial: relatório aponta falhas nas investigações da Operação Escudo

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Operação Escudo: Seis corpos são encontrados no Guarujá durante buscas por PM

Operação Escudo: dois PMs da Rota viram réus acusadospoker boyaamatar homem desarmado e plantar pistola na cena do crime